#Ponto de Vista: Narrador

Já era 06h30min da manhã, quando Regina dirigia seu carro até a casa de Ever, e no caminho pensava nas palavras da amiga quando soube que David estava morto.

Flashback: On

– Regina, ele está morto!- Ever começou a chorar

–Calma querida, conte o que aconteceu. – Regina falava preocupada.

– Meredith acabou de me avisar, David foi assassinado. – soltou um longo suspiro. - disse que estava no hospital esperando Emma e August.

–Mas quem fez isso?

–Não temos certeza de quem foi, mas sabemos o real motivo disso tudo, Emma!- Ever abraçou a amiga.

–Ela também está em perigo, você tem que voltar! – falou se separando e olhando nos olhos da outra.

–Não é tão fácil assim Regina, minha filha pensa que estou morta! MORTA. – Falou em desespero.

–E você vai deixar que ela continue pensando assim? Isso é atitude de covarde Ever, tem que contar toda verdade, explicar o porquê disso tudo.

–Você acha que ela vai simplesmente me ouvir?

–Não, mas você é a mãe dela não é?- Ever balançava a cabeça afirmando enquanto chorava – Então para com essa choradeira, se recomponha e vai ajudar sua filha. – Falava séria.

–Você tem razão, eu tenho que voltar, afinal eu “morri” para protegê-la, e olha que ironia. –Ela deu um sorriso fraco. – Agora eu preciso voltar a viver.

Flashback: off

Regina se perguntava se Ever tinha falado com Emma sobre o porquê de sua morte, pois ela tinha certeza que Emma intenderia a mãe se soubesse de toda verdade. Era 07h00 em ponto quando ela chegou em frente a casa dos Swan´s, estacionou o carro, desceu e antes que pensasse em tocar a campainha Emma abriu a porta.

– Hey, Bom dia Mills. –Ela disse dando um beijo na bochecha da morena.

–Bom dia Swan.- Ela falou surpresa. – Por um momento pensei que você ia se atrasar. – Falou fazendo uma careta.

– Sinto muito por te decepcionar Majestade. Deixa para próxima. – falou rindo e dando uma piscadinha para Regina.

– Engraçadinha. – devolveu o sorriso. – Então vamos? . Emma balançou a cabeça positivamente. Regina se virou e foi em direção ao carro, sentou-se no banco do motorista e Emma ao seu lado.

Foram todo o caminho em silencio, Emma mexia em seu celular respondendo mensagens e isso não passou despercebido por Regina que às vezes a olhava de canto de olho.

#Ponto de Vista: Emma

Lá estava eu correndo pela rua sem rumo, olhava para os lados e não tinha ninguém ao meu redor, corria mais e mais, até que cheguei a uma praça, do nada ela começou encher de gente, avistei Meredith vindo em minha direção e aquilo me fez sentir mais segura, alguém tocou meu ombro esquerdo e quando me viro para olhar está com um capuz verde, Meredith chega mais perto e a cumprimenta, ela revela seu rosto, era Ever. De repente todos começam a correr e gritar, eu não me mexia só observava o tumulto, David Apareceu do nado e começou a me balançar. – Emma corre, não fique parada aqui. – Ele gritava cada vez mais alto. –Pai? Você está bem! – Eu o abraçava como se fosse a ultima vez, comecei a ouvir tiros, eram muitos, Ever segurou um dos meus braços e Meredith o outro, começaram a me puxar para longe do meu Pai. –Me solta, meu pai está ali. –Eu gritava mais nada adiantava. Foi quando deram um tiro em David e ele caiu ajoelhado no chão. – Nãooooooooooo . Abri os olhos, enquanto ouvia Ever me chamando.

– Está tudo bem filha. – Ela passou a mão em meus cabelos. – Foi só um pesadelo. - Ela me abraçava forte, e eu retribuo.

–Tenho que descobrir quem matou ele. – eu disse um pouco baixo. Ever encarou meus olhos marejados.

– Não se preocupe eu vou achar quem matou o seu pai. – ela falava confiante. – Agora volte a dormir okay? . – Me deu um beijo na Testa.

