Noivo Em Fuga escrita por Teen Spirit


Capítulo 12
Capítulo 12 - Melissa


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores!
Este capítulo estaria beeem grande, então resolvi dividir-lo para não deixar a leitura entediada :v Queria agradecer à todos pelos reviews, pelos acompanhamentos e pelos favoritos! Especialmente a Queen Nutella Diet, Naty e Uma Leitora Malvada, essas três divas!
Enfim, boa leitura! :3
*Ficam com esse gif fofinho x.x'



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Ligo o chuveiro e permito que as primeiras gotas frias caíssem sobre mim até se tornarem quentes, não tão quentes para queimar meu corpo, porém, o bastante para provocar arrepios na minha pele e aquecer-me neste dia nublado. Apanho o sabonete que estava ao meu lado e o coloco diante do meu nariz, respirando fundo para sentir o aroma suave, o mesmo aroma que Rick apresentava quando dormimos novamente juntos, na mesma cama. O mesmo dissera nesta manhã que não havia problema algum, pois já havia se acostumado tanto comigo que o fato de dormimos juntos não o incomoda mais. Então concordei com a cabeça. Afinal, há mesmo algum problema em dois amigos dormirem juntos?

Ensaboo meu corpo e deixo que as gotas percorressem em mim, levando consigo todos os problemas que quero esquecer, ou pelo menos, adiar. Eu tenho medo do que pode acontecer assim que Richard seguir seu caminho para Los Angeles e eu ter que ficar na minha cidade, Nova York. Especialmente quando esses problemas se tratam de Emma e Nick.

"Ter medo do futuro, Melissa? Francamente." - Digo mentalmente.

Desligo o chuveiro e saio do box, escolho por não secar meu cabelo com o secador que estava sobre a pia, e sim, deixá-lo secar naturalmente. Enrolo a toalha em meu corpo e abro a porta do banheiro.

–HÁÁAÁ!- Berra Richard assim que abro a porta, me fazendo tomar um susto e soltar um grito agudo. Ele estava com meu cachecol preto envolta do cabelo e tinha colocado meu batom escuro que escapava das linhas dos seus lábios, causando um verdadeiro desastre que causaria medo em qualquer um. Mas o que chamou mais atenção era o celular que ele segurava e apontava para meu rosto, rindo.

–Eu vou te matar Hunter. Apague isso agora. - O xingo furiosa, e percebo que só isso não bastaria, então dou vários tapas em seu rosto e outras partes de seu corpo, irritada. Odiava tomar sustos. Ele ia para trás se defendendo como podia enquanto segurava o celular dele com uma mão.

–Você tem que ver a sua cara. - Ele diz entre risos, afastando-se de mim para salvar o vídeo.

–Richard, eu estou de toalha, imbecil. A-p-a-g-u-e. - Soletro lentamente, como se ele fosse algum tipo de retardado, o que eu agora eu tenho certeza absoluta. Aproveito sua distração para outro tapa que deixa sua bochecha com um vermelhidão, ele solta um chiado de dor.

–Ei, ei, ei, Eu sei. Quer que eu te elogie?

–Quero que apague, Richard. - Digo, fazendo um biquinho irritada.

–Oh, isso não está disponível, Johnson. - Deu um sorriso perverso.

–Vá te catar, me dê esse celular.

–Não, não.

–Agora, Richard.

–Nem.

–Deus!

–Maria, José, Jesus ...- Como se não conseguisse me controlar, começo a correr em sua direção, aborrecida. Ele aproveita o curto tempo para correr para longe de mim, com o celular balançando freneticamente em suas mãos, tirava a maquiagem com a mão livre. Abriu a porta e a fechou violentamente, acordando a metade das pessoas do hotel. Escuto o o som dela se trancando.

"Oh Deus do Céu. Não, não, não, não... O que faço?" - Arregalo os olhos.

Me ocorreu uma ideia.

–Caramba, minha toalha caiu. - Forço uma voz de surpresa e de indignação ao mesmo tempo, falando alto o suficiente para ele escutar do outro lado.

–Opa! - Ele destranca a porta e abre maliciosamente, como um homem faria para ver a cena, como Rick faria para ver a cena.

–Ahá! - Grito eufórica, pulando em seu rosto. Ele grita de susto, só que por destino ou apenas azar mesmo, eu tropeço em seus pés e caio sobre ele, que me segura pela cintura me impedindo de ir ao chão. E eu não sabia se agradecia pelo seu ato ou se o espancava pelo sorriso sacana que se formava em seus lábios.

Nos encaramos por um breve momento, e não sabíamos o que dizer, porquê de fato não havia nada a se declarar. Seu sorriso malicioso desapareceu lentamente e seus olhos escorregaram para meus lábios, mantendo-se ali tempo o suficiente para minhas bochechas corarem, por fim, fitou-me novamente nos olhos, com as pupilas dilatadas e confusão habitando em seu rosto, ele ainda me sustentava em seus braços e não parecia muito seguro de me soltar.

