A Love Like Ours escrita por Sky


Capítulo 16
And The Past Comes Back


Notas iniciais do capítulo

Olá olá amores, como ta o coração com a Lana no Brasil? rsrs. Enfim...
Boa leitura



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...

Ruby andava de um lado para o outro em seu apartamento, tinha perdido as contas de quantas vezes havia ligado para Emma e ela não entendia, tudo o que ouvia era a gravação de sua amiga dizendo que não poderia atender no momento. Olhou para o visor do celular e viu que estava na hora de desistir, Emma provavelmente estava com Regina.

— Grande amiga, Swan! - disse Ruby jogando seu celular no sofá, frustrada por Emma não ter aparecido. Apagou a luz da sala e já estava seguindo para o quarto, quando ouviu batidas na porta. - Já vai! - respondeu Ruby em tom ríspido voltando a ligar a luz, tinha certeza de que era Emma e estava preparada para lhe dar um belo discurso de "péssima amiga" para a xerife.

— Oi... - Ruby observou a mulher a sua frente e congelou, não esperava por essa loira - Posso entrar? - pediu. Ruby deu espaço para a loira passar e fechou a porta em seguida - Você não pode me ignorar pela eternidade, Ruby.

— Olha Elsa, eu entendo que você esteja atrás de uma explicação para o que aconteceu com a gente na noite passada, mas foi apenas algo de momento - Ruby disparava desculpas para justificar a noite passada, mas tudo o que Elsa conseguia prestar atenção era nos olhos da morena e em como eles lhe olhavam na noite passada - Eu e você nunca vai acontecer, desculpa, você é uma ótima pessoa, mas eu não sou muito boa com - Ruby parou de falar ao ver Elsa se aproximando - Elsa... Hum... É... - de repente Ruby não sabia mais como formar palavras, a loira estava a sua frente e um frio começou a tomar conta de seu estômago, se perguntou se era algum truque de Elsa -

— O que foi, Ruby? - perguntou Elsa vendo a figura a sua frente dar pequenos passos para trás.

Ruby engoliu a seco quando Elsa tocou seu braço, fazendo sua pele ouriçar. Depois do suave toque, Elsa selou seus lábios com os de Ruby, dessa vez estavam sóbrias, não poderiam colocar a culpa no álcool. Elsa sorriu ao sentir-se exatamente como na noite passada, beijar Ruby parecia certo, e mesmo que não parecesse ela continuaria a beijá-la. Ruby já estava entregue ao beijo, segurava Elsa como se não quisesse soltá-la nunca mais, o que fez a loira sorrir contra os lábios da outra. A morena estava começando a ter dúvidas sobre sua declaração, talvez elas desse certo, talvez ela pudesse tentar com Elsa. O beijo parecia durar uma eternidade, Elsa separou-se lentamente dos lábios de Ruby, temendo olhar nos olhos da garota e descobrir algo que não queria.

— Eu...eu devo ir - respondeu Elsa saindo do espaço pessoal de Ruby, mas a garçonete segurou seu braço.

— Não, você deve ficar - respondeu Ruby sorrindo, torcendo para que Elsa entendesse o que ela estava querendo dizer - Fica comigo - frisou. Elsa sorriu. Ruby sorriu ainda mais.

...

Regina rolava de um lado para o outro em sua cama, apesar do frio que estava seu quarto, a prefeita suava como se estivesse correndo uma maratona, a expressão de terror em seu rosto mostrava claramente que estava em um pesadelo.

— Ela se foi Regina... Você não podia fazer nada, não foi sua culpa.

Regina ouvia enquanto chorava sobre o corpo de Emma, não conseguia identificar as pessoas a sua volta, tudo parecia um borrão, a única coisa nítida era o corpo de Emma ao chão, com o sangue encharcando a regata branca por baixo de sua jaqueta vermelha.

— Emma, acorda! Você não pode morrer... Você me prometeu a eternidade, não se atreva a morrer Swan! - Regina chorava enquanto insistia em tentativas falhas de trazer Emma de volta.

— Regina! Regina! Regina! - Regina começou a reconhecer a voz, quando levantou sua cabeça pôde ver uma luz forte mostrando sua mãe.

Regina abriu os olhos mecanicamente, nem um piscar de olhos, seu coração estava tão acelerado que poderia ser ouvido a distâncias de sua casa, o olhar assustado estampado no rosto, as mãos segurando os lençóis firmemente. Quando finalmente piscou, parecia ter voltado à realidade, sua mãe estava ao seu lado, falando algo reconfortante e abraçando-a.

