Cartas Anônimas escrita por Massie


Capítulo 51
Capítulo 51 - Oh meu Deus, são eles!




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Quinta-feira havia começado bem, fui para empresa e fiz tudo o que tinha para fazer, três horas em ponto arrumei todas as minhas coisas e assim que eu ia sair da minha sala, Katarynne estava chegando.

– Mais já vai?

– Claro.

– Karina ainda são três horas.

– E dai? Eu preciso me preparar ok.

– Você vai para uma reunião e não se casar.

– Mais eu preciso me preparar e além do mais eu já fiz tudo que tinha para fazer e até adiantei o trabalho.

– Sério? !

– É.

–Mais tinha muito trabalho.

– Acontece que eu sou uma pessoa muito competente…

– Mais era muito trabalho…

– E bebi uns quatro litros de café – Eu entortei a boca e Katarynne gargalhou – Por isso to indo cedo, não seria nada agradável se eu caísse de cara no *Foi Gras poêlé sobre pêras caramelizadas no vinho né – Mudei o tom de voz e Katy gargalhou novamente.

– Ok então né, já que tudo está adiantado aqui, você pode ir.

– Nossa falando assim até parece que é você a dona disso tudo.

– Ai, ai, Duarte, sem mim você não seria nada.

– Pior que eu sei – Me aproximei dela e beijei sua bochecha – Fui.

– Me manda noticias, quero saber se o filho do chefão irá entrar para a sua listinhas de… Garanhões que eu já transei loucamente.

– Isso mesmo vadia, grita pra todo mundo ouvir, só não se esqueça que você pegou o presidente da Dexter e olha, eu acho que ele estava completando 80 anos.

– Vadia… Você me disse que ele tinha 50 – Gargalhei alto.

– Pra você não importa a idade e sim o dinheiro…

– E a potência né querida – gargalhei novamente.

– É uma vadia mesmo.

– Tenho uma boa professora… 3bjos.

Katarynne entrou para minha sala enquanto eu gargalhava. Peguei o elevador e apertei o botão que dava para o térreo. Quem nos visse falando daquela forma pensaria que nós somos duas oportunistas que fazem tudo por dinheiro, mas a maioria das coisas que falamos é só brincadeira, mas só a MAIORIA e não todas as coisas… Pois é, às vezes temos que fazer coisas nada agradáveis… Para alguns é claro, porque pra mim era muito agradável. Já estava na porta da empresa quando o flanelinha trouxe meu carro, entrei no mesmo e fui para a casa. O trânsito estava calmo por isso não demorei muito a chegar. Abri a porta de casa e o silêncio reinava naquele lugar… Perfeito. Fui para meu quarto, joguei minha pasta em qualquer lugar, tirei minha roupa ficando apenas de peças intimas e me joguei na cama, mas antes liguei o ar-condicionado. Já em baixo das pesadas cobertas eu apertei o botão que fechava todas as cortinas deixando o quarto com uma claridade gostosa. Acomodei-me, fechei os olhos e logo apaguei, o cansaço já me vencia. Acordei quando o relógio marcava seis horas da tarde, espreguicei-me e sai de baixo das cobertas fazendo os pelos do meu corpo se arrepiarem por conta do frio. Desliguei o ar e abri as cortinas, o sol forte invadia meu quarto deixando-o incrivelmente perfeito. Desci as escadas e fui até á cozinha, peguei uma maçã e subi novamente eu tinha que me preparar para o jantar e eu tinha que me senti bem leve, eu não sei o que viria, mas estava com uma sensação diferente das demais vezes que tive uma reunião de negócios. Fui até o banheiro e enchi a banheira com água morna, joguei meus sais de banho nela e algumas pétalas de rosa, deixa-a em repouso por algum tempo enquanto tirava minhas peças intimas, prendi meu cabelo em um coque e entrei vagarosamente dentro da banheira. Deixei a água morna abraçar todo meu corpo e fechei os olhos, aquilo era realmente muito bom. Fiquei mais ou menos meia hora ali, sai e me encaminhei até o chuveiro, tomei uma ducha e sai do box, vesti meu roupão e enrolei uma toalha na cabeça, fui para meu quarto e pensei no que ia vestir. Caminhei até meu closet e peguei um vestido preto aproveitei e logo peguei os sapatos… Coloquei os dois sobre a cama. Peguei alguns acessórios e já imaginei como seria minha maquiagem. Encaminhei até o banheiro e logo comecei a arrumar meu cabelo. Após terminar, vesti uma lingerie e o vestido que havia escolhido, sentei-me na frente da penteadeira para fazer minha maquiagem e após ter terminado-a calcei meus sapatos e coloquei meus acessórios, passei perfume e me olhei no espelho.

