- Gerard? O que faz aqui? – perguntei ao abrir a porta de casa e encontrá-lo no sofá da sala.

- nossa! Que maneira mais romântica de me receber depois de tanto tempo sem me ver.

- desculpa... É que eu não esperava te ver hoje. – e escondi os exames que acabara de pegar no médico atrás de mim.

- o que está escondendo de mim?

- não é nada. É só um exame que eu fiz de...Coluna. Eu tenho escoliose. É isso.

- sério minha tortinha. – e ele veio até mim me beijando. Eu me descuidei e ele tomou o exame das minhas mãos.

- Gerard me devolve isso! – ordenei séria.

- não. – disse fazendo bico pensando que eu estava de brincadeira, mas na verdade eu estava bem nervosa.

- me dá. – e pulei em cima dele tentando pegar o exame de volta.

- calma! – e me olhou espantado. – está tentando me esconder algo? – e olhou pro exame. – isso não é uma clinica de ortopedia. – e me olhou boquiaberto. – Lily você...Você tem algo pra me dizer? – mesmo já fazendo idéia do que fosse ele queria ouvir da minha boca.

- eu não queria que fosse desse jeito. Na verdade eu imaginava uma outra maneira de começarmos essa conversa... – e eu sequei as lagrimas que escorriam pelo meu rosto. – pode ficar calmo, Way. Eu não vou ter esse filho. Na verdade eu já andei pesquisando algumas clinicas de aborto e...

- o que está dizendo?

- sei o quanto quis evitar que isso acontecesse. Me desculpa, o erro foi meu.

- já disse pra não colocar palavras na minha boca. – e eu me calei. – quando eu disse isso? Quando falei pra você que não queria ser pai?

- mas você...

- nunca diga nada antes de me perguntar. Odeio quando tira conclusões precipitadas sobre mim.

- me desculpa.

- Lily... – e ele me abraçou. – nós cometemos um “erro”. – disse fazendo as aspas com os dedos. – nós fizemos essa criança e vamos enfrentar isso juntos. E outra, eu nunca disse que não queria ser pai um dia, apenas omiti. – e ele levantou meu rosto com a mão no meu queixo. – acho que já era hora de te pedir isso.

- pedir o que?

- Lily, comprei isso na turnê. – e tirou uma caixinha do bolso. – eu te amo. – e eu comecei a chorar. Era a primeira vez que eu ouvia isso de um homem e soando sincero. – você quer se casar comigo?

- antes eu queria dizer que a minha resposta não tem a ver com o que está acontecendo no momento. Se me perguntasse antes eu teria dito o mesmo. É sim, Gerard. Eu quero me casar com você. Eu gosto muito de você.

- eu te amo.

- também te amo. – ele me beijou depois colocou a aliança da caixa em meu dedo enquanto eu chorava feito uma boba.

- agora vamos comemorar esse momento.

- a Michelle...

- não se preocupe. Temos a casa só pra nós dois até amanhã.

Eu sorri e envolvi meus braços em seu pescoço. Nos beijamos enquanto íamos caminhando até o sofá onde nos deitamos com nossos corpos colados. Despimos um ao outro e depois fizemos amor. Quando terminou ficamos os dois coladinhos deitados em forma de conchinha.

- amor, de quantos meses você está?

- três.

- sério?

- ahan. Nem dá pra perceber quase nada, né?

- mas logo já poderei vê-la com uma barriga gigantesca.

- um filho Gerard...Sabe o que é isso?

- você conseguiu o que tanto queria, ta vendo? E com o cara de quem menos esperava futuro. Se lembra quando nos conhecemos e você me disse que não queria nada comigo?

- eu fiz julgamento errado de você. – e alisei o braço dele que envolvia meu corpo nu.

- mas deu tudo certo. Agora nos amamos e vamos no casar e ter nosso filho ou filha.

- sim. E vamos ser muito felizes.

- se depender de mim seremos o casal mais feliz pra sempre.