A prometida das sombras escrita por Katy Tonnel, Katy Chin


Capítulo 17
Capítulo 17 - Não revisado


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus amores... Saudades.

Espero que gostem, boa leitura.

Música: Skillet - "Feel Invincible"
Link: https://www.youtube.com/watch?v=Qzw6A2WC5Qo



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Capítulo 17

O escuro consumia tudo à sua frente.

Kate estava andando há horas sem saber o que iria encontrar pela frente, ou o que àquela floresta poderia lhe revelar. O medo estava presente em cada parte de seu corpo, em cada célula. Ela temia sucumbir aos seus sentimentos. Ela não sabia o que seu coração iria lhe mostrar.

Ela se sentia cansada, mas tinha a força de vontade em continuar. Ela queria sair daquele lugar.

Era como andar no inferno sem saber quais demônios iria enfrentar. Era como andar num quarto escuro sem saber onde irá esbarrar. O silêncio era aterrorizante. Não havia sons de vento, animais, insetos, nada. Era somente seus passos quebrando pequenos galhos e sua respiração cansada e quase acelerada.

Kate encostou-se à uma árvore. Fechou os olhos e respirou fundo. Ela queria ir pra casa. Ela queria estar em casa.

Mas onde seria sua casa agora?

Ela só conseguia pensar em como era burra. Em como sua vida ia caindo de um precipício profundo a cada segundo que passasse. Ela já não sabia o que esperar.

Então ela escutou um grito feminino vindo de alguma parte da floresta.

Ela ficou alarmada. Se afastou da árvore e ficou atenta olhando em volta. Ela ficou com medo. Quem dera o grito estava com medo. Era como ver um fantasma ou um monstro.

Passou alguns segundos e o gritou voltou. A mulher gritava várias vezes.

Kate deus alguns passos à frente.

Seria alguma revelação?

Ela começou a andar em direção aos gritos. Ela sentia medo do que poderia presenciar, mas continuou. Se era fruto de sua imaginação, poderia vencer o que pudesse aparecer.

Ela começou a pensar em Amara e em como ela poderia controlar o que fosse visto. Mas não queria pensar muito.

Os gritos não paravam. A pessoa gritava alto, como se sentisse dor, medo... Terror.

Kate começou a correr. Era como se nunca fosse chegar ao lugar. Ela passava entre árvores e galhos. Algumas vezes sentia seu braço arder de dor pelos galhos que lhe arranhavam. Mas os gritos estavam ficando distantes. Ela precisava chegar ao final. Era como se aquela floresta mexesse com sua cabeça, a deixando maluca. Eram como alucinações.

Kate parou bruscamente. Ela viu uma clareira com chamas e à sua volta e no meio uma enorme fogueira. Kate observava tudo como se não acreditasse, mas já era para estar acostumada.

As chamas variavam do azul, verde e um alaranjado, era como um arco-íris quente.

O fogo em volta da clareira era alto, formava um circulo enorme e conforme Kate chegava perto, o fogo se afastava abrindo caminho para ela passar. Quando entrou, o fogo se fechou atrás de si. Ele pareceu ficar mais alto, como se a impedisse de sair do circulo.

Kate sentiu fascínio pela fogueira e chegava cada vez mais perto.

Um corpo em chamas apareceu. Uma mulher queimando gritava alto.

Os gritos eram aterrorizantes. Era como se ela sentisse medo, raiva... Todo um sentimento rancoroso.

Kate tocou o fogo com pena, lágrimas de pena caíram de seus olhos e ela queria poder atravessar o fogo e ir até a mulher para a socorrer.

O fogo não a queimou. Kate não sabia bem o porque daquela fogueira a fascinar tanto e nem a queimar. Ela não sentia nada. Nem mesmo a temperatura alta da mesma. Era como se convivesse com o fogo há anos... Como se... Fizesse parte dela.

Kate fechou os olhos. Respirou fundo e sentiu algo andar em seu corpo.

Ela abriu os olhos e viu a coisa mais extraordinária, seu corpo estava em chamas. Mas ela não queimava. Ela não sentia medo. A imagem já havia sumido e todo o fogo da fogueira estava em seu corpo. Seu corpo foi ficando pesado e seus olhos iam se fechando. Ela sentiu seus poderes agindo. Era como se ela não tivesse mais comando em seu corpo. Ela tocou a cabeça sentindo uma dor extrema, como se seu corpo estivesse diminuindo... Como se brigasse com a gravidade.

Sua boca abriu em um grito, quase igual ao da mulher. O fogo entrava em sua boca como se estivesse a queimando de dentro para fora.

Como numa explosão, o fogo subiu. Ela sentiu seu corpo chocar-se contra o chão.

Seu coração estava acelerado.

Ela se perguntava se estava morrendo.

Ela não queria morrer.

Ela sentiu um vento forte em seu corpo e muitas pessoas falando. Ela abriu os olhos e viu um céu nublado, poucas árvores e olhou pro lado, vento um monte de gente com roupas antigas.

"Corte a cabeça da bruxa."

"Esfole-a... Esfole-a."

Ela ouvia mulheres e crianças gritarem coisas brutais para se fazer com a tal bruxa. Se era mesmo uma bruxa porque não se soltava?

Kate levantou e sentiu algo a atravessar. Uma menina que aparentava ter 8 anos correu até a multidão. Kate se sentia assustada, sem entender o que estava acontecendo, resolveu ir na direção da multidão para ver o que estava acontecendo.

