A Bastarda escrita por The Rootless


Capítulo 16
Capítulo XV


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas lindas!!!! ♥

Sim eu sei que sumi e sumi por muuuuuuuuuito tempo, mas eu estava completamente LOTADA de trabalhos, seminários e coisas da escola, sem contar a falta de inspiração, e principalmente um bloqueio muito FDP que me impedia de postar um capítulo novo pra vocês. Minhas sinceras desculpas! ;-;

Quero agradecer aos comentários anteriores e às leitoras que apesar da minha demora, continuam acompanhando a fic e comentando ♥ Obrigado mesmo, apesar da demora, eu sempre volto, isso eu garanto! ♥

Desculpem qualquer erro de ortografia e boa leitura...



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Após vários dias o vestido de America chegou. As criadas Anne, Mary e Lucy entraram no quarto animadíssimas.

— Bom dia senhora! – disse Anne fazendo uma reverência com as duas acompanhando-a.

— Hoje é o grande dia! – falou Lucy com um sorriso tão grande que seus lábios alcançavam as orelhas.

— E nós estamos encarregadas de prepara-la para o baile. – disse Mary por fim.

America mordeu o lábio inferior e respirou fundo. Ela por um momento se achou boba por pensar naquelas pessoas. Gente desconhecida olhando a principal atração da noite. Quem sabe por pura falta de sorte alguém de fora que reconheça-a como a bastarda de Belfast.

Céus, não posso perder a calma! É apenas um baile!— pensou.

— Senhora, está tudo bem? – Anne chamou sua atenção.

As criadas estavam observando-a, um tanto esperançosas por pelo menos um pouco de animação.

— Perdão! É claro, claro. – ela acenou com a cabeça rapidamente saindo de seus pensamentos.

America ficou de pé enquanto Lucy e Mary afastavam alguns móveis para deixar o centro do quarto bem espaçoso, enquanto Anne pegava um banco, uma cadeira e um espelho grande. As outras duas corriam de um lado para o outro pegar vários materiais de beleza e cosméticos. Uma criada cujo o nome America não lembrava entrava no quarto carregando um balde de ferro cheio d’água para preparar seu banho, saia e em alguns minutos voltava de novo.

— Desculpe-me ao intrometimento senhora – disse Anne começando a despi-la para o banho –, mas não me parece muito animada para o baile.

E não estou.— ela pensou.

— É que estou nervosa. – ele sorriu.

— Ah, nervosa porquê? – perguntou Mary lhe lançando um sorriso do outro lado do quarto.

— Bom... – ela engoliu em seco. – que talvez não gostem de mim.

— Bobagem senhora! – disse Lucy dando um risinho. – Todas as mulheres daqui de Bath sonhariam em ser esposas do Sr. Schreave e você foi a única que conseguiu agarrá-lo. Então se até o Maxon você agradou, como acha que não vai conseguir agradar outra pessoa?

America arregalou os olhos e ficou vermelha como um tomate.

— Lucy, comporte-se! – repreendeu Anne.

— Okay, okay! – ela abaixou a cabeça envergonhada. – Perdão!

+++++

Após várias horas de tortura – de acordo com America – as criadas finalmente finalizaram o penteado. Faltava um último detalhe: O vestido.

America ficou de pé, sentindo muito incômodo por causa do espartilho e da crinolina. Caminhou em direção ao banquinho, onde Anne lhe ajudou a subir e as criadas ajudaram-na a se vestir. Por fim, ela se virou para olhar sua aparência no espelho.

Seu vestido era dourado. Havia uma fita marcando sua cintura e vários folhos na saia longa e bufante. As mangas eram longas e iam até suas mãos. Seus cabelos ruivos estavam presos formando um lindo coque com alguns fios caídos sobre seus ombros.

— Vocês fizeram um excelente trabalho comigo. – disse America sorrindo surpresa.

As criadas riram e fizeram uma reverência. Ouram uma batida na porta e Maxon abriu. Estava bonito como America nunca havia visto, nã resistiu e sorriu.

— Boa noite senhoritas! – disse Maxon sorrindo de lado e caminhando em direção à America. – E senhora. – ele disse suavemente estendendo a mão para sua esposa.

America alargou seu sorriso e lhe deu a mão, descendo do banquinho ficando de braços dados com Maxon.

— Os convidados já chegaram. – ele disse. – Estão ansiosos para conhece-los.

America respirou fundo e acenou com a cabeça forçando um sorriso.

