Meu Primeiro Amor Impossível escrita por Carol Eiko


Capítulo 8
Centro Comercial


Notas iniciais do capítulo

Sem comentários ~ Bjus



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O Centro Comercial era muito grande. Havia várias lojas de todos os tipos e para todas as coisas ali. O único problema era que, todos os fins de semana, ele lotava. E era tão cheio que eu me perdia facilmente e até passava mal. Felizmente, o lugar ainda estava “vazio” e pudemos andar tranquilamente.

Eu tive muita sorte, principalmente porque o Noah conhecia tudo ali. Ele me levou em todas as melhores lojas (e não tão caras) de Chocolates e Presentes, e pudemos escolher a maior parte dos materiais facilmente.

Primeiro compramos uma caixa de chocolate belga. Depois fomos a uma loja de presentes, onde pudemos encontrar uma linda cesta de fibra, papel celofane e um álbum de fotos de camurça. Em uma loja do lado, compramos alguns rolos de lã preta e agulhas de tricô. E para finalizar, fomos a uma loja de bichinhos de pelúcia.

– Heeey Noah, qual você acha que ela vai gostar?

– Não sei, qual o animal preferido dela?

– Lobo, eu acho.

– Então pega um lobinho, aqueles ali são uma graça.

– Ah, já sei. Vou pegar um cachorro.

– . . . – Ele me olhou e ficou encarando.

– O que?! Esse aqui é mais fofo!

– Hum, tá.

Eu peguei um cachorrinho cinza e branco muito fofo, ele estava deitado e parecia real. Seu tamanho era de mais ou menos uma régua de 30 centímetros e ele era muito, mas muito macio.

Quando eu acabei de comprar, Noah me chamou e disse:

– Helena, lembrei que preciso comprar um presente pra minha prima. Será que você pode me ajudar?

– Vai dar uma pelúcia?

– Acho que sim, é o mais fácil. – Disse ele sorrindo.

– Huum, por que você não dá algum animal que ela gosta?

– Mas eu não sei qual animal que ela gosta... Por que você não me diz o seu?

– O meu? Pra que?

– Ela é meio... Parecida com você. Acho que seus gostos podem ser parecidos.

– Ahhh, eu gosto de tigres brancos. Eles são os mais lindos, com certeza.

– Hum, tigres brancos né? Eu acho que vi algo assim por ali...Me espere aqui, já volto. – E ele saiu andando.

Sentei em um dos banquinhos que tinham na loja e chequei as coisas que eu tinha comprado. Estava ansiosa para começar a montar a cesta, mas eu ainda tinha que tricotar o cachecol.

Noah voltou com uma sacola na mão e pegou as outras sacolas que estavam comigo.

– Não precisa levar! – disse para ele.

– Ficarei muito chateado se eu não carregar essas sacolas pesadas.

– Mas não estão pesadas!

– Ok, te darei uma de consolo. – Ele estendeu a sacola do cachorrinho para mim e eu a peguei.

Decidimos ir a uma Cafeteria para relaxar. Nossas compras haviam acabado e já eram 14 horas. Pedimos dois cappuccinos, um bolo de chocolate e um bolo de morango. Nós não havíamos almoçado e o Centro Comercial já estava cheio.

Conversamos sobre coisas aleatórias, como sempre, e comemos lentamente os doces.

– Você gosta de Morango, Helena?

– Sim, minha fruta favorita. E você?

– Eu gosto de Uvas. Mas não resisto a um chocolate.

– Então “fondue” é perfeito!

– Hã?

– Ah, então... É que eu quero fazer alguma coisa para o aniversário da Juuh né... E você acabou de me dar uma ideia de fazer fondue. A fruta preferida da Juuh também é uva.

– Você não disse que ela não gosta de festas?

– Isso não seria uma festa. Seria uma “Reunião para comemorarmos menos um ano de vida da Juuh”, algo assim. – Sorri.

– Resumindo, festa. – Ele também sorriu. – Mas antes de pensar nas festas, por que você não pensa em acabar o cachecol que você não começou?

– Você precisaria me ajudar! Você disse que ia me ajudaaar!

– Sim, eu vou. Mas você tem que me prometer uma coisa.

– O que?

– Você não vai tricotar sem que eu esteja por perto.

– Ue, por que?

– Por que você não sabe fazer e eu aposto que se você tentar fazer sozinha vai estragar tudo.

– Esse é o limite da sua confiança?? Você acha que eu não vou conseguir fazer sozinha?

– Exatamente.

– Bom, eu também acho que não.

– Então, você vai tricotar comigo todos os dias até acabar, certo?

– Sem problemas. A Juuh com certeza vai gostar do cachecol.

Ele engasgou e tomou seu cappuccino para aliviar.

– Hey, não morra. Você tem que me ensinar a tricotar antes.

– Que falta de consideração você tem por mim, assim eu fico triste.

– Não entendo o motivo. Eu realmente te considero bem, principalmente porque eu não sairia com qualquer um. Sinta-se feliz só por estar na minha presença.

– Uhum, eu fico. Obrigado... Helena. – Ele sorriu melancolicamente.

Eu não entendi o motivo de seu sorriso, mas logo ele voltou a ser o Noah que eu conhecia. Ficamos mais algum tempo na cafeteria e logo decidimos encontrar algum lugar vazio para tricotar.

As ruas estavam cheias de gente, com sacolas e sem sacolas. Pessoas se esbarravam e o lugar parecia cada vez menor. Eu me sentia inquieta e tonta. Desejei ir embora, mas eu precisava começar o cachecol... E sem o Noah, eu nunca conseguiria fazer isso.

Tentei seguir o Noah que estava na minha frente, mas a cada passo que eu dava, ele parecia estar mais longe. Pensei em chamá-lo, mas parecia que a multidão iria me silenciar. Minha cabeça começou a girar e eu não conseguia mais vê-lo. Senti medo. Minha pressão começou a baixar, e eu sabia. Já havia presenciado isso várias vezes e, essa mesma sensação novamente, era horrível.

Ao invés de andar, resolvi parar. Melhor cair parada do que cair andando. Tentei me focar ao máximo. Abri bem meus olhos e respirei fundo várias vezes. Minha vista foi ficando embaçada e comecei a me sentir pesada. “Noah, cadê você?” pensava. “Será que ele vai perceber que eu não estou mais o seguindo?” “Me encontre.” “Por favor” ...

Quando eu me senti no limite, prestes a desmaiar, alguém veio e me abraçou. Ele chamou pelo meu nome várias vezes, mas eu não conseguia responder. Senti, então, ele me pegar no colo e me levar. Depois disso, apreciei somente o silêncio e a escuridão.


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Notas finais do capítulo

"Meu coração gelou quando a vi parada no multidão. Seu rosto estava tão pálido... Eu pensei que fosse perdê-la novamente..."