Meu Primeiro Amor Impossível escrita por Carol Eiko


Capítulo 9
Sentimentos Desconhecidos


Notas iniciais do capítulo

O-i-n-! Eu sou um porco rosa e você me ama! Bjs

Espero que gostem !



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– Helena... Helena... Helena... Abra os olhos...Helena...

– Ela está ficando menos pálida, se acalme senhor.

– Menos pálida? Ela está muito pálida.

– Quer que eu chame a ambulânc... Ela está acordando...

– Helena, você está bem? Sabe quem sou eu?

Abri os olhos e eu estava deitada no sofá de uma loja. Noah estava ajoelhado ao lado do sofá segurando minha mão, e sua expressão de desespero e preocupação me deixou muito surpresa.

– Nunca pensei que eu fosse te ver com essa cara, Noah.

– A culpa é sua, por que você faz isso comigo? Quer me matar? – Seus olhos estavam cheios de lágrimas, mas ele estava se segurando.

– Desculpa... – Disse enquanto tentava me levantar. Ele me empurrou levemente para baixo e disse:

– Você ainda está pálida, descanse mais um pouco. Por favor. – Seu pedido foi tão sincero que eu não pude recusar. Olhei a minha volta e perguntei:

– Onde estamos?

– Em uma loja de chás perto da onde você desmaiou.

– Entendo...

Ficamos alguns minutos ali. Eu deitada e ele ao meu lado segurando minha mão. A recepcionista que tinha se oferecido para ligar para a ambulância, nos deixou a sós enquanto atendia um casal de idosos e disse que caso precisássemos de algo, era só chamar.

Eu já me sentia melhor e a tontura havia passado. Olhei em um relógio de parede e eram 15:30. Levando o tempo que ficamos na cafeteria e que saímos dela, eu devia ter ficado poucos minutos “fora do ar”.

– Ei Noah, vamos indo. Eu já me sinto melhor agora.

– Tem certeza?

– Sim.

Enquanto Noah conversava com a recepcionista, eu fui me ajeitando para sair. Peguei as sacolas que estavam no chão, dei um jeito no meu cabelo e fui em direção a eles para agradecê-la. A recepcionista era muito gentil e depois de me desejar “melhoras”, saímos da loja.

– Tem certeza que você está melhor?

– Sim, não se preocupe – Sorri.

Ele pegou todas as sacolas de mim e as segurou com a mão direita. Com a mão esquerda, ele pegou minha mão direita e disse:

– Eu não vou mais te soltar, então vamos... – Ele começou a andar e eu fui junto, nossas mãos eram nossa ligação e nada poderia separá-las agora.

Sua mão era grande e quente. Eu me sentia bem ali, mesmo estando um pouco nervosa, estar com ele, naquela situação, tocando-o... Me acalmava.

Era algo contraditório. Mas estar nervosa e calma era o que me definia naquele momento. Eu não percebia mais o mundo a minha volta e eu só sentia o calor de sua mão. Entretanto, esse mesmo calor que me guiava, era o calor que me deixava ansiosa. Era um sentimento desconhecido.

Andamos até o ponto de ônibus e uma tristeza me preencheu. Eu não queria ir embora. Queria aprender a tricotar com ele.

– Nós vamos embora? – Perguntei.

– Sim, eu acho melhor. Você precisa descansar.

– Por que você não me ensina a tricotar antes?

– Por que você não pensa em você?

– Eu não penso em mim? Eu me amo mais que tudo!

– Então porque não entende? Você acabou de passar mal, estava pálida. SEM COR. Pensei que não fosse mais acordar...

– Você se preocupa demais. Parece meu pai...

– Pois bem, pode me chamar de “papai”. Mas, por favor... Vamos pra casa.

– E se, você me ensinar em casa?

– O-O que? Está me dizendo para ir a sua casa?

– Exatamente. Eu não posso perder tempo e ainda está cedo. Você não pode ir, Papai?

– N-Não é que eu não possa ir, mas não é estranho para você levar um garoto pra casa?

– Não acho, é? Você é meu amigo e vai me ensinar tricô. Fim, eles vão entender. – Sorri.


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Notas finais do capítulo

“Nunca em toda minha vida, a palavra “amigo” me machucou tanto. Mas... Era o suficiente, não era? Eu estava perto dela.”