Seasons escrita por Getaway6738


Capítulo 2
Capítulo 2 - Outono


Notas iniciais do capítulo

Yo Minna!! Segundo cap e aparentemente eu não consigo ficar cansado dessa fic aushuashas não sei, mas sinto que o desussy precisa sentir um pouco mais de amor, e o vivaldi está ali para isso.

Playlist: Em homenagem ao vicio do Debussy, temos a musica de hoje uashusahsua

Nome: Dooqu - Cup Of Tea
Link: https://www.youtube.com/watch?v=y-yWwdB6xm8

E tivemos participações :DD

Perfil: Gnoma (http://fanfiction.com.br/u/261739/)
Nome: BIGBANG - LOSER
Link: https://www.youtube.com/watch?v=1CTced9CMMk



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Debussy

“A musica começa onde a fala não é capaz de expressar, a musica é feita para o inexprimível” – Claude Debussy.

Seu cartão é completamente cinza escuro, com um leão preto e letras vermelhas em relevo, assim como sua assinatura, que fica embaixo. Esse cara não está brincando, ele trabalha no Irish Times, o jornal mais respeitado de toda Dublin e o meu concorrente, já que trabalho para o The Herald, um tabloide de tiragem média.

Pago a conta e volto de bicicleta para casa, ponderando se deveria ou não ligar para Vivaldi. Ele foi legal comigo, e nos passamos uma tarde ótima juntos... Acho que talvez mande uma mensagem. Assim não vai parecer que sou intimo demais, mas também não vou ficar em silencio.

Chego à minha casa depois de quinze minutos de pedalada, afinal Portobello fica relativamente longe do centro da cidade com todas essas ruas mal projetadas. Entro na pequena casa geminada com tijolos vermelhos e porta branca. Jogo minha pasta transversal no sofá creme, indo em direção a minha mesa e ligando o notebook enquanto me sento.

Normalmente, quando chego em casa e decido escrever, faço meu artigo e em seguida tento fazer algo com o projeto do livro. Provavelmente essa vai ser outra noite longa e sem inspiração. Assim que termino tudo – lá para as onze da noite -, decido mandar uma mensagem a Vivaldi.

– Então você trabalha no meu concorrente, acho melhor meu chefe não ficar sabendo disso ou posso me meter em sérios problemas – coloco uma risada e envio.

Alguns minutos depois, quando estou me preparando para tomar banho, recebo sua resposta:

– O que vai fazer sábado que vem? – o-o que vou fazer? Bom, e-eu ia escrever. Espera, ele está mesmo me chamando para sair?

– Vou para o Le Phare de novo, acho - tomo banho e visto a minha cueca amarela, indo para a cama e só lá vendo a resposta dele.

– Acho que vou para lá também, gostei do ambiente, ajuda a sair um pouco da mesmice – acho que nunca fiquei tão feliz por ler a mensagem de alguém.

– Então a gente se encontra lá?

– Sim – afirma – Bom, está tarde e se não for dormir, não vou conseguir trabalhar amanhã, então boa noite.

– Boa noite - ele trabalha também no domingo? Nossa, a rotina dele deve ser mesmo apertada.

***

Nunca uma semana passou tão lentamente como essa. Fiquei conversando com Vivaldi a semana inteira, mas mesmo assim, sábado parecia tão distante quanto a lua. Quando o dia chega, me vejo me arrumando mais do que o normal para sair. Tomo banho e visto uma calça jeans cinza por baixo de uma camiseta azul escura com “3” estampado em branco. Nunca soube o que aquilo significava, mas ela sempre foi minha camiseta preferida.

Saio de casa com meu caderno e minha caneta dentro da minha bolsa transversal e faço o percurso até a cafeteria, ouvindo uma música qualquer. A música sempre me acompanhou como uma amiga inseparável. Acho que meu nome acabou atraindo isso de alguma forma.

Chego à cafeteria, vendo Vivaldi sentado na mesma mesa em que se sentou na semana passada. Ele está vestido um pouco mais casualmente hoje, com uma camisa social xadrez azul com finas listras brancas, calça jeans branca e seu inseparável relógio no pulso esquerdo. Ao me ver, ele abre um pequeno sorriso e se levanta para que me sente, sentando-se novamente em seguida. Ele realmente é bem cavalheiro.

