Meu Primeiro Amor Impossível escrita por Carol Eiko
Notas iniciais do capítulo
Olá pessoas ~ Desculpa a demora :3
Eu acho incrível como a nossa realidade muda constantemente, né?
Espero que não tenham desistido de nós. o/
Depois de muita relutância, Noah e eu fomos para minha casa.
Minha casa não era grande, mas era o suficiente para quatro pessoas espaçosas. A entrada principal era ligada com a sala de estar, sala de jantar e a cozinha americana. No fundo dessa “grande sala” havia um corredor onde ligava os três quartos, uma suíte, um banheiro e no fundo do corredor uma porta que levava a área de serviço.
– Chegueeei – Disse ao entrar.
– Demorou! Trouxe algo para mim? – Disse Alice no Sofá.
– Você queria algo?
– Não, mas bem que... Visita?! – Perguntou ela surpresa.
– Sim, este é Noah. Ele vai me ajudar a tricotar o cachecol da Juuh.
– Ele sabe tricotar? Que sem graça. Enfim, fique a vontade, Noah.
– Obrigado. – Disse ele e sorriu. Minha mãe também veio à sala e se surpreendeu:
– Oh, você voltou com visita Lena? Devia ter me avisado, eu iria preparar algo gostoso para vocês.
– Não se preocupe com isso. – Disse Noah – Eu só vim a pedido da Helena.
– Sim, sim. Ele vai me ajudar a tricotar.
– Então decidiu fazer o que seu pai falou? – Disse minha mãe sorrindo.
– Sim e não. – Sorri. – Vou para meu quarto com o Noah e mais tarde você pode levar alguma coisa para nós?
– Claro, vou começar a assar agora uns biscoitos.
– Ah, cadê o Pai?
– Ele foi ao mercado e já volta.
– Depois fala pra ele dar uma passada lá.
Saímos da sala e seguimos para meu quarto. As paredes eram brancas e a maioria dos móveis eram de madeira. Havia uma poltrona para ler e uma cadeira muito confortável para usar no computador. Várias estantes com livros cercavam o quarto e a cama ficava em um canto remoto. O meu quarto era o maior de todos e, por causa de meus gostos, havíamos feito várias reformas.
– Seu quarto é enorme e bem diferente do quarto de uma “menininha”.
– Nem todas as meninas são iguais, eu já falei isso.
– Mesmo assim, isso aqui é incrível. – Disse ele surpreso. – Mas então, onde eu deixo as sacolas?
– Pode colocar em cima da cama.
Separamos tudo o que havíamos comprado e pegamos as agulhas e a lã.
– Onde você prefere que eu te ensine?
– Pode ser aqui mesmo – “na cama” – Ou no tapete.
– E-Eu acho que no tapete está mais claro, vamos para lá. Depois que você pegar a “base”, você pode ficar onde se sentir melhor.
– Está bom.
Sentamos no tapete e ele começou a me ensinar. Sinceramente, nunca pensei que fosse tão difícil. Ele riu várias vezes com meus erros e ficamos no tapete por um bom tempo, tanto que eu nem sei quanto.
Quando comecei a pegar o jeito, meu pai veio e nos trouxe sanduíches, chocolate quente e biscoitos de chocolate.
– E ai? Como estão indo? – Disse ele ao entrar no quarto.
– Está horrível! Esse negócio é muito difícil. Pai, você deu uma péssima ideia!
– Eu disse enquanto continuava, lentamente, a tricotar.
– Ela está indo bem. – Disse Noah.
– “Indo bem”? Você estava rindo de mim até agora, mentiroso. – Falei emburrada.
– Mas você está indo bem. - Ele sorriu.
– Oh, que bom então. – Disse meu pai enquanto deixava a bandeja em cima da mesa do computador. – Espero que consiga terminar antes do aniversário da Juuh.
– Com certeza! – Eu disse.
– Bom, se precisarem de algo, é só chamar. – Disse meu pai enquanto saía.
– Táaah.