–Melissa. - Uma voz masculina diz meu nome. Richard pisca os olhos repetidamente, como se terminasse de sair de um transe. Apoio-me em seus ombros para recuperar o equilíbrio e ele me fornece ajuda.

–Sim? -Viro-me para o homem que me chamou. A maneira como ele pronunciou meu nome soava estranhamente familiar, como minha melodia predileta, como aquela música que você nunca se cansa de escutar. O cabelo moreno levemente bagunçado, os olhos profundos que no momento estavam cravados em mim...

–Brad? - Ponho a mão na boca em surpresa.

A mesma voz que tantas vezes repetiu "Eu te amo" falsos, o cabelo que de tanto eu bagunçar carinhosamente, ele adotara o penteado. Os olhos castanhos esverdeados que me lembravam uma grande floresta densa que eu pudia facilmente me perder... Brad Thimpson - O homem que me fez chorar por dias, especialmente no carro com Richard.

–Você está... - Ele desce os olhos lentamente sobre meu corpo, admirando-o. Aperto a toalha envolta do meu corpo para evitar qualquer tipo de constrangimento, não gostei da maneira de como ele lançou seu olhar, profundamente. - Tão linda.

–Os olhos dela estão aqui, moço. Pare de encarar os seios dela. - Richard grunhiu repentinamente, enlaçando minha cintura em um forte aperto. Eu o agradeci mentalmente. Brad fuzilou com os olhos a mão que Rick usava para apertar-me na cintura, logo depois me encarou com o cenho franzindo.

–Desculpe-me. - Disse Brad com um sorrisinho malicioso nascendo nos lábios. - Não sabia que ela já iria correr para os braços de outro.

–Olha Brad, não é da sua conta o que eu faço ou o que deixo de fazer. - Solto com a raiva fluindo pelas minhas veias, como se substituísse meu sangue. Lanço um olhar de raiva para ele. Richard deu um sorriso aberto, aprovando o que eu disse e completa:

–Estamos indo para a praia, então até mais, amigo - Richard ri da careta que Brad fez quando ele pronunciou a última palavra. Ele me puxou para si, e eu senti uma animação submergir dentro de mim, permito que um sorriso cruze meu rosto. Com a mão livre, ele abriu a porta do quarto que estávamos hospedados e adentramos, deixando meu ex-namorado para trás.

–Desde quando você chama as pessoas que você não conhece de amigo? - Digo para ele, indo até minha mala para pegar meu biquíni. Conversamos sobre irmos conhecer as praias de Jersey City ontem, e aqui estamos nós, indo para praia depois de um reencontro nada emocionante.

–Desde que essas pessoas sejam seus ex-s.

Richard apenas tirou a camisa branca que usava, simulando um strip-tease na minha frente, jogou a camisa em meu rosto, com um sorriso exibido. Eu caí na gargalhada com aquela cena, e aproveitei para arquear a sobrancelha, o chamando com a mão. Ele veio dançando em movimentos sensuais, e riu quando eu abanei o rosto. Distribuiu beijos pelo meu rosto e deu um beijo na ponta do meu nariz, sorrimos.

Quando já estávamos arrumados, entramos no carro e fomos para um bosque próximo da praia, queríamos ver o pôr do sol bem de pertinho e eu aproveitaria para tirar algumas fotos. O caminho foi rápido, tão rápido que me fez pensar que nós poderíamos ir andando calmamente.

Entramos no bosque com o carro quebrando alguns gravetos, os passarinhos nos saudaram com seus cantos graciosos, o sol iluminava nossas faces. A margem havia um lagoa de águas cristalinas, que mais adiante cruzava com as águas do mar, fazendo seus destinos ser apenas um e eles seguirem unidos para sempre, navegando de mãos dadas. Algumas pessoas exibiram sorrisos saudosos para nós, e eu e Richard devolvemos quando saímos do carro. Sentamos no capô simultaneamente, admirando o lugar. Se um dia me perguntarem como é o paraíso, eu descreveria este local. Preparei minha câmera e aguardei o foco se ajustar.

Uma brisa suave faz uma folha de papel pousar sobre o capô do carro. Pego a folha curiosamente e analiso o desenho que fora criado- Rabiscos coloridos que, para mim, não havia nexo algum, obviamente fora criado pelas mãos de uma criança. Rick rola os olhos pelo desenho e fez uma careta engraçada.

–Ei, moça. - Sinto puxões na minha blusa. -Você pode me dá meu desenho?

Uma garotinha de 4 anos me encarava com interesse. Morena dos cabelos longos e pele branca como folha de papel, em seus olhos duas pupilas castanhos profundos e eletrizantes brilhavam como as luzes de uma cidade. Sorriu para mim, um sorriso banguela.


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