Slytherin Halls - Hogwarts A História escrita por Miss Evans


Capítulo 2
Capítulo 2




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– Como você sabe os nossos nomes? Quem é você? - DW perguntou espantada.

– Depois eu explico, ou melhor: depois vocês perguntam para o Arthur! Vamos, todos os alunos novos me sigam! Os barcos são por aqui! - ele disse virando as costas para a gente e indo por uma pequena trilha, sentido a um lago, que tinham uns cinquenta barquinhos (mais ou menos) de madeira atracados na margem.

"Dividam-se em grupos de quatro pessoas e entrem nos barcos!" ele disse perto de um barco.

– Su! - Lílian grita lá no meio da "multidão", fazendo com que todos olhassem para nós duas. - Vem com a gente!

DW me olhou, pois ela não queria ir com ninguém que ela não conhecesse.

– Ah, não me deixa sozinha, vai Su! - ela disse meio triste.

– Não vou deixar! - eu falei e peguei ela pelo braço e arrastei ela para perto de Lílian e Sev. - Ela vai com a gente, se não, eu NÃO vou, Líly! - eu disse, encarando Lílian e Snape.

Ambos ficaram me olhando, Lílian com uma cara de quem queria que só EU fosse com eles e Severo... bem... esse daí parecia o cachorrinho da Lílian, fazia de tudo pra agradá-la, então ele não disse nada, mais eu pude notar pelo seu olhar, que por ele, DW poderia ir, então eu me senti mais confiante e fiquei encarando a Lílian.

– Ah, sei lá Su... eu queria que fosse só a gente! - Lílian respondeu meio sem graça.

– Ah, que isso Líly, deixa a garota vir também! Os barcos aguentam quatro, se só a Susan vier, sobrará um lugar, e com certeza, o cara ali vai querer colocar um estranho aqui, então deixa ela vir! - Severo interviu, olhando para mim e para DW com uma cara do tipo: "vocês me devem uma".

Lílian pareceu meio chocada por Snape ter ficado do meu lado (geralmente ele sempre ajudava ela e deixava os outros se darem mal...), então meio que a contra gosto ela disse:

– Tudo bem então, pode vir também... Qual é mesmo o seu nome? - ela perguntou olhando para DW.

– Daphne Weasley, mais pode me chamar de DW! - DW respondeu sorrindo amigavelmente para Lílian e Snape. - E o de vocês? - ela ficou olhando para os dois.

– Meu nome é Lílian Evans, prima da Su, prazer! - Líly respondeu, estendendo a mão para cumprimentar DW.

– Muito prazer, Lílian! - DW respondeu, aceitando o cumprimento de Lílian. - E o seu é? - ela se dirigiu para Severo.

– Snape. - ele respondeu, sem nenhum gesto de querer cumprimentá-la.

– Vamos logo! Decidam-se logo, nós temos que ir e não podemos chegar atrasados! - o gigante disse perto de seu barco olhando para a gente.

Ouvimos um monte de passos rápidos e uns gritinhos de gente que quase escorrega na lama perto da margem.

Alguns minutos depois, estávamos dentro dos barcos, indo em direção ao castelo, sendo "empurrados" por alguma coisa que não podíamos ver.

A disposição dos barcos ficou assim, pelo o que eu pude ver (eu não consegui me mexer muito... tinha medo que aquele barco virasse e a "coisa" que estava possivelmente empurrando-o pudesse nos engolir...): Eu, DW, Lílian e Sev em um logo atrás na diagonal direita do gigante; Bellatriz, Narcisa, Andrômeda e Régulo Black em um na diagonal esquerda dele (do gigante); Greg, Lúcio Malfoy, Rodolpho e Rabastan Lestrange em outro atrás, no meio... de forma que formava tipo um "V" só que o barco deles no meio desse "V"; e logo atrás da gente, vinha o barco de Sirius Black, James Potter e dos outros dois garotos que estavam com eles desde o embarque na Plataforma 9¾, fazendo a maior festa (quer dizer: Sirius e James estavam fazendo algazarra, os outros dois, coitados, estavam quietos, só rindo...).