– Não pensei que você fosse chegar mais cedo – afirmo, sorrindo.

– Gosto de ser pontual – comenta. Ele continua melancólico como no outro dia, o que aumenta ainda mais a minha curiosidade sobre o porquê dele ficar assim – como os britânicos.

– De britânico você não tem quase nada – rio apontando para o copo de chá na mesa e o fazendo rir – Ei, você tem algum apelido? Te chamar de Vivaldi é muito demorado.

– Vid – responde ele, e a garçonete chega com outro copo de chá para mim – espero que você não se incomode, pedi para você.

– Tudo bem – sorrio e desvio o olhar, grato por seu gesto - Gostei de Vid.

– E você? Tem algum apelido?

– Deb – nunca gostei muito desse apelido, mas o fato dele querer saber fez com que gostasse um pouco mais dele.

– Posso te chamar assim, então? – pergunta, me olhando como se estivesse pisando em ovos.

– Claro – respondo, corando e o vendo abrir um sorriso de orelha a orelha.

***

Parece que o outono já está mostrando suas garras, esfriando um pouco a temperatura. Com a passagem do tempo, uma espécie de tradição acabou sendo criada entre nós. Todo sábado nos encontramos na mesma hora, na mesma cafeteria, na mesma mesa para conversar.

Não posso negar que quanto mais conversamos, mais apaixonado fico por Vid. Contudo, não sei se esses sentimentos são duradouros ou passageiros, e pior, também não sei se ele também sente o mesmo, o que só piora a minha situação.

Não sou um cara totalmente inocente. Depois de algum tempo sendo um galinha e provando de tudo, me cansei completamente de não estabelecer laços e resolvi me trancar em casa e no escritório, para evitar fazer besteiras e refletir sobre tudo. Com o tempo, percebi que não iria aparecer nenhum príncipe encantado para me salvar, então voltei a minha vida normal, insistindo um pouco dessa coisa de amor.

E então ele apareceu, e fez do meu coração o que quis com seus sorrisos tímidos, seu jeito encantador e seu olhar incisivo.

Hoje, por insistência de Vivaldi, vamos quebrar a tradição e ir para outro lugar, que a proposito, não faço a mínima ideia do que é. Ele falou que iria me buscar as quatro da tarde, e aqui estou eu, tentando arrumar o meu cabelo enquanto ele não chega.

Olho-me um pouco mais no espelho vendo se está tudo de acordo. Visto um moletom azul escuro por cima de uma camiseta cinza com a estampa de uma laranja e uma calça jeans azul escura. Ajusto um pouco o moletom até que escuto a minha campainha tocar. Lembra quando falei que queria ter aquelas borboletas no estomago? Não gosto nada delas agora.

Ando até a porta, abrindo-a e vendo Vid. Ele veste uma jaqueta de couro marrom escura por cima de uma camisa social preta e uma calça jeans na mesma cor, fazendo com que tudo contraste ainda mais com seu cabelo branco. Seu olhar está tão melancólico como no dia em que nos conhecemos, e isso me preocupa um pouco. Há alguns meses ele estava perfeitamente normal, rindo atoa e brincando, e de repente ele simplesmente começa a agir depressivamente de novo.

– Deb – cumprimenta ele, passando a mão pelo cabelo de uma forma que me faz tremer nas bases – pronto para a surpresa?

– Pronto, desde que não envolva tiros, morte, ou qualquer acidente em potencial – brinco, tentando distrai-lo da minha face ruborizada e tirando dele um delicioso riso tímido.

Saímos no carro dele, um sedã preto da BMW, enquanto ouvimos musica no radio e tento em vão o convencer de que ele tem que me contar para onde estamos indo. Alguns minutos depois, chegamos ao Shopping Swan, um shopping conhecido de Dublin. Vivaldi estaciona o carro do lado de fora, e logo, entramos no mesmo, virando a direita e entrando numa loja chamada House Of Tea.

