Thorns escrita por Kamereon


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Mil perdões pela demora! Lá nas notas finais eu explico tudo. Aliás, LEIAM AS NOTAS FINAIS, vou colocar uns recadinhos bem importantes lá. Boa leitura!!!



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Sasuke’s P.O.V

Alguns dias se passaram desde que Sakura começou com suas "saídas misteriosas". Ela saía e não dizia para onde ia, mas parece que isso havia parado no momento. Tudo voltou ao normal e ela apenas continuava ajudando minha mãe na confeitaria e visitando a casa de seus pais frequentemente. Não havia mais nenhum lugar o qual ela pudesse ir, simplesmente não havia mais nada a fazer do que tais coisas, eu imaginava. Me perguntava o que tinha de tão importante na rua pra que ela saísse com certa frequência. Algumas vezes notava que ela estava no telefone, e dessa vez era isso que vinha se tornando cada vez mais comum. Por mais que algo me incomodasse para saber o que significava isso tudo, eu ainda assim me mantinha calmo. Eu não desconfiava dela, mas ficava muito curioso para saber o que Sakura andava tramando.

– Hoje vamos jantar na casa da minha mãe. - Ela me disse, assim que cheguei do trabalho.

– É? Por que?

– A reforma na sala dela finalmente terminou. Ela disse que quer estrear a sala e nos chamou pra jantar. Eu chamei a sua mãe, mas ela disse que prefere ficar em casa descansando... Nós podemos ir, não é?

– Podemos sim. Você já está pronta? Eu só vou tomar banho e nós podemos ir.

E logo chegamos na casa de seus pais. Pra falar a verdade, eu estava bem cansado. O dia na oficina não tinha sido dos mais leves, tudo o que eu queria no momento era comer qualquer coisa e ficar em casa descansando. Mas o que Sakura não me pedia com aqueles grandes olhos verdes que eu não fazia de bom grado? Achei que não haveria mal em acompanhá-la nesse jantar.

Quando chegamos, cumprimentamos a todos e logo me acomodei no sofá. Sakura ficava de um lado para o outro conversando com a mãe e com Ino, eu não parava de ouvir a voz dela nem um segundo sequer. Não sei de onde vinha tanto assunto, já que elas se viam bastante. Enquanto eu estava no sofá da sala olhando fixo para algum interessantíssimo ponto na parede, o pai dela lia um jornal em outra poltrona e Sai estava no outro sofá falando algo com o pequeno Inojin. Parecia que estava brigando com ele por algo... Ele aparentava ser um garotinho dócil, mas pelo visto Sai estava tendo problemas com o comportamento do filho.

– Inojin, eu já disse para não enrolar o tapete da vovó desse jeito, não disse? Esse tapete é novo, você vai acabar deixando marcas e sua vó vai ficar uma fera. - Ele dizia.

O garoto apenas dava um sorrisinho sorrateiro e continuava brincando com o tapete novo da avó. Sai passou as mãos pelos cabelos negros e suspirou profundamente.

– Esse menino não me escuta. O senhor não quer falar com ele, pra ver se ele resolve obedecer? - Ele disse, se dirigindo a Kizashi.

– Sai, você está nessa família há anos... Sabe que quem manda nessa casa são as mulheres. O Inojin só vai parar de aprontar quando a mãe ou a avó vierem reclamar com ele. - O mais velho disse tranquilamente, porém num tom de voz mais baixo. Ele tinha uma expressão facial diferente, como quem quisesse dizer "são elas que mandam na casa, mas não as deixem saber que temos conhecimento disso". Foi no mínimo interessante. Por um segundo eu quis rir, imaginando aqueles dois marmanjos perdendo a autoridade de "machos alfa" para duas mulheres. Mas logo que fiz menção de rir, o meu atual sogro me chamou a atenção.

– Sasuke, se prepare... Você é o próximo. Saiba que quando você e Sakura se casarem e tiverem filhos, é ela quem vai botar ordem em tudo. Tem sido assim há muitas gerações... - Ele dizia e eu ouvia atentamente. - Só não deixe que ela perceba que você sabe da autoridade dela. Tenhamos um pouco de orgulho, afinal.

– Sim, senhor. - Respondi um pouco assustado.

