Hello, dear husband! escrita por Eliaquim


Capítulo 3
Capítulo 3 - Regina's dreamhouse




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Regina faz uma bola de fogo com as mãos e antes que pudesse arremessar, Zelena neutraliza a magia, revirando os olhos.

– Eu pensei que tivesse aprendido algo novo enquanto eu estive fora, acho que esteve muito ocupada cuidando dos ferimentos da nossa última lutinha, não é mesmo irmã? - Zelena disse lançando Regina contra a parede e em seguida a erguendo com apenas uma das mãos. - Não tem graça se você não vai nem tentar.

– Eu estava apenas me aquecendo, sua vez. - Regina disse empurrando Zelena pra longe com uma chama maior.

– Isso é tudo que você sabe fazer? Fogo? Por acaso você é algum tipo de versão churrasqueira da Elsa? - Zelena disse passando o dorso da mão no lábio inferior.

– Eu sou o seu pior pesadelo. - Regina falou preparando uma bola de energia.

– Hora de acordar. - Zelena respondeu empurrando Regina contra a parede e batendo repetidas vezes e deixando-a cair em seguida. - Nada como um bom chacoalhão pra isso, não é mesmo?

Regina levantou trêmula e descabelada, com um sorriso maníaco no rosto.

– Vamos terminar isso. - Zelena disse preparando um golpe.

– Eu tenho o Roland. - Regina disse rindo enquanto limpava o rosto.

– Vadia! - Zelena exclamou dando uma bofetada. - Onde ele está? O que você fez com ele?

– Ele está seguro. E continuará se for uma boa menina, fizer o que eu disse e voltar pra onde você pertence: o esquecimento; E me deixar viver meu final feliz com o MEU amor verdadeiro.

– É isso que amor verdadeiro significa pra você? Simbolismo e estabilidade?

– Quem precisa de amor e lealdade quando se tem o destino e uma tatuagem de leão? Ele é meu. Sai fora, irmã.

– Eu não te amo Regina. - Robin disse interrompendo as duas. - Não depois de ver as coisas de que você é capaz e ouvir isso.

– Oh, mas você não precisa me amar, querido... - Regina disse em um tom cínico, passando a mão no rosto dele. - Gold está a beira da morte e o autor precisa de um novo aliado pra reescrever as histórias. Quando eu terminar dessa vez, é minha irmã quem nunca vai ter nascido. Nada disso vai ter acontecido e poderemos ser felizes. - Ela falou com um olhar obstinado.

– Seu final feliz é com um bom psicólogo e uma terapia. Você tem sérios problemas, Regina. - Ele disse, se afastando dela.

– Sim, eu tenho. E todos eles serão consertados muito em breve. Então, como vai ser, irmã? - Ela disse, se virando para Zelena.

– A única razão pela qual eu estou me sujeitando à isso é a segurança de Robin e Roland. Você encosta um dedo neles e eu te faço dançar até à morte no fogo em brasa usando sapatos de ferro como essa peculiar e, particularmente, minha preferida do seu conto nesse mundo. - Disse Zelena aproximando-se de Regina.

– Enfermeira, chegamos à um consenso aqui. Leve a nossa paciente ruiva estressadinha para o quarto dela. - Regina disse sinalizando para uma das funcionárias do hospital que estava escondida agachada atrás do balcão. - Robin, venha comigo.

**

Chegando na mansão de Regina, Robin estranhou como tudo estava estranhamente redecorado. Parecia algum tipo de casa de bonecas gigante, assim que eles entraram, Regina fez um encantamento na porta, provavelmente para trancá-los ali.

– Onde está o Roland? - Robin falou enquanto notava o comportamento compulsivo de Regina arrumando a mesinha com flores e os quadros de paisagens e animais.

– Não é adorável? Eu sei que você adora coisas que envolvem floresta e natureza, então mandei que pintassem estes quadros... O tecido das cortinas foi dif...

– Regina, onde está o meu filho? - Robin repetiu mais vagarosamente e em um tom mais irritado.