– Você sempre disse que sou um maníaco por chá, mas sei que não consegue viver sem – brinca ele, puxando a cadeira para mim e se sentando ao meu lado numa pequena mesa do lado da parede – então decidi te levar aqui para provar alguns chás diferentes.

– Eu nem sabia que essa loja existia – exclamo, sorrindo e corando um pouco. Nunca pensei que ele pudesse fazer algo tão incrível assim por mim – obrigado, Vid.

Ele apenas sorri de canto de boca se foca na garçonete que se aproxima para anotar o pedido. Vivaldi pede quatro muffins de chocolate, e dois chás Black Darjeeling antes de me olhar com o mesmo olhar de melancolia que conheço muito bem.

– O que foi, hein? – indago, preocupado.

– Eu... As coisas estão meio confusas na minha mente, só isso. Enfim, como foi com o artigo da semana passada? Seu chefe gostou? – tenta desviar o assunto, mas o conheço bem demais para ignorar isso.

– O que foi? Você está estranho e não adianta mudar de assunto - insisto, o vendo bufar e dar um sorriso.

– É serio, não é nada, juro – ainda tenta disfarçar, na esperança de que eu desista.

– Você é o pior mentiroso de todos os tempos, Vivaldi. Anda, pode ir desembuchando – ele não fica assim atoa, com certeza algo sério aconteceu.

Ele bufa, olha para a mesa por alguns segundos e a garçonete vem e coloca o chá e os muffins na mesa. O silencio continua por alguns torturosos segundos até que ele levanta a cabeça e me olha nos olhos, receoso.

– Euachoqueestouapaixonadoporvocê – ele coloca as mãos no rosto, quase como uma criança querendo tampar a sua expressão e volta a repetir, dessa vez mais devagar – Eu... E-eu acho que estou a-a-apaixonado por você. Sabe m-ma-mais do que como... Amigo.

Meu coração foi para algum lugar desconhecido junto com a minha mente, me deixando sem resposta por alguns segundos enquanto Vivaldi abre um pouco seus dedos para ver a minha reação. Olho em seus olhos e não acredito nisso. Deve ser um sonho. É um sonho. Ele... Ele nunca iria me falar isso, não?

– Normalmente essa é a parte em que você me dá um tapa, ou sai correndo, sei lá – murmura, me tirando de meu pequeno mundinho interior.

– É serio? – indago. Toda a minha jornada amorosa nunca chegou ao ponto de ouvir a declaração daquele que amo, então fico sem saber como proceder.

– Eu... Eu estou falando serio – cora desviando o olhar, cruzando os braços em cima da mesa e escondendo a cabeça neles – me desculpe, não... Não consegui suprimir isso, eu tive que te falar. Desculpe por isso. Se você quiser eu sumo, se você quiser vou agir como se nada tivesse acontecido, mas, por favor... Diz alguma coisa.

– Vid... – o chamo. Lembra quando falei que queria ter aquelas borboletas no estomago? Agora as adoro em tantos níveis...

Ele levanta a cabeça devagar, ficando mais fofo ainda com medo da minha reação. Sorrio, coloco minhas mãos em sua nuca e me aproximo o suficiente para encostarmos nossas testas.

– Eu te mataria se você estivesse brincando, sabia? – ele sorri de um jeito que nunca o vi fazendo desde que nos conhecemos e selamos nossos lábios, num toque suave e apaixonante.

É normalmente nessa hora que acordo com o despertador tocando às sete da manhã, mas não consigo ouvir nenhum som. É como se tudo e todos ao nosso redor deixasse de existir por algum tempo, para que somente ele e eu pudéssemos ser o centro de nossos pequenos universos compartilhados, e essa é a melhor coisa de todas.

Definitivamente esse é o melhor sentimento de todos.

Pra quem quer saber como é o Vivaldi (O da fic, não o compositor uashusahas) Tai uma imagem dele:


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Notas finais do capítulo

Então! Curtiu? Favorite, comente e se possível recomende que você vai estar me ajudando pra caramba. Eu respondo todos os comentários, então não seja tímida(o) e me escreva alguma coisa :D

Quer sua musica aqui na fic? Mande ela pelos comentários que eu posto aqui :DDD



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