Seasons escrita por Getaway6738


Capítulo 3
Capítulo 3 - Inverno


Notas iniciais do capítulo

Yo Minna!! Tenho um aviso pra voces. Nesse domingo, dia 17/05 eu vou estar no Anime Festival de BH. Vou tentar fazer cosplay do Stan lá :D

(Caso você não saiba quem é o Stan, veja isso: http://i.imgur.com/OusXQcL.jpg e isso: http://fanfiction.com.br/historia/538913/Take_My_Love_And_Run/).

Tentar por que eu ainda não tenho uma peruca vermelha, mas se você quiser ir lá e me conhecer, vou adorar :D Enfim, chega dos advertises e bora pra fic :D bora ler?

Playlist:

Nome: Deadwood Floats - Three Years
Link: https://www.youtube.com/watch?v=5sYoOakpgpI

E não tivemos nem participações, nem comentários ://



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Debussy

“A arte é a mais bela das mentiras” – Claude Debussy.

O outono se despede, dando lugar ao inverno. Um bom tempo se passou desde que nos beijamos, e agora estamos numa espécie de relacionamento não definido. Ele dorme na minha casa, eu durmo na casa dele, mas ninguém ousa mencionar a palavra namoro.

– Quer comer alguma coisa? – pergunto, deitado em seu colo no sofá.

– Quero sim – responde, não tirando os olhos de seu smartphone de ultima geração.

Levanto-me e vou para a cozinha, pegando alguns vegetais na gaveta da geladeira. Vivaldi é viciado em trabalho, e acabei me acostumando em ter que disputar sua atenção com seu chefe e subordinados que aparentemente também não param de trabalhar por um instante. Corto tudo e jogo na panela com caldo de frango, voltando para a sala e o vendo com uma expressão estranhamente familiar.

– O que foi? Você está esquisito de novo - Sento-me ao seu lado, colocando a cabeça em seu ombro e abraçando sua cintura.

– Não é nada – responde, ainda preso ao celular.

– Como assim nada? – me afasto e tiro o aparelho de suas mãos de uma só vez. Agora ele vai prestar atenção em mim - Desde que nós nos conhecemos você fica falando que não é nada, tem que ser alguma coisa.

– Acredite, não é nada, amor - bufa, tentando tirar o celular da minha mão.

– Essa é a única coisa que você sabe dizer? Eu só quero ajudar – admito, fazendo bico.

– Eu não tenho nada, é só impressão sua – desiste de pegar o celular, fazendo cara de bravo.

– Só estou tentando descobrir por que, depois de todo esse tempo, tem meses em que você fica muito triste, e depois muito feliz, e sei lá mais o que. Eu fico preocupado, Vid...

– Deve ser o trabalho, estou tentando fechar um contrato difícil com aquela empresa de ônibus que tinha te falado semana passada – saio do seu lado, me sentando em seu colo e entrelaçando as mãos em sua nuca.

– O que você acha de se desligar um pouco desse seu celular e passar um tempinho só comigo para variar? – beijo sua testa, a ponta de seu nariz, e em seguida sua boca – a gente come um pouco, assiste a um filme lá no meu quarto, fica embaixo das cobertas, dorme junto. Aposto que assim você relaxa.

– Ótima ideia - Vivaldi dá um sorriso de canto de boca e me puxa para um beijo, colocando as mãos em minha cintura.

A noite passa e acordo numa linda manhã de sábado. Neva lá fora, e Vid me abraça embaixo das cobertas. Não quero sair daqui tão cedo, mas alguém tem que fazer o café da manhã por aqui, e esse alguém não vai ser só eu. Viro-me, em sua direção.

– Amor – passo suavemente a mão por seus cabelos brancos – A gente tem que fazer o café da manhã.

– Não quero sair da cama hoje – murmura ele, me abraçando forte – não dormi nada essa noite, me deixa ficar aqui mais um pouquinho...

– Só mais quinze minutos – retribuo o abraço e recosto minha cabeça em seu peito - Você não está dormindo, nem comendo direito já tem um tempo.

– Bobagem sua... Eu dormi quase a semana toda.

– Foram só dois dias essa semana. Eu contei – suspiro, me ajeitando melhor nele – até quando você vai ficar me escondendo o que você tem?

– Vamos fazer o café da manhã? Daqui a pouco tenho que ir para o trabalho – muda de assunto novamente, se sentando na cama de supetão.

– Faz você – resmungo, me virando para o outro lado – Perdi a fome.

Vivaldi fica calado e se levanta da cama, saindo do quarto em seguida. Detesto essa mania infantil de ficar me escondendo as coisas quando tem claramente algo de muito errado por aqui. Fico na cama por mais quinze minutos, até que ele volta para o quarto com uma xicara de chá quente na mão.

Ele a coloca no criado mudo e beija a minha testa, se sentando do meu lado na cama enquanto me sento.

– Amor... Eu tenho depressão sazonal, só isso – afirma, olhando envergonhadamente para mim – isso significa que nas estações mais frias, fico triste, por que não tomo a quantidade certa de sol. Só que não sou muito bom com sol por ser albino, entende? Então essa tristeza dura quase o ano todo.

– Por que você não me contou isso antes? – indago, passando a mão por seus cabelos brancos.

Vivaldi parece estar realmente nervoso com isso, mas eu não vejo o porquê, é completamente normal ter depressão sazonal por aqui. Ele podia ter me dito isso antes.

– Por que não queria que você soubesse isso, não queria te preocupar. Eu convivo com isso há vários anos, e sempre me dei bem, o problema são os outros. Meus pais achavam que eu tinha depressão, já que isso acontece em boa parte do ano, então me davam remédios e mais remédios quando tinha, sei lá, dezesseis anos.

Eu não imaginaria que algo assim seria tão serio para ele. Ele se vira em minha direção, com um sorriso torto, então não resisto e o abraço com força.

– Eu achei que você ia me achar louco, ou que ia... Pensar o mesmo que os outros pensaram e acabar se afastando – conta, juntando suas mãos em seu colo.

– Eu não vou embora por causa de algo assim. Tem algo que eu possa fazer para te ajudar com isso? – indago, preocupado.

– Fica comigo – sorri, um pouco mais aliviado – e toma esse chá antes que ele esfrie.

Solto uma risada e ele beija a minha testa, sorrindo em seguida. É incrível como o amor é uma dessas coisas raras de se achar. Algo em seu sorriso me fez sentir o que mais desejava sentir, a sensação de completude, de perceber que talvez tenha finalmente achado meu lugar na terra. E esse lugar é bem aqui, ao lado dele, ouvindo seu riso suave e seus erros acertados.


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Notas finais do capítulo

Então! Curtiu? Favorite, comente e se possível recomende que você vai estar me ajudando pra caramba. Eu respondo todos os comentários, então não seja tímida(o) e me escreva alguma coisa :D
Quer sua musica aqui na fic? Mande ela pelos comentários que eu posto aqui :DDD



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