Então ela viu uma mulher com os cabelos à frente do rosto e uma parecendo muito nova, conversando com a mulher amarrada, um pouco suja, parecendo ser uma nobre com madeira a baixo de seus pés.

Olhei em volta, vi algumas pessoas chorarem, outras gritarem barbaridades para a tal mulher.

Menina que conversava com a mulher amarrada deu um sorriso e sumiu entre as árvores de um caminho desconhecido. A mulher amarrada sorriu para a plateia.

Kate a reconheceu. Era Amara prestes a morrer.

— Todos vão pagar. Todos vocês vão pagar-me por tudo.

Então a fogueira foi acessa tomando todo o corpo de Amara.

Kate queria gritar. Algo dentro de si queria ir ao socorro daquela mulher que tanto lhe aterrorizava. Ela sentia-se como se fosse ela ali. Como se tivesse queimando... Ela gritou junto com Amara, sentindo cada sentimento. Uma angustia que nunca passava... Uma raiva que crescia dentro de seu peito com todos os anciões do clã que chegou a sentir pena.

Ela queria salvar, mas também precisava ser salva. De alguma forma, ela sentia uma vontade enorme de interferir. Mas ela era apenas uma telespectadora. Porém, Amara parecia encarar ela.

"Queima bruxa" - A multidão gritava.

As pessoas que choravam, iam saindo aos poucos.

Um homem chegou perto de Amara e quebrou-lhe o pescoço. Kate fechou os olhos. Podia-se ouvir o barulho dos ossos quebrando. Aquilo era infernal. Kate deu mais um grito, tanto de horror como de raiva. Ela sentia cada sentimento emanado daquele lugar. Ela cerrou os punhos e gritou mais alto. Um vento forte começou a rodar à sua volta, como um grande furacão. Os nuvens ficaram cada vez mais negras. A sua volta, poeira, vento e fumaça cinza a rodeavam, dando voltas e mais voltar. Ela sentia seus poderes saindo de seu corpo. Sua cabeça estava doendo, seu corpo estava quente, era como se cada parte de seu corpo, chamasse por aquilo.

Ela caiu de joelhos e sentiu seu coração ficar menos acelerado e uma calma tomar seu corpo.

Aos poucos ela viu tudo sumir, como fumaça o vento.

Ela viu outras pessoas. Outro cenário. Desta vez a mesma mulher que falava com Amara com homens amarrados em volta de algum tipo de símbolo no meio de uma floresta. Kate não entendia bem o que estava acontecendo. Sua mente estava ficando turva. As mulheres pegaram uma adaga e passaram numa menina parecendo estar com muito medo. Porém nada questionava. O sangue preenchia um cálice.

Uma das mulheres recitava algo em um livro e a que segurava o cálice, fazia os homens beber do mesmo e colocavam a adaga em seus corações. A pele de todos estavam ficando cinzas e os músculos ficavam mais visíveis.

As cordas foram soltas com a força dos corpos que tremiam, como se tivessem tendo um ataque.

Ela pode ver Seth caído no chão. Ele tremia e rugia alto... Era como se animais estivessem dentro daqueles corpos.

Ela correu até ele mas não o pode tocar. Ela chorou por ele. Por todos eles.

Ela então se tocou que estava presenciando a morte de todos que fazem parte de sua vida agora e isso significa que Matt também estava ali.

Ela levantou em desespero procurando por ele chorando por não poder ajudar... Mesmo que isso significasse nunca o conhecer no futuro. Mas no fundo ela não queria ajudar, mesmo que isso significasse ser egoísta e querer ter ele em sua vida.

Era uma angustia do querer e de não querer.

Ela o viu calmo, olhando para o céu. Ela se ajoelhou e tentou tocar nele. Ela chorava e sorria. Seu sorriso era por ver ele, por poder lembrar-se de como era estar perto dele. Ele vampiro era lindo, mas como humano era igualmente bonito.

Ela queria poder tocar nele. Ela estava sentindo a angustia da dor dele. Ele ainda estava corado e a pele parecia ainda quente.

— Você é um anjo? – Perguntou tentando tocar nela. Porem sua mão atravessava o rosto de Kate.

— Não meu amor...

— Quem... É... Você? O quer... de mim? – Sua voz estava fanha... Arrastando palavra por palavra. Ele estava fraco.

Kate se sentia fraca e cansada.

— Sou Kate... E você é Matt... Como eu senti sua falta... Como eu amo você.

Ela deixou as lágrimas caírem.

— Eu... vou morrer?

— Não... Você vai viver uma vida longa e feliz... Cuide-se, querido. Eu te amo.

— Não pode me amar... Na... Não me conhece, anjo.

Ela sorriu.

Então seu corpo foi ficando pesado, como se algo a empurrasse para baixo. Ela caiu ao lado do corpo de Matt e tudo o que pode dizer antes de cair no sono, foi...

"Eu amo você... Eu amo..."

Matt queria lembrar-se daquele rosto para sempre... E Kate foi sumindo junto ao vento, como se fosse pó.


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Notas finais do capítulo

08.08.2016

A T E N Ç Ã O: ESTE CAPÍTULO NÃO ESTÁ BETADO NEM REVISADO. CASO ENCONTRE ALGUM ERRO, ME AVISE. OBRIGADA!



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