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– Nós vamos voltar à Storybrooke. Isso está fora de discussão. Chegando lá iremos decidir como resolver isso. - Regina falou quase que impondo tudo.

– Vou ter direito à pré-natal e visitas do meu querido maridinho quando eu estiver prisão? - Zelena disse e soltou um risinho sarcástico.

Robin parecia confuso, não sabia o que dizer e não esboçava nenhuma emoção (como na maioria das vezes). Regina bufou e, rodando nos calcanhares, ordenou que pegassem o necessário, pois eles estavam partindo.

– Dá pra acreditar nessa maluca? - Regina disse à Emma enquanto saiam do apartamento com Robin e Zelena.

– Talvez ela realmente tenha sentimentos por Robin, Regina. Muito tempo se passou, eles estavam sozinhos... Acontece. - Emma respondeu. - Você não tem motivos pra dar ordem de prisão à ela. Sabe disso, não é?

– Ela foi em frente com esse plano maluco de viajem no tempo. Continua sendo uma ameaça, não podemos deixar ela solta por aí arriscando a segurança de todos! - Disse Regina.

– Não podemos deixá-la solta porque ela ameaça a segurança das pessoas ou porque ela ameaça seu relacionamento com Robin Hood? - Emma respondeu.

– Talvez quando minha irmã pirada fizer outra viagem temporal ela te traga como souvenir um colar que a transforme em Milah e ela saia da cidade com o seu namorado pirata, o que acha disso, Swan? Até lá, você não discute com quem já provou desse veneno. - Regina retrucou irredutível.

– Regina, você não acha que está forçando demais esse relacionamento?

– Eu forçaria um pouco menos se ex-esposas mortas do passado e irmãs malvadas parassem de surgir por alguns minutos.

– Não estou dizendo que as situações não eram complicadas, mas esse código dele não te inclui? Você está sempre em segundo plano quando em situações críticas. Talvez você devesse deixar que ele e Zelena se resolvam primeiro ao invés de forçar a barra, ele está prestes à ser pai. Tá certo que isso que sua irmã fez foi algo mirabolante, mas não houve nenhuma atrocidade... Não pode prender alguém por ser meio maluco. - Emma disse colocando a mão no ombro de Regina, que estava de cabeça baixa.

– ...Ou será que eu posso? - Perguntou retoricamente, Regina enquanto levantava o rosto, com um brilho malicioso no olhar.

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– Eu gostaria de dizer que estou chocada com o fato dos "desencantados" terem consentido com isso, mas depois de ver as coisas que eles foram capazes de fazer pra manter a pose de família feliz, bem... Acho que vindo deles, nada mais me surpreende. - Zelena falou deitada, olhando fixamente para o teto do quarto do hospital.

– Já acabou com esse pseudo-drama? - Regina perguntou mostrando-se inatingida pelo discurso.

– Já sim, porque agora quero saber o motivo de eu estar presa aqui. - Zelena respondeu já se levantando.

Regina pareceu desnorteada por alguns minutos, mas logo voltou a si e respondeu.

– Não é óbvio?

– Não, daí o motivo da minha pergunta, irmã. - Zelena falou se aproximando. - Eu não matei a Marian, então porque diabos eu estou sendo mantida aqui?

– Você arriscou a sua, e mais importante, a nossa existência numa viagem temporal e se fez passar por alguém que não era...

– Quanto à isso, talvez você devesse vir me fazer companhia aqui. Já que posa de herói, mas seus hábitos antigos voltam à tona ao primeiro sinal de alguma coisa ameaçando um de seus namorados. Me diga, irmã, porque seu caráter e atitudes dependem tanto da sua aceitação pelo sexo oposto? A verdadeira mudança não deveria depender unicamente de você?

– Eu não sei, irmã... Nossa MÃE não me ensinou muito sobre isso. - Disse Regina dando as costas se dirigindo à porta da cela.

– Aí vai você novamente! Quando a situação aperta sempre conta com terceiros; Rumplestilstkin e Cora... Robin - Zelena falou quase cuspindo - Essa é a minha vantagem: eu faço tudo sem precisar de ninguém.

– Então sair daqui vai ser bem fácil pra você. - Regina falou trancando a porta e se retirando.

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Os enfermeiros já tinham realizado uma bateria de exames em Zelena, Regina queria ter certeza absoluta da autenticidade da gravidez da irmã. Ela tinha sido medicada e estava descansando quando ouviu uma batida na porta.

– Zelena! - Robin sussurrava olhando para os lados enquanto tentava abrir a porta no corredor.

– Robin! - Ela exclamou se aproximando da porta.

– Precisamos ir agora!

– Pra onde?

– Vamos pensar nisso depois de sair daqui, essa é nossa prioridade no momento. Regina está fora de controle.

– O que ela fez? Onde está o Roland?

– Está seguro, mas precisamos nos apressar. - Ele disse terminando de abrir a fechadura da cela.

– Espera. - Zelena disse, tirando o pingente com o trevo de Oz do bolso. - Não vão me deixar sair daqui... Ou será que vão?

– Mas que...

– Eles definitivamente deveriam revisar a política de revista nesse hospital. - Ela interrompeu, colocando o colar e se transformando em Marian.

Enquanto se dirigiam à saída, Zelena disfarçada de Marian tentava falar com Robin sem mexer muito os lábios e sem olhar pra ele, na expectativa de que ninguém ouvisse a conversa.

– Você vai me falar o que está havendo, ou...?

– Ela quer manter você aqui até a hora do parto, depois que você der a luz, ela pretende ficar com a criança, e não havendo mais a gravidez...

– Meu destino está selado. Filha da... Esquece!

– Ei, senhores! - A atendente gritou quando estavam quase chegando na saída.

– Merda! - Marilena falou mudando a expressão de medo pra um forçado sorriso enquanto se dirigia ao balcão com Robin.

– Os senhores precisam preencher o formulário de visita. - A atendente falou entregando uma prancheta com um pautado. - Assinem no pontilhado, por favor.

– Pronto, já podemos ir? - Marilena suspirou entregando o formulário preenchido.

– Na verdade, não. - A atendente falou tirando os óculos retangulares.

– Tem algum problema? - Zelena perguntou.

– Na verdade, sim... Você escreveu "Marian" no local em que deveria assinar seu nome... Zelena. - A mulher falou e uma fumaça roxa a envolveu, trazendo Regina à tona ao se dissipar.

– Eu aposto que vocês teriam adorado brincar de se fantasiar juntas quando crianças - Robin falou na falha tentativa de quebrar a tensão.

– Volte pra a casinha, cadela! - Regina falou sem dar atenção à ele.

– Vem aqui me obrigar. - Zelena respondeu tirando o pingente.

– Acho que isso vai ser bem simples de se fazer, já que sua magia me parece bem contida no bracelete do Peter Pan...

– Você realmente acredita que aquele molequinho petulante seria a mente brilhante por trás dessa invenção? - Zelena disse tirando o bracelete e jogando nos pés de Regina. - E então, sis? Pronta pra um segundo round?

Continua....