Eu não podia acreditar no que estava vendo, tudo aquilo parecia um sonho, ou melhor, um pesadelo. Precisei dor um beliscão no meu próprio braço para ter certeza que aquilo era real, e sim, para minha surpresa minha mãe biológica estava viva. Não sabia como reagir, apenas á olhava confusa. Ela parecia à mesma de anos atrás, tinha os mesmos Cabelos lisos e grandes, Seus olhos azuis combinando perfeitamente com sua pele alva.

Finalmente ela se mexeu e veio ao meu encontro, parando em frente a mim.

–Emma? Você está bem? Esses homens te machucaram?

Não conseguia responde-la.

–Filha? – continuei parada- Eu sei que você está confusa, eu posso te explicar tudo. – chegou mais perto de mim- Emma me responda. – ela mexia suas mãos, estava nervosa.

Eu queria correr, desaparecer daquele lugar, não queria falar com ela, nesse momento minhas emoções estavam uma bagunça. Eu queria abraça-la dizer que a amava e que estava com saudades, mas ao mesmo tempo me encontrava com muita raiva, como ela pode fingir que estava morta para a própria filha?

– Você está viva!- olhei incrédula- Você fingiu esses anos todos, e agora aparece assim do nada! – não queria chorar, mas já era tarde de mais, as lagrimas fugiam dos meus olhos, como ladrões fugiam da policia.

– Emma me escute, eu vou te explicar o porquê disso tudo. – deu mais um passo, quase fechando o espaço que nos separava. – Não me olhe assim, você esta me destruindo por dentro. - ela começou a chorar.

– Agora você é a vitima, ótimo. – balancei a cabeça em negação.

– Eu não queria que fosse assim ok! Essa foi uma decisão minha e do seu pai, para te proteger, então não me trate assim Emma, Eu te amo filha. – Ela me abraçou, no começo eu não retribuo o abraço, não queria ceder, mais ela não me soltou apenas me abraçava mais forte. Sem pensar muito, passei meus braços em suas costas, e a abracei tão forte que estava ficando sem ar. Depois de um tempo assim nos separamos.

A morena que observava tudo de longe resolveu se juntar a nós, veio se aproximando e tocou o ombro esquerdo de Ever, olhou para mim e disse:

– Vocês podem conversar em um lugar mais apropriado não acham? – Ela me encarava, meu Deus como sua voz era sexy.

Ever olhou para ela e disse:

– Regina essa é minha filha Emma Swan. –Ever olhava para mim agora. –Emma essa é Regina Mills, minha melhor amiga.

– Prazer em conhecê-la Regina Mills.

– O prazer é todo meu Srta. Swan

– Sinto muito, mas eu tenho que ir para casa. –Falei olhando para as duas e andando em direção à rua.

– Eu posso te levar até lá. – Ever segurou meu braço.

– Não obrigada, meu tio vai vim me pegar daqui a 5 minutos na Livraria!

– Ligue para ele, diz que não precisa vim que eu vou te levar em casa.

– Não precisa! – Sai andando sem olhar para traz.

– Emma não faça birra, volte aqui! – Continuei andando, até sentir uma brisa leve me puxando para traz, me esforcei o máximo para continuar andando, mas não consegui, então desisti e deixei que ela me puxasse até onde Ever estava.

– Dá pra para de usar magia em mim? –Falei irritada

– Ok. – ela levantou as mãos

Só podia ser brincadeira, meu telefone tocou, quando fui atender vi seis ligações perdidas de Meredith, ela ia me matar. As duas mulheres me olhavam agora esperando eu atender o celular.

– Alo

– Emma Swan, onde você está?

– Eu estou perto da Livraria do pai da Bella. – Ever me olhava

– Perto onde?

– Ahhh pertinho, estou em frente um beco!

– Um beco? Você está querendo me matar de preocupação? Seu tio está passando ai pra te pegar.

–É.. Mãe eu não estou sozinha aqui!

Ever me olhou com expressão interrogativa.

– Você está com quem? Emma você está muito encrencada mocinha!

Ever pegou o celular da minha mão.

– Oi, Meredith sou eu Ever!

–Ever? O que você está fazendo com Emma?

– É uma longa historia, eu posso ir a sua casa, para podemos ter uma conversa?

– Pode é Claro.

– nos vemos daqui a 15 minutos então.

Ever desligou me devolvendo o celular.

– Pronto, já resolvi tudo, vamos para a casa de Meredith.

– Minha mãe está ficando maluca só pode! – resmunguei enquanto mandava um sms para Meredith.

– Não estou agora entre no carro, por favor!

– Não me referia a Srta. – Ever deu um grande suspiro, Regina abriu a porta do motorista de um carro preto que estava estacionado do lado do carro que elas estavam.