— Foi só um pesadelo, querida. Você está bem agora... - disse Cora tentando acalmar sua filha.

— Emma... Preciso falar com ela! - respondeu Regina, seus olhos não tinham lágrimas, mas pelo o tom de sua voz Cora tinha certeza de que alguns minutos a mais naquele pesadelo, Regina teria acordado aos prantos.

— Querida, são duas da madrugada, Emma provavelmente está dormindo. Volte a dormir, amanhã você fala com ela - pediu Cora, mas Regina parecia não gostar da ideia.

— Algo aconteceu com ela - comentou a morena olhando para Cora - Eu... Ontem quando nos despedimos eu senti calafrios, foi a pior sensação, mamãe. - Cora entendeu o motivo da preocupação da filha - Eu só me senti assim uma vez, foi quando Daniel morreu... - e então Regina não conseguiu segurar as lágrimas, não poderia perder Emma, seu único e verdadeiro amor.

— Oh querida, você só deve está impressionada com isso, calafrios são comum, principalmente nesse tempo de Storybrooke. Tenho certeza que a xerife deve está bem, dormindo como um anjo. Você precisa se acalmar, nada de ruim vai acontecer, não vou deixar que nada de ruim aconteça com você, está me entendendo? Nada. - respondeu Cora, Regina sentiu-se mais aliviada com as palavras de sua mãe. Cora estava fazendo uma promessa para sua filha naquele momento, não deixaria ninguém machucar sua filha ou Emma, mesmo temendo a chegada de Facilier ela estaria preparada para fazer o que fosse preciso para defender sua família - Agora tenta descansar um pouco, ficarei aqui até você adormecer - Cora beijou a testa da filha e sentou-se do outro lado da cama, esperando Regina adormecer.

...

— Olha quem acordou, Princesa Emma - Emma piscou algumas vezes, sentindo um leve desconforto em todo o corpo. Estava presa em uma espécie de jaula, o lugar iluminado apenas por uma lâmpada falha que piscava vez ou outra, conseguia ver claramente Robin, mas sentia que havia mais alguém no local.

— O que você quer dessa vez, Robin? - Emma encostou suas mãos nas barras de ferro que lhe prendiam e imediatamente foi jogada para longe, fazendo suas costas colidir bruscamente com as barras de ferro atrás de si. A jaula estava sobre algum feitiço.

— Você pode tentar o quanto quiser, xerife. Mas você não vai conseguir sair dessa jaula sozinha, principalmente agora que você está sem seus poderes - o sorriso cínico no rosto do homem só deixava Emma ainda mais furiosa.

— O que você quer?! - gritou Emma se aproximando novamente e segurando as barras de ferro, dessa Emma ficou com suas mãos seguras nas barras, sentindo a eletricidade penetrando seu corpo, mostrando para o homem que não tinha medo dele.

— Se você estiver pensando que quero você morta, está enganada xerife. - Robin se aproximou e pôs suas mãos sobre as de Emma que segurava o ferro, apertou bem, sentindo a dor nos olhos da mulher a sua frente - Quero você bem viva para ver sua amada Regina morrer diante de seus olhos - ao ouvir as palavras do homem, Emma não conseguia pensar em mais nada a não ser em Regina, a mulher em um movimento rápido soltou suas mãos das de Robin e puxou o homem pela blusa, trazendo para bem perto da jaula. Emma apertou o pescoço do homem com tanta fúria que só pensava em matá-lo ali mesmo, Robin não conseguia se defender, a falta de oxigênio estava começando a deixá-lo inconsciente.

— Emma Swan... - Emma ouviu seu nome, mas isso não foi o bastante para tirar sua atenção de matar Robin, de repente o homem havia sido jogado para longe de Emma. - Você é mesmo corajosa - Emma procurou novamente pela voz e assustou-se um pouco quando um homem apareceu em sua frente, usava cartola, era alto, negro, e um sorriso assustador nos lábios - As trevas lhe caem bem, querida... Tenho certeza de que se não tivesse impedido, você mataria Hood com suas próprias mãos - Robin ainda estava deitado no chão tentando recuperar o fôlego, Emma apenas acompanhava todos os movimentos do misterioso homem.

— Quem é você e o que quer de mim? - perguntou Emma em um tom firme, nunca desviando o olhar do homem.