A "viagem" foi tranquila, eu e DW conversávamos só nós duas, Sev e Líly conversavam entre si, como se nós duas não existíssemos (eu meio que agradeci, pois depois da pequena discussão entre eu e Lílian, ficou um clima SUPER estranho entre a gente...), Snape não fez e nem falou nada, só me olhava de vez em quando com um olhar meio intimidador, que me deixou ao mesmo tempo que sem graça, curiosa, para saber o que ele estaria pensando.

– Mais e aí Su, a hora tá chegando, em qual casa você quer ficar? - DW perguntou, me trazendo de volta de meus pensamentos.

– Ah, sei lá DW, de preferência na mesma que você! - eu sorri e dei um abraço nela, que foi acompanhado de perto por Severo, que ficou ME olhando novamente com aquele olhar intimidador, porém com um leve e quase imperceptível sorriso no canto dos lábios, que também me deixou vermelha e sem graça. - E você? - eu perguntei para DW, tentando mudar o rumo do assunto (nessa altura, Sev e Líly já tinham voltado a conversar entre eles... do que eu não sei e também não queria saber.... Lílian as vezes me dava nos nervos...)

– Eu? Ah, eu queria muito entrar na Sonserina, mas acho que eu vou entrar na Grifinória, pois todos da minha família, incluindo o Arthur é de lá. - DW respondeu sem nenhuma emoção ou entusiasmo. - E vocês dois?! - ela perguntou para Líly e Sev, que olharam pra ela pra saber do que ela estava falando, então, ela vendo as expressões dos dois, disse: - Em qual casa vocês querem ficar?

– Ah, não sei... mais acho que menos na Sonserina! - Lílian respondeu de bate-e-pronto.

Quando ela disse isso, TODOS no barco olharam para ela, Severo pareceu não gostar muito da resposta dela, então eu perguntei:

– E por que você não quer cair na Sonserina, Líly?!

– Ah, porque eu fiquei sabendo que Salazar Sonserina, era um bruxo das trevas, muito mal... - Lílian disse.

– E você Severo, em qual casa? - eu perguntei, interrompendo Lílian, se não ela não ia parar de falar.

– Sonserina. - ele respondeu grosseiramente.

Ficamos meio constrangidas pelo modo com que ele respondeu, mas eu entendi o porque: Severo sempre quis entrar para a Sonserina, mas ao mesmo tempo, ele queria ficar na mesma casa que Lílian, então, uma vez ela dizendo que não queria entrar na Sonserina, ele teria que optar por uma das duas escolhas, porém eu achei que ele ficaria com a opção de ficar na mesma casa que a Lílian...

– Dá pra você parar de ficar me olhando Susan? - ele disse repentinamente voltando seu olhar do chão do barco, para mim, que estava "olhando" pra ele, sem perceber. - Vai parar de me olhar ou eu vou ter que te azarar, Evans? - ele falou de novo, me encarando feio.

– Quê?! - eu falei, piscando e vendo o olhar dele. - Que foi?!

A cara dele foi aquele olhar de lado, irritado, e logo em seguida ele falou: - Porque você tava me olhando, talvez?!

– EU? Te olhando?! - eu perguntei corando e tentando entender do que ele tava falando. - Eu não tava te olhando, tá maluco?! - eu falei.

Ele fez a mesma cara e então falou: - Não, tem razão... acho que eu tô maluco mesmo... de tanto conviver com você! - ele disse, voltando sua atenção para o chão do barco de novo.

– É sério Sev, ela não estava OLHAAAAANDO pra você, ela só estava com os olhos pousados em você, mais sem ver nada, ela tava viajando... é normal, quer dizer... as vezes isso acontece mesmo! - Lílian veio ao meu socorro.