– Okay. – Foi a única palavra que consegui responder, me deitei virando de lado e Ever me cobriu com o cobertor e depois saiu deixando a porta aberta.

Já faz muito tempo que eu perdi David, e ninguém sabe quem foi, não querem me contar o que descobrem, sei que estão me escondendo muita coisa, e isso só me deixa mais frustrada. Não consegui dormir mais, já era 5h da manhã, então resolvi levantar e ir tomar um banho. Depois de vestir uma calça preta, uma regata branca e minha jaqueta cinza, calço minhas botas e resolvo comer alguma coisa enquanto espero Regina.

Desci as escadas e fui para a cozinha, ninguém estava acordado ainda, escrevi um bilhete avisando que ia sair, Ever já sabia, mas não custava deixar um bilhete lembrando. Peguei uma tigela, coloquei cereal e leite e fui para a sala para assistir tv. Fiquei assistindo e quando vi já era 6:45, levantei desliguei a tv, coloquei a tigela na pia, ouvi passos, percebi que eram saltos e logo associei a Regina. Fui abrir a porta.

– Hey, Bom dia Mills. – me aproximei e depositei um beijo em seu rosto, claro que aproveitei pra senti seu perfume, e que mulher cheirosa.

–Bom dia Swan. Por um momento pensei que você ia se atrasar. –Fez uma careta tão fofa.

–Sinto muito por te decepcionar Majestade. Deixa para próxima. – Falei piscando pra ela e rindo.

– Engraçadinha. – Ela falou com ironia me devolvendo o sorriso – Então vamos? . Fiz que sim com a cabeça. Serio eu devo ter algum problema. Regina se virou e foi em direção ao carro, e eu que não sou santa nem nada a acompanhei com olhar admirada com sua bunda. Ela sentou no banco do motorista e eu ao seu lado. Ficamos em silencio, eu até ia puxar conversa, isso se meu celular não vibrasse, era Killian me mandando mensagem de “Bom dia”. Fiquei trocando mensagens com ela até chegar à casa de Regina. Ela desceu do carro e fiz o mesmo.

A Casa era enorme, uma mansão na verdade, fiquei parada em pé enquanto ela folheava um livro que estava em cima da mesa, depois ela se virou para me.

– Vamos começar?– falou sugestivamente.

– A suas ordens Madame. – Falei imitando um soldando. Ela sorria

–Primeiro me de o celular Miss Swan. – Levantou a mão esperando que eu lhe entregasse o aparelho.

– Você não me falou que eu teria que ficar sem celular.

– Estamos aqui pra aprender querida, e você só vai conseguir isso, se não ficar trocando mensagens com seu namoradinho pelo celular. – Ela falou com ironia pegando o celular da minha mão.

– Eu não tenho namorado, é um amigo, e eu sei quando não usar o celular. – falei sem paciência.

–Hmmm que bom, mais é melhor eu te ajudar a não cair em tentação. – piscou para mim e colocou o celular no meio dos seus peitos. Que sacanagem, ela era uma tentação, revirei os olhos.

– Tá, por onde começamos?

Regina me levou até um quarto grande que ficava do lado de um escritório, pediu que eu me sentasse e começasse a ler um livro que ela carregava nas mãos, se sentou na minha frente e ficou me observando. Comecei a ler o livro, era sobre os clãs, logo me interessei, mamãe nunca gostou de me contar sobre as famílias, então eu só sabia o básico. Uma das paginas me chamou a atenção.

“Magia sempre esteve entre nós. E sim, ela sobreviveu séculos a fins. No começo eram muitos os que tinham o dom da Magica, mas com o tempo, a soberba e a inveja começou a prevalecer mais do que a bondade e respeito pelo próximo. Não eram mais um povo unido e por esse motivo toda magica deste mundo começou a se perder, não era todos que recebiam esse dom, estava ficando cada vez mais escassa.