– Ora vamos, não faça essa cara. Vocês se dão bem e ela gosta de você, então a convivência não vai ser ruim. Te aconselho apenas a ouvi-la sempre... É impressionante, mas elas sempre acabam tendo razão. Nós homens acabamos não sendo a maior autoridade nesse grande barco chamado "família", mas acredite em mim, acaba valendo a pena. - Ele terminou, e voltou ao seu jornal.

Realmente, essa "profecia" já estava se cumprindo. Afinal de contas, o que eu queria que Sakura fizesse quando descobri que ela estava pra ser despedida? Que ela voltasse para a capital e arrumasse sua situação profissional. Mas ela bateu o pé e decidiu ficar, me disse que tinha um plano e fez com que eu concordasse em confiar nas decisões que ela viesse a tomar. A espertinha fez a minha cabeça! Isso significava que pra continuar firme com Sakura, eu deveria aprender a ser mais paciente e aceitar o fato de que não teria total controle sobre tudo. Eu não seria o típico "homem da casa", aquele cara que manda e a mulher e os filhos obedecem. Não, definitivamente as coisas não seriam assim. Não que eu quisesse que fossem assim. Bom, nunca havia pensado muito sobre isso.

As meninas - assim era chamado o trio - tinham voltado da cozinha e finalmente nos sentamos à mesa da sala. Todos conversavam e sorriam. Não tinha como negar, era uma família feliz. Isso significava que o sr. Kizashi estava certo... Eu deveria ficar tranquilo, tudo daria certo. Não sabia como seria minha convivência com Sakura. Não tínhamos muitos problemas, e eu esperava que continuasse assim.

O jantar corria normalmente. Falar sobre comida e sobre historias do passado são as coisas mais normais em jantares de família, e era isso mesmo que estava acontecendo. Passamos um tempo nesse tipo de assunto, até que em algum ponto da conversa o assunto se concentrou em Inojin.

– Sabia que o Inojin ficou enrolando o tapete da senhora hoje? Eu falei pra ele não fazer isso, mas ele não me escuta. - Sai disse, se dirigindo a Mebuki.

– Inojin, o que nós já conversamos sobre o tapete da vovó? Vai ficar de castigo se fizer de novo. - Ino se pronunciou.

– Desculpe mamãe, não vou mais fazer isso. - O pequeno disse. Que incrível! Sai falou cinco milhões de vezes e não adiantou nada, mas bastou Ino falar uma vez só para o moleque se desculpar! Sai olhou boquiaberto para o sogro, e o mesmo devolveu a ele um olhar que expressava um "eu não te disse?".

– Que bonitinho, tão educado o meu sobrinho! - Sakura falou.

– Quase um homenzinho. - Eu disse. "Uma peste, isso sim!" eu devia ter dito, mas disse o contrário para poder entrar na conversa. Talvez eu estivesse querendo parecer mais amigável e social.

– Obrigado tia Sakura e tio Molenga.

– Não, Inojin! - Sai disse, arregalando os olhos e se desesperando, como se o garotinho tivesse confessado um segredo de estado.

O que? Tio Molenga? O que era aquilo? Admito, fiquei com vergonha. Senti meu rosto esquentar, devo ter ficado vermelho como um pimentão. "Muito bem Sasuke, devia ter ficado quieto, mas foi querer puxar o saco da família..." Pensei comigo.

– Que isso, Inojin? Não pode chamar o tio Sasuke desse jeito, entendeu?! - Ino brigou com ela.

– Mas o papai chama ele assim! Eu pensei que fosse o nome dele, ué... - Inojin disse, dando de ombros e mostrando claramente que não se sentia culpado.

– Tinha que ser você, não é? Fica ensinando o que não presta para o menino, olha aí o que ele fez! - Ela brigou com Sai enquanto lhe estapeava os ombros.

–Querida, eu não fiz nada, eu não ensinei isso pra ele!

– Não quero saber! Peçam desculpas, os dois! - Ino falou com toda autoridade.

– Desculpe... – Sai e Inojin disseram em uníssono e de cabeça baixa. Foi até engraçado de ver. Eu apenas acenei com a cabeça e quis continuar comendo como se nada tivesse acontecido.

–--x---

– E aquela historia de "tio molenga"? - Sakura perguntou e riu audivelmente na rua, enquanto caminhávamos de volta pra casa.