– Entrem, não tenho o dia todo, minhas queridas! – ela ria com ironia

Sentei no banco de traz do carro e Ever no banco da frente, junto com Regina. Fomos em silencio até a minha casa, O percurso até lá durou menos de 10 minutos, Abri a porta do carro e quando sai mamãe estava do lado de fora nos esperando.

Deixei Ever e Regina para traz e fui de encontro a Meredith.

–Desculpa mãe. – falei quando ela me abraçou

– Não, eu quem devo desculpas meu amor.

–Meredith- Ever falou tentando chamar nossa atenção.

– Olá Ever- cumprimentaram-se com um beijo no rosto

– Oi Regina, quanto tempo não?- Meredith falava com Regina enquanto Ever me olhava.

– Oi, pois é, alguém tem coisas muito importantes pra fazer né!

– Aposto que sim! Vamos entrando- Meredith passou por mim atravessando a porta.

Fomos para a sala, sentei no sofá, Regina sentou do meu lado esquerdo e Ever do Direito, me amaldiçoei por não ter sentado na poltrona. Meredith sentou no sofá da frente e tentou começar a conversa.

– Aceitam alguma coisa para beber?

– Eu aceito uma água – Regina respondeu

–Eu também. –Ever completou.

Minha mãe foi em direção a cozinha e eu me levantei indo junto.

#Ponto de Vista: Regina Mills

Acompanhei Emma Swan com os olhos enquanto ela ia em direção à cozinha, não pude deixar de reparar o quanto ela era linda, mas meus pensamentos logo foram interrompidos por Ever.

– Ela não gostou de me ver- me olhou com um olhar triste

– Calma, ela só está confusa! Se me minha mãe mentisse para mim sobre sua morte eu insidiaria ela, então você ainda está no lucro minha amiga. – dei uma piscadinha pra ela.

–Regina!! Que isso, era pra você ser mais gentil.

–Estou sendo gentil querida!

A Campainha começou a tocar e Meredith foi abrir, Um homem entrou e logo reconheci August.

– Boa tarde. –Ele disse

– Boa tarde. – Eu e Ever falamos juntas.

Ele se sentou na poltrona de couro branco. Emma veio e entrego os copos com água para mim e Ever.

–Obrigado. – Respondi com um sorriso.

–De nada. - Ela respondeu e sentou no outro sofá ao lado de Meredith.

#Ponto de vista: Emma

Ever e Meredith conversavam feito duas tagarelas, mais discutiam do que falavam na verdade. Regina mexia no celular, parecia está entediada. Meu tio só retrucava de vez em quando, e eu? Só observava.

–o que você acha Emma?- Meredith falou

– Que? Não estava prestando atenção. –Todos me olhavam agora

–O que você acha de morar comigo? –Ever já foi logo falando

– Um absurdo. –Falei já me levantando. – tá ficando louca. – Tio August se levantou também.

– Emma não seja mal educada com sua mãe. – ele falou me repreendendo

– Acontece que você não tem que querer, eu sou sua mãe e você vai e pronto! – Ever se levantou falando com os olhos marejados.

–Acontece que até ontem você não era nada, eu tenho uma mãe e não é você.

–Para,filha não fale assim.- Meredith segurou no meu braço.

– Parem de agir como que isso fosse normal, que saco, Onde você estava esse tempo todo? Como teve coragem de abandonar uma criança de 10 anos! E agora aparece do além? Como se nada tivesse acontecido! – eu já gritava, estava muito nervosa.

–Eu não te abandonei filha, eu sempre estive ao seu lado, mesmo você não percebendo eu estava lá! – ela apontava em minha direção enquanto Regina ficava entre nós duas.

– Que porra, você acha que é simples assim? – não queria mais discutir então fui em direção à porta e fui andando pela rua sem rumo.

# Ponto de vista: Meredith Nolan

Já são 03h15min da manhã e eu não consigo pregar os olhos, não consigo achar uma solução para os problemas que estão acontecendo, muito menos pelos que estão por vir. Desci as escadas e fui para a cozinha, peguei um bom vinho e fui para a sala. E agora estou aqui pensando na conversa que tive com Ever e Regina.

Tínhamos tomado à decisão certa, Emma iria passar um tempo com Ever, pelo menos até acharmos quem matou David, e que agora está atrás de Emma. Eu não suportaria perde mais ninguém dessa família, principalmente a minha Filha, ela ficaria segura com Ever, e quem sabe lá ela poderia aprender mais sobre os Swans e quem sabe entender como controlar seus poderes.

