The New and Indifferent Natsu escrita por Larissa Dayelle


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

É para comemorar povo, finalmente um capítulo com mais de 1.000 palavras. Eu tinha dito que meio que ia seguir um pouco a história do mangá, mas eu tive umas ideias e resolvi segui-la.



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Natsu on

Passaram-se alguns dias depois da conversa com Lucy, dias calmos e tranquilos. Porém aquela paz logo seria quebrada com uma terrível notícia: o chamado Império Alvarez iria atacar Fiore com o objetivo de roubar a Lumen Histoire. Um reino comandado por militares, onde suas tropas são compostas apenas por membros de guildas das trevas. 730 guildas negras formavam um reino gigante com um poder inimaginável que havia capturado Makarov. Recebemos essa notícia há aproximadamente um dia, mas já estava, pelo menos para os outros membros da guilda, decidido: eles lutariam contra Alvarez para impedi-los de destruir Fiore e conseguir a Lumen, e libertar seu tão amado mestre.

– Vamos lá, precisamos resgatar o mestre e impedir o plano deles o mais rápido possível – Disse Romeo.

– É vamos lá – Gritavam os outros

– Eu serei a responsável por organiza-los e não se esqueçam: sigam minhas ordens, apenas assim poderemos vencer – Disse Erza confiante.

– Nunca esperava ver esse dia, o dia em a Titania foi descuidada e confiante demais – Disse – vocês realmente acham que podem vencer 730 guildas das trevas e talvez mais as do nosso país sem a ajuda do Laxus, da Tribo do Deus Trovão e do Guildarts? Estão subestimando demais os inimigos.

– Nós podemos sim vencer Natsu, derrotamos as três guildas das trevas que formavam a Aliança Balam (lê-se como Aliança Baram), ganhamos os jogos mágicos e conseguimos impedir os dragões que vieram do portar. Ninguém pode com a Fairy Tail, principalmente depois de um ano de treinamento duro – Disse Gray.

– Está sendo arrogante, foi penando que conseguimos fazer tudo isso. Vão por mim, eles são realmente fortes, tem um treinamento especial para desenvolver suas magias negras. – Digo – Nem mesmo Makarov conseguiu derrota-los mesmo possuindo a Fairy Law.

– Como sabe disso? De eles terem um treinamento especial? – Questiona Levy

– Porque eu já estive lá há muito tempo...

– Explique melhor Salamander, é bom não ter se envolvido com magia negra. – Exige Gajeel.

– Tudo o que vocês sabem sobre a minha infância é que eu fui criado por um dragão certo? E depois ele sumiu. Vou lhes dizer: eu não vivi com Igneel desde que nasci, o conheci quando tinha 14 anos.

– Como assim Natsu? – Pergunta Happy triste, talvez porque eu nunca tenha contado isso a ele.

– Antes de o Igneel me adotar eu vivia em outro país. Lá, eu era treinado tanto psicologicamente quanto fisicamente para fortalecer minha magia. Porém não estava sozinho, havia ali outras crianças também naquela espécie de prisão, todas nós tínhamos características semelhantes: não possuímos famílias, nem nomes e tínhamos grande potencial. Mas conforme o tempo passava, o número de crianças ia diminuindo, umas não conseguiam mais desenvolver suas magias então foram taxadas como descartáveis, outras acabavam ficando loucas por causa do treinamento psicológico. Cada dia que se passava ao menos uma criança era dispensada, e quando percebi, havia apenas oito de nós. – Contei – Agora viria o teste final, quem quisesse sair daquele lugar teria que batalhar. A princípio pensamos que era apenas um treinamento, mas aquilo se mostrou muito pior. Nós fomos colocados numa arena, uma arena onde apenas quarto poderiam sair vivos. Teríamos que batalhar até a morte com nossos companheiros, e assim foi. Estávamos sobrecarregados e, apesar de não querermos fazer o que nos mandavam, era o único jeito de sair daquele lugar.

– Se você está aqui então significa... – Começou a dizer Lucy.

– Sim, eu matei meus nakamas, e me odiei por muito tempo. – Disse vazio – Conforme havia sido dito, apenas quatro de nós sobreviveram. Eles cumpriram o que disseram, nós saímos da prisão e fomos alojados em um quarto dentro de um grande castelo, o qual na época eu suspeitava ser o QG deles. Estávamos abalados claro, mas eles não ligaram, tivemos de aumentar a intensidade dos treinamentos. Depois de alguns anos nos tornamos os melhores entre os melhores, e então fomos promovidos, por assim dizer. Juntaram-nos em um grupo para fazer o trabalho sujo deles e nos deram nomes, o que até então não tínhamos, fomos chamados de Natsu, Haru, Aki e Fuyu, juntos nós formávamos o melhor e cruel grupo assassino de Alvarez, os Kirā-kyoku.

– Natsu você... – Disse Lissana.

– Perdi as contas de quantas pessoas eu matei a mando deles, – Confessei – mas também foi graças a eles que conheci Igneel e as coisas boas do mundo. Para mim antes o mundo era apenas feiura e podridão, mas minha perspectiva mudou e sou grato tanto a Igneel quanto vocês, que foram os que fizeram isso.

– Como conheceu Igneel, isso foi algo que você ainda não explicou. – Perguntou Mira receosa.

– Em uma missão. Nosso objetivo era entrar em Fiore e matar os membros do conselho, porém não esperávamos encontrar um dragão no meio do caminho. Como vocês sabem, os dragões tem um olfato incrivelmente aguçado, e ele sentiu o cheiro de sangue em nós. Tudo aconteceu rapidamente, ele provavelmente chegou à conclusão do que faríamos e então nos atacou. Nenhum de nós podia com ele, nossas magias não faziam efeito nele, estávamos prevendo nossa morte. Para que os outros sobrevivessem, eu os teleportei para longe e enfrentei o Rei dos Dragões de Fogo. Lutamos durante horas até que cometi um erro e ele conseguiu me prender entre o chão e suas garras. Ele realmente iria me matar, porém no último momento hesitou.

– Hesitou? Dragões nunca hesitam, simples assim, quando decidem uma coisa e a cumprem, não importando o número de vítimas ou as consequências. Por que ele hesitaria então Salamander? – Diz Gajeel.

– Ele hesitou – digo lentamente – porque naquele momento, mesmo com a morte certa, mesmo sabendo que havíamos falhado e mesmo que voltássemos vivos seriamos severamente punidos, eu tinha um sorriso em meu rosto, uns dos poucos sorrisos que já dei em todos aqueles anos. Um sorriso sincero e feliz, feliz por finalmente não precisar matar mais pessoas e feliz porque meus nakamas, minha família, estavam a salvo. Eles poderiam continuar a missão e não seriam castigados. Um sorriso, por incrível que pareça puro e sem maldade. Apenas um sorriso representando um pouco de felicidade em meio àquela escuridão interminável.

Natsu off


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e até o próximo.