– O Sai me chamava de molenga porque eu não me declarava logo pra você... - Eu disse, sem rir.

– Você ficou chateado?

– Não, eu estou acostumado com ele implicando comigo. Depois que você foi embora eu passei a conviver mais com o Sai e descobri o quanto ele pode ser insuportável quando quer. Mas ainda assim ele é meu amigo, de algum modo...

– Você não tem mesmo que ficar chateado com isso. Estamos juntos afinal. Acho que erramos em não ter falado sobre isso há seis anos, mas o que importa é que depois que nos reencontramos as coisas aconteceram no tempo em que deveriam acontecer. - Ela disse, segurando minha mão e enrolando uma mecha de cabelo com a outra mão. Eu gostava quando ela fazia isso.

Quando chegamos em casa minha mãe ainda estava acordada. Achei estranho, porque geralmente ela jantava e não ficava enrolando por muito tempo; logo ia dormir. Mas dessa vez ela estava sentada no sofá assistindo na tv um filme qualquer.

– Mãe, por que não foi dormir?

– Ah, eu estava no telefone até agora há pouco, como já vi que estava um pouco tarde resolvi esperar vocês chegarem. - No telefone? Minha mãe estava no telefone até essa hora com quem?

– Mãe, não precisa disso. Nós já somos grandinhos, a senhora não precisa se preocupar.

– É que eu precisava falar com vocês. Bom, eu podia deixar pra amanhã, mas como eu sabia que vocês logo chegariam eu resolvi esperar mesmo.

– Aconteceu alguma coisa, sra. Uchiha? - Sakura perguntou, se sentando ao lado dela.

– Nada de grave, eu só queria avisar vocês que eu vou precisar passar o próximo fim de semana fora de casa.

Como assim? Isso estava muito estranho. Minha mãe passando fim de semana fora? Francamente, quantos anos ela tinha afinal de contas? Sem querer ofender, mas acho que ela já tinha passado da idade de curtir e tudo mais.

– Por que? – Perguntei estreitando o olhar perigosamente.

– Bem, vocês sabem que eu ando trabalhando naquela encomenda pra festa que ia ter no country club daquela cidade que fica aqui perto, não é? Acontece que isso vai durar o fim de semana todo... Sexta, sábado e domingo.

– Uma festa que dura um fim de semana todo? Isso tá muito mal contado, mãe. - Falei cruzando os braços em frente o peito. Sakura apenas assistia a tudo com muita atenção.

– É que vai ser um concurso de beleza. Concurso de Miss Rodeio da cidade. Vocês viram a propaganda na tv, não viram? Terão eliminatórias... Coisas do tipo.

– Credo, aquele concurso ridículo... E a senhora vai ter que ficar todos os dias lá por que? Não me diga que...

– O que, filho?

– A senhora vai participar? Eles não tem um limite de idade, não?

– Mais respeito com a sua mãe, Sasuke! - Sakura reclamou comigo. Ué, o que eu fiz? Estava apenas perguntando. Queria saber direitinho sobre aquela historia e sim, eu morria de ciúmes da minha santa mãe. Podem me chamar de infantil, imaturo, o que for! Dane-se, entendeu?

– Não é isso, filho... É que os organizadores do evento querem que eu cuide de todos os comes e bebes. Eu estou indo exclusivamente por conta do trabalho. Eu poderia fazer toda a comida aqui, eles viriam buscar. Porém vai ser muita coisa... Não dá pra fazer tudo aqui, eu provavelmente vou ter que prestar atenção na quantidade de comida que vai ser servida e ficar lá para fazer mais, caso falte. E com certeza vai faltar caso eu não vá, já que eu não consegui fazer ainda nem o suficiente pra sexta feira.

– Não acho uma boa ideia, é muito cansativo pra senhora. Fique. - Fui imperativo.

– Filho, eu já acertei tudo com os organizadores, e eles fazem questão que seja eu a encarregada. Eles até pagaram a mais e já arrumaram hospedagem pra mim. Eu quero ir, vai ser divertido! E não é como se eu fosse uma inválida, eu posso ser mais velha que você, mas me sinto ótima.

– A senhora quer que eu vá pra ajudar? - Sakura disse. Ah, mais essa agora! Elas iam me deixar sozinho!

