Noivo Em Fuga escrita por Teen Spirit


Capítulo 11
Capítulo 11 - Richard.


Notas iniciais do capítulo

Oe meus amores!
Espero que gostem, hein! Beijinhos



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–Richard? - A tristeza em sua voz era explícita. Por um longo tempo Susan ao telefone ficou muda e eu sabia que ela chorava silenciosamente, assim como sabia que algo ruim estava por vim. Me arrependi de atender-la amargamente. - Por que está me evitando?

Nunca fui atingido por uma bala, mas acho que o abalo é o mesmo, ou quase. A voz dela, mais triste que o normal, fez-me sentir fraco, impotente. Como se de repente, tudo que eu quis evitar desmoronasse em minha frente, dando gargalhadas traiçoeiras enquanto me indicavam com os dedos. Não posso negar que sou covarde, covarde por tirar de seu rosto o sorriso que trazia sempre. Tento responder algo, mas a resposta simplesmente não sai. Inspiro ar para meus pulmões lentamente e engulo em seco, aquela conversa seria um desafio.

–Richard, por que não estão me deixando entrar? Por que você fez isso? - Ela aumenta o tom de voz, angustiada. -E eu imagino que você não esteja aqui, as luzes estão todas apagadas.

–O que te faz pensar isso? - Solto irritado. Imaginei Susan em frente ao meu apartamento neste instante; Uma tempestade negra cobrindo seu rosto, o batom vermelho-sangue sempre habitando seus lábios, com os olhos cravados para cima, no andar 12, para a minha janela.

–Richard, o porteiro acabou de dizer que você saiu faz bastante tempo com uma loira bonita dos olhos azuis, eu achei que era mentira, mas acredito agora. Quem é ela? - Outro disparo de uma arma, e novamente o alvo era eu.

Melissa bate na porta levemente, querendo chamar a menor atenção possível, e no mesmo tempo saio dos meus devaneios. O espelho do banheiro estava embaçado, passo as mãos ali na intenção de conseguir enxergar meu reflexo. Abro a porta.

–Ei, tudo bem? - Ela sussurra baixinho com um ar de preocupação.

–Rick, me responde. - Grita Susan rompendo meus tímpanos.

–É... é uma garota. Uma ... amiga. - Pesco as palavras que mais me parecia apropriadas. Melissa franziu as sobrancelhas, duvidando se eu falava dela e acertando na mosca

–Ah, esqueceu do "bonita", né?! Aliás, linda, pelo o que o porteiro me explicou. Ela está com você agora, não é? - Ela explode. - Você me traía com ela? Eu a conheço? Richard, responda! - Lágrimas caíam de seu rosto fazendo sua voz falhar miseravelmente.

–Richard, desligue o telefone - Disse Melissa autoritária e com urgência na voz, me encarando.

–Vadia!- Gritou Susan, provavelmente a ouvindo e não gostando nem um pouco daquilo.- Eu sabia, Richard. Você não passa de um...

"Richard, desligue esse telefone. Você não parece bem."

"Rick, agora. Desligue"

Desliguei o telefone e fiz uma careta. Mel soltou um suspiro de alívio e o distanciou de mim, como se descobrisse que ele estava contaminado com algum tipo de doença grave.

–Ela tem razão. Eu não passo de um...

–Rick, pare! - Diz ela, olhando para mim. - Pare de por a culpa em você. - Seus olhos ficam aterrorizados e vagam pelos meus em um certo desespero. - Ande, Rick. Saia daí.

Saio do banheiro com ela ao meu caminho, Eu estava bem, não estava? Ela procura o controle e liga a TV, colocando em um canal qualquer, apenas para matar a escuridão que estava instalado naquele quarto. O hotel era simples, mas era bastante confortável e isso me trazia conforto.

– Precisa de algo, Rick? Conheço Jersey City com a palma da minha mão. - Diz.

–Não... Apenas estou cansado. Acho que vou dormir, Mel. - Deito na cama desajeitado, desejando apenas que Susan saísse da minha cabeça por um instante, e levasse consigo a dor de cabeça que me perseguia.

Melissa senta-se ao meu lado, me encarando com um olhar preocupado, como ao dos médicos quando estavam prestes a dar alguma notícia ruim. Cruza suas pernas em perna de chinês, e coloca meu rosto em seu joelho, iniciando um cafuné agradável. Verificou em minha testa e depois em meu pescoço se eu estava febril, e afirmou que eu estava. E aquilo foi o bastante para deixa-la na beira da preocupação. Eu apenas murmurei que já era de se esperar, já que eu estava bastante cansado estes dias.

– Vou ver se compro remédios, ok? - Perguntou me fitando com os olhos azuis. E logo em seguida continuou a acariciar meu cabelo, alternando ás vezes para as minhas maças do rosto. Como mágica, autorizei que meus olhos se fechassem e apenas aproveitasse o conforto daquele momento. Suas mãos deslizavam ágeis e lentamente pelo meu rosto, deixando rastros. Podia facilmente ser prisioneiro de suas carícias delicadas, como se fosse um anjo em sua perfeita sincronia de encanto e ternura. E foi o bastante para que aquilo me fizesse mergulhar em um sono profundo enquanto suas mãos massageavam meu rosto carinhosamente.

❄️

As tempestades eram fortes e provocavam estrondo altos e assustadores, sons de raios e trovões invadiam o quarto, fazendo-me despertar e acreditar que o céu estava em uma verdadeira fúria. A dor de cabeça ficou mais forte assim que me levantei, então sento na cama novamente. Vejo uma silhueta feminina ao meu lado, Melissa dormia se encolhendo pelos sons das trovoadas, aquilo a assustava, mas continuava a dormir. Por instinto, passa na minha cabeça a ideia de abraçar-la para tranquiliza-la pelo menos um pouco, mas desconsidero essa hipótese: Não era para tanto.Mais um rugido forte alastra o quarto, e Melissa semicerra os olhos apertadamente, mordendo o lábio inferior em uma expressão de medo.

Encaro a cabeceira da cama e vejo dois comprimidos para dor de cabeça acompanhado por um copo d' água. Oh Melissa, eu te devo essa. Ela havia comprado enquanto eu dormia, e parecia que já prevera que eu sentiria dor de cabeça assim que despertasse. Um termômetro branco se encontrava na mesinha ao lado da cama, indicando uma temperatura bastante alta, havia também outros remédios que eu não me recordava no momento.

Minha cabeça latejava e parecia estar prestes a explodir de tamanha dor; apanho os remédios e viro o copo d' água rapidamente. Melissa estremece novamente com outro rugido de trovão, dessa vez mais forte, então tomo a coragem de alinha-la contra meu peito e acariciar seu cabelo enquanto ela se acalmava.

–Rick, o que está acontecendo?- Sussurrou sonolenta, alinhou seu rosto em meu pescoço carinhosamente, me fazendo arrepiar.

–Está chovendo. - Respondo-a instantaneamente.

–Você está quente. - Disse entre risos preguiçosos. - Tomou os remédios?

–Sim...

–Boa noite, Rick. - Deu-me um beijo na bochecha e voltou-se para meu pescoço, respirando lentamente. - Vê se melhore, quero lhe mostrar a cidade.


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Notas finais do capítulo

A estória já está tomando rumo, mas não chega nem estar na metade (risos) Pois bem, eu queria MUITO saber as opiniões de todos vocês que acompanham (Alô fantasminhas, chegou a hora, não acha?) E não, não sou aquelas autoras que pedem reviews excessivamente, só preciso (necessito) saber a opinião de vocês.
Beijinhos



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