– Você entendeu Karina?

– Bastante. Cara, você é um ótimo professor – ele sorriu timidamente.

– Obrigada.

– Bom, agora eu terei que ir – eu me levantei e Pedro me acompanhou.

– Tudo bem, depois continuamos – Nós saímos de seu quarto e fomos até sua sala.

– Filho eu… – Uma mulher que era muito jovem para á idade que tinha adentrou a sala – Ahh Oi.

– Oi.

– Mãe, essa é a Karina uma amiga da escola, Karina, essa é minha mãe.

– Como você é linda querida – A mãe dele se aproximou de mim e me abraçou, seu abraço era acolhedor.

– Que isso, a senhora que é.

– Nada de senhora.

– Tudo bem, mas você é realmente muito linda, e muito jovem para ser mãe do Pedro.

– Está vendo né Pedro, toda vez que você me chamar de velha se lembre-se dessas palavras da… Karina.

– Você chama sua mãe de velha Pedro? – Eu o olhei incrédula.

– Vamos combinar que ela não é nenhum novinha né – ele revirou os olhos.

– Que isso menino, ela se passaria muito bem por sua irmã.

– Está vendo Pedro, era essas coisas que você devia falar pra mim – ela me abraçou de lado e eu sorri. Delma, assim era seu nome, me olhou de uma forma estranha, porque digamos que meu corpo não estava muito coberto e eu pela primeira vez fiquei incomodada com isso.

– Bom… Eu já vou indo.

– Você não quer ficar para almoçar com a gente querida?

– Infelizmente eu não posso.

– Mas qualquer dia você virá não é?

– Mãe. – Pedro á repreendeu.

– Hahaha venho sim, é só me chamar.

– Ok. – Eu me aproximei dela e a abracei novamente. Eu sai da casa de Pedro e ele me guiou até o portão.

– É… Desculpe por isso Karina – ele coçou á nuca, parecia envergonhado e estava extremamente lindo.

– Que isso, eu adorei sua mãe.

– Ela também parece ter gostando de você.

– Quem não gosta de Karina Duarte não é? – Gargalhamos – Bom, agora eu realmente preciso ir.

– Tudo bem – eu me aproximei de Pedro e lhe dei um beijo na bochecha. Ele sorriu para mim e eu parti lembrando durante todo o caminho daquele sorriso. Cheguei em casa e encontrei minha mãe fazendo o almoço.

– Oi filha.

– Fala – eu peguei uma maçã e me joguei no sofá.

– Filha, ligaram pra você.

– Quem?

– Acho que era… Duca – eu sorri.

– Ahh tá.

– Karina, você está namorando?

– Hã? Que namorar o que mãe, eu quero mais é curtir á vida.

– Filha você não se acha muito lasciva não? Você é tão novinha e já teve tantos.

– Mãe o bom da vida é isso, pra que ter um só se você pode ter vários? Pode experimentar cada dia um diferente?

– Karina quando você fala assim, você parece uma… Vadia – ela se aproximou de mim.

– É exatamente as vadias que eles procuram, por isso tenho muitos.

– Karina, eu não te criei dessa forma.

– Mas eu gosto de ser exatamente assim, goste você ou não.

– Olha com você fala comigo – eu me levantei.

– Eu falo da forma que eu acho necessário.

– Mas não fala mesmo, eu sou sua mãe e exijo respeito.

– Você não tem direito de exigir nada!

– Karina eu já disse…

– Ai mãe vai procurar um homem, isso é falta – Ela não disse nada apenas vi e senti sua mão voando na minha no meu rosto.

– OLHA COMO VOCÊ FALA COMIGO, EU NÃO SEU SEUS AMIGUINHOS NÃO!

– VOCÊ NUNCA MAIS FAÇA ISSO. POR ISSO MEU PAI FOI EMBORA, POR ISSO QUE ELE TE LARGOU, QUEM IRIA QUERER FICAR COM UMA SEM SAL COMO VOCÊ? POR ISSO ELE PREFERIU ESSAS VADIAS DA VIDA, PORQUE NEM PRA SATISFAZER UM HOMEM VOCÊ SERVE.

Eu corri para meu quarto e bati á porta. Aquelas palavras foram muito pesadas, mas infelizmente na hora que eu as pronuncie eu não senti seu peso, eu nunca deveria ter dito aquilo para minha mãe, para á pessoa que mais me amava… Nunca.