— Mas que rude da minha parte, eu sou Dr. Facilier, o ser mais poderoso de todos os reinos - Emma girou os olhos com a hipocrisia que estava ouvindo - Eu não pretendo fazer nada com você, aquele rapaz fez um acordo comigo, só estou esperando-o que cumpra. - Facilier levou sua mão a mão de Emma, no momento que encostou teve que soltar imediatamente. O sorriso cresceu ainda mais ao sentir o quão poderosa era aquela bela criatura - Ora, ora, ora... Não conhecia uma criatura tão poderosa assim há tempos - comentou o homem. Emma bateu suas mãos contra as barras de ferro em protesto, fazendo a jaula tremer, Facilier se perguntou se realmente sua poção havia tirado os poderes de Emma.

— Se você encostar um dedo em Regina, eu mato você, você pode fugir, pode se esconder, mas eu vou achar você e vou matá-lo com minhas próprias mãos. Isso serve para os dois! - gritou Emma, Facilier apenas sorriu e desapareceu da visão de Emma.

— Se eu fosse você eu iria preparando um discurso de despedida, xerife. Como sou uma boa pessoa, vou deixar você dizer suas ultimas palavras antes de presenciar a morte de Regina. - Robin comentou logo saindo e fechando a porta, aquele lugar parecia um porão. Emma se perguntou se ainda estava em Storybrooke.

— O que é isso? - perguntou Emma vendo o homem preparar algumas poções e fumaças de diferentes cores subirem de alguns frascos.

— Isso? É o motivo da morte de sua amada. Robin quer sua esposa de volta do mundo dos mortos, como sou um homem leal, vou ajudá-lo a trazer Marian de volta, para isso vou precisar do coração de Regina - o homem falava tranquilamente, como se não fosse nada demais. Emma estava começando a entrar em pânico, como poderia salvar Regina se estava presa?

— Isso é impossível, você não pode trazer ninguém depois da morte. - respondeu Emma.

— Ninguém além de mim pode fazer isso, querida. Depois de séculos e séculos de aperfeiçoamento eu consegui fazer tal coisa. - Emma ficou calada por um momento, não tinha ideia de como sair dali - Você poderia salvá-la, sabia? E ainda dar um bônus para sua amada, deixá-la finalmente ser feliz com seu amor verdadeiro - Facilier sorriu para si mesmo com a brilhante ideia que estava tendo, iria brincar um pouco com a mente da salvadora.

— E você iria me ajudar? Que gentil da sua parte, não conheço você, mas não me parece que seja o mocinho da sua história - Emma observou o homem se aproximar - Eu sou o amor verdadeiro da Regina. - respondeu segura de suas palavras.

— Oh não, querida. Você realmente acreditou que você é o amor verdadeiro de Regina? - o homem começou a gargalhar e Emma apenas observou-o - Eu e Regina nos conhecemos há muito tempo, eu a conheço, você não é o amor verdadeiro dela. Sempre será aquele rapaz do estábulo, é com ele que ela sonha todas as noites, você é apenas uma muleta para ela. - Emma queria acabar com aquele homem e suas estupidas palavras - Se você realmente a ama como diz, deveria deixá-la ser feliz... E como eu posso trazer vida aos mortos, você me entregaria seu coração para revivê-lo... Regina finalmente teria seu final feliz. - Emma virou de costas tentando não deixar as palavras do homem entrar em sua mente. Regina a amava, ela tinha certeza - Ela já falou que amava você? Oh, perdoe-me, se ela já disse é porque deve mesmo amar você. A única pessoa para quem ela realmente falou foi para o rapaz do estábulo, enfim, minha querida. Esqueça o que falei. - Facilier voltou a preparar suas poções com um sorriso nos lábios e torcendo para que Emma caísse em seu jogo mental. Ter o coração de Emma, tão puro e poderoso o deixaria invencível, literalmente.

— De onde você e Regina se conhecem? - perguntou Emma já se acostumando com os choques ao se apoiar nas barras de ferro.

— Eu e a Rainha Má nos conhecemos há algum tempo - o homem não parava de misturar líquidos de diferentes cores - Nada que você precise saber, querida - respondeu sorrindo ao ver que havia conseguido a mistura perfeita.

— Ela não é mais a Rainha Má, apenas Regina Mills - respondeu Emma em um tom firme.