— Claro. E, hã... muito obrigado! – ela sorriu para as três.

Maxon caminhou com America pelos corredores. Já podia ouvir a música soando pelos corredores da casa, cada vez mais alto enquanto se aproximavam das escadas.

— Espere aqui Meri.

— Hã, não espere! – ela segurou seu braço. – Aonde vai?

— Preciso que eles avisem sua chegada.

Ela arregalou os olhos.

— Terei que descer as escadas sozinha?

— É claro, estarei lhe esperando lá em baixo. – Maxon respondeu como se fosse óbvio.

— Mas... – ela começou a tremer e sentiu seu coração disparar dentro do peito.

— Não seja tímida America, isso é só o começo, você ainda vai falar com muito gente. – ele abriu um sorriso, parecendo estar afim de rir da situação. America abaixou a cabeça e fechou os olhos. Maxon acariciou sua bochecha e segurou seu queixo. – Ei, não fique assim aflita. Estarei com você o tempo todo.

Ela o encarou, respirando fundo e acenou com a cabeça. Maxon sorriu de lado e beijou sua bochecha, descendo as escadas em seguida.

Ela espiou por trás da parede e viu as pessoas dançando no salão animadas, batendo palmas, conversando e rindo. Algumas damas estavam apenas caminhando, abanando-se com seus leques observando os rapazes à espera de um convite para dançar. Olhou as mesas e viu algumas pessoas conhecidas, como por exemplo a Sra. Beaumont, rindo e prestando atenção em algo que um jovem acompanhado de uma moça dizia. Viu também Celeste, sentada com a Srta. Taylor e Valerie.

Clarkson estava bebendo e rindo alto, conversando com dois homens, observando escondidos as damas pelo salão. Eram igualmente deploráveis. Procurou mais um pouco, até que viu Sarah e Shalom, e sorriu. Ficou feliz em vê-lo, apesar de ter ficado um tanto preocupada já que ele estava doente, mas ela sabia que ele faria questão em vir.

— Atenção, senhoras e senhores! Um momento de silêncio para o sr. Schreave. – gritou um homem barbudo no fim da escada fazendo a música parar e todos se calarem e parar de dançar.

America começou a respirar pesadamente e voltou a se esconder atrás da parede com seu coração disparado, desejando que o teto caísse sobre aquele homem barbudo.

— Primeiramente, gostaria de agradecer a presença de todos. É um grande prazer recebe-los em minha casa. Principalmente por terem tanta disposição para conhecerem minha esposa, America. – disse Maxon.

America revirou os olhos com o discurso de Maxon, respirou fundo, juntou toda a sua coragem e forças para sair de trás da parede e dar um sorriso, e saiu. Começou a descer tremendo, com apenas o corrimão das escadas mantendo-a de pé. Sentiu-se incômoda com os olhares em cima dela. Pôde ouvir os cochichos no salão dos presentes, que esticavam os pescoços para vê-la, como se fosse uma celebridade. Segurou-se para não correr em direção à Maxon e continuou descendo calmamente, até que enfim deram as mãos, e de uma forma estranha ela se sentiu mais segura.

A música voltou a tocar e alguns dos convidados voltaram a dançar. Enquanto isso, outros se aproximavam dos dois, para conhecer America.

— America, estes são o Sr. e Sra. Campbell, os viscondes de Bath. – disse Maxon dando um sorriso.

— Muito prazer conhece-los. – disse America dando um pequeno aperto de mão em cada um.

— O prazer é todo nosso. – disse o Sr. Campbell dando um sorriso amável, tinha os cabelos grisalhos e o rosto enrugado, já deveriam estar na casa dos 60, e a Sra. Campbell não era diferente.

— Oh, como você é bela Sra. Schreave. – disse a senhora. – O Sr. Schreave é um homem de muita sorte!

Maxon sorriu.

— Eu devo concordar!

America riu sem jeito.

— Agradeço ao elogio. – disse.

A Sra. Campbell sorriu, e os dois se afastaram. Aproximaram-se mais dois casais de America e Maxon, com o que parecia ser 20 anos mais jovem que os viscondes.

— Este é o Grão-duque, o Sr. Ambers, sua esposa Catarina. – disse Maxon começando a engolir em seco. –, e.... sua filha, Kriss Ambers.

— É um grande prazer conhece-los. – disse America dando um sorriso, sentindo internamente um certo incômodo pela reação de Maxon ao falar de Kriss.

