Open Wound escrita por littlelindy


Capítulo 18
Surpresa


Notas iniciais do capítulo

I'M BACK! HAHAHAHAH
Olá minhas coisas lindas, como vão? Espero que bem. Resolvi fazer um capítulo enooooorme pra alegrar todo mundo e trazer um pouquinho de alegria para aquele que, assim como eu, não vão na maldita da Ever After :( mas enfim, vida que segue tem outros troféus né? kkkkk Boa leitura!



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​Killian me levou para sua casa dizendo que não me deixaria sozinha em um momento tão marcante e doloroso como esse. Eu nunca me senti tão grata por uma companhia assim antes, era incrível como ele sabia o que deveria fazer ou dizer para me ver bem. Eu estava deitada com a cabeça apoiada em seu peito e ele estava acariciando meus cabelos, compartilhando mais um momento de silêncio. Eu não tinha nada para dizer e, sinceramente, não saberia me expressar. Ele, entretanto, deveria estar escolhendo as palavras certas ou apenas respeitando meu momento.

Jones permaneceu acordado comigo por boa parte da noite, mas logo adormeceu. Não o culpo por isso, afinal, o dia fora cansativo e somado às informações pavorosas que ouvimos nas docas, não era anormal que ele se sentisse exausto. Eu, entretanto, não consegui fechar os olhos um minuto sequer. Como poderia alguém com tanta frieza dentro de si? Eu sempre tive uma boa convivência com Graham e toda sua família, não era possível que tudo aquilo fosse encenação. Não poderia ser... Dylan sempre fora um homem de muito respeito e com um coração enorme, era sempre tão bondoso e educado com todos, inclusive comigo. O que havia acontecido? Eu poderia pensar que isso acontecera após a morte de Graham mas era impossível, considerando o que ele e Robert falaram. Não pude deixar de me sentir apavorada, afinal, eu havia me tornado um alvo. Alguém que eu considerava como uma segunda família hoje me quer morta, tratando-me como mero arquivo a ser apagado.

Desde que eu deitei-me com Killian, não consegui conter uma vez sequer as lágrimas que teimavam em escorrer, encharcando um pedaço da camiseta dele. Como se a situação já não fosse ruim o suficiente, o clima de Storybrooke resolveu colaborar oferecendo-me uma grande tempestade durante a madrugada. O barulho da chuva acalmava-me e colocava meus pensamentos em ordem, bem como a presença de Killian. Tanta coisa havia acontecido em pouco tempo: conhecer uma vida alternativa de Graham, fazer novas e verdadeiras amizades, encontrar um alguém que preenchesse meu coração e, agora, virado alvo de um potencial lunático bipolar. Sim, era isso que Dylan era: um lunático. E bipolar. Nada tiraria isso da minha cabeça, esse era seu diagnóstico final. Aliás, por falar em diagnóstico, lembrei-me da faculdade. Havia esquecido de comunicar à Killian e aos outros que minha mãe já tinha comprado minhas passagens para dali dois dias. Ou seja, eu estava entrando em meu último dia em Storybrooke, último dia ao lado do meu namorado, sem que ele ou qualquer um soubesse e, ainda, com essa bomba em minhas costas.

Um clarão iluminou o quarto como se fosse dia, anunciando o forte trovão que o seguiria. Assim que houve o estrondo, Killian acordou assustado.