– Roland está no quarto do Henry. Pedi que ele fosse passar uns dias com a Emma pra que a casa ficasse livre só pra nós... Pra a nossa família... - Ela respondeu colocando os braços em torno do pescoço de Robin e se preparando para beijá-lo.

– Me leve até ele, por favor. - Robin disse sem expressão, se afastando.
Regina bufou e fez um gesto com a mão pedindo que a seguisse enquanto subia as escadas. Eles seguiram até o meio do corredor quando ela abriu uma das portas que mostrou o menino brincando com alguns carrinhos e peças de lego.

– Roland! - Robin correu e abraçou o filho. - Você está bem?

– Por que não estaria? Porque eu sou uma vilã? Porque vilões nunca tem finais felizes? - Regina interrompeu falando estas coisas enquanto olhava pra um ponto específico de absoluto nada no chão.
Estava claro que Regina não estava bem e Robin não poderia arriscar sua vida e muito menos a de Roland falando alguma besteira.

– Não, claro que não, querida. Eu perguntei isso porque Zelena poderia ter feito algum mal à ele enquanto estava falsamente presa no hospital. Ela poderia ter saído e feito algo. - Robin disse colocando a mão no rosto de Regina que instantaneamente riu com feições amalucadas.

– Tem razão. Isso é um problema que teremos que resolver, mas nosso amor é mais forte que isso. Nosso amor verdadeiro... - Ela disse reclinando o rosto na mão de Robin.

"Céus, ela está completamente louca!"– Robin pensou enquanto esboçava um falso sorriso apaixonado, o melhor que pode.

– Eu vou descendo pra por a mesa do nosso jantar em família, no guarda-roupa estão algumas roupas que você e Roland devem vestir. Não demore! - Regina falou fechando a porta e saindo.
Robin estava assustado, Regina estava completamente louca. Essa fixação dela com esse simbolismo... Não havia nada de amor naquilo. Ele abriu uma das porta do guarda roupa azul e havia dois ternos, um maior e outro menor.

– Eu vou ter que usar isso, papai? - Roland disse puxando a calça de Robin.

– Só por um tempinho, filho... - Robin disse, olhando para o celular de Henry no criado-mudo.

**

Robin e Roland desceram as escadas usando as roupas que Regina havia pedido. Roland estava desajeitado, o terno parecia incomodá-lo, ele não se movia normalmente.

– Olhem só pra vocês dois! - Regina disse com os lábios tremendo como quem ia chorar. - Podem vir, está tudo pronto!
Regina havia preparado um jantar de encher os olhos, a iluminação da cozinha estava diferente, alaranjada. Ela usava um vestido preto curto e um colar de pérolas, quase que lembrando uma dessas mulheres de filmes antigos. Nessa hora a campainha tocou.

– Droga, quem será? - Regina falou.

– Quer que eu atenda? - Robin sugeriu, já levantando da cadeira.

– Não precisa. - Regina falou, fazendo um gesto com a mão que trouxe Emma para dentro de casa, ela estava pronta para tocar novamente a campainha.

– O que você quer, Swan? - Regina perguntou com uma expressão irritada e a sobrancelha arqueada.

– Eu preciso dar uma olhada nos registros da prefeitura sobre a licenciatura de algumas propriedades perto da casa do lago. - Emma respondeu.

– Estão logo ali atrás no arquivo. Pegue e vá embora daqui. Está atrapalhando nossa ceia em família, não está vendo? - Ela falou mais alterada.

– Sim, sim. Claro. Não vai demorar. - Emma respondeu baixando a cabeça e indo rapidamente para a porta dos fundos.

– As pessoas devem ter tanta inveja do nosso amor verdadeiro e da nossa família. Ainda bem que logo mais, haverá uma à menos... - Regina disse, partindo a carne de Roland.

– O quê? - Robin perguntou com um olhar assustado.

– Eu estava entediada e senti que deveria fazer alguma coisa pelos mais infelizes e decidi me voluntariar para fazer a comida de uma paciente específica do hospital. Essa noite, a minha irmã vai ter uma janta de morrer... - Regina respondeu com um riso malicioso enquanto bebeu um gole do vinho.

