A prometida das sombras escrita por Katy Tonnel, Katy Chin


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, como eu havia prometido aqui está o primeiro capítulo. Ele é pequeno, porém achei interessante vocês conhecerem um pouco nossa vilã. Obrigada a todos pelo sucesso da primeira fanfic e história, pelas recomendações, favoritamentos e comentários fabulosos e carinhosos. Obrigada!

Espero que essa agradem a todas vocês como a primeira. Obrigada! s2

Música: Hozier - Take Me To Church



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(Quem quiser ler a tradução :D)

Capítulo 1

Pov. Amara 300 anos atrás.

Todos acham que a desgraça nunca acontece consigo, até acontecer. Uma vida é tirada a cada segundo. Vi minha cidade sendo tomada, minha vida passando entre meus dedos, vi pessoas importantes em minha vida morrerem em praça pública assim como eu em instantes. Não consigo entender no que eu errei. Sei que deixei tudo ir longe demais, no entanto o que foi feito, foi feito. Não há como voltar atrás.

Eu era uma deusa aos olhos do meu clã. Hoje sou apenas areia de uma pirâmide desmoronada no deserto. Virei cinzas daquilo que um dia cheguei a ser. Prenderam-me como se eu fosse uma criminosa, tudo o que eu tenho agora são palavras. Sei que meu povo vai sofrer, mas eu tenho que enfrentar tudo o que vier pela frente. O conselheiro do clã me avisou, era para tomar cuidado, minha vida iria à ruína por causa do homem de olhos amarelos. Nunca entendi realmente as palavras do velho Wen, porém eu quis viver aquele amor, o homem de olhos amarelos na verdade era uma fera. Uma fera presa dentro do corpo de um homem. Hoje estou aqui por causa dele. Estou presa e sem magia por causa dele! Um dia irei voltar, irei me vingar, o farei pagar por tudo o que me tirou. Palavras ditas por ele são apenas palavras, todas as promessas jamais me foram reais, tudo o que eu quero agora é ir embora e saber que um dia eu terei a minha paz.

Posso sentir minha alma queimar no inferno. Posso sentir as sombras me possuírem aos poucos. Sou a mais forte de todas, porém a mais tola e menos treinada do clã. Eu era uma pérola, um furacão e hoje sou somente... Alguém que vai morrer pela tolice e inocência. Porém, esta pessoa irá voltar das sombras e para se vingar de todos.

Meu povo é tolo, sem mim jamais vão ter a proteção que merecem. Cansei de vê-los morrerem e serem expostos como uma atração. Odeio ver os que se acham os donos da cidade invadindo tudo, odeio todos eles. Todos merecem pagar. Todos merecem sentir a ira das minhas sombras, da minha raiva. Não importa o que eu terei que fazer ou quais obstáculos irei ter que ultrapassar. Só me importo com minha vingança e seguir em frente em busca da paz e finalmente me distanciar de tudo. Meu povo ainda pode ter esperanças.

Fechei meus olhos lembrando-me de meu filho, sempre fui uma moça tola e acho que irei continuar sendo. Minha família não é tradicional, eu não sou tradicional. Odeio meu pai, odeio meu irmão... Odeio a todos. Meu filho é só mais uma alma inocente que não merecia viver muito menos respirar junto àqueles que vivem para fazer de minha vida um inferno.

As correntes que seguram minhas mãos estão apertadas. A mordaça em meus lábios me deixa com sede. Minha fome é tão grande que não me importaria de comer o pão velho que está em minha cela. Mas de nada posso fazer. Minhas pernas estão amarradas, meus braços estão presos que parece que estão soltos e precisam de ajustes. Meus lábios já estão dormentes e meus olhos estão doloridos. Então escuto a porta ranger, com certeza um guarda entrando prestes a me matar.

– É hoje que você morre, sua infeliz! – Falou com repulsa na voz.

Os guardas eram todos grosseiros e brutos. O guarda que entrou era gordo, parecia-se com um leitão. Ele tinha os dentes amarelados e sorria para mim. Ele foi me jogando para fora da sela. Porém, antes ele desamarrou meus pés e meus lábios agora finalmente estavam livres. Então quando nos distanciamos da cela e não tinha ninguém pelos corredores, senti aquele porco passar a mão em meu corpo apertando-me contra parede e eu tentava virar o rosto, ele imprensava seu corpo gordo contra o meu e falava beijando meu pescoço:

– É um desperdício sua bruxa devassa! – E ria. – Está na cara que és da vida! – Ele encostou seus lábios nos meus, meu corpo era magricelo, muito mais, o que deixou as coisas mais fáceis para ele. O mesmo forçava seus lábios contra os meus, na hora me deu repulsa, uma vontade de vomitar. Eu estava ficando sem ar, eu lutava contra aquele porco, tentando distanciar meus lábios dos dele. Mas ele segurava minha cabeça contra a sua. Eu podia sentir minhas sombras vindo. Odiava usar aquele meu lado. Senti todo o meu corpo tremer e ficar quente. Meus dedos queimavam, meus olhos ficaram em brasa. Estava acontecendo. Eu estava virando outra pessoa. Fechei meus olhos entregando-me completamente as minhas sombras. Tentei ser forte, porém eu era fraca, assim como qualquer outro bruxo seria em minha situação. Então eu gritei eu estava totalmente sem ar, não conseguia respirar. Então aconteceu; ele se afastou e bateu em meu rosto, aguentei de olhos ainda fechados.

– Bruxa ordinária! – Senti outro tapa, entretanto este foi pior, ele conseguiu abrir um machucado em minha boca. Minha raiva já chegou ao meu limite. Quebrei seu pescoço somente com um olhar para aquele corpo sujo e cheio de pecados. Agora ele estava morto. Morto e em breve viria servir de comida para os fungos.

– Quem é a bruxa devassa e ordinária agora, seu desgraçado? – Falei com raiva.

Aquela era a minha chance, eu poderia dominar o mundo naquele momento. Eu estava me sentindo poderosa. Mas pensei em Nataniel, meu filho. Não poderia fazer nada, ou era me entregar ou condenar a todos nesta cidade.

Comecei a andar pelo corredor vazio e usei meus poderes para desviar dos homens daquele castelo. Mas do mesmo jeito eu iria morrer, o conselho já havia decidido. Sou forte demais para eles, sou diferente e impulsiva. Não presto para viver junto ao clã. No entanto não liguei, continuei andando até chegar ao pátio do castelo, homens chegavam de todos os lugares, com lanças, espadas e flechas, os apontando para mim. O conselho estava a minha frente e de nada eu poderia fazer naquele momento.

– Pare agora! Já não basta tudo o que fez na frente destes humanos, precisa fazer mais uma atração para todos? Garota insolente! – Falou Wen em voz alta e grossa para todos escutaram.

Ele fez sinal para que os guardas me segurassem, agora eu havia escolhido. Eu iria morrer, mas todos iriam me pagar. Eu iria me vingar! Vingança eu gosto de comer fria e crua. Dei um pequeno sorriso enquanto eu era guiada até a praça onde fui amarrada em um tronco e servi de atração para todos daquela pequena cidade. Mulheres, homens e crianças, todos estavam ali para me ver queimar e morrer. Alguns sorriam, outros olhavam com espanto, mas todos estavam ali para rirem enquanto eu queimava.

Quando terminaram de amarrar minhas mãos e pernas deixaram um padre orar por mim. Ele começou a rezar em latim saiu dali olhando-me com desprezo. Meu clã estava do outro lado, eles choravam por mim, eu poderia ser temida e odiada por muitos, mas também era amada. Depois todos puderam ver-me de perto e por último veio Samira, uma amiga de longa data falar comigo.

– Faça como o planejado. Nada pode dar errado. Vá atrás dele, o faça sofrer assim como eu. Enquanto eu queimo até a morte ele pede pela morte, até o dia em que eu voltar e o ver implorar para mata-lo. Terei o prazer de fazer pessoalmente. – Dei um sorriso gelado e medonho com várias imagens de Seth sofrendo.

Ela foi embora, fiquei olhando para todos. Todos eram escravos da vida, da sociedade e daquele povo. O novo mundo estava se tornando cada vez mais difícil, o vínculo que o clã tinha há muito tempo, acabou. Tudo o que se restou foram as cinzas e as lembranças do que jamais vai voltar. Fechei meus olhos esperando pelas chamas. Um mutuado de palha abaixo de meus pés se ascendeu. Então eu gritei, gritei o mais alto que eu pude naquele momento. O fogo estava em cada parte de meu corpo. Morrer de tal forma era brutal, meu corpo estava secando. Eu estava morrendo. Eu deixei algumas lágrimas me escaparem e desejei morrer logo, então tudo se apagou. Tive meu pescoço quebrado. Eu nasci pela magia, mas também morri por ela.


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Notas finais do capítulo

Chegamos ao fim, o que acharam meus amores? Espero que tenham gostado tanto quanto eu!

O segundo capítulo é o que mais está me dando trabalho, por que estou tentando escrever algo que agrade a todos, vai ser triste, romântico, medonho e cheio de surpresas. Algo que acho que vai ser de agrado a todos. Espero realmente que agrade a todos.

Então é isso gente, obrigada por ler e quem comentar, recomendar e tudo mais. Irei ficar grata pelo resto da vida. Obrigada! s2

A T E N Ç Ã O: CAPÍTULO BETADO E REVISADO. CASO ENCONTRE ALGUM ERRO DE ORTOGRAFIA AVISE NOS COMENTÁRIOS. OBRIGADA!



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