Mês de Novembro escrita por kaka_cristin


Capítulo 22
Capítulo 22 - Tentativa de reconciliação.




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Michelle foi embora e eu fiquei andando pela casa. Acabei parando de frente pra cômoda da sala olhando algumas fotos sobre ela. Havia fotos minha com o Gerard. Eu estava grávida quando a foto foi tirada. Lembrei de como éramos felizes e pensei no Gerard. Por um momento senti falta dele. Sentia falta do Gerard que me amou e que me fez feliz. Pensava agora onde ele estaria. Fui até a janela da sala e olhei pra rua. Nenhuma sombra de alguém há não ser por uma mulher passeando com seu bebê num carrinho. Novamente aquela dor voltou, era eu que poderia estar fazendo aquilo naquele momento. Se eu ainda tivesse um bebê...

 

Voltei pra cômoda e olhei uma foto minha com o Gerard e o nosso filho na minha barriga. Estávamos abraçados e sorríamos. Eu estava tão feliz nesse dia, lembro-me perfeitamente. A porta da sala se abriu e eu nem ouvi. Se Gerard não me cumprimentasse, eu continuaria ali viajando por um tempo lembrando daqueles velhos tempos.

 

- oi. – me virei assustada, fui pega de surpresa.

 

- oi. – respondi sem graça.

 

- estava vendo as fotos?

 

- é... – e abaixei a cabeça. Me virei e olhei novamente praquela foto. – esse dia foi tão bom. Nunca me esquecerei desse dia. Foi quando descobrimos que seria um menino e decidimos batizá-lo de Alexander.

 

- também nunca me esquecerei desse dia. Eu nunca esqueci...Lily. – me virei e olhei pra ele nos olhos. Senti vontade de abraçá-lo e de dizer que ainda o amava mesmo depois de tudo que ele fez. Mas ele apenas me olhou por mais alguns segundos e depois subiu pro quarto sem falar mais nada.

 

Na hora da janta, só se ouvia o barulho da colher tocar o prato. Gerard e eu não trocamos nenhuma palavra durante o jantar. De vez em quando eu o olhava, mas ele tinha o olhar concentrado em seu prato, talvez não quisesse me olhar. Ele ficara muito bravo depois do dia em que tivemos mais uma de nossas discussões e eu disse tudo que estava engasgado, acusei-o de seqüestrar nosso filho.

 

Quando acabei meu jantar eu subi pro quarto pra dormir. Troquei minha roupa e me deitei na cama, mas não consegui pegar no sono de imediato. Pensei no Gerard e comecei a chorar, como fora chegar nesse ponto a nossa relação? Minutos depois a porta se abriu e o Gerard entrou no quarto. Fechei os olhos fingindo dormir. Ele se trocou e se deitou ao meu lado. Abri os olhos e fiquei imaginando o que ele estaria pensando naquele momento, até que ele se pronunciou.

 

- ainda está acordada? – eu demorei um tempo pra responder e então me virei pra ele.

 

- estou.

 

- o que está acontecendo com a gente?

 

- eu me pergunto a mesma coisa todos os dias. Olha onde fomos parar.

 

- e o pior é que eu ainda gosto de você.

 

- eu também, Gerard. Eu ainda gosto de você.

 

- então por que? Por que estamos assim desse jeito? Por que não ficamos numa boa?

 

- eu é que pergunto Gerard. É isso realmente o que você quer? Vai querer finalmente uma relação séria?

 

- é lógico. Eu sempre quis.

 

- não quando dormia numa cama acompanhado sem ser a nossa e sem ser eu a sua companhia.

 

- não vamos começar de novo, por favor. Esquece isso.

 

- é meio impossível. Mas se for pra ficarmos bem novamente eu faço de tudo. Esqueço tudo que passou. Nós precisamos estar juntos mais do que nunca agora. Eu preciso muito de você Gerard me apoiando nesse momento.

 

- eu digo o mesmo de você. Eu sinto tanto a sua falta. – e ele tocou meu rosto alisando-o.

 

- ai Gerard! – e o abracei. – que bom! Que bom!- dizia deixando algumas lágrimas de emoção saírem. – eu te amo.

 

- também te amo. – nos separamos e eu olhei nos olhos dele. – vamos fazer algo amanhã? Vamos sair juntos pra algum lugar, pra curtirmos um ao outro.

 

- não sei. Com tudo isso, eu não tenho cabeça pra quase nada. Você entende?

 

- claro. – e eu o beijei.

 

- até amanhã. – e me virei ficando de conchinha com ele. Estava tudo ótimo, ele me abraçava e eu me sentia tão protegida em seus braços. Foi quando seu instinto machista falou mais alto e ele começou a passar a mão pelo meu corpo. – para! – disse tirando a mão dele de mim.

 

- só um pouquinho.

 

- não. – disse ainda calma. Mas ele continuou. Eu me virei pra ele o encarando irritada e ele me beijou. Eu retribuí o beijo e ele começou novamente com aquela mão dele passeando pelo meu corpo até que sua mão foi parar na minha parte íntima e eu então o empurrei. – já disse que não! – e ele olhou assustado. – droga!

 

- o que foi?

 

- como pode pensar nisso uma hora dessas quando seu filho está por aí e nem se sabe onde e nem se sabe se morto Gerard? Morto, ouviu bem? Nosso filho pode estar morto. – e eu comecei a chorar. – ainda quer que eu não desconfie de você?  Você nem pensa nele. Ou será que eu estou dando importância demais a isso e estou ficando maluca? Em? me diz! – ele continuou me olhando em silêncio um pouco irritado, mas sentiu pena da minha situação e me abraçou.

 

- me desculpa. Eu fui péssimo. Me desculpa. Calma. Vai dar tudo certo. E quanto ao que disse, eu tenho certeza que o encontraremos o mais rápido possível, são e salvo.

 - se Deus quiser, Gerard! Se Deus quiser! – e agarrei a camisa dele apertando-o forte contra meu corpo.

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