Open Wound escrita por littlelindy


Capítulo 10
Des-focada


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaa povo! Capítulo surpresa no meio de madrugada pra vocês hahaha



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/611582/chapter/10

Killian P.O.V

Há alguns anos, estava noivo de uma mulher incrível, seu nome era Milah. Ela era, certamente, uma das melhores pessoas que conhecia em toda minha vida. Era do tipo de pessoa sociável que exalava sensibilidade e possuía um coração repleto de bondade. Eu a amava, disso ninguém duvidava. Meu plano era casar e ter filhos com Milah, mas, às vezes, a vida nos prega peças e destrói todos os nossos sonhos. Ela faleceu em um acidente de carro, estava chovendo e ela estava sozinha. Por esse motivo, ninguém sabe ao certo o que aconteceu, apenas encontraram o automóvel destruído entre as árvores e seu corpo sem sinais vitais. Depois desse dia, parte de mim se perdera: não queria mais sair, não falava com ninguém e tentava, ao máximo, esconder-me da vida. Graham fora o grande responsável por livrar-me de toda dor e luto.

Todos os dias, Graham tentava me animar de diversas maneiras possíveis: músicas novas ou suas próprias composições (sempre horríveis por sinal), filmes, jogos de futebol, enfim, tudo. O êxito veio, apenas, quando ele conseguiu me convencer a fazermos uma viagem: uma semana inteira na Jolly Roger – embarcação do meu pai. Naquela época, David havia acabado de se casar e era natural que sua atenção fosse direcionada à Mary Margareth. Logo, passava a maior parte do tempo com Graham, e não seria diferente nessa aventura louca que ele inventara. Me sentia extremamente sortudo por tê-lo naquele momento. Surpreendentemente, quando a tragédia ocorreu, ele estava em Storybrooke o que, geralmente, não acontecia. Aliás, desde esse dia ele jamais saíra novamente da cidade, há exatos quatro anos – corroborando a história de Emma. A questão foco é que sem Graham meu luto teria se instalado e se prolongado por muito mais tempo.

Desde Milah, então, não me envolvi com mulher alguma, até Emma Swan chega à cidade. Pela longa data sem nenhum interesse amoroso, encontro-me confuso em relação a meus sentimentos. Minha única certeza era de que ela mexia comigo. O querer estar por perto, conversar e tocar não era, com toda certeza, algo normal, entretanto, eu ainda não sabia em qual sentimento isso se encaixava. Talvez, por exemplo, estivesse confundindo tudo com a grande amizade e conexão que senti e tenho construído com ela. Eu não sei.

Hoje, quando Emma me mostrou o vídeo e me disse que era a tal “Vevé” da qual Graham sempre comentava, senti-me a pessoa mais aliviada e alegre do mundo. Um peso havia saído de minhas costas, e parecia que toda culpa havia ido embora – ao menos naquele instante. Sentindo tudo isso, sem pensar, a beijei. Seus lábios eram tão macios e quentes que despertaram em mim todos meus sentimentos bagunçados, misturando-os com um desejo adormecido. Assim como a disse, seria algo que, embora de maneira impulsiva, não iria me desculpar por tê-lo feito. Eu gostei... Eu repetiria. Cara, sinceramente? Eu nunca fiquei tão orgulhoso de uma atitude impulsiva assim na vida!

Sem reclamar, mas esquivando-se do momento, Emma me pediu para leva-la à casa de David. Imediatamente, senti que algo sairia mal, mas eu não poderia ter me enganado tanto. Ela já havia preparado todo um diálogo inicial para tentar convencê-lo de ouvir sua história mas, assim que abriu a porta, David já se antecipara pedindo-nos desculpas. Fiquei extremamente feliz com isso, pois demonstrava que ele realmente estava arrependido do que fizera e reconheceu isso sem a necessidade do vídeo ou de qualquer prova que Emma tivesse em mãos. Depois do momento desculpas, de mostrarmos o conteúdo do pendrive e conversarmos mais sobre o assunto, Mary Margareth nos convidou para jantar com eles.

Sabe quando você tem aquelas visões alternativas de vida? Eu e David sempre sonhamos que um dia jantaríamos juntos e com nossas esposas ao nosso lado, rindo e conversando como grandes amigas. Eu tive essa sensação ali na mesa de jantar. Ver Emma e Mary dialogando como velhas conhecidas, enquanto eu e David comentávamos assuntos aleatórios e até mesmo da delegacia, provocou-me um bem estar imenso. É estranho pensar isso, considerando que eu e Emma não temos nada, mas o que senti foi realização; vivi uma projeção futurística daquilo que sempre sonhei. Além disso, lembrei-me de Milah novamente. Nós quatro já havíamos jantado juntos uma vez e eu senti, basicamente, a mesma coisa, porém ela faleceu cedo demais e não tivemos oportunidade de aproveitar isso nos momentos pós-casamento David e Mary. Por esse motivo, talvez, ali com Emma, esses pensamentos tivessem retornado e de maneira tão intensa.

Quando penso em Milah quando estou com Emma não é, de forma alguma, diminuindo ou comparando-a. É nesses pensamentos que me sinto ainda mais conectado à Swan. Ambos perdemos alguém que gostávamos muito e, embora ocupassem papéis distintos em nossas vidas, não a julgo por buscar respostas sobre Graham. Afinal, eu fiz o mesmo com o acidente de Milah: passei meses e meses lendo, relendo, revisando e analisando as minúcias do caso. Não encontrei nada, confesso, mas eu precisava fazer algo, precisava retirar da minha consciência a sensação de incapacidade e impotência que a situação me proporcionava. Emma tem feito muito mais por Graham e isso era, no mínimo, louvável. Não sei o que estava acontecendo comigo, mas essa admiração incrível que sinto por ela me faz ter pensamentos insanos envolvendo-a – como, por exemplo, minhas visões da minha família no futuro.

Esquecemo-nos totalmente do horário e, quando vimos, já estava tarde da noite e precisávamos ir embora. Abri a porta do carro para Emma e, assim que ela entrou, direcionei-me para meu lugar. Iniciando o trajeto e devido ao silêncio do carro, resolvi ligar o rádio. O locutor anunciou a playlist de músicas antigas e, para nossa surpresa, Pocketful Of Sunshine nos atacava novamente. Por mais que tivéssemos tentado segurar o riso, as memórias da noite anterior foram mais fortes e caímos na gargalhada.

TAKE ME AWAY, A SECRET PLACE / A SWEET ESCAPE, TAKE ME AWAY! – ela cantou a parte do refrão enquanto estávamos parados no sinal.
TAKE ME AWAY, TO BETTER DAYS / TAKE ME AWAY, A HIDING PLACE! – completei a música e nós caímos na gargalhada novamente.

Chegando ao hotel em que ela estava saí do carro para despedir-me dela corretamente, afinal, não queria que ela pensasse algo ruim ou errado de mim, especialmente por termos nos beijado horas atrás. Encostei-me no carro e ela parou em minha frente.

– Obrigada, Killian. Pela conversa, pela carona, pelo dia...
– Eu que