Cartas Anônimas escrita por Massie


Capítulo 52
Capítulo 52 - O jantar babou


Notas iniciais do capítulo

Voltei, os próximos capítulo agora só a noite. Obrigada a MaayBenedito por favoritar, esse capítulo é pra você! Espero que gostem e Boa leitura!



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– Puta que lá merda amiga.

– E agora? O que eu faço?

– Como assim o que você faz? Você tem que ir lá.

– Eles me odeiam Katarynne!

– E? Eles podem te odiar, mas mesmo assim ainda estão te esperando.

– Você não entende…

– Claro que entendo, você me contou toda sua história e partir daquele momento eu comecei a te entender melhor. Karina, você é a mulher guerreira se lembra? A mulher que superou tudo até chegar onde estar agora, se você não tivesse vencido todos seus medos, você não estaria onde estar… Garota você tem medos bobos e coragens absurdas, só você que não percebeu isso Karina. Vai lá, faça o que tem que fazer e vê no que vai dar.

– Tudo bem, tudo bem, vamos ver no que vai dar, o pior que pode acontecer é eles me esculachar como á cinco anos atrás e nós perdemos um contrato quase milionário.

– Isso ai garota, pensamento positivo.

– Hahahahaha, só você mesmo viu mulher.

– Eu sei que você me ama Karina, mas não é hora de declarar isso… Vá lá e mostre á eles que cinco anos depois você é uma gostosa, que tem qualquer um aos seus pés e que é rica e poderosa.

– Hahahaha ok, ok, to indo lá.

– Me mande noticias viu.

– Tudo bem…

– E ahhhh, o filho do chefão já está na sua lista de homens que você já transou loucamente né.

– Vadia!

Desliguei e comecei a gargalhar, só essa garota mesmo. Me recompus e me encarei no espelho.

– Karina aja naturalmente tipo os pinguins de Madagascar, sorria e acena, mas sem o acene, apenas sorria. Trate-os como os seus clientes… É… Trata-los como meus clientes.

A quem eu queria enganar? Eu estava incondicionalmente, irrevogavelmente fodida, de todas as formas possíveis, fodida. Respirei fundo e sai do banheiro, comecei a andar em direção a mesa que era ocupada por oito cadeiras cujo sete estavam ocupas. Claro que a vazia seria para mim e ela estava bem ao lado do Pedro… Pedro, ahh como ele estava lindo, continuava o mesmo de frente, mas seu poste físico estava mais desejoso, seus cabelos era alinhado e pareciam ser macios e sua face estava perfeita para um homem de vinte e um para vinte e dois anos. Ele sempre foi o que eu considerava a perfeição em pessoa, mas agora estava muito mais, ô se estava. Encaminhei-me até a mesa e todos estavam numa descontraída conversa. Senti meu coração martelar no meu peito ao ponto de doer, minha respiração falhar ao ponto de eu pensar que iria sufocar-me e minhas pernas tremerem ao ponto de eu cambalear. Me aproximei da mesa e me surpreendi com a firmeza da minha voz.

– Olá.

Sete cabeças se viraram para mim e cinco delas com uma expressão de choque me olhava como se estivessem diante de uma assombração. Eu apenas sorria, fracamente mais sorria.

– Ka… Karina? – Bianca foi a primeira a falar.

– Olá Bianca – ela me olhou da cabeça aos pés e repetiu o percurso umas cinco vezes antes de saltar de sua cadeira e vim me abraçar, aquilo me pegou de surpresa, a final, a ultima vez que nos vimos ela não estava tão carinhosa assim.

– Meu Deus, eu não acredito que você está aqui bem na minha frente… Meu Deus – Se afastou e colocou as mãos sobre a boca voltando a me olhar da cabeça aos pés.

– Kazinha… Caracas não é possível – Foi á vez de João vim até mim e logo atrás estava Vicky e ela ainda não parecia acreditar no que via – Quantas saudades minha loirinha – Me abraçou forte e eu retribui.

– Também estava… Com muitas.

– Own minha bebê – Foi à vez de Vicky me abraçar… É, aquilo estava estranho, muito estranho. Eu estava em um mundo paralelo ou o que?

– Sai Vicky é minha vez – Mateus abraçou-me, ele ainda tinha aquele abraço acolhedor e aconchegante.

– Karina, você está uma gata hein.

– Hahaha que isso Bi – Passei os olhos rapidamente pela mesa e vi que Pedro me olhava, mas não fez se quer um movimento. Ele não se levantou, ele não veio me abraçar e eu nem esperava que isso ele fizesse.

– Senta aqui amiga, vamos conversar – Vicky puxou a cadeira que estava ao lado de Pedro.

– Vicky essa cadeira já tem dono – Pedro se manifestou. Eu o olhei, ele me olhou e eu vi, que naqueles olhos, ainda tinha magoa. Apenas abaixei o olhar.

– Putz é mesmo.

– Vocês estão esperando alguém?

– Sim, a dona da Duart Design.

– Acho que ela acabou de chegar – Apontei para mim mesma.

– Não… ! – João me olhou parecendo surpreso – Você é a dona do Duart Design?!

– Em carne, osso e sem nenhuma formalidade – Vicky gargalhou.

– Continua a mesma de sempre.

– Mais isso é serio Ka? Você realmente é dona da Duart Design?

– Sim Bi, eu sou.

– Caracas.

– Vamos nos sentar gente – Disse Mateus.

Eu me sentei ao lado de Pedro e ele afastou um pouco a cadeira.

–Bom, estou vendo que a reunião babou né? – Uma das pessoas desconhecidas disse.

– Pois é Vitor – Opa, não era mais desconhecido.