– Não querida, não precisa... Eles também contrataram ajudantes de cozinha pra trabalhar comigo, não se preocupe. - Nem precisei protestar, que bom.

– Bom, não vai adiantar eu dizer que poderia te levar e buscar todos os dias... - Eu comentei. Minha mãe era teimosa e não gostava de dar trabalho. Com toda certeza ela não aceitaria isso, mas eu tinha que tentar.

– Não, filho. Isso vai ser muito cansativo pra mim e pra você. Fique tranquilo, eu vou na sexta de tarde e volto na segunda de manhãzinha. E não faça esse bico! - Que bico? Essa mulher estava vendo demais. Eu não fiz bico algum.

–--x---

Sakura’s P.O.V

Realmente, não havia nada que pudéssemos dizer para que a sra. Uchiha ficasse. Eu, na verdade, não era contra a ideia de que ela fosse. Achei que seria bom ela ir e se distrair, mesmo que estivesse lá a trabalho. Mas Sasuke ficou cheio de ciúmes. Praticamente ordenou que ela ligasse todos os dias, pelo menos três vezes ao dia, pra que ele se certificasse de que ela estaria bem. Ele já ficou imaginando o que ela estaria fazendo lá, e com quem poderia estar. Sasuke amadureceu muito durante esses anos e durante os dias em que estive na cidade, porém de vez em quando não tinha jeito. A criança interior nele brotava e não havia quem a parasse.

Na sexta feira, Sasuke fez questão de levar a mãe até o tal lugar onde ela ficaria hospedada. E eu aproveitei para visitar a minha mãe e a Ino outra vez. A confeitaria estaria fechada durante esses dias, por isso eu não teria nada pra fazer novamente, o que na verdade não era tão ruim.

No caminho de volta à casa de Sasuke, eu lembrei que não havia avisado a ele que jantaria com os meus pais. Abri a porta já pensando em como me desculparia por não ter dito nada, provavelmente ele estivesse me esperando. Mas quando me dei conta, havia um "corpo" jogado no sofá. Sasuke estava dormindo de um jeito de quem visse de relance poderia afirmar que era um defunto. Ele parecia bastante cansado e nem o barulho da tv, muito menos a luz da sala acesa atrapalhavam seu sono.

– Sasuke? - O chamei delicadamente. Achei que isso não seria o suficiente para acordá-lo, mas quando acariciei o cabelo dele ele finalmente acordou.

– Ah, você chegou. Eu estava te esperando. - Ele disse, sonolento.

– Me esperando? Você estava dormindo. - Ri e apertei o nariz dele. Sabia que ele se incomodava com isso. - Você jantou?

Perguntei e logo ouvi o estomago dele fazendo barulho. Pelo jeito ele não havia jantado e eu me senti culpada outra vez.

– Eu vou por um prato pra você, tá bom? Eu fiquei na minha mãe hoje... Desculpa não ter te avisado. - Falei.

– Eu estava preocupado. Te liguei e seu celular parecia estar desligado.

Ele me lançou um olhar tão preocupado e atencioso... Tirei o celular da bolsa e notei que a bateria havia acabado. Celular maldito!

– Não precisa colocar comida pra mim... Eu estou cansado, quero apenas dormir. - Ele disse, se levantando.

– O dia foi puxado hoje?

– Muito, você nem imagina. E tem sido assim durante esses dias todos. Eu sinto como se eu tivesse carregado um carro nas costas. - Ele dizia enquanto eu o direcionava até a cozinha. Se ele não queria jantar, que pelo menos comesse um sanduíche ou algo do tipo. Eu abri a geladeira para pegar os ingredientes quando eu vi algo que me deixou mais culpada ainda.

– Você comprou sorvete de flocos? E de chocolate? E também comprou pizza congelada e refrigerante?

– E tem pipoca no armário. - Ele disse, quase dormindo de novo ali mesmo, na cadeira.

Antes de abrir o armário e ver que ele realmente havia comprado o meu sabor favorito de pipoca de microondas, eu vi uma sacolinha no balcão. Ele tinha alugado uns três filmes. Dois deles eram filmes que eu adorava.

– Você preparou isso tudo... Pra essa noite?