Snape ficou me olhando com ar de reprovação e de quem me chamava de louca, eu, é claro, fiquei vermelha (já era de mim, ficar vermelha, toda vez que alguém falava alguma coisa de mim ou ficava me olhando); e se esse alguém fosse o Severo?! Piorou... era estranho, pois eu nutria um sentimento por ele, que eu não sabia o que era exatamente e também, por que eu achava que ele e Lílian iriam ou estavam tendo algum envolvimento, então, por esse motivo, eu tinha ele apenas como amigo e ficava mais vermelha do que o de costume, toda vez que ELE falava de mim ou me encarava fixamente.

Não demorou muito e o meu olhar, cruzou com o olhar de Bellatriz Black, do outro lado da formação; a reação dela ao me ver foi a pior, pois ela me olhou com um olhar de ódio mortal e fez um gesto com o dedo indicador, passando-o debaixo do pescoço, numa demonstração clara de: "eu ainda te mato!"

– Você ouviu o que eu te disse né Evans?! - Severo disse, me encarando sério, quando eu voltei minha atenção pra ele, ele continuou: - Mantenha-se longe de Bellatriz Black, para o seu bem.

– Você me conhece Sev, sabe que eu não sou de levar desaforo pra casa... se ela falar alguma coisa que eu ache que merece ter resposta, ela VAI ter essa resposta. - eu respondi olhando naqueles olhos negros, profundos e com um brilho encantador.

O resto da "viagem" foi tranqüilo, não deu cinco minutos, e atracamos na outra margem; com o castelo no alto, iluminando o caminho.

O gigante, que estava perto de mim, disse sorrindo:

– Gostou do "passeio" Evans?

– Ahan... adorei! - eu respondi sorrindo. - Escuta, qual é o seu nome? - eu perguntei gentilmente.

– Rúbeo Hagrid, mas pode me chamar de Hagrid... sou o ajudante do zelador da escola Argus Filch. - Hagrid disse sorrindo meio orgulhoso do cargo que ele exercia. - Vamos, todos vocês, me sigam! - ele falou para os demais e nós começamos a andar.

Fomos: Eu, DW, Lílian e Sev mais atrás, meio que para observar os outros; Bellatriz, Narcisa, Régulos, Lúcio, Greg, Rodolpho e Rabastan na frente, logo atrás de Hagrid; Siriu, James e os dois meninos logo atrás deles; nós e atrás da gente, vinha Andrômeda Black com mais uns garotos e garotas; todos rindo e se divertindo de alguma coisa.

– Bem, eu fico por aqui; vocês, subam as escadas, a Profª McGonagall estará esperando por vocês no fim das escadarias; boa sorte a todos! - e dizendo isso, Hagrid nos deixa ao pé de uma escada enorme de mármore e sai, sentindo jardim.

Todos ficamos receosos de subir, então o grupinho da frente subiu primeiro; com as meninas na frente e os meninos atrás; estes com as mãos nos bolsos da calça, todos BEM metidos, esnobes, arrogantes; as meninas (Bellatriz e Narcisa - Andrômeda não fazia o tipo de garota esnobe, tanto era verdade que ela não estava junto com as irmãs); com o nariz empinado e toda arrogante.

– Lá vão os metidos do ano! - DW solta sem querer (ou não... nunca fiquei sabendo se foi ou não de propósito...)

Bellatriz e Narcisa olharam para trás, mas não para ver quem falou, e sim para os meninos, como quem quisesse dizer: "veja se pode uma coisa dessas..." Dos garotos, apenas Lúcio e Greg olharam para trás, Lúcio com ar mesmo de arrogante e esnobe; Greg já olhou com um sorrisinho no rosto... dos meninos, com exceção de Sirius, Greg era o mais suportável ali... ou pelo menos assim parecia.

– Que isso Weasley, tá maluca falar assim com eles? - Lílian disse meio desesperada. - Você ouviu o que o Sev disse: "Não se meta em encrencas com eles!" - ela repetiu exatamente igual a ele.