Os mais Poderosos Mágicos resolveram se unir para poder proteger a magia de todo o mal humano, Eram quatro, Herry Mills, Victoria Nollan, Ava Swan e Jesper Lucas.Juntos eles criaram seus Clãs, reuniram todos aqueles que ainda possuíam magia e os fizeram escolher em umas das famílias, e a que mais se identificassem eles iam pertencer. Ao final da separação, existia 4 Clãs, cada um com sua força, eram uma família que ia muito mais além dos laços de sangue.

Para que não houvesse brigas entres os Clãs, foi proibido qualquer tipo de relação que juntasse as famílias, pois podia fazer com que os outros vissem isso com maus olhos, e consequentemente traria de volta toda a maldade que antes prevalecia. Assim a magia voltou a se proliferar, só que dessa vez, não era todos os descendentes que tinha Magica, alguns nasciam sem, mas não os tornavam menos importantes perante os clãs. E com o tempo se tornaram mais poderosos, mas sempre cautelosos para manter a sua existência escondida da sociedade humana.”

Parei de ler, e olhei para Regina.

– Se era Proibido juntar as famílias, estou quebrando algumas regras não acha? – Perguntei quebrando o silencio. Ela me olhava com curiosidade.

– Algumas. – Regina respondeu olhando nos meus olhos.

– Você acha que isso prejudicou muito os meus pais?

– Sim, Tudo tem sua consequência Swan, e ninguém escolhe por quem se apaixona não é mesmo?

–Não. –Respondi quase sussurrando. – é por isso que estão atrás de mim. – Falei mais para me do que para Regina. – Você sabe de alguma coisa relacionada a isso?

– Se eu disser que não, estarei mentindo, mas quem tem que ter essa conversa com você é Ever e não eu. – Ela veio até mim, alisou meus cabelos. – Sinto muito, mais é sempre melhor encarar os problemas de frente querida.

– Você tem razão, preciso conversar com Ever, Obrigado Mills – Sorri para ela.

– Sempre que precisar eu estarei aqui para te ajudar, só não pode ficar mal acostumada em senhorita. - ela apertou meu nariz.

–Ei, isso dói sabia. –Ela começou a rir da minha cara e claro eu também. Ficamos mais um tempo lendo o livro, Regina me explicava tudo, adorei minha professora particular, pena que tinha ir embora, até que eu estava gostando da aula, mesmo que teórica.

Ever tinha ligado no telefone de Regina, disse que estava vindo me busca e acabou me convidando para almoçar com ela, resolvi aceitar, precisava conversar com ela sobre tudo que estava acontecendo. É como Regina disse “É sempre melhor encarar os problemas de frente”, acabei rindo com esse pensamento.

Regina me acompanhou até a porta, e antes de sair me lembrei de algo que por milagre ela tinha me feito esquecer, durante as horas que passamos juntas.

– Ei Mills, não está esquecendo nada? – Perguntei olhando para o seu decote, ela acompanhou meus olhos e sorriu com vergonha. – Se quiser eu te ajudo a pegar. – Senhor, o que eu estava fazendo?.- o Celular. –Tentei corrigir.

– Claro o celular Swan. – Falou rindo me deixando com vergonha, retirou o celular e me entregou. – Da próxima vez se concentre em mim e não em mensagens. –Falou seria

– Pode ter certeza que farei isso. – Ouvi o som da buzina, era Ever me chamando. – Até amanhã.

– Até amanhã. – Ela me deu um sorriso largo.

Entrei no carro e me sentei no banco do passageiro ao lado de Ever.

–Oi, Está tudo bem?

– Estou sim.

– Vejo que gostou de Regina. – Ela falou enquanto dirigia.

– Ela é bem interessante. – Respondi baixo, enquanto Ever ria de canto.

– Então, pra onde você que ir? –desviou o olhar da rua pra me.

– Podemos almoçar na sua casa?

–Nossa casa. –me corrigiu seria. – Achei que você quisesse comer fora!

– Quero conversar com você, e no Restaurante não da pra falar de certos assuntos. – Ela abriu um sorriso. – Se você quiser é claro.

– Sim eu quero. – Segurou uma da minhas mãos. –Quero muito.