– Sim. – Sasuke confessou bastante envergonhado. - Achei que você ia gostar.

– Sasuke... Desculpa. Mesmo! Eu não fazia ideia!

– Não precisa ficar assim, você não tinha como saber já que eu não avisei e não consegui ligar pra você. Ainda temos tempo de assistir os filmes e comer essas besteiras todas. Mas amanhã ou depois... Por que hoje eu estou morto.

Ele ficou um pouco chateado, mas eu percebi que ele falou a verdade quando disse pra não me sentir mal. Mesmo assim fiquei um tanto incomodada... Ele pensou naquilo tudo pra nós, e eu simplesmente não apareci. Por isso fiz questão de montar o melhor sanduíche que eu poderia fazer, mesmo sabendo que isso não compensaria meu furo. Depois que ele comeu, foi se arrastando até o andar de cima.

– Você já tomou banho?

– Sim. - Ele resmungou.

– Então vá descansar. - Eu disse, abraçando-o.

– Sakura...

– Hum?

– Você vai me chamar de tarado se eu te pedir pra ficar comigo hoje?

Sorri. Não só sorri, como ri também. Tarado? Não. Eu nem pensaria em chamá-lo de tarado. Talvez de bobo, por ter pensado isso! Como eu havia pensado antes, não era ruim criarmos mais liberdade um com o outro. Talvez fosse estranho no início, por causa dos anos de amizade. Imagine só, você passa anos apaixonada pelo seu melhor amigo. Apesar dos sentimentos, ele era apenas meu melhor amigo. Depois, ficamos anos sem nos ver. Claro que seria um pouco estranho no começo, mas agora já não me sentia mais tão encabulada.

Depois que confirmei que ficaria com ele aquela noite e de tomar um banho rápido, me deitei ao lado dele, que já estava na cama.

– Ainda não consegui dormir. - Ele disse.

– Por que? Você falou que estava exausto.

– Minhas costas estão doendo muito... Acho que dei mal jeito.

Prontamente me levantei e fui pegar um remédio na caixinha de primeiros socorros, que depois da minha fatídica queimadura no dedo eu descobri onde ficava. Voltei pro quarto toda feliz, com um comprimido, um copo d'agua e uma pomada mentolada.

– Você está me mimando demais. Sanduíche, remedinho... – Sasuke se sentou para tomar o comprimido junto com a água. - Acho que vou comprar aquilo tudo mais vezes e não te avisar, só pra você se sentir culpada outra vez.

– Muito engraçadinho o senhor. Se ficar me zoando nem faço massagem.

– Ainda tem massagem? - Ele perguntou, arregalando os olhos o máximo que a cara de sono dele permitia.

– Se vire logo, vá!

Sasuke tirou a camisa e virou de costas, com a barriga virada para o colchão. Me sentei ao lado, peguei um pouco da pomada e esfreguei bem no local onde ele disse que doía. Notei seu corpo definido pelo trabalho duro na oficina. Era um corpo lindo, e isso não era segredo algum! O estranho era que por mais que eu admirasse meio que secretamente o corpo dele, não era rotineira essa situação de dormir com ele e esfregar suas costas nuas na mesma noite. Por mais que eu não me sentisse envergonhada o suficiente para negar dormir ao seu lado, não significava que eu não sentia nem um pouquinho de rubror na face. Me peguei desejando que ele dormisse sem camisa ao meu lado, mas isso não seria possível. Pra que a dor passasse, ele deveria aquecer mesmo que minimamente o local da dor. Então eu deveria pensar no bem estar do meu namorado.

– Sasuke, - O chamei, depois de terminar a massagem e deitar outra vez ao seu lado. - Não acha que estamos agindo como casados? Você sabe, desde que eu cheguei hoje em casa eu fiz sanduíche pra você, disse pra você ir dormir e tudo mais... Até perguntei se você já tinha tomado banho! – ri.

– Você achou ruim? - Ele perguntou, envolvendo seus braços em meu corpo.

– Não, na verdade é engraçado.

– Podemos fazer outras coisas que casais fazem.

– Você não acha que anda um tantinho pervertido, não?

– Eu ia dizer que podemos abrir uma conta conjunta. Isso é algo que os casais fazem. - Ele riu, e eu bati de leve no ombro dele. Sabia que não era a isso que ele estava se referindo. - Eu estava brincando... Só faremos isso quando você quiser.