– É só um trovão, Killian.
– Ainda acordada, Swan? - disse esfregando o olho.
– Sim... não consegui dormir. - esforcei para dar-lhe um sorriso.
– Me desculpa por ter dormido. - ele abraçou-me ainda mais forte pela cintura e acariciou minhas bochechas.
– Tudo bem, você estava exausto. E fica bonitinho dormindo! - brinquei, tocando-lhe a ponta do nariz com o indicador.
– Ah é? Que bom que tenha gostado, pretendo dormir ao seu lado mais vezes. - respondeu sorrindo e dando-me um breve beijo. - E como você está?
– Exausta, não consegui pregar o olho! E com medo também...
– Ei, eu estou aqui do seu lado. Não vou sair de perto de você.
– Eu sei... Mas isso me faz lembrar de uma coisa. - disse séria, encarando-o.
– O que? - perguntou preocupado.
– Eu esqueci de te contar sobre a minha volta à Nova York. Minha mãe já comprou a passagem.
– Pra quando? - ele disse sério, com um tom de tristeza em sua voz e apertando a mandíbula ao final da frase.
– Depois de amanhã... Aliás, amanhã. - disse virando-me para a janela e percebendo que já estava quase amanhecendo, apesar das nuvens cinzas de chuva.
– Então hoje é o nosso último dia juntos?
– Não. Digamos que é o nosso último dia antes de um breve intervalo, logo ficaremos juntos novamente. - disse sorrindo, mas ele não disse nada, apenas abaixou o olhar. - Vamos ficar juntos de novo, não é?
– É claro que vamos, Emma. - ele voltou o olhar para mim, forçando um sorriso.
– Então por que você está assim?
– Eu só não queria dizer adeus... Eu me acostumei com você aqui comigo. Eu te vejo de manhã, trabalho com você e volto para casa com você. Eu não sei se consigo mais imaginar essa casa sem a sua presença.
– Eu disse que tinha ficado mais tempo aqui do que no hotel. - disse rindo.
– E eu disse que era pra você se mudar de vez! - ele prosseguiu com a brincadeira, arqueando a sobrancelha.
– Repito então: é uma proposta tentadora, Jones! - disse sorrindo - Mas, eu preciso ir. Vai passar bem rápido, eu prometo. Eu só preciso terminar minha faculdade e, além disso, preciso ver Neal.
– Ah não! De novo esse cara, Swan?
– Eu preciso saber do envolvimento dele nessa história, Killian. Ele está no meio disso tudo e, com certeza, sabe tudo o que eu vim procurar.
– Ok, tudo bem. Eu não vou te impedir de fazer nada e nem posso, só quero que me prometa uma coisa.
– O que?
– Me promete que vai investigar depois de terminar sua faculdade. Eu não quero que essa história te atrapalhe. Eu fico por aqui, vigio Gold e te passo tudo o que descobrir, mas, por favor, mantenha o foco nos seus estudos.
– E eu tenho escolha? - disse revirando os olhos.
– Na verdade até tem, mas não aconselho me negar isso. - brincou.
– Ah é? O que você vai fazer se eu negar? - respondi, provocando-o.
– Eu não sei, talvez... - Killian, então, prendeu-me mais em seus braços e começou a fazer cócegas em minha barriga. Eu nunca consegui me conter nesses momentos, era sempre aterrorizante tentar dizer algo e rir ao mesmo tempo. Eu tentava falar "para" em alguns momentos, mas as gargalhadas sempre se sobrepunha às falhas tentativas. Eu estava quase perdendo o fôlego quando ele parou com as cócegas e me encarou com as sobrancelhas arqueadas e um sorriso travesso no rosto.
– Eu te odeio. - disse ainda com a voz falha de tanto rir.
– Mentira.
– Odeio sim!
– Eu vou refazer a minha pergunta... Você me promete isso, Emma Swan?
– Sim, Killian Jones. Chato! - disse mostrando-lhe a língua.
– Ótimo. Agora a senhorita precisa dormir um pouco.
– Eu não consigo, Killian. Já disse... - abaixei o olhar e passei uma mecha do meu cabelo para trás da orelha, enquanto a outra mão repousava sobre seu peito.
– E eu disse que você precisa dormir. Amanhã vou te fazer uma surpresa.
– Surpresa é? Não querendo cortar o seu barato, mas nós trabalhamos amanhã.
– Não seja por isso. - ele virou-se e pegou o celular na escrivaninha, espremeu os olhos com a luminosidade da tela, digitou algo e retornou com o aparelho para o móvel - Não vamos mais.
– Killian, você sabe quantas horas são?
– Quase cinco, por que?
– Você mandou uma mensagem cinco horas da manhã para o David?
– Eu disse "quase cinco". - ele disse rindo e puxando-me para mais próximo dele.
– Você é louco. - sorri.
– Sim, um pouco. - sorriu em resposta. Killian beijou-me brevemente e, então, virou-me de costas para ele, repousando sua cabeça em minha nuca. - Agora, senhora, nós dois vamos dormir para aproveitar amanhã. Entendido?
– Sim senhor.
– Boa noite, meu anjo. - ele disse após beijar minha bochecha.
– Boa noite. - sorri repetindo mentalmente o "meu anjo".

