A Bastarda escrita por The Rootless


Capítulo 18
Capítulo XVII


Notas iniciais do capítulo

Voltei voltei!!!

Tudo bem, eu sou muito escrota se tratando de demora e novamente peço desculpas, mas passei por muita coisa depois das minhas provas, Muitos problemas familiares, terminei com meu namorado, meus amigos estavam passando por situações difíceis e eu fui dar apoio, enfim, o tempo tá passando muito rápido e minha cronologia tá uma bagunça, não consegui arranjar tempo para escrever pra vocês. Estou tentando me organizar nesse feriado e acho que tô conseguindo, vamos lá, que se der tudo certo vou conseguir escrever nos domingos e talvez postar, vou ver como vai ser.

Quero agradecer aos comentários maravilhosos do capítulo anterior, e inclusive a SahSinger que fez uma recomendação que me fez dar pulos de felicidade! Obrigada linda, é maravilhoso ver que todo esse trabalhinho tá valendo cada minuto.

Boa Leitura...



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Maxon voltou para casa quando estava amanhecendo. Ele já podia ver os raios de sol surgindo do horizonte, ao deixar o cavalo no celeiro viu alguns dos criados caminhando de um lado pro outro.

Eles os encaravam disfarçadamente, imaginando o que Maxon poderia ter feito, pra onde foi, com quem esteve.

Ele entrou em sua casa e subiu as escadas ignorando todos. Ao abrir a porta, America se espantou de seu sono e ele sentiu seu corpo travar.

— Perdão! Não queria acordá-la. – ele disse controlando seu nervosismo.

Meri ficou em silêncio e vestiu seu roupão, levantando-se em seguida abraçando seus braços. Ela virou-se para encarar o marido, com uma mistura de nervosismo e chateação em sua expressão.

— Onde foi?

Maxon pôs os braços em suas costas para esconder suas mãos trêmulas e controlou sua voz.

— Fui tomar ar Meri. Parei perto de uma árvore e acabei dormindo. – mexeu os ombros fingindo sentir dor.

America acenou com a cabeça desviando seu olhar.

— Melhor você descansar. – ela dá um pequeno sorriso e caminha em direção a porta, saindo em seguida.

Quando Meri fechou a porta Maxon soltou o ar que havia prendido em seus pulmões. Seus ombros estavam completamente tensos. Por um momento sentia como se estivesse escrito em sua testa que ele a havia traído. Respirou fundo três vezes e tirou suas roupas, deitando-se na cama para adormecer em poucos minutos.

+++++

O Sr. Schreave sentou-se à mesa com America poucos minutos depois.

— Bom dia! – ele a cumprimentou.

Meri o olhou de soslaio se perguntando o que havia acontecido com o sogro, que antes mal lhe dirigia a palavra.

— Não achei que uma dama como você não teria bons modos Sr. Singer. – disse Clarkson.

America engoliu em seco.

— Perdão, estava perdida em meus pensamentos. – sorriu. – Muito bom dia!

Clarkson forçou um sorriso e apoiou o queixo em uma de suas mãos desocupadas.

— Está pensativa por qual motivo, minha cara?

— Bobagens apenas. – mentiu negando com a cabeça.

— Ora, não é bobagem alguma ficar preocupada com o fato de Maxon sair à noite e voltar no dia seguinte.

America fica estática e um silêncio se forma no ambiente. Neste momento ma criada entrou na sala dirigindo-se até Meri.

— Sra. Schreave, chegou uma carta. – disse estendendo um envelope.

— Obrigada! – disse dando um sorriso.

A criada fecha a porta e Clarkson permanece com seu sorriso irônico. America evita encará-lo, mas ele insiste em infernizá-la.

— Não me diga que foi tola o suficiente para não notar algo assim? – pergunta Clarkson.

America larga os talheres impaciente e o encara com um sorriso sarcástico.

— Não, eu não sou tola a este ponto. Eu percebi, mas sou do tipo de esposa que sufoca o marido. Ele explicou tudo, saiu para tomar ar e adormeceu em uma árvore. – respondeu.

Clarkson ri.

— Eu acredito no fato de você não ficar em cima do marido. – ele bebe um pouco de seu suco. – Por isso ele foi procurar alguém que ficasse, fora daqui.

— Já chega Sr. Schreave! – diz Meri ficando de pé lhe encarando com fúria. – Suas intuições estão sendo completamente inapropriadas. – ela respira fundo pegando a carta e lhe lança um sorriso. – Pensando bem, perdi o apetite. Com licença!

E sai, enquanto Clarkson bebe seu café numa expressão divertida.

America se tranca na biblioteca controlando as lágrimas em seus olhos. Ela sentia que Maxon estava estranho, mas não queria acreditar em tal ato do marido. Sentou-se em uma cadeira e leu a carta. Era um convite de Shalom para uma visita. Sorriu ao terminar de ler, avisou aos criados e saiu em poucos minutos.

+++++

Shalom estava na sala de músicas tocando piano. Estava bastante concentrado que Meri ficou tímida em atrapalhar. Ele estava com uma expressão serena, parecendo não estar mais doente, até um pouco mais corado.