Apesar de TODOS acharem Lílian um exemplo de dama: educada, estudiosa, amiga e coisas do tipo; comigo ela era meio grossa, metida, arrogante e sarcástica; a gente brigava muito por causa disso (aliás, quase sempre estávamos brigando ou discutindo...), mais quando uma precisava da outra, para qualquer coisa, lá estávamos nós, prontas pra qualquer parada, aprontando juntas. Nossa relação só piorava mesmo, quando Severo estava por perto, que Lílian sempre queria dar uma de sabe-tudo pra cima de mim; tudo isso, para mostrar para Severo que ela também sabia das coisas, as vezes muito mais do que ele; e eu não gostava (e muito menos queria) que Snape achasse que eu ia deixar barato, então eu começava a falar o que eu sabia, muitas vezes, a gente se xingava e tinha que ser Snape para impedir que saíssemos no tapa; mais a gente tinha decidido entrar em Hogwarts mais calmas, ou pelo menos sabendo nos controlar mais do que nas férias (que era quando esses "surtos assassinos" nos atormentava...)

Como depois deles, todos começaram a subir também, o grupinho de Andrômeda e dos outros, acabaram indo na nossa frente, meio que emparelhando com Lúcio e os outros; um garoto um pouco menor que Greg, cabelos pouco arrumado, moreno e esguio parou bem ao lado de Lúcio, e este garoto, estava brincando e gesticulando... eu já estava vendo a hora que esse garoto ia acertar uma mãozada na cabeça de Lúcio e eu ia dar MUITA risada...

Não aconteceu nada, pois a Profª McGonagall, apareceu bem na hora em que eu tive o pressentimento de que o garoto iria bater (sem querer é claro) em Lúcio.

– Boa noite. Eu sou a Profª Minerva McGonagall, sou a vice-diretora da escola e diretora da casa Grifinória. - ela disse parando na nossa frente e nos encarando todos muito séria, porém calma. - Em Hogwarts existem quatro casas, são elas: Lufa-Lufa, Grifinória, Corvinal e Sonserina; que foram fundadas a mais de quatro mil séculos atrás pelos quatro maiores bruxos e bruxas da época respectivamente: Helga Lufa-Lufa, Godric Grifinória, Rowena Corvinal e Salazar Sonserina. Vocês, quando entrarem no Salão Principal, vocês serão selecionados para suas respectivas casas; cada um será selecionado individualmente, de acordo com o que o Chapéu Seletor "encontrar" nas suas cabeças. Alguma dúvida? - ela perguntou nos olhando. - Os horários das aulas e as outras regras, os Monitores e Diretores de suas casas falarão após o banquete de início do ano.

A Profª McGonagall era uma bruxa idosa, mais ainda com muita vida e força; ela mantinha os cabelos castanhos presos num coque no alto da cabeça, com alguns fios soltos; ela parecia ser aquela professora enérgica, severa, porém gente boa, que se alguém precisasse de ajuda, poderia contar com ela.

– Pois não Srta. Evans?! - ela falou olhando para Lílian, que estava com o braço erguido.

– Professora, desculpe a pergunta, mais... como o Chapéu Seletor avalia a gente? Quais critérios ele usa? - ela perguntou.

– Bem, muitas vezes ele avalia pelo nome da família, ou pelo o que a pessoa pensa, deseja, age... a senhorita irá ver Srta. Evans! - Minerva disse olhando-a severamente. - Podemos ir! - e com isso, ela começou a andar (com a gente atrás, sem perder um movimento se quer), por um corredor até uma porta enorme, que se abriu quando ela chegou perto.

O Salão Principal, era ENORME! Dentro dele, tinham quatro grandes mesas na vertical, uma do lado da outra; uma mesa igualmente grande (ou maior) na frente das outras, na horizontal, que eu conclui que devia ser a mesa dos professores; duas lareiras nas laterais, uma do lado direito e a outra do lado esquerdo; cada mesa devia ter mais ou menos uns setenta alunos e com espaço para mais uns trinta ou quarenta (que eu deduzi novamente, ser para a gente...).

Seguimos pelo único corredor "largo" que tinha entre as mesas, direto para a frente do Salão, onde havia um banquinho já bem velho e gasto, na frente da mesa dos professores, com um chapéu pontudo preto desbotado, igualmente velho e surrado em cima.


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