Eu já disse que ele consegue me acalmar não é mesmo? Ali abraçada com ele, na noite fria e com milhões de pensamentos negativos rondando minha mente, fui capaz de adormecer rapidamente. Não tive qualquer pesadelo ou sonho ruim, dormi profundamente, um sono que eu estava precisando a dias, inclusive. Acordei no outro dia (ou no mesmo dia, como preferir) completamente perdida, sem saber quantas horas eram ou onde estava, mas logo a sonolência passou e lembrei-me da noite anterior. Olhei para o lado e Killian não estava lá, por cima de seu travesseiro estava apenas um bilhete que dizia:

"Olá, bela adormecida! Eu tentei te esperar acordar, mas você estava tão bonitinha dormindo que eu sabia que isso iria demorar. Além disso, se eu te esperasse, não conseguiria fazer surpresa nenhuma. Vá para a cozinha, fiz torta para você comer."

Ele era inacreditável! Antes de descer olhei no relógio que marcavam quase cinco horas da tarde, como Killian me deixou dormir por tanto tempo? Eu queria ter aproveitado meu último dia, me despedir da vovó, Ruby, David, Mary, Regina e Robin! Tudo bem, não há muito tempo para reclamações. Assim que cheguei na cozinha, vi uma tigela com torta e mais um bilhete. Coloquei a torta num prato e levei ao microondas para esquentar, enquanto esperava abri o segundo bilhete:

"Espero que goste da comida. Oh, esqueci de te avisar: nós vamos sair (graças à chuva que parou). Comprei uma roupa nova para você usar, está na sala. Também pedi Belle e Regina para me ajudar, aliás, elas foram ao hotel e trouxeram suas coisas, estão no quarto (sim, eu sei que você não reparou, mas estão lá!)."

Louco. Killian Jones era o homem mais louco que eu já conheci em toda a minha vida. Mas não posso negar que estava gostando daquela surpresa, senti como se estivesse jogando ou procurando um tesouro escondido. Comi rapidamente e corri para a sala, afinal, ele tinha comprado uma roupa para mim, eu queria vê-la!

Cheguei na sala e, no meio do sofá, estava uma caixa azul listrada com um bilhete por cima dizendo "Você ficará linda. Te pego às seis. Com amor, Killian.". Sorri involuntariamente, mas logo desviei minha atenção para a caixa. Assim que a abri me surpreendi com o que ele havia comprado. Tudo bem, vamos à lista: Killian é xerife, sabe cozinhar, navegar, cantar (sem confirmações ainda, apenas uma inferência de um comentário feito por David outro dia desses), planejar surpresas e comprar roupas femininas? Ele não pode ser real. Ele havia comprado um lindo vestido preto com mangas três quartos, sem decote muito extravagante mas marcando bem a cintura e solto até o meio da coxa. O tecido era maravilhoso também, suave e delicado.

Eram quase cinco da tarde, eu deveria começar a me arrumar logo se quisesse estar pronta antes dele chegar. Peguei o vestido e sai correndo escada acima para o banheiro, torcendo para que o vestido servisse em mim. E serviu. Para combinar com ele, coloquei um salto vermelho da mesma cor que o batom – aproveitando, claro, que as meninas tinham levado minhas coisas para lá e sim, elas realmente estavam no quarto. Não queria uma maquiagem simples, se ele queria me surpreender eu também entraria no jogo. Usando lápis, delineador, rímel e sombra marquei bastante meus olhos, ressaltando a cor esverdeada deles. Deixei meu cabelo solto, tratando apenas de definir melhor alguns cachos que se formavam. Peguei minha bolsa preta e olhei-me no espelho antes de descer. É, eu tinha feito um bom trabalho. Espero que ele goste.