– Ahh então marquemos para outro dia - Vitor me olhou e eu juro que naquele olhar tinha malicia, muita malicia. Foco Karina… Mas ele é tão lindo. Meu Deus. Pensa em um moreno lindo, gostoso e sensual com lindos olhos verdes… Pensou? Era Vitor.

– Pode ser… Não é Pedro – Chay o olhou.

– É – simplesmente respondeu.

– Vamos Mark – O outro homem se levantou – De qualquer forma, foi um prazer conhecê-la senhorita Duarte.

– Igualmente – Ele pegou minha mão e depositou um beijo na mesma saindo logo em seguida.

– Aii Karina temos tantas coisas pra falar – Vicky segurou em minhas mãos, seus olhos transbordavam arrependimento, eu olhei para todos e eles pareciam estar na mesma, só Pedro estava de fora.

– É Ka, fomos muito injustos com você.

– Como assim gente?

– Bom, eu vou ao banheiro – Pedro levantou-se e saiu sem ao menos me olhar. Ele parecia querer fazer aquilo desde o momento que me viu. Eu apenas sorri fraco.

– Há muitas coisas Karina… Muitas coisas – Eu olhei para Bianca sem entende.

– Karina, primeiramente queríamos te pedir desculpas.

– Desculpas do que João?

– Por aquela noite.

– Gente, esquece o passado…

– Não Ka – Bianca já chorava – Nós descobrimos que foi tudo armação.

– Como?

– A Manuela nos disse.

– Ela o que? !

– Dois dias depois, na segunda-feira, ela nos disse, mas junto com sua revelação ela também disse que você havia ido embora. Nós corremos desesperados para sua casa e quando chegamos lá à placa de alugasse estava no gramado e a casa já estava vazia.

– Aquele dia choramos os quatros, por termos acreditado naquela vadia e não na nossa amiga de tantos anos.

– Comentemos um grande erro Ka e carregamos esse erro durante muito tempo – Disse João

– Por favor amiga, nos perdoe, nos perdoe por não ter acreditado em você, nos perdoe por tudo que lhes dissemos, nos perdoe por tudo Ka. Por favor, nos perdoe – Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, Vicky me abraçou e eu retribui o mais forte que eu consegui. Ela se afogava nas próprias lágrimas e eu não estava muito atrás nisso não. Depois de cinco anos eu reencontrei as pessoas que fizeram parte da minha vida, depois de cinco anos eu encontrei os motivos dos meus sorrisos.

– Claro que eu perdoo vocês Vicky… Mais é claro que eu perdoo – Quando dei por mim já estava nós cinco nos abraçando e isso me fez reviver os velhos tempos. Separamos-nos e enxugamos nossas lágrimas, logo depois sorrimos um para o outro.

– Você não tem noção por quanto tempo nós procuramos você.

– Me procuraram?

– Sim, contratamos até uma pessoa, mas você simplesmente sumiu, nem no aeroporto sabia de você, em lugar nenhum você parecia estar e quando finalmente desistimos de te procurar, você simplesmente vem ao nosso encontro – Bianca sorriu.

– Cara pra onde você foi e como hoje você é dona da maior empresa de publicidade dessa cidade, que dirá no Brasil? – Eu sorri.

– Bom, eu e meus pais fomos para São Francisco.

– Garota você foi pra Califórnia? !

– Hahaha fui sim Mateus. Fiz faculdade lá e me formei, ai fiquei sabendo que tinha um homem que queria vender aquela empresa e com a ajuda da minha mãe e com um dinheiro que eu já tinha eu a comprei e hoje ela é o que vocês conhecem.

– Caracas, nunca pensei que minha amiga iria virar dona de uma publicitária…

– E detalhe, a publicitária mais renomada que eu conheço – Vicky finalizou e eu gargalhei.

– E vocês? O que aconteceu? Como assim vocês trabalham na empresa do Pedro? A empresa é dele? – Franzi o cenho.

– Bom, um ano depois da sua partida, Pedro retornou a cidade, ele foi ver alguma coisa com a casa que eles deixaram lá, eu não sei muito bem. Todos nós já havíamos nos formado e nos encontramos por acaso em uma balada, começamos a conversar e ele nos disse que o pai dele era dono de um conjunto de empresas, que tinham muitas espalhadas por ai e que ele não dava conta de todas por isso Pedro o ajudava – Mateus começou.

– Ai ele nos disse que ficaria responsável por uma empresa que estava sendo construída no Rio, ele disse que seria a segunda maior empresa e que precisaria de gente confiável para ajuda-lo – João continuou.

– Então ele nos perguntou se trabalhávamos, nossa resposta foi afirmativa, mas ele nos propôs trabalhar com ele, nós tínhamos garantia de tudo, mas teríamos que viajar por algum tempo, pois ele estava vendo como as empresas do pai dele estavam. Nós já conhecemos todas e aprendemos algumas coisas também. Viajamos por algum tempo até a empresa aqui no Rio já está quase pronta, então viemos para cá e aqui ficamos – Sophia finalizou.

– Ahhh.

– Cara como eu nunca saquei? Nós não sabíamos o sobrenome da dona da empresa, somente o nome e devíamos saber que não existem muitas Karinas por ai – Vicky disse e eu sorri – E também Duart Design não é um nome muito usado né. Somos uma anta.

– Ahh gente vocês não tinham como saber.

– Não tínhamos mesmo Vicky, nós não vimos uma foto se quer da Ka.

– Eu gosto de deixar um mistério sabe Bianca, é muito engraçado a reação das pessoas quando me veem, acho que a maioria esperava por uma velhaca rabugenta…

– E não uma novinha gostosa – Gargalhei.

– João! – Bianca o estapeou.

– Ai amor, eu só tava elogiando, eu hein.

Gargalhei.


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