— Regina sempre será a Rainha Má - concluiu. Emma percebeu que o homem tinha dois recipientes com cores diferentes, um era na cor vermelha, um vermelho vivo, o outro tinha uma cor preta e que não parava de sair fumaça - Ah, no caso de você está se perguntando, esse da fumaça preta é no caso de você querer salvar sua Rainha.

— Regina me ama, ela me ama - repetiu Emma, querendo acreditar em suas próprias palavras.

— Isso não importa, querida. Uma de vocês duas vai morrer hoje, então não importa muito quem ama quem. Mas você pode salvá-la, está em suas mãos, Salvadora - o homem enfatizou o "salvadora", Emma tentou parecer ignorar a pergunta e olhou em volta, buscando um modo de sair dali e impedir Regina de entrar naquele lugar asqueroso.

...

Regina descia as escadas com o celular nas mãos digitando uma mensagem para Emma, Regina não era fã dessa função de seu celular, mas não conseguia falar com sua namorada por chamada, já era a décima vez que digitava em menos de uma hora.

— Bom dia, mamãe - cumprimentou Henry ao ver sua mãe na cozinha, ele já estava tomando seu café da manhã com Cora quando Regina apareceu. A prefeita tinha o celular na mão e não parava de digitar, sem responder o filho, Cora e Henry trocaram olhares desconfiados.

— Henry, você conseguiu falar com sua mãe hoje? - perguntou Regina deixando o celular sobre a mesa.

— Não, não falo com minha mãe desde ontem na Granny's - a resposta do filho só deixou Regina ainda mais preocupada.

— Querida, ainda são sete da manhã, Emma ainda deve está dormindo - respondeu Cora levando a xícara de café à boca.

— Essa hora ela já deveria está no trabalho, eu já mandei diversas mensagens e liguei mais de dez vezes e nenhum sinal. Alguma coisa aconteceu com ela! - Regina passou suas mãos pelos cabelos, frustrada.

— Não se preocupe, mamãe. Ela provavelmente deve ter perdido o celular em algum canto, ou alguma coisa assim - comentou Henry, mas Regina não comprou muito a ideia do filho.

— Preciso falar com Ruby, ela deve saber alguma coisa - Regina não esperou nenhuma resposta de seu filho e mãe, pegou seu celular e o casaco, saindo angustiada com o que pudesse ter acontecido.

— Pobre Emma, quando Regina encontrá-la provavelmente vai matá-la - comentou Cora, Henry gargalhou e voltou a comer suas panquecas.

...

Regina entrou na Granny's, poucas pessoas estavam no estabelecimento, Ruby sorria com algo no celular o que fez a prefeita pensar que a garçonete estaria falando com Emma.

— Ruby! - disse Regina se aproximando da mulher, Ruby levou um susto com o tom de voz da prefeita.

— Bom dia prefeita. Onde está a covarde da minha amiga? Com medo de me enfrentar depois de ontem? - perguntou Ruby mostrando sua chateação, Regina olhou em volta e depois voltou sua atenção para Ruby.

— Como assim onde está Emma? Eu que pergunto! - respondeu irritada. - Emma me deixou ontem em casa e depois foi encontrar com você, desde ontem eu não tenho notícias da minha atenciosa namorada, não responde minhas mensagens, não atende minhas ligações. Onde raios ela está Ruby?! - os poucos clientes que estavam ali olharam para a prefeita, curiosos.

— Regina, eu não vejo Emma desde ontem quando Snow desmaiou aqui. Emma nunca chegou à minha casa, eu tentei ligar, mas ela não atendia, achei que você deveria ter feito alguma coisa e tinha a convencido ficar - Ruby estava começando a ficar preocupada com sua amiga, até a chateação havia ido embora com a notícia de Regina.

— Ruby, eu não estou para joguinhos hoje, seja lá o que aconteceu, eu quero saber onde Emma está! - Regina tinha certeza de que Ruby estava escondendo algo que Emma havia feito.

— Regina, eu não estou escondendo nada. Olha. - Ruby mostrou a Regina seu histórico de chamadas da noite passada, mostrando as diversas vezes que a morena havia ligado para Emma - Ela não atendeu minhas ligações Regina, eu não tenho ideia do que aconteceu. Agora estou começando a ficar preocupada - Regina tirou suas mãos do balcão, novamente os calafrios tomaram conta de seu corpo.

— Emma... - foi tudo o que Regina falou antes de desmaiar. Ruby imediatamente pulou o balcão para socorrer Regina, os curiosos se aproximaram, enquanto a garçonete tentava acordar a mulher.