— Olá, America. – disse Kriss dando um sorriso. – Oh perdão, posso lhe chamar de America, não é? – ela ergueu uma sobrancelha.

— Ah, claro que pode. – disse fazendo de tudo para sorrir.

— Hum, que bom. – ela comprimiu os lábios e sorriu. – É bom ver você também Maxon.

— Digo o mesmo. – Maxon ficou ereto.

— Foi um prazer conhece-la Sra. Schreave. – disse o Sr. Ambers e eles se afastaram.

America falou com muita gente naquela noite, tantos que por um momento achou que fosse durar a noite toda. Após um certo tempo, a fila de pessoas terminou e America suspirou exausta.

— Vamos dançar? – disse Maxon estendendo a mão e levando-a até o centro do salão, onde tocou uma música menos agitada.

Os músculos de America relaxaram por um momento e sua tensão e exaustão foram embora durante um certo tempo.

— Sabe, por um momento fui realmente contra essa festa, mas agora vejo que não foi de todo má ideia. – comentou Maxon. – Você conheceu bastante gente, ficou a vontade com algumas moças da cidade, quem sabe agora não tenha feito amizades e não se sinta tão sozinha.

Na verdade America não conseguiu simpatizar com ninguém, apenas com uma jovem chamada Marlee.

— É claro. – mentiu. – Eu concordo.

E então eles ficaram em silêncio e dançaram durante boa parte da festa.

+++++

No andar de cima, um vulto andava silenciosamente pelos corredores. Como todos estavam no andar de baixo, a Srta. Taylor aproveitou a distração de todos e subiu. Abriu as portas dos quartos até achar o de America, que com certeza era um que também possuía alguma coisa de Maxon e ela não se enganou.

Fechou a porta e andou com cuidado pelo quarto escuro. Aproveitou a pequena lamparina acesa e xeretou as gavetas. Não sabia ao certo como achar algum documento de America, mas ela precisava ter certeza de que ela não era um perigo para seu plano.

E se enganou.

Havia uma gaveta trancada na cômoda. Procurou a chave, que estava escondida dentro do porta jóias e abriu. A caixinha que a velha Isabel havia dado à America estava guardada naquela gaveta. Ela o tirou com cuidado e colocou em cima da cômoda abrindo-a e tirando com cuidados os vários papéis. Muitos eram apenas desenhos, composição de músicas e poesias. Quase desistiu de olhar, até que no fundo, havia uma carta, que por sorte não estava em um envelope. Era antiga e estava muito bem dobrada.

A Srta. Taylor abriu e não gostou do que leu. Magda contava tudo, desde o romance entre ela e Shalom, a separação, até a sua morte.

“Espero que perdoe-me pelo meu desprezo, mas eu nunca conseguiria olhar para você sem lembrar das humilhações que passei por ser uma mãe solteira. E principalmente, que se quiser procure-o. Seu nome é Shalom, e ele mora em Bath, na Inglaterra, onde eu o conheci. Se decidir porcurá-lo, diga, que com todo o meu coração, eu morri amando-o.”

Em baixo havia o endereço e a Srta. Taylor imediatamente parou de ler.

— Ela é a verdadeira filha de Shalom. – ela sussurrou. – Essa maldita é filha dele, e está bem em baixo de seu nariz. Não, ela não pode descobrir, se não será nosso fim. O velho está pronto para morrer e o dinheiro está quase em minhas mãos. Não posso permitir que essa garota ponha tudo a perder.

Ela se vira para os papéis jogados em cima da cômoda e guarda tudo de volta na pequena caixinha, colocando-a de volta na gaveta. Ela olha para os lados respirando fundo e coloca a carta perto do fogo da lamparina para que queime. Quando todas as palavras de Madga viram cinzas, ela coloca a lamparina de volta no lugar e sai do quarto, sem deixar nenhum rastro.


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Notas finais do capítulo

Pois é, graças à maldita da Srta. Taylor a America vai ter muuuita dificuldade pra descobrir da existência do pai. Prevejo muita gente puta nos comentários hueheueheuhue...
Alguém está gostando do climinha entre a America e o Maxon? Estão cada vez mais próximos, A G U A R D E M !!!!! Quem amou esses diálogos das três com a America? heuheueheuhue, amo elas. E quem não gostou da Kriss de primeira??? Acho que todo mundo heuheueheuheue...

Aguardarei seus comentários ansiosa, beijos e até o próximo capítulo.



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