– Swan? - ouvi sua voz no andar de baixo.
– Estou indo! - respondi gritando enquanto caminhava até a escada.
– Uau. - ele disse boquiaberto, fitando-me por inteira, como se decorasse cada centímetro do meu corpo, o que me fez corar. - Você... Como? - ele gaguejava, tentando formular uma frase inteira, me fazendo rir.
– Eu acho que você gostou. - disse sorrindo vitoriosa, terminando de descer os últimos degraus e indo em sua direção. Ele, à propósito, já estava pronto. E maravilhoso. Killian vestia uma calça jeans escura, vans preto e uma camisa social branca três quartos.
– Se eu gostei? Você está de brincadeira não é? Você está maravilhosa! - ele disse sorrindo e dando-me um breve beijo.
– Você também está lindo! - sorri - Então... pra onde vamos?
– Desse jeito? - ele disse apontando o dedo para mim e balançando-o de cima para baixo - Casar. Agora. - completou rindo e puxando-me pela mão.
– É sério, Killian! - ri enquanto o seguia.
– É surpresa. - ele arqueou a sobrancelha novamente.

Como fomos andando, inferi que não era um lugar muito longe dali – só esperava que não fosse ao Granny's. Ele se recusava a responder toda e qualquer pergunta que eu fazia, vencendo-me pelo cansaço. Logo chegamos às docas, fazendo-me parar abruptamente e soltar a mão de Jones. Eu não queria ficar ali, não hoje. Por qual motivo ele me levaria para aquele lugar?


– Swan, fica tranquila. Confia em mim.
– Tá... - suspirei fundo e lhe dei a mão novamente.

Voltamos a andar até que paramos em frente a um navio, "Jolly Roger" dizia o letreiro. Logo me lembrei de uma das primeiras conversas que tive com ele, era o navio de seu pai. Para certificar-me dos meus pensamentos, olhei para ele sorrindo enquanto ele respondeu positivamente com a cabeça.

– Killian, você não vai me sequestrar... não é? - perguntei olhando para o chão, tentando me equilibrar no salto alto naquelas tábuas próximas à entrada da embarcação.
– Eu bem que queria... mas não. - ele riu e logo senti suas mãos em minhas costas. Killian segurou-me em seus braços, me carregando para subir a pequena rampa que ligava o navio ao píer.
– Ok, Jones. Você disse que iríamos casar e agora me segura assim, devo dizer "enfim sós"? - brinquei.
– Depende do que vier depois. - sorriu malicioso, me fazendo corar. Não respondi nada além de um sorriso tímido e ele logo me colocou no chão.

O navio estava decorando, de forma simples, com algumas luzes e velas e havia uma mesa no centro. Por cima havia uma travessa tampada e um balde com champanhe e gelo. Assim que me aproximei, senti Killian puxar a cadeira para que eu sentasse, e assim o fiz. Ele logo sentou-se em seu lugar à minha frente.

– E então, Swan, o que achou? - perguntou sorrindo, esperançoso pela resposta.
– Eu adorei, Killian! - respondi também com um sorriso largo nos lábios e, provavelmente, ele percebeu meus olhos brilhando. Eu deveria admitir, estava maravilhada. Ninguém nunca havia feito nada parecido por mim.
– Fico muito feliz com isso. - disse segurando minha mão por cima da mesa - E contente também por saber que Belle veste o mesmo número que você. - ele riu.
– Como assim?
– Assim que eu escolhi o vestido, liguei para ela perguntando qual era seu número.
– E porque você acha que ela saberia meu número?
– Pensei que vocês conversassem sobre isso. - confessou rindo, embora envergonhado - Mas como ela não sabia, foi até a loja e experimentou o vestido para mim. E então jogamos à sorte, torcendo para que servisse.
– Bom, com essa sorte toda vocês poderiam ter jogado na loteria. Ficou incrível! E eu amei o vestido. - agradeci sorrindo, prosseguindo - Mas você tem certeza que foi você mesmo que escolheu?
– Qual é, Swan! - ele abriu os braços rindo, mas fingindo estar ofendido. - É claro que fui eu que escolhi.