...

— Eu sei querida, você não sabe o quanto sentimos sua falta - Cora falava olhando para o seu espelho, ao invés de seu reflexo, o espelho mostrava uma mulher conhecida na família Mills.

— Da última vez que ouvi falar de vocês, Regina iria se casar... Robin Hood, certo? - perguntou a mulher do outro lado do reflexo, depois de dias de tentativas Cora havia conseguido achar uma forma de se comunicar com pessoas de outros reinos, feito que ninguém sabia.

— Regina definitivamente vai casar, mas não é com aquele homem com um cheiro desprezível. - a mulher do outro lado gargalhou ao ouvir Cora.

— Posso ser sincera? Desde o princípio eu sabia que Robin Hood não era o certo para Regina. Ela está destinada a alguém melhor, tão poderoso e puro que a deixará apaixonada pela eternidade - Cora sorriu para a mulher, realmente sentindo falta da cumplicidade entre as duas.

— Oh querida, ela já encontrou - disse Cora - Regina está finalmente desfrutando das coisas boas do amor. Agora Zelena... - Cora viu o sorriso da mulher de repente desaparecer.

— Cora, já falamos sobre isso...

— Querida, Zelena terminou tudo por um motivo maior, ela não deixou de amar você nem por um segundo. Ela só achou que você merecia alguém melhor, isso é um defeito dessas minhas filhas, quando finalmente acham sua felicidade e amor, desistem por achar que não são boas o bastante.

— Ela me abandonou - a mulher andava pelo quarto ignorando a imagem de Cora - Me deixou no meio de uma noite fria, com um simples bilhete que dizia: "Você merece mais do que uma bruxa com o coração cheio de trevas...". Como eu poderia lidar com isso, Cora? Ela simplesmente sumiu, me deixando em um vazio.

— Não vou mentir dizer que minha filha é uma pessoa que faz gestos caridosos e salva pessoas indefesas, você a conhece, sabe que por trás de toda aquela pose, ela no fundo tem um bom coração, só as pessoas com bons corações são capazes de amar, querida. - Cora observou a mulher, sabia que ainda existiam sentimentos entre sua filha e a mulher na qual estava olhando - Sabe, conheço uma poção que lhe trará imediatamente para Storybrooke - apesar de não ouvir resposta da mulher, Cora sorriu, queria suas duas filhas felizes, e faria tudo para que isso acontecesse.

...

— Regina! - Ruby abraçou a mulher ainda ao chão, feliz por ela está acordando - Respira fundo e solta... - pediu Ruby - Vocês! Afastem - ordenou a garçonete para os que estavam ao redor das duas. Tinker abanava Regina, vendo que ela ainda parecia desnorteada.

— Estou bem, Ruby. Foi só uma queda de pressão - respondeu já levantando - Preciso encontrar Emma - disse lembrando-se do motivo de seu desmaio. Regina já estava em pé de frente para as duas garçonete, se inclinou para pegar sua bolsa, foi quando algo passou por seu pescoço, tirando levemente um fragmento de sangue, Regina passou sua mão no pescoço com a fisgada que havia sentido. Olhou para as mulheres e viu as duas boquiabertas olhando para a cadeira a frente atingida. - Isso é... - Regina foi até o objeto e o puxou, era uma flecha com um bilhete - "Salve a Salvadora" - Regina leu em voz alta - EU VOU DESTRUIR AQUELE HOMEM! - respondeu Regina com fúria, não importa o que fossem dizer sobre ela ou que Emma fosse achar, ela iria matar Robin Hood.

— Regina! - chamou Ruby, mas a prefeita havia desaparecido em sua fumaça - Você vai cuidar de tudo, Tinker. Segura as pontas - disse Ruby saindo da lanchonete. Precisaria falar para alguém, não poderia dizer nada aos Charmings, seria muito pior.

Ruby ficou na esquina da rua principal de Storybrooke, ao lado esquerdo ela tinha a casa de Regina, poderia avisar a Cora, a sua frente tinha a loja de Gold, ele poderia ajudar também, seria de grande ajuda, mas apesar de Gold está bastante mudado, Ruby ainda não conseguia confiar naquele homem, então correu para a direção que poderia ajudar Regina, foi para o lado direito. Pedindo aos céus que a mulher a ajudasse.

