A Bastarda escrita por The Rootless


Capítulo 24
Capítulo XXIII


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas! ♥

Peço perdão pela demora, passei por uns problemas pessoais recentemente e acabei me encontrando desmotivada para escrever, estudar, enfim, fazer minhas coisas. Não se preocupem que eu irei terminar a história sim! hehe ♥

Se der tudo certo, irei postar o próximo capítulo depois de amanhã e os outros irei vendo, caso vocês ainda estejam aí, né!? kkkk

Antes que eu me esqueça, quero dizer muuuuuito obrigada para a Lady Singer pela recomendação maravilhosa para a fic, que me fizeram pular sozinha pela casa hueheuhue. E claro, para as leitoras que mesmo com a minha demora e as dificuldades pra eu conseguir postar, continuam aqui comentando e acompanhando a fic. Vcs não imaginam o quanto me deixam feliz! ♥

Mas enfim, para não prolongar muito, não é mesmo!? hehe
Boa Leitura...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/613207/chapter/24

Valerie entortou os lábios e abaixou a cabeça frustrada tirando os dedos das teclas do piano.

— Eu sou horrível! – disse.

America, que estava sentada ao seu lado, deu um pequeno riso.

— Fique calma, você estava indo bem.

— Chama aquela música de quebrar vidros de legal? – disse Valerie dando um sorriso irônico seguindo por uma risada.

— Você é muito dura com você mesma. – disse America erguendo uma sobrancelha.

Valerie suspirou a abaixou a cabeça.

— É... talvez. – disse baixinho.

— Vamos fazer uma pausa então. – disse America ficando de pé.

Valerie acenou com a cabeça num olhar entusiasmado, quase dizendo graças aos deuses, fazendo America rir. As duas se sentaram nas poltronas presentes perto da janela da sala, na qual se encontrava uma pequena mesinha com bule, xícaras de chá e torradas amanteigadas. America serviu Valerie enquanto ela olhava o terreno à frente da janela, com gramado bem verde, enquanto o vento batia, fazendo as cortinas de seda dançarem.

— Nunca havia percebido o quanto esse lugar é lindo. – disse Valerie.

America sorriu.

— Eu diria que é meu lugar favorito dessa casa. – disse Meri bebendo um pouco de chá. – Fico refugiada aqui durante todo o dia enquanto Maxon está ausente.

Valerie a encarou.

— Pelo visto você não recebe muitas visitas. – disse Valerie.

America deu de ombros.

— Bom, isso não é grande problema as pessoas nunca gostaram muito de mim mesmo. – disse America, mal percebendo o que havia falado demais.

Valerie a encarou.

— Como pode as pessoas ignorarem uma dama? – ela perguntou erguendo uma sobrancelha.

America ficou corada. Como pôde dizer algo daquele tipo? Será possível que ela havia se esquecido de que o fato de ser bastarda acabaria com sua vida?

E de fato, ter saído da casa de sua bisavó a fez se esquecer de tudo aquilo, de repente Maxon chegou e a levou embora, fazendo-a deixar todo o seu passado para trás, fazendo-a esquecer do que ela era. Mas ela estava deixando de ter cautela e ela não poderia se permitir falar demais, ou sua vida estaria completamente arruinada.

— America? – chamou Valerie, fazendo-a sair de seus pensamentos.

— Desculpe? – ela ergueu as sobrancelhas. – Ah... – ela disfarçou um sorriso. – Bem... é... minha... bisavó era muito rigorosa. Ela me criou quase que completamente à moda antiga. – falou rezando para sua resposta ter sido convincente o suficiente.

Valerie acenou com a cabeça. America soltou o ar que havia prendido, aliviada.

— Não sei como você consegue tocar tão bem e tantos instrumentos. – comentou Valerie olhando para o piano e os outros instrumentos presentes na sala.

America riu.

— Eu pensava a mesma coisa quando via a mamãe tocar. – ela desviou o olhar. – Não se preocupe, você irá aprender.

Valerie refletiu um pouco antes de perguntar.

— E seu pai deixava sua mãe tocar?

America prendeu o ar novamente, sentindo seus braços arrepiarem.

— Bem ele... morreu quando eu era criança. – disse America com a voz trêmula.

Valerie disfarçou, ao perceber que America ficou muito nervosa. Não poderia arriscar tudo, ou perderia a oportunidade de se aproximar mais dela.

— Ah sinto muito, eu não deveria ter perguntado sobre isso. – disse.

— Tudo bem, não se preocupe. – Meri respondeu dando um sorriso.

— Mas falando sério, você já não é mais criada por sua avó, agora já pode ter mais amizades. – comentou Valerie.

America sorriu.

— Bem... eu não costumo ser muito boa nisso. – riu e ambas ficaram alguns segundos em silêncio. – Você deve estar feliz por ter uma irmã, alguém que te faça companhia.

Valerie entortou os lábios fazendo uma careta.

— Na verdade, ela não parece gostar tanto assim de mim. – disse forçando um sorriso. – Mas por favor, que isso fique só entre a gente. – disse olhando para os lados e dando um sorriso brincalhão.

America deu uma risada.

— Pode deixar! – ela respondeu, em seguida cochichou. – Mas quer saber de uma coisa? Às vezes acho que ela também não gosta tanto assim de mim.

Valeria deu uma risada.

— Oh, isso seria o lógico. – ela encarou America. – Você está casada com Maxon.

America ergueu uma sobrancelha, com um olhar surpreso e suas bochechas corando.

— Isso é sér...

— Ah, não tenho certeza. – interrompeu Valerie. – Mas prefiro que não comente. Não quero me dar mal, por dizer essas coisas.