O clima do jantar fora repleto desses momentos de risadas, provocações e brincadeiras. A companhia de Jones era tudo o que eu mais amava em Storybrooke e ele estava tornando a despedida ainda mais difícil. Entretanto, não queria pensar nisso. Não naquele momento. Eu estava tão feliz! Já tínhamos terminado o jantar, aliás, o rondelli que ele tinha preparado estava divino. Estávamos apenas desfrutando do champanhe, longe da mesa e próximos ao timão da embarcação, observando o mar.

– E então, surpresa aprovada? - senti dois braços segurando-me a cintura por trás. Ele havia deixado a taça por cima de uma das madeiras laterais e, delicadamente, pegou minha bebida e depositou-a junto à dele. Com as mãos livres, deixei-as sobre as dele e fechei os olhos, sentindo apenas a respiração de Jones em minha nuca.
– Mais do que aprovado. Obrigada, por tudo Killian.
– Eu acho que eu devo agradecer.
– Deve? - perguntei, virando-me para ele. Fiquei escorada no timão, com as mãos ao redor do pescoço de Killian, enquanto ele pressionava levemente seu corpo contra o meu.
– Sim. Antes de você chegar eu era resumido àquela delegacia. Ser xerife era ser Killian Jones. E eu não sou assim, mas eu só fui descobrir isso quando você chegou. É fácil ser quem eu realmente sou e quero ser ao seu lado, é fácil viver ao seu lado.
– É bom saber que eu não sou a única a pensar dessa forma. - respondi com um largo sorriso nos lábios. Eu amava Killian. Ali naquele momento não me sobrava qualquer tipo de dúvida que um dia já existiu dentro de mim.
– Eu vou sentir tanta sua falta. - ele sussurrou, após encostar sua testa na minha.
– Shh, não pensa nisso. Não agora. Posso te pedir uma coisa?
– Qualquer coisa.
– Será que o capitão desse navio me levaria para conhecer seus aposentos? - perguntei sem jeito, mexendo na gola de sua camisa e mordendo levemente os lábios.
– Eu pensei que...
– Eu também. E estava errada. - o interrompi - Eu quero me lembrar dessa noite, Killian. Quero voltar pra casa sabendo que aproveitei cada segundo em Storybrooke, sem arrependimentos ou pensamentos de "se". Eu não quero colecionar mais nenhum "se", eu quero viver. E, agora, eu quero viver ao seu lado.

Ele apenas sorriu como resposta. Seu sorriso largo demonstrava toda a sua felicidade e o brilho dos seus olhos dava-me ainda mais certeza daquilo que havia pedido. Eu queria apagar o meu passado horrível, quero excluir toda experiência traumática anterior, eu não teria momento melhor que esse. Não teria alguém melhor. Ele guiou-me para dentro da embarcação e logo abriu uma porta de madeira, revelando o "quarto do capitão". O beijei antes de entrarmos e, sem quebrar o beijo, Jones guiou-nos para dentro, fechando a porta por trás de nós.