**

— Já vai! Céus! Já estou indo - gritou Zelena ao ouvir o barulho insistente em sua porta.

— Você precisa ajudar Emma! - pediu Ruby entrando no apartamento da mulher.

— Primeiro se acalma! - pediu Zelena ajudando Ruby a sentar no sofá - Me fala o que aconteceu - Ruby tinha a respiração acelerada.

— Robin sequestrou Emma, você precisa ajudar sua irmã. Regina estava fora de si, não deixe ela fazer algo no qual se arrependa pelo o resto da vida, Zelena... Ela disse que iria destruir Robin - pediu Ruby, Zelena viu o terror nos olhos da mulher.

— Eu não vou deixar Regina ser a má nessa história, eu sou a malvada aqui! - disse Zelena, ela não deixaria sua irmã viver com a culpa de ter feito algo assim, em outros tempos Regina mataria o rapaz sem culpa alguma, mas ela havia mudado e sabia que se sua irmã chegasse a matar Robin iria viver com essa culpa para sempre.

...

Regina andava pela floresta em busca de Robin, uma fogueira havia sido apagada há pouco tempo, podia sentir o cheiro e ver a fumaça subindo dos poucos galhos no chão, não havia ninguém por ali, nem mesmo Roland com sua babá, Mulan. Fechou os olhos e pensou em Emma, levou sua mão ao coração e o puxou, sentiu uma dor sufocante no peito.

— Emma - disse Regina para o coração em sua mão, o órgão como se estivesse vida própria começou a flutuar e a trilhar um caminho, Regina seguiu-o, sabendo que encontraria sua amada.

Regina andou por exatos sete minutos, quando seu coração parou de flutuar mostrando que era o lugar. Regina pegou seu coração e o colocou no lugar dele, olhou em volta, era uma casa completamente afastada, um lugar no final da floresta, estava indo em direção a casa quando ouviu um barulho e uma voz que ela reconheceria a quilômetros, o barulho estava vindo de uma espécie de porão na frente da casa, abaixou-se e abriu a porta do possível porão, sem hesitar desceu as escadas, só estava pensando em salvar Emma.

— REGINA, NÃO! VAI EMBORA! - gritou Emma ao ver a prefeita, Regina estava apavorada, sua namorada estava em uma espécie de jaula, podia ver os ferimentos nos braços e um corte no lábio, sua calça estava rasgada, e um pedaço de pano estava amarrado na perna direita da xerife. Regina correu em direção a Emma, tocando na mulher sentindo um choque por causa da magia que havia sido colocado na jaula - Regina... Você tem que ir, por favor, vai embora... - implorou Emma ignorando suas próprias lágrimas.

— Não sem você - respondeu Regina.

— A Rainha Má e a Salvadora, que belo casal - a expressão de Regina mudou drasticamente ao ouvir a voz do homem, sentiu a fúria tomar conta de si.

— Eu vou destruir você, Robin Hood, assim como eu fiz com sua adorável esposa! - disse Regina, Robin levou sua mão às costas e tirou uma flecha endireitando-a em seu arco - O quê? Vai me impedir de matar você com uma flecha? - Regina gargalhou. Robin disparou, a flecha em uma velocidade incrível que acertou o braço esquerdo de Emma, a xerife caiu no chão, gritando de dor - EMMA! - Regina passou sua mão pela jaula quebrando o feitiço. Virou em direção de Robin e levantou sua mão, fazendo Robin ser jogado para longe, colidindo com alguns objetos de vidro. Regina correu para ver como a xerife estava - Emma, meu amor. Eu sei que você é forte, aguenta por mais um pouco - pediu tirando a flecha do braço de Emma, a loira estava suando, precisava sair dali imediatamente.

— Regina, por favor... Você precisa ir embora - pediu Emma com dificuldade em falar.

— Para com isso! Eu não vou deixar você aqui, eu nunca vou deixar você, Emma - Regina beijou a testa de Emma e voltou para cuidar de Robin.

— E nós nos encontramos novamente, eu disse que isso iria acontecer, querida. - Regina procurou a voz, de repente um homem saiu de um lugar escuro, mostrando-se para prefeita.

— Facilier... - disse Regina entendendo o motivo de seus calafrios, olhou de "canto de olho" para Emma, viu que a loira estava em pé, sabia que ela estava prestes a fazer algo.

— Acho que você me deve algo, Rainha. - o homem sorriu e apontou para o coração da mulher.