– Obrigado. – Disse Noah.
Paramos para comer os sanduíches e tomar o chocolate.
– Sua família é realmente gentil.
– Sério?
– Sim, eu acho.
– Aqui é sempre assim. Quando se sentir sozinho, você sempre será bem vindo aqui.
– Não me esquecerei disso. – Disse ele sorrindo para mim.
Terminei de comer antes do Noah e voltei ao “trabalho”. Depois de muito tempo, quando Noah viu que eu já estava indo bem, ele me perguntou se podia ler a história de “Mary e John”. Como ele tinha me ajudando tanto, resolvi deixar.
– Você realmente escreve bastante.
– Bom, eu comecei a escrever poemas com sete anos e com oito anos tive a ideia de escrever a história de “Mary e John”.
– Fazem... Nove anos?
– Sim. Foram mais de cinco mil páginas escrevendo de pouquinho em pouquinho. – Sorri. – Esse é meu tesouro.
Ele sentou na frente do computador e começou a ler do zero, mesmo eu dizendo para começar de algo mais recente. Sinceramente, eu fiquei feliz. Ninguém nunca tinha lido minha história e se, esse alguém, fosse começar pela metade, eu ficaria muito decepcionada.
Coloquei minha poltrona perto de Noah, de uma forma que eu pudesse ver seu rosto. Sentei, agora na poltrona, e continuei a tricotar. Às vezes eu errava algum “ponto” e tinha que refazer, mas fazendo lentamente, continuei bem.
Como sempre, quando eu fazia alguma coisa, o tempo passava rápido. Sem que eu percebesse, já era noite e minha irmã veio nos chamar para jantar. Fomos para a sala e a mesa já estava servida. Sentamos com todos e nos servimos.
– Vocês estavam bem entretidos, heim? – Disse minha mãe.
– Siiim, eu consegui tricotar bastante.
– Daqui a pouco você acaba. – Disse Noah para mim. – Mas você comprou lã demais para só um cachecol.
– Ahh, eu quero um cachecol. – Disse Alice. – Já que tem lã sobrando, porque você não faz para mim, Lena?
– Se for assim, eu também quero. – Disse meu Pai.
– Lena, por que você não faz para todo mundo? Não precisa ter pressa, mas é uma ótima ideia.
– O-O queeeee?????? Fazer um da muito trabalho, imagina... quatro!
– Eu te ajudo. – Disse Noah. – É tudo que eu posso fazer pela hospitalidade.
– Que isso... – Disse minha mãe.
A conversa boba continuou e mesmo depois de terminamos de jantar, ficamos conversando. Infelizmente o tempo foi passando e quando percebemos, já era tarde.
– A conversa está boa, mas infelizmente, preciso ir. – Disse Noah.
– Ah, que pena. – Disse minha mãe.
– Se você quiser, eu te levo de carro até sua casa. – Disse meu pai.
– Sr. Roger, Sra. Clara, agradeço novamente. Mas eu não moro longe, então não a necessidade disso. – Disse Noah sorrindo.
– Volte mais vezes. – Disse Alice.
– Eu voltarei, senão o cachecol de vocês nunca vai ficar pronto.
– Nada haver, mesmo sem você eu consigo fazer.
– Mas não pode. Você prometeu tricotar comigo.
– Eu sei o que eu prometi. Não vou tricotar sem você. Não quero estragar tudo o que eu fiz, mas mesmo assim... Se eu treinar eu consigo.
– Então treine bastante comigo e faça um cachecol para mim.
– Está bem! Eu aceito seu desafio! – E sorri de forma convencida.
Depois disso, Noah se despediu brevemente e se foi. Meus pais e minha irmã elogiaram bastante ele e foram dormir. Eu guardei os presentes da Juuh (que estavam em cima da cama) e depois fui tomar banho. Já eram 23 horas. Depois do banho, fiz como prometi, não tricotei e fui dormir.
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"Eu não pude tocá-la, mas me descobri em sua alma."