Emma não está nem um pouco contente com essa ideia, mas é para o bem dela, não é tão longe assim, afinal a casa de Ever só fica do outro lado da cidade, e ela poderia vim ver os amigos sempre que quisesse. Amanhã eu e August iremos viajar, os lideres do nosso clã foram convocados para uma reunião, onde debateremos sobre os últimos acontecimentos, pois muitos estão desaparecendo, morrendo ou se juntando com os renegados. Temos que descobrir o que está acontecendo e arrumar uma solução.

#Ponto de vista: Ever Swan

Estou em frente à casa de Meredith, tomando coragem para entrar, só de pensar que Emma vai vim passar um tempo comigo meu coração já se enche de felicidade, eu sei que não é por muito tempo, mas é o suficiente para tentar me aproxima da minha menina.

Toquei a campainha e August foi quem me atendeu, ele abriu um sorriso enorme e pediu para que eu entrasse.

– Bom dia Ever. – me deu um beijo no rosto. - sente-se. –ele apontou para uma Poltrona branca. – Elas já estão descendo.

– Muito obrigado August, mas prefiro ficar em pé. – devolvi o sorriso.

– Meredith está conversando com Emma antes de irmos, sabe como sua filha é cabeça dura, Puxou seu lado da Família. – ele apontou para mim brincando.

– Concordo Parcialmente, afinal ... – nossa conversa foi interrompida quando Emma e Meredith desceram as escadas. Emma estava resmungando e Meredith a repreendia com o olhar, era muito estranho, mas eu sentia ciúmes delas, afinal era eu quem deveria ter essa intimidade com Emma.

– Oi Ever. – Meredith me cumprimentou com um beijo no rosto.

– Oi. – olhei para Emma que estava um pouco longe. – Ei Emma onde estão suas malas?

– Está do seu lado. –Ela saiu andando para outro cômodo da casa. Olhei para o lado e vi duas malas Azuis e uma mochila preta.

– Bom eu levo essas malas até o seu carro. – August pegou as malas e levou para fora da casa.

– Ever eu sei que vai ser difícil, mas tenha paciência com Emma, ela só está muito confusa, e seus sentimentos estão a mil.- interrompi Meredith

– Eu sei, muito obrigado pela sua preocupação, mas eu vou saber lidar com a minha filha.

– Ok então, espero que saiba mesmo, afinal ela também é a minha filha e eu como mãe me preocupo com ela. – ela me olhava brava. Minha vontade era de socar a cara de Meredith, Emma era minha filha, eu sabia muito bem como cuidar dela.

– Ei vocês duas, não se peguem aqui dentro de casa ok, se quebrar alguma coisa mamãe me mata. – Emma entrou na sala rindo com Meredith da piada.

– Não estávamos brigando, Emma estarei te esperando lá fora. – Sai deixando as duas sozinhas.

De dentro do carro pude ver eles se despedirem, Emma abraçava Meredith tão forte, e quando ela disse “eu te amo mãe” isso me cortou o coração, meus olhos se encheram de lagrimas, posso imaginar o dia que ela falara o mesmo para mim, e esse vai ser o dia mais feliz da minha vida. Eu não podia negar que Meredith também era mãe de Emma, foi ela quem criou Emma depois que eu “morri” e deu tudo o que eu não pude dar a minha filha, então eu só podia aceitar e tentar não me machucar tanto com todas as vezes que Emma a chamava de mãe, em quanto a mim ela chamava pelo nome.

Emma se sentou ao meu lado, liguei o carro e dei tchau para August e Meredith que estavam do lado de fora acenando.

– Tchau Pequena, se se divirta lá, te amo. – August lhe entregou uma pulseirinha de couro.

– Pode deixar , também te amo, e se divirta na reunião também. – Ele fez uma careta.

– Tchau Filha, não se meta em encrencas, Te amo viu!–

– Obrigado, juro que vou tentar. – deu uma piscadela para a outra. – Também te amo mãe, se cuida.

Eles se afastaram do carro, e finalmente eu pude ir embora. As ultimas palavras de Emma, fizeram minhas lagrimas fugirem dos meus olhos, coloquei um óculos escuros para que ela não me visse assim.

#Ponto de vista: Emma Swan

Ever tentava conversa comigo desde que saímos da minha casa, eu só a respondia com “sim ou não”. Eu não queria ir com ela, muito menos passar cinco meses longe de Meredith e August. É uma merda, tenho que fazer o que me mandão, pois Ever e Meredith são responsáveis por mim perante os Clãs até eu completar meus 20 anos, dadiva de que nasce entre duas famílias diferentes, mas isso não significa que eu perdoei Ever.

Chegamos a uma Área da Cidade na qual eu não conhecia, era tudo muito novo, o carro foi estacionado em frente a uma casa branca, era enorme, era magnifica, desci do carro e logo dois homens pegaram minhas malas e levaram para dentro da casa. Ever apoiou as mãos em meus ombros e disse:

– Bem vinda a nossa casa!!