— Você não pode encostar em mim, esqueceu? Sugiro que você saia de Storybrooke o mais rápido possível, antes que eu mande você para o submundo - ameaçou Regina. Emma sabia que Regina e aquele homem tinham uma história e ela iria questionar a prefeita em outro momento.

— Eu não posso, mas com uma ajudinha minha sei de alguém que pode... - o homem sorriu diabolicamente.

— Sério? E quem poderá fazer isso? - Regina gargalhou com o comentário do homem.

— Está na hora de pagar sua dívida, Rainha - Robin apareceu na frente de Regina e pôs sua mão na mulher, atravessando o seio, sentindo o coração em suas mãos.

— NÃO! REGINA! - Emma tentou correr, mas Facilier a prendeu novamente na jaula. Regina estava sentindo seu ar desaparecer, Robin segurava o coração da rainha, apertando-o, fazendo Regina sofrer um pouco.

— Não tão rápido, Mogli - Zelena apareceu na hora certa, Ruby em sua forma de lobo atacou Facilier. Zelena deu um soco em Robin e o fez cair no chão, a ruiva segurou o coração de sua irmã e o colocou no lugar - Exatamente onde deveria está - respondeu Zelena sorrindo, Regina respirou fundo, sentindo-se aliviada.

— Obrigada - disse Regina, a ruiva apenas concordou com a cabeça, a prefeita olhou para o homem no chão e sabia exatamente o que fazer, Zelena segurou o braço da irmã, impedindo-a.

— Eu cuido disso - respondeu Zelena, Regina entendeu o porquê e agradeceu - Sua mãe nunca te ensinou a não brincar com o coração de garotas, rapaz? - Zelena falou abaixando-se e pôs sua mão no peito do homem.

— Por favor...não... - implorou Robin.

— Agora você pode encontrar sua amada, querido... Vá em paz... - Zelena sorriu e apertou o coração do homem vendo que ele estava cada vez ficando mais fraco.

— Você está bem? Emma? - Regina olhava cada parte de Emma preocupada.

— Você está bem, então eu estou bem... Céus! Como pude deixar isso tudo acontecer? Eu deveria proteger você... - Emma chorava enquanto abraçava a mulher.

— Você não poderia fazer nada, meu amor - Regina beijava Emma em todo seu rosto, feliz por estarem bem.

— Eu amo você - Emma segurou o rosto de Regina, mantendo o intenso contato visual - Eu amo você, Regina – repetiu.

— Nós estamos bem, Robin não vai mais incomodar. Eu não posso te perder, Emma... Não posso - explicou Regina capturando os lábios de Emma, nunca havia ficado tão aflita na vida quanto ficou naquele momento, a ideia de perder Emma era aterrorizante.

— Isso me pertence! - Facilier conseguiu jogar Ruby longe e pegou o coração de Robin antes que Zelena pudesse esmagá-lo. A ruiva tentou impedir, mas o homem havia jogado o coração de Robin em um recipiente - Por um coração se foi, por um coração voltará - disse Facilier colocando uma última poção no recipiente. Zelena olhou para Hood e o viu parado no chão, se aproximou e checou seu pulso, o homem não estava mais vivo - Ela não é sua, Salvadora... - o homem se transformou em sombra, uma gargalhada maléfica tomou conta do lugar, Regina olhou para Emma se perguntando o que o homem estava querendo dizer.

O lugar foi tomado por uma fumaça negra, Ruby e Zelena correram e ficaram ao lado de Emma e Regina, segundos depois a fumaça havia desaparecido, mostrando uma pessoa naquele porão, estava de costas, mas dava para perceber que era um homem. Regina estava reconhecendo aquelas vestimentas do misterioso homem, ele virou-se como em câmera lenta, parecia assustado, Regina deu um passo para frente, se perguntou se era apenas um truque de Facilier, Emma olhou para sua namorada e depois para Zelena, a ruiva olhava para Emma preocupada, Ruby não estava entendendo nada do que estava acontecendo. O homem olhou para Regina, hesitou por um momento e depois sorriu.

— Daniel... - disse Regina sem acreditar em suas próprias palavras.


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Notas finais do capítulo

:0 eita...não entrem em pânico, Swan Queen aqui é endgame. Ruby já se rendeu hein? Prestaram atenção na conversa entre e Cora e a tal moça? Já sacaram quem é, né? Próximo capítulo. E Zelena ajudando a sis? Me falem o que acharam, até mais...
Bjors