Cartas Anônimas escrita por Massie
Notas iniciais do capítulo
Oi gente, eu to literalmente caindo de sono pq eu acordo 8 horas da manhã de segunda a sexta (Mas vcs não querem saber disso né?) Então eu resolvi dormir bem mais cedo hoje. Mas eu não esqueci de vocês e vim postar o último capítulo do dia. Espero que gostem e boa leitura!
Segunda-feira começou e eu logo cedo já estava na escola, eu acordei mais cedo que o normal, pois não queria ver minha mãe. O tapa dela foi de mais para mim, ela nunca ousou me encostar um dedo se quer e eu fiquei muito revoltada por depois de grande ela ter me batido.
– Nossa que cara é essa? – disse Vicky se aproximando de mim.
– A única que tenho.
– Caraca, desarma ai minha filha.
– Aiii eu estou com um ódio!
– Por quê?
– Minha mãe, ou melhor, a pessoa que era minha mãe.
– Iiiii o que rolou dessa vez? – Perguntou Bianca.
– Ontem ela me deu um tapa na cara.
– O QUE?! – As duas disseram juntas.
– Isso mesmo, um tapa bem estalado.
– Caracas Karina, sua mãe nunca te bateu antes – Bianca estava abismada.
– Pois é, mas agora ela resolver me bater.
– O que você fez?
– Por que eu tenho que ter feito alguma coisa Vicky?
– Ka, a tia sempre foi liberal com você, nunca te proibiu de nada, você deve ter feito algo muito serio.
– Eu só disse umas verdades para ela?
– Iiii já vi tudo – Vicky sentou-se ao seu lado.
– Karina, quando você abre sua boca para dizer algumas verdades à pessoa sai depressiva – Bianca gargalhou.
– Tá, eu peguei um pouco pesado, mas só um pouquinho, porque se aquilo tudo que eu disse não fosse verdade, ela não teria ligado.
– Karina cara, ela é tua mãe.
– E daí Vicky? – Eu me levantei – Ela me bateu cara, me bateu!
– Karina, mas o que você disse deve ter sido muito grave, apesar de tudo ela é sua mãe e você deveria ter medido o peso de suas palavras.
– Ai que saco, vão ver se eu estou na esquina – Eu bati o pé e peguei minha mochila indo em direção á sala, esbarrei em quase todo mundo que estava ali e pouco me importei – Sai da frente quatro olhos!
Eu esbarrei em Pedro e eu o tratei daquela forma, minha raiva era tanta que eu não via nada a minha frente. Fui até minha mesa e sentei na cadeira abaixando minha cabeça e torcendo para que o dia passasse rápido. Meus amigos não quiseram papo comigo naquele dia, pois eles sabiam que quando eu estava dessa forma eu daria patadas mesmo em todo mundo. O sinal para a quarta aula soou, mas seria vaga, então podíamos sair da sala, foi então que me lembrei das cartas e logo corri para meu armário, assim que eu o abri lá estava, mas um envelope vermelho com mais palavras que enlouqueceria meu coração.
“Simples gestos valem mais do que palavras, mesmo tão perto, te tenho tão distantes, o teu silêncio em relação a mim é o que me conforta o teu olhar me mantém, teu cheiro é como uma droga alucinante, tua voz me leva a um universo totalmente paralelo, suas risadas me fazem rir, mesmo não sendo para mim… Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada.”
Assinado:Anonymous
Aquela carta me fez sorrir e me fez esquecer de todos os motivos que estavam me deixando com raiva. Quem era ele? Eu precisava descobrir. Fechei meu armário e vi Pedro no fim do corredor.
– PEDRO! – Eu o gritei, mas ele pareceu não ouvi – PEDRO! - O Gritei novamente e nada, ai percebi que ele estava me evitando pelo modo como eu agi com ele mais cedo. Burra! Corri até ele e o puxei pelo braço.
– Ahh oi Karina.
– Você não me ouviu chamar?
– Não.
– Mentiroso.
– Hã? – ele me olhou incrédulo.
–Você está com raiva de mim pela forma que te tratei mais cedo, quero me desculpar por aquilo, você não tinha nada haver com o assunto e acabei descontando em você.
– Não, tudo bem.
– Não, não está tudo bem – Eu me aproximei dele e senti seu corpo se enrijecer.
– Me perdoa mesmo, eu não quero magoa-lo.
– E por que isso te importaria? Você é Karina Duarte esqueceu?
– Não, mas eu não quero te ver magoado comigo, não sei, você é legal.
– Ahh muito obrigado, você também é.
– Então… – Me aproximei mais dele, ahh como aquela boca me chamava para experimentá-la – Você me perdoa?
– Cla-claro – hummm ótimo sinal.
– Fico feliz –me aproximei mais dele e dei um beijo no canto de sua boca, ele á entreabriu e seu hálito bateu em meu rosto e eu senti uma vontade louca de beija-lo, quando iria fazer isso ouvi algumas vozes e me afastei rapidamente. Pedro permaneceu imóvel e isso me fez sorrir, ahh como me fez sorrir.
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