Valerie tomou mais um gole de chá e America suspirou alto.

— Não se preocupe. – America sorriu e deu de ombros.

Houve um minuto de silêncio, até que America criou coragem para falar

— Sabe, acho que podemos ser amigas, não? – disse Meri dando um pequeno sorriso.

Bingo! Pensou Valerie.

Ela abriu um pequeno sorriso e acenou com a cabeça.

— É claro, seria um prazer! – respondeu com entusiasmo.

+++++

Maxon se encostou em sua poltrona, fechando os olhos e respirando fundo. Estava um pouco cansado, ele admitia. Havia estudado e sido ensinado durante toda a sua vida de como ele iria governar seu cargo e que durante muito tempo ficava de saco cheio de seus deveres, mas agora ele tinha America. Ele decidiu deixar para trás toda a sua antiga vida por ela e dessa vez realmente acreditava que valeria a pena.

Lembrou-se de como a amou na noite anterior e sorriu.

— Com licença senhor. – disse Henry dando duas batidas na porta do escritório, esperando ser convidado a entrar.

— Ah, entre. – disse Maxon se endireitando em sua cadeira.

— Eu vim saber se os papéis já estão organizados e assinados para eu enviá-los.

— Hum... sim, claro. – disse Maxon lhe estendendo uma pequena pilha. – Etá tudo em ordem, entre o mais rápido possível para que chegue nas mãos do rei.

— Sim senhor! – disse começando a caminhar para a saída.

Maxon parou um pouco.

— Espere Henry!

— Senhor? – parou, encarando Maxon.

— Clarkson não mandou alguma carta, ou algo do gênero dando notícias? – perguntou engolindo em seco.

Maxon odiava admitir, porém se importava com o pai, mesmo ambos brigando quase que o tempo inteiro. Clarkson sempre foi rígido demais com Maxon, porém sua mãe sempre dizia que ele o amava, ele só não sabia demonstrar. Lembrou de sua mãe abraçando Clarkson no quarto, quando ele chegava cansado do trabalho e que Maxon espiava pela porta e que adorava vê-los juntos. Porém, quando viu Amberly íntima demais com o mordomo ele nunca a perdoou. Apesar de Clarkson sempre dizer que Maxon estavam vendo coisas, mas ele não entendia porque sua mãe andava mais amigável com o mordomo, do que com o marido. E desde então, ele chegava a desprezar sua mãe, o que deixou Clarkson extremamente irritado

— Está bem Henry, pode ir. – disse.

Ficou alguns minutos encostado e olhando para o relógio, desejando que o tempo passasse mais rápido. Logo ele teria uma reunião para discutir sobre as tropas que ainda estavam em luta em Waterloo. Já haviam se passado vários dias desde o dia que Clarkson partiu. Maxon se perguntava se estava tudo bem.

+++++

16 de junho de 1815, Waterloo, Bélgica.

Um pouco mais tarde naquele mesmo dia...

Várias copos se ergueram no ar, jorrando algumas gotas de bebida, enquanto vários homens cantavam vitória.

A batalha havia sido difícil, Napoleão de certa forma estava em grande vantagem e eles haviam perdido vários homens, mas isso não havia impedido deles lutarem até o fim.

— Bravo, Sr. Clarkson! – disse um dos homens apoiando o braço em seu ombro e segurando um copo de cerveja em sua outra mão. – Não sei o que seria de nós se não fosse o senhor. Que Deus lhe abençoe grandemente!

Vários soldados gritaram seu nome, seguida de aplausos e glórias.

Clarkson se encostou em sua cadeira sorrindo e acenando com a cabeça em agradecimento.

— Parece cansado senhor! – comentou um dos soldados ao seu lado.

— Ah, e estou. – ele deu uma pequena risada. – Só quero voltar para a Inglaterra, estou ansioso para estar no conforto do meu lar. Inclusive, poderia por favor me entregar este papel e o tinteiro?

Falou estendendo a mão, enquanto o rapaz pegava os instrumentos. Clarkson colocou sua cerveja numa pequena mesa à sua frente e começou a escrever uma carta para Maxon. Ele tinha muito a contar. Sabia que em parte Maxon ficaria irritado por ter sido descartado da guerra, porém, eram boas notícias. A Inglaterra havia se saído vitoriosa mesmo em condições difíceis, isso traria glórias para o seu reino e até para o governo de Maxon. Ele deixaria um bom legado ao filho e se orgulhava disso.

Entregou a carta para um dos homens e logo foi enviada. Ele se encostou novamente em sua cadeira fechando os olhos satisfeito.

Chegaria em sua casa logo após da carta.

Levantou-se com a ajuda de sua bengala, por conta de seu ferimento, se esforçando por causa da dor. Ele havia caído de seu cavalo quando um dos soldados franceses quase o matou com um tiro. Clarkson jurou que iria morrer e que lá seria seu fim, lamentando-se por nunca conhecer seus netos, porém por sorte um dos seus soldados o salvou, mandando o maldito francês para o inferno.

Ele entrou em sua cabana, enquanto os outros festejavam lá fora. Clarkson adorava uma boa festa, isso ele não podia negar, porém às vezes ele sabia que a idade não o permitia tanto a esses luxos e não entendia como aqueles homens tinham tanta energia para beber e dançar, mesmo após uma grande batalha. Riu sozinho com o pensamento e se sentou novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo e que assim como eu, vcs também estejam curiosas sobre a Valerie. Eu irei explorar muito a personagem dela a partir de agora e eu estou muito ansiosa para escrevê-la (e vocês decidirão se a odeiam ou não! hehe)

Vejo vcs nos comentários! Bjs ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Bastarda" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.