Supermãe escrita por Thaywan


Capítulo 1
Eu sou a Supermãe


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal. Espero que você que veio até aqui, tenha coragem de ir até o final. Não deixe de dar sua opinião e até mais.



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Minnesota – Segunda, 23h32min

Olá. Sou Wanda Víllar. Uma mulher normal, que leva uma vida normal na pequena cidade de Minnesota. Trabalho o dia todo num escritório apertado, que situa-se ao lado de um beco, onde jovens se drogam. Tenho dois filhos e sou viúva. Geralmente a minha vida se resume em trabalho e mais trabalho. Bem, exceto depois das 21h30min, quando os meus filhos estão dormindo e a verdadeira aventura começa. Me desculpem se não posso dizer mais agora, é que estou no meio do meu trabalho. Não, não o de escritório, e sim o de Supermãe.

A policia estava indo atrás dos bandidos, que haviam acabado de assaltar um banco. Esses bandidos... Pior ainda são os policiais, que não percebem que para pegá-los, só precisam virar a esquina e fazer o retorno. Se eles tivessem um pingo de inteligência, tenho certeza de que não precisaria ser uma justiceira da noite. Mas, eu até que me divirto. Estava esperando os bandidos na esquina, enquanto eles não chegavam, eu colocava a minha novela em dia. Esses celulares ajudam muito.

Opa, escuto o barulho de sirene. Isso quer dizer que os assaltantes estão perto. O carro roubado passa em minha frente, a hora perfeita de realizar um salto e subir em cima do carro deles. Até que as dores da aula de ginástica serviram para alguma coisa. Está muito frio em cima, melhor eu descer. Me seguro em cima do carro, enquanto abro a porta, do lado do motorista. Logo, grito para ele parar, e se assustando com o meu grito,ele obedece imediatamente.

-Não viu que o sinal está vermelho?! Esses jovens de hoje em dia. Poderia ter atropelado alguém. Espere o sinal ficar verde. A sua mãe nunca te ensinou as leis do trânsito?! Sinal verde, anda, sinal vermelho para e sinal amarelo espere. – Reviro os olhos.

Não sei por que, mas eles me encaravam assustados e confusos. Quando o sinal fica verde, deixo-os continuar. Soco a cara do motorista, que cai no colo do parceiro, que por sua vez, segurava um saco recheado de dinheiro. Consigo entrar e assumo a direção do volante. Íamos bater, mas por sorte,consigo desviar do poste. O bandido acorda e o soco, mas sem tirar o olhar da estrada. Nós mulheres conseguimos fazer várias coisas ao mesmo tempo. Isso é apenas um dos nossos dons.

Paro o carro e seguro a cabeça do mesmo, batendo-a contra o banco. O segundo, que estava com o saco de dinheiro sai do carro, correndo.Deixou o amigo para trás?! Mas que traíra. Nunca se abandona um companheiro. Bato com a cara do outro no volante, só para confirmar que ele estará tonto o suficiente para tentar algo. Saio do carro,e subo em cima dele, para ganhar impulso e saltar, segurando no poste e caindo em direção ao bandido. Sorte que deu certo. Trabalho feito. Escuto a sirene da polícia, eles devem cuidar do resto. Sumo do meio da rua escura. Mais um crime resolvido pela vigilante da noite.

Entro em um beco escuro e troco de roupa. Pego o meu celular para ver as horas. Ah, que ótimo, resolvi o caso em 10 minutos. Bati meu próprio recorde de novo. Entro em caso, evitando ao máximo fazer barulho para não acordar os meus filhos. São 23h56min agora, á 00h00min o Kalvin, meu filho mais novo de 3 anos, desce para tomar seu leite com chocolate. Melhor já preparar. Esquento na medida que eu sei que ele gosta.

-Mãe?! – E aí está o dorminhoco.

-Oi filho, aqui está. – Entrego o copo para ele.

-Brigado. –Ele esfregava seus olhos e bocejava. – Sonhei com explosões e dinossauros. De novo.

-Foi apenas pesadelo. Vamos, eu vou te levar para cama. – Ele me dá sua mão e subimos juntos as escadas.

***

06h57min,o alarme desperta .Esfrego os olhos e tento me manter acordada. Mas é difícil... 06h57min?! Agora são 06h58min... 06h58min... Essa não, 06h58min, estou atrasada para o trabalho. Me levanto rapidamente da cama e vou me vestir, sei que irei levar uma bronca do meu chefe. Corro pelo corredor, batendo na porta e gritando, para acordar a minha filha. Não dá tempo de fazer o café, então pego o suco de ontem, para reforçar.

-Eu não já estou atrasada?! – Perguntou Amy, a mais velha, de 16 anos.

-Eu levo você no carro, ao caminho do meu trabalho.

E lá fomos nós. Tratei de deixar Amy na escola e Kalvin na creche. Sempre acordo eles, mas como saio antes, É Amy quem leva Kalvin, a pé. Corri para entrar no meu escritório sem que ninguém percebesse. Mas não foi um sucesso e acabei passando a metade do meu dia na sala do chefe, ouvindo suas broncas. Disse que não iria mais acontecer, mas se não me engano, é a terceira vez na semana que isso acontece. Depois fui escrever alguns relatórios e fazer o mesmo trabalho de sempre. Ainda tive que ficar alguns minutos a mais, para compensar o tempo perdido. Então, fechar a empresa ficou por minha conta.

Chego em casa exausta, como todos os dias. Preparo a janta das crianças e coloco Kalvin para dormir. Amy é fechada e não me deixa ser a mãe que eu queria ser. Ligo a TV e no jornal da noite estão falando de mim.Digo, da Supermãe. Um dos policiais estava dando entrevista e disse que não precisavam de minha ajuda. Como se fosse verdade. A luz que passa por debaixo da porta do quarto de Amy apagou, isso quer dizer que ela já está dormindo. Hora de vestir o traje, colocar a máscara e fazer mais uma vez o trabalho da polícia. É hora da Supermãe, entrar em ação.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram?!