– Vamos dar graças pela refeição? - Regina disse suspirando. - Roland, porque não faz isso?

– Eu não sei fazer graças... - Roland respondeu desconfiado.

– É dar graças. E você pode fazer isso, vamos. - Regina falou batendo o garfo no prato pra chamar a atenção do menino.

– Você pode fazer isso, filho... Vamos, papai te ajuda! - Robin disse, juntando as mãos e fechando os olhos. O garoto repetiu.

– Muito obrigado... Ah.... Pela... Comida.... E .... - Roland tentou fazer a prece dando longas pausas pensando no que dizer.

– Ah, qual é? Não é tão difícil assim? Você foi criado por lobos? Porque até onde eu sei você não é o Mogli. O que tem de tão complicado em fazer uma dr... - O discurso de raiva de Regina foi interrompido por uma batida de Emma com uma barra de ferro na cabeça dela que a fez cair inconsciente.

– Louca do caralho! Quem sabe isso coloque alguns parafusos no lugar. - Emma disse estendendo a mão para Robin.

– Muito obrigado! - Robin disse, cumprimentando-a.

– Quando você ligou pra a delegacia, eu já sabia que tínhamos problemas, mas agora precisamos nos apressar. Zelena põe um pedaço de qualquer que seja a receita com maçã de Regina na boca e é sono da morte pra ela. - Emma fez um gesto e transportou os três com magia para o quarto onde Zelena estava sendo mantida.
Ao chegar lá, Robin encontrou Zelena deitada na cama de mármore e o prato no chão.

– Não! - Robin exclamou com voz chorosa e beijando-a.

– O que você tá fazendo? - Zelena gritou assustada dando um tapa nele.

– Eu pensei que... pensei que... - Robin gaguejou sendo interrompido em seguida.

– Que eu realmente ia comer algo servido numa das instituições da mulher que me quer morta? - Zelena falou cruzando os braços.

– Então pretende se alimentar de quê? - Regina falou surgindo de uma nuvem roxa, encostada na porta.

– Das suas lágrimas! - Zelena disse arrancando algumas pedras da parede e arremessando contra Regina.

– Pode cuidar dela? - Zelena disse olhando pra Emma.

– Posso contê-la por alguns momentos. - Ela respondeu.

– Não temos muito tempo. - Zelena disse, fazendo um feitiço que transportou os três para o limite da cidade.

– Vamos, rápido! - Robin gritou, pegando Roland nos braços e os três atravessaram.
Zelena, Robin e Roland caminharam alguns KM por uma estrada cercada por árvores até que chegaram à um restaurante de beira de estrada.

– Vamos parar um pouco pra descansar e comer. - Robin falou colocando Roland no chão.

– Eu me lembro desse lugar. - Zelena falou com um sorriso cansado.

– Está bem diferente desde a última vez que esteve aqui... - Robin brincou.

– Eu vou no banheiro. - Zelena disse.

– Enquanto isso, vou pedindo a nossa comida. Estou faminto. - Robin falou se aproximando do balcão de atendimento.
Zelena entrou no toalete, ligou a torneira, lavou as mãos e em seguida enxaguou o rosto, olhando para o espelho e refletiu mais do que a própria imagem. Ela definitivamente tinha sentimentos por Robin, mas iria ser assim pra sempre? Ela poderia descobrir isso depois. No momento, só queria uma porção de fritas.
Ao sair do banheiro, ficou chocada com a cena que encontrou: Robin caído no chão como que dormindo, sem nenhum sinal de Roland e o telefone tocando na sua mão. Ela pressionou as duas mãos contra o peito de Robin, tentou empurrá-lo, e nada. Em seguida, atendeu a ligação no intuito de pedir ajuda.

– Alô? - Zelena disse assustada.

– Vamos jogar um pouco. - Era a voz de Regina do outro lado da linha. - Tá com você agora.

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Notas finais do capítulo

Gente, espero que estejam gostando do desenrolar da história.
Próximo capítulo sai em breve e tem coisa boa vindo...