A Bastarda escrita por The Rootless


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá. Sou nova com esse negócio de fã de A Seleção (nem tanto). Comecei a ler com a recomendação de uma amiga e eu amei a história. E como eu amo escrever, essa história foi fluindo na minha mente e decidi escrever. Eu espero que gostem, pois eu estou bastante entusiasmada com ela.

PS: Acho que o Nyah está contra mim, pois não quer aceitar minha capa, então quando for possível eu a coloco.



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Inglaterra, 12 de julho de 1792

Quando nossa a princesa nasce

Era uma manhã meio chuvosa, não muito típica do verão londrino, quando America Singer nasceu. Um bebê careca, gordinho, saudável e lindo. Oh, mas que pena que nascera sendo o que era. Bastarda.

America fora fruto de uma noite de paixão insensata entre a senhorita Singer, que era conhecida por sua inteligência e sagacidade, e um libertino mal-caráter, desgraçado e maldito (palavras estas usadas pela senhorita Singer para descrever o homem). Numa época em que a virtude das jovens era algo fundamental, uma mocinha de dezoito anos esperando uma criança sem estar casada não era nada, nada bom. Ela estava, portanto, arruinada, e sua única alternativa era sair do país.

Foi o que fez.

Ficou na Inglaterra até o parto - já que ela queria uma filha inglesa, e inglesa sua filha seria -, e, uma semana depois, partiu para a Irlanda, para a casa de seus avós maternos.

Dela ninguém mais soube. E ninguém mais quis saber. Dizia-se que era uma pena uma jovem tão inteligente ter sua reputação arruinada dessa forma, mas a verdade era que ninguém ligava. Afinal, não havia nada que a sociedade londrina gostasse mais do que um bom escândalo.

Irlanda, 1802

Exatamente dez anos depois do nascimento de nossa princesa

America estava com a cara enfiada nos livros. Era seu aniversário, mas sua mãe sempre dizia que ela não deveria se importar com frivolidades como aniversários. As meninas que se importavam com frivolidades eram tolas, era o que a sua mãe falava todos os dias.

Todo. O. Santo. Dia.

America já havia se acostumado com isso. A garota havida aprendido a ser prestativa, centrada, e, mais importante, a aceitar sua bastardia. Era de se esperar que poupassem a pobre menina de sua horrível condição até, pelo menos, ter uma idade um pouco mais avançada, mas sua mãe sempre dizia que ela devia saber qual era o seu lugar. E America sabia. Com toda certeza. Afinal, a mãe não a deixava esquecer disso nem por um segundo.

America era bastarda. Ilegítima. Prova viva da desonra de sua mãe. Culpada. Sua mãe não a queria. Seus bisavós não a queriam. America sabia. Sabia pelo modo que a olhavam. Como se fosse um pedaço de lixo.

E, frequentemente, ela pensava que realmente o era.


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Notas finais do capítulo

Quero opiniões, portanto comentem, por favor.