Por falta de ar, separamo-nos por um momento e sorrimos assim que nosso olhar se encontrou novamente, mas ele tratou logo de puxar-me para mais um beijo. Os lábios macios de Jones encontraram os meus em uma leveza especial, cada toque era puro e sincero trazendo-me mais confirmações de que o que estávamos vivendo (e o que estávamos para fazer) não poderia ser outro. Nenhum de nós estávamos esperando por uma primeira vez naquela noite, mas estávamos gratos que a oportunidade tenha nos encontrado e nos enlaçado. Minhas mãos perdiam-se entre os cabelos negros de Killian, enquanto ele alisava livremente minhas costas, até que ele nos deitou na pequena cama que havia ali. Não era pequena, mas não era de casal – era suficiente para nós dois. Os beijos dele passaram rapidamente para meu pescoço, fazendo-me arrepiar todo o corpo. Mergulhei meus dedos nos fios de cabelo de Killian, puxando-o levemente e o impulsionando a deliciar-se ainda mais em meu colo. Com a boca, ele fez uma pequena trilha com beijos do colo até minha orelha direita, mordendo e puxando delicadamente o lóbulo. Sua mão tomou a base de meu pescoço e, antes de nossos lábios se unirem novamente, nossos olhares se prenderam. Eu estava hipnotizada pela felicidade e prazer que ele me proporcionava, a energia que nossos corpos compartilhavam, latejando de desejo, em sincronia, a cada toque era inexplicável. Unimos nossos lábios novamente, com certo desespero e avidez, como se aquela fosse a última vez que experimentaríamos um ao outro. De certa forma seria mas, esperançosamente, apenas por um determinado tempo.

As carícias de Killian se intensificavam, fazendo-me respirar. Suas mãos passavam por partes de meu corpo até então intocadas. Enquanto ele acariciava e apertava minha coxa, pressionando nossos corpos, busquei a barra de sua camisa, puxando-a para cima rapidamente. Logo levei minhas mãos ao seu peito, arranhando levemente, enquanto ele aprofundava o beijo, subindo suas carícias cada vez mais por minha perna, aproximando-se de minha intimidade. Meu corpo latejava cada vez mais, pedindo e suplicando por ele, ouvir seus suspiros e gemidos baixos com minhas carícias fazia-me desejá-lo ainda mais. Automaticamente, deslizei minhas mãos até a barra de sua calça, tirando a atenção dele que logo ajudou-me a tirar o jeans, arremessando-o para longe. Voltei a beijá-lo com sofreguidão, enquanto ele pressionava nossos corpos e, embora houvesse meu vestido e sua box preta entre nossas intimidades, pude sentir seu membro enrijecido.

A respiração ofegante de Jones denunciava seu incontrolável desejo por fazer-me sua por completo, ele tateou o fecho do vestido em minhas costas e murmurou algo entre o beijo, como se amaldiçoasse quem tivera a ideia de fazer um vestido tão complicado de ser retirado. Após certo esforço, ele sorriu com o sucesso e, devido ao grande tempo gasto com o vestido, ele tirou rapidamente minha roupa íntima. Logo após, desceu sua atenção até meus seios, alternando suas ações entre beijos, carícias e leves mordidas. Minhas mãos arranhavam suas costas e deslizavam para sua bunda, agarrando-a e, depois, tentando retirar a cueca – que também tivera certa ajuda de Jones. Nenhum de nós dois precisávamos inventar muito, ou explorar tudo aquilo que podíamos, queríamos saciar logo aquele desejo louco. Ele olhou-me nos olhos como se buscasse confirmação, eu apenas sorri e dei-lhe um breve beijo em resposta. Logo, Killian penetrou-me e iniciou movimentos leves. Com certo intervalo de tempo, ele aumentou a intensidade, fazendo-me suspirar e gemer seu nome. Ele gemia ao pé de meu ouvido, já que seu rosto estava em minha nuca, onde ele dava-me alguns beijos. Chegamos juntos ao ápice do prazer, acompanhados dos orgasmos.

Deitei-me por cima de Killian, ainda ofegantes e, sorrindo, dei-lhe um beijo, o mais sincero e amoroso que eu conseguia. Eu estava cansada, não pretendia transarmos novamente, apenas queria expressar e demonstrar-lhe minha felicidade. Após o beijo, ele pegou em meu queixo e, deitando por cima de mim, encarou-me com ternura em seus brilhantes olhos azuis.


– O que foi?
– Eu amo você. - ele disse sorrindo.
– Eu também amo você. - lhe correspondi com o sorriso, afinal, eu tive a melhor noite de toda a minha vida.


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Notas finais do capítulo

É isso, espero que tenham gostado e venham compartilhar comigo as suas emoções. Obrigada por acompanhar ♥