Ele percebeu sua presença e sorriu.

— Sra. Schreave, sabia que viria. – ficou de pé abrindo um grande sorriso. Pegou sua bengala e caminhou em sua direção.

— Claro que sim. Não negaria um convite tão agradável de uma ótima companhia. – ela sorriu.

Shalom voltou até seu piano lhe encarando com um sorriso.

— Que tal um dueto? – perguntou e Meri sorriu. – Sabe tocar algo além de piano?

— Sim, eu sei. – acenou com a cabeça. – Minha mãe me ensinou tudo o que sei.

— Sua mãe? – perguntou.

— É. – deu um sorriso melancólico. – Morreu jovem, mas me ensinou e deixou tudo o que preciso.

Shalom ficou em silêncio por um momento parecendo pensativo.

— Que tal se eu tocar um violoncelo? – sugeriu Meri, para mudar de assunto.

Shalom sorriu.

— É uma excelente ideia. Fique à vontade. – apontou para o violoncelo no canto da sala.

America pegou o violoncelo com cuidado e uma cadeira. Sentou-se ao lado do piano, preparando-se. Shalom massageou um pouco as mãos e começou a tocar.

(https://www.youtube.com/watch?v=UiyFeT0Tpkk)

As notas eram melodiosas e transmitiam calmaria. America o acompanhou em seguida com seu violoncelo, formando uma bela canção. Os dois sorriam o tempo todo. A música tomava conta da sala e os dois ficaram em paz. De repente era como se houvesse formado uma bolha ao redor dos dois, estavam conectados em uma sintonia perfeita.

Shalom acalmou as notas e America finalizou, fazendo a sala retornar a ficar silenciosa. Os dois suspiraram.

— Isto foi ótimo. – disse Shalom lhe lançando um sorriso.

America deu uma pequena risada, não acreditando que havia feito um dueto.

— Faz muito tempo que não toco com companhia. – disse com um olhar vago. – A última vez que fiz isso eu tinha 19 anos.

Shalom a encarou dando um sorriso compreensível.

— Podemos fazer duetos sempre que possível.

America abriu um sorriso.

— Posso lhe convidar nos fins de semana para tocarmos, aproveito para mandar preparar um almoço...

America parou de ouvir as palavras de Shalom. O que Clarkson havia dito mais cedo ecoavam em sua mente. Não queria acreditar em alguém tão insuportável como o pai de Maxon, mas ela estava se perguntando o mesmo desde o momento que Maxon entrou em seu quarto.

— America? – chamou Shalom, fazendo acordar de seus pensamentos.

— Perdão, o que dizia?

O homem notou que a jovem estava aflita. Pegou uma de suas mãos e a encarou nos olhos.

— Aconteceu alguma coisa?

America respirou fundo e pensou duas, três vezes em sua resposta.

— Bom... hã... é... – gaguejou. – Não.

Shalom suspirou e em seguida sorriu.

— Minha cara, tenho mais de 48 anos, sei muito bem que está mentindo.

Meri abaixou a cabeça.

— Perdão.

— Não precisa pedir desculpas. – ele balançou a cabeça. – Quer dizer algo? Não lhe forço a nada.

America permaneceu em silêncio por um bom tempo, numa batalha mental, para decidir o que fazer.

— É Maxon. – disse.

— O que houve com ele?

— Saiu de noite e voltou apenas no dia seguinte. – disse.

Shalom ficou em silêncio por um tempo. Ele sabia o que tudo isso significava, afinal, já o fizera várias vezes quando era mais jovem e se arrepende.

Ele forçou uma risada convincente.

— America, desconfia de Maxon?

— Não. – balançou a cabeça. – Quer dizer, não sei. Ele disse ter adormecido em uma árvore, mas não sei o que pensar.

Naquele momento Shalom teve certeza do que Maxon havia feito, e se controlou para não xingar o sobrinho em voz alta.

— America, não precisa se preocupar. Maxon a ama, não acredito que poderia ser infiel. – Disse sentindo um gosto amargo na boca. Estava mentindo, mas queria acalmar America.

Ela ficou um tempo em silêncio, lembrando das palavras do marido, do quão parecia cansado quando chegou.

— Obrigado. – sorriu.

America foi embora alguns minutos depois. Shalom caminhou pela sala de música, de um lado para o outro por alguns minutos bastante pensativo. Se direcionou até a biblioteca e escreveu uma carta para Maxon, mandando envia-la imediatamente. Ele iria conversar seriamente com o sobrinho.


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Notas finais do capítulo

Bom, eu me inspirei, então acho justo dizer que já comecei a escrever o próximo capítulo. Com só vou ter quinta e sexta- feira de aula, talvez eu consiga postar no fim de semana (antes do cursinho começar!!!), então comentem, favoritem, recomendem, façam o que quiser, que vou ficar muito feliz. Garanto que o próximo capítulo vai estar muito legal, pq é um dos capítulos que eu mais queria escrever ♥

Responderei os comentários do capítulo anterior assim que puder.

Beijos e até o próximo cap! ♥



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