– Você fala como se eu fosse uma adolescente inocente e nunca tivesse feito esse tipo de coisa.

– Eu sei que não é o caso. Mas será a nossa primeira vez juntos. Eu estou pronto... Mas espero até você estar.

Ele disse tão seriamente que eu até me arrepiei. Estava escuro, mas pude imaginar direitinho o olhar intenso que ele provavelmente estaria me direcionando. Estava tão imersa nos meus pensamentos que me surpreendi quando senti os lábios dele tocando os meus. Oh nossa, ele era tão carinhoso! Atencioso, dedicado, compreensivo... E me encantava como ninguém jamais conseguiu. Tão menino e tão homem ao mesmo tempo. Como ele conseguia isso? Como ele podia ser exatamente tudo o que eu precisava? Sasuke me abraçava e me beijava com carinho, enquanto minhas mãos passeavam por seus braços e ombros. Admito que as coisas começaram a esquentar um pouco quando, em um impulso, eu entrelacei minha perna nas pernas dele. Por um momento eu senti exatamente como se nada existisse ao redor. O calor ia aumentando gradativamente, e foi aí que ele tentou se posicionar sobre mim. Tentou, por que a dor que ele sentia nas costas não permitiu que avançássemos mais que isso. Ele soltou um grito abafado e não muito alto. Coitadinho... No dia seguinte com certeza ele estaria melhor.

– Por hoje é melhor apenas dormirmos. Depois a gente namora um pouquinho. - Ele disse.

– Fique deitado pra melhorar logo, senão minha massagem não vai surtir efeito. - Ri brevemente. - Boa noite, Sasuke.

– Boa noite, Sakura. - Ele disse, enquanto me puxava para que eu dormisse em seu peito.

E depois de um beijinho carinhoso na testa, eu adormeci. Dormi pesadamente, talvez eu estivesse tão cansada quanto ele e nem percebi. Eu gostava muito da presença da sra. Uchiha, mas devia admitir... Ficarmos sozinhos por uns dias tinha lá suas vantagens.


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Notas finais do capítulo

HMMMMMMMMMM ( ͡° ͜ʖ ͡°) ( ͡° ͜ʖ ͡°) ( ͡° ͜ʖ ͡°)

RECADOS IMPORTANTES:

Primeira coisa, pras apressadinhas de plantão: CAAAALMA!!! Gente, sério, não vai ter hentai. A classificação da fic é +16 e o aviso é de ecchi. Desde o início já está avisado que não vai ter hentai e eu não vou fugir ao plano original da história. É ÓBVIO QUE TERÃO INSINUAÇÕES, e umas insinuações até q bem óbvias, mas não vou descrever tudo com detalhes, como se faz no hentai. Espero q entendam e q compreendam que não é por conter ou não conter hentai q uma história deve ser boa ou não. Poxa, deem uma chance! Eu já disse que a minha história pode nao ser a melhor do mundo, mas prometo não decepcionar. Existe uma centena de fics maravilhosas pra serem lidas, que muita gente não lê só pq nao tem hentai. É claro que ninguem é de ferro e todas lemos hentais na vida uheuehuhe mas de vez em qdo, deem uma chance pra historias mais leves. Eu JURO que vcs não vão se arrepender, inclusive posso indicar várias nesse estilo, sabe? Se alguém abandonar a fic a partir de agora só pq eu não vou fazer o hentai, eu lamento muito, de coração. Mas não vou mudar agora, desculpem!
Ah, e não se sintam mal por eu estar falando isso, não estou pensando em nenhuma leitora em especial. Algumas me perguntaram sobre isso, mas é normal querer saber. Só fico chateada qdo leio coisas no sentido de "só fic com hentai é boa", não necessariamente aqui no nyah.

Outro recado importante: Arrumei um estágio! êêêêê! E o que isso tem a ver com a fic? Vou ter menos tempo de trabalhar nela! aaaaaaah :( Enfim, prometo continuar postando entre quinta a noite e domingo, mas posso demorar um pouco de acordo com o volume de coisas que eu tiver pra estudar (agora é faculdade e estágio, né?). Mas prometo não abandonar vcs nunquinha *-*

Até a próxima!