– É… Acho que está bom.

O vestido estava adequado e a maquiagem estava perfeita. Peguei minha bolsa e coloquei somente um batom e meu celular dentro dela, sai do quarto e desci as escadas. Confesso que a solidão não era tão boa quanto dizem, quer dizer, muitas vezes ela cai muito bem, mas às vezes seria legal ter alguém para que você pudesse dizer to saindo, não sei que horas volto ou para simplesmente conversar sobre qualquer coisa. Enquanto eu lastimava minha solidão eu saia com o carro da garagem. O jantar era oito horas, ainda era sete e quarenta e eu chegaria ao restaurante em quinze minutos dependendo do trânsito. Dei a partida no carro e como programado cinco pras oito eu estava estacionando na frente do Carême. O flanelinha bateu na porta e eu a abri, coloquei as duas pernas para fora e ele estendeu a mão para me ajudar a sair e foi impossível não ver sua cara de paspalho ao me olhar. Confesso que eu gostava de provocar isso nos homens, é sempre bom se sentir bonita e realmente ver que você está bonita. Ele sorriu e eu retribui o entreguei a chave e entrei no restaurante.

– Com licença.

– Sim – O **Maître olhou-me.

– Estou à espera do grupo Ramo’s.

– Ahh claro eles já estão a sua espera, acompanhe-me - Ele começou a andar e eu o segui, estávamos indo para uma parte mais vazia do restaurante – Aqui é onde geralmente acontecessem as reuniões de negócio, por isso a falta de fluxo.

– Entendo - Continuamos a andar e eu olhei para frente, franzi o cenho e apertei os olhos - Ô… Meu… Deus. Não pode ser –Parei de repente e coloquei as duas mãos sobre a boca.

– Algum problema senhorita?

– Eu… Eu… Esqueci uma papelada no carro, tenho que pegá-la - Antes que ele pudesse dizer alguma coisa eu praticamente sai dali correndo, fingi que ia em direção a saída, mas dei meia volta e entrei no banheiro – Merda, merda, merda, merda, eu sabia que não ia ser coincidência, eu sabia! – eu andava de um lado para o outro sem saber o que fazer. Eu tinha que ir pra lá, ou poderia inventar uma desculpa, mas eles iam me procurar e eu não poderia fugir o resto da vida – AHHHHHHHHH… Já sei – Peguei minha bolsa e disquei o numero que já estava gravado na minha cabeça.

– Katarynne você não vai acreditar.

– O que é vadia… Não era pra você estar no jantar?

– Eu sabia que era consciência de mais. Puta que pariu.

– Do que você está falando?

– Do grupo Ramos’s!

– O quê que tem?

– São eles Katarynne, o Pedro, a Bianca, o João, a Vicky e o Mateus, são eles que estão aqui… Eles!

*Especialidade francesa servida no restaurante Carême.

**Nome dado ao responsável por agendar os clientes em restaurantes, coordenar quem vai servir qual mesa - garantindo máxima eficiência no atendimento - e lidar com as reclamações dos clientes.


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