Sasuke

O domingo acabou traqnuilo, eu voltei pra casa mais cedo com a Sakura, fizemos "coisas de casal" e descobri que meus pais tem vizinhos estranhos.

Minha família adorou a Sakura, e por isso a Hana fez questão de nos visitar, e literalmente arrastou a rosada pra um dos encontro com as amigas, disse que queria que ela conhecesse as Kunoichi de Konoha, e eu fiquei em casa, mofando em uma segunda-feira.

Minha mãe saiu com as amigas, meu pai tava no trabalho, e pela primeira vez eu senti falta de ter algo pra fazer, então aproveitei meu tempo ocioso pra por algumas coisas em ordem, um barulho no andar de baixo chamou minha atenção, e pela barulheira conclui ser meu irmão, algumas coisas nunca mudam.

– Boa tarde irmãozinho - ele disse passando pelo corredor - Tá sozinho?

– Ao que parece, apenas mulheres podem ir a esse tal chá das Kunoichi da vovó - Itachi estava de roupa social - ou quase - já que a camisa azul clara estava aberta, e a gravata frouxa - Chegou mais cedo hoje.

– Não exatamente, eu meio que tô de férias sabe, por causa do casamento - ele já tinha gado conta da minha poltrona e me fitava com um sorriso de canto, a onde ele quer chegar?! - O que é um verdadeiro porre, a Konan não tem tempo pra mim, só pra docinhos, vestidos e arranjos de flores bregas, e a sua Dona Mikoto quase me deixa louco com as idéias mirabolantes dela.

– Eu posso imaginar - Minha mãe tem um bom histórico de tragedias familiares, por conta das excentricidades dela - Mas e você, como você ta se sentindo?

– Onw meu irmão mais novo tá preocupado comigo? - É acho que ter uma conversa descente com ele nunca vai acontecer - Que coisa fofa, você todo preocupadinho

– Tsc... você não muda mesmo, eu sou teu padrinho, é meu dever me preocupar com o bem estar do casal, e principalmente, com a despedida de solteiro do noivo.

– Não me decepcione irmão - A ele não perde por esperar - Ei o que você acha de uma noite dos rapazes?

– Tá tão carente assim Itachi? - Conhecendo bem meu irmão, ele tava afim de uma boa farra - Bom a vovó não vai devolver a Sakura tão cedo, acho que é uma boa.

– Ótimo, liga pra cambada toda, eu vou tomar um banho - é a noite prometia.

Geralmente as noites de Konoha não eram frias nessa época do ano, e como eu sairia com os amigos, um jeans e uma camisa estavam de bom tamanho, banho tomado eu estava pronto 40 minutos depois do Itachi sair do quarto, e como a rapunzel demora em arrumar as tranças, resolvi mandar uma sms pra Sakura, apenas pra verificar se ela estava bem.

"Oi, como foi a tarde com as velhas?"

Não, eu pareço um adolescente

"Oi, como foi com a Hana, ela ainda não te enlouqueceu, né? Bom, espero que tenha se divertido, eu vou sair um pouco com o Itachi e alguns amigos, tudo bem pra você?

Beijos U.S."

Não fui evasivo, e também não pareci um adolescente desesperado, ela não se importaria não é? Depois de alguns minutos obtive respostas.

"A Hana é incrível Sasuke, e as amigas dela também, encontrei com a Hinata voltando pra casa, e ela me chamou pra conhecer o estúdio, logo devo estar em casa. Dirvirta-se e cuidado, lembre que você é um homem comprometido.

Beijinho H.S."

Que bom que ela ta com a Hina, as duas se tornaram boas amigas, e eu com toda certeza aprovo isso.

"Pode deixar, não tem ninguém com quem você precise se preocupar não, e diz pra dona Hinata cuidar bem da "cunhada" dela. Não volto tarde, me espera?"

Por mais improvável que parecesse, a Sakura realmente tomou um lugar absurdo dentro do meu coração, sem eu me dar conta ela virou a minha vida e os meus sentimentos de cabeça pra baixo, e essa bagunça toda é uma coisa muito boa.

"Farei o possível Uchiha. Divirta-se, te espero na cama ;P"

Definitivamente essa mulher quer me enlouquecer, como se já não bastasse ter que ver ela, com a aquela maldita camisola azul bebê que mal cobria a bunda, agora ela quer brincar com o meu psicológico também?!

Quando finalmente a donzela saiu da torre, invadiu meu quarto, eu realmente não gosto de mexer nas coisas da Sakura, mas enquanto eu procurava um relógio que simplesmente estava desaparecido, foi impossível não revirar tudo, ela que brigasse comigo depois. Eu realmente esperava encontrar qualquer coisa nas coisas dela, qualquer coisa mesmo, mas nada comparado ao pequeno objeto parecendo uma caneta dentro de um caixa com os dizeres

"Duas listras positivo"

Cerveja.

Beijo.

Listras.

Positivo.

– Sasuke, você tá pronto - Itachi entrou no closet, mas eu não consegui raciocinar, e imagens minhas e da Sakura juntos depois de um beijo na cama, a forma como ela estava com o Yuri, e agora esse teste.

– Positivo - eu murmurei pra mim mas meu irmão ouviu, e arrancou o teste das minhas mãos

– Parabéns papai! Eu acho, cara isso...Sasuke, você tá branco cara, acorda - ele estalava os dedos na minha frente.

– Positivo aqui diz positivo - eu parecia uma criança, como assim a Sakura estava grávida?!

– Você já disse isso - e pela primeira vez na vida, eu vi meu irmão ficar sério - Eu preciso falar com a Konan

– O QUÊ? - minha voz saiu alta, mas também nessa situação, espalhar a notícia não era o que eu mais queria - Solta esse celular Itachi, a situação é séria.

– Eu sei, você vai ser pai e eu não posso ficar pra trás, vou ter uma conversa muito séria com a minha noiva, sobre como povoar o mundo com novos Uchiha - nem nesses momentos ele perde a piada.

– Bom maninho, já que vocês querem segredo tudo bem, eu não falo nada, mas agora você é o próximo da lista - ele me abraçou pelos ombros e nos caminhamos até a saída do quarto - É o próximo soldado a ser levado pro abate.

Mas que droga era aquela? A mas a Doutora me explicaria deireito essa história, só pode ser um engano, talvez seja de alguma paciente né? E por que caralhos, ela quardaria aquilo de algum paciente, se nem era essa a área em que ela atuava.

Sai em direção a garagem pela porta da frente, essa situação mexeu comigo, mas eu precisava ficar calmo, e se não for um engano, eu vou ficar com ela e cuidar dos dois. Eu estava em frente a porta que dava acesso a garagem, quando senti a presença de outra pessoa automáticamente me virei, me deparando com um homem extremamente pálido, de cabelos negros e um sorriso, simpático?

– Posso ajudá-lo - minha voz saiu áspera, me recorreu de tê-lo visto andando pela rua domingo a noite, o novo vizinho.

– Na verdade, eu acho que sim, Uchiha não é? - ele carregava um olhar opaco de superioridade que não combinava em nada com o sorriso falso - Bom eu soube que era engenheiro, e eu gostaria de tratar sobre algumas reformas na minha nova casa, se não for incomodo, é claro.

– No momento eu estou aqui de férias, e reforma não é a área em que eu atuo mas posso lhe indicar alguém da região - sujeitinho esquisito, nesse momento agradeci por meu celular tocar.

– Se me der licença

– Claro Sasuke, nos vemos poi aí - definitivamente vizinhos são estranhos, e eu não tava com cabeça pra pensar nisso.

O telefonema do Kakashi era pra tratar de alguns projetos em execução, como essa é minha área ele precisava de ajuda, nada de urgência, mandaria o projeto que eu tinha arquivado quando voltasse do Happy hour com os rapazes.

Aeroporto internacional de Paris

O movimento de vai e vem entre as pessoas não o desconcentrava, foi contratado para fazer o que faz de melhor, encontrar pessoas, o agente especial Maito era o melhor.

– Bom dia Sr. Hozuki, espero não te-lo feito esperar - o homem beirando os quarenta de enormes sobrancelhas grossas lhe sorriu - Temos novas informações sobre a localização dela, contatei alguns conhecidos em Tóquio e consegui alguns endereços fixos que ela frequenta.

– Ótimo, Gai esse é Juugo, ele é um dos meus melhores homens - o azulado apresentou um ruivo de bons 1,95 de altura, e uma boa quantia de músculos que não combinavam com o sorriso simpático e calmo do homem - Ele nos ajudara a encontra-la em Konoha, precisamos agir rápido.

– Sim senhor, o embarque já foi anunciado, dentro de algumas horas começaremos a agir - o moreno se retirou juntamente com outros dois homens que lhe seguiam em direção a plataforma de embarque.

Hozuki Suigetsu era o chefe de investigações internacionais, era responsável pela ANBU, um centro especializado em encontrar pessoas, e aquele não era um caso comum, além de envolver alguém por sentia grande apreço, Okamoto Sai era um homem perigoso, e muito arisco, conseguiu mantê-lo encarcerado por três anos, mas acabou perdendo por falta de provas, agora precisava mais do que tudo prendê-lo, a vida de outras pessoas estava em suas mãos.

– Você não deveria ficar tão tenso - já dentro do avião o ruivo lhe acariciou a mão esquerda a segurando com força depois - Iremos pegá-lo, Kabuto é esperto, mas o depoimento de Orochimaru vai nos ajudar, ela vai ficar bem, estamos a caminha do Japão por isso não é? - Tinham uma relação incomum além de amigos, o apresso e carinho que sentia pelo ruivo era um tanto confuso a olhos alheios.

– Sabe, eu sinto falta dela, e só de pensar que desta vez ele não vai ter como fugir.

– Tem razão, tudo voltara a seu devido lugar.

Uma velho ditado popular já dizia, a esperança é a ultima que morre. E ele lutaria até o fim.