You Are The Only Exception escrita por Smile


Capítulo 17
Acordando No Hospital


Notas iniciais do capítulo

Olá! Estou sem criatividade para as notas. Aproveitem o capítulo!!



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Uma luz muito forte e muito branca me cegava. Apertei os olhos e virei para o lado, tentando me livrar do incomodo que elas me causavam. Consegui focar no par de olhos verdes como os meus, que me encaravam aliviados e assustados ao mesmo tempo. Papai!, pensei aliviada. Um apito contínuo soava à minha direita, então vi a silhueta de uma mulher ao lado da porta.

Me esforcei para focar nela, o que foi um pouco difícil, mas finalmente consegui. Não pode ser..., pensei. Papai nunca deixaria essa mulher se aproximar de mim! Mas eu estava enganada. Era ela. A mesma que me deixara, há dez anos atrás. Ela continuava a mesma, um pouco mais loira e, provavelmente, tinha adiquirido alguns quilinhos desde que eu a vira da última vez.

O apito atrás de mim ficou mais rápido e mais alto. Em menos de dois segundo já havia uma terceira pessoa no quarto, que entrou no meu campo de visão. Senti uma dor aguda no braço esquerdo, e tudo se apagou novamente.

. . .

Abri os olhos, e senti algo quente na minha mão direita. Dei um leve aperto, e senti que era a mão de alguém. As luzes brancas me cegaram novamente, então virei para o lado da mão, e demorei menos tempo para consegui focar na pessoa.

Era o James.

Ele sorriu para mim. Um sorriso cansado, e aliviado, assim como o do meu pai. Os olhos dele estavam vermelhos e inchados, além de terem olheiras. Ele parecia ter chorado e ficado acordado por muito tempo, mas por que eu não tinha como saber.

– Oi. – falei, mas minha voz não saiu.

– Ei. – disse ele, rouco.

Eu sorri, e tentei falar algo novamente:

– Onde a gente está? – perguntei. Dessa vez minha voz saiu, apesar de falha.

– No hospital. – disse ele.

Tudo voltou à minha cabeça. A ligação, a dor, o carro, o asfalto, e a mulher na porta.

– James, - falei sussurrando. – não deixa aquela mulher entrar aqui de novo.

– O quê? – perguntou ele, também sussurrando.

– A minha “mãe”. – falei, tentando fazer aspas com os dedos, mas percebendo que havia algo neles.

– Dianna, - disse ele com a voz na altura normal, porém com um tom cuidadoso, e carinhoso. – sua mãe está morta. Você mesma me disse isso.

– Eu sei. – falei ainda sussurrando. – Mas eu menti. Ela não está morta. Ela me deixou quando eu tinha cinco anos, e eu não gosto de falar sobre isso, por isso menti...

Ele me olha espantado.

– Me desculpa. – falo, começando a chorar.

– Dinny! Não chora. – diz ele, fazendo carinho na minha mão, que ainda estava segurando a dele. – Eu... Não fazia ideia... A mulher na sala de espera, é a sua mãe?

Eu dou de ombros, o que me faz fazer uma careta de dor. Parece que despenquei do décimo andar de um prédio e bati com tudo no cimento.

– Eu fui atropelada, não fui? – pergunto.

– Sim... – responde ele, ficando com as bochechas vermelhas.

– Eu não culpo a pessoas. – falo. – Afinal, eu fui completamente inconsequente.

– Fui eu. – diz ele.

– Foi você o quê? – pergunto, sem fazer ideia do que ele esta falando.

– Eu que te atropelei.

Congelo. Como poderia ter sido ele? De qualquer forma, ele não era culpado. EU tinha atravessado uma avenida movimentada no sinal aberto para os carros. EU tinha sido irresponsável.

– Me desculpe. – falamos juntos.

Eu rio, mas ele permanece sério.

– Não foi culpa sua. – digo.

– Você não tem noção de como eu fiquei preocupado. – diz ele depois de um tempo, suavizando um pouco a expressão. – O que aconteceu para você estar tão abalada e com tanta pressa?

Demoro um segundo para responder:

Ela me ligou.

Ele faz uma cara, cujo a expressão não fica clara para mim. Estou com tanto sono, e a mão dele está tão quentinha, fazendo carinho na minha. Meus olhos pesam, e eu adormeço olhando para ele. James, o único garoto na face da Terra que tinha feito com que eu duvidasse de que “amor” não existe.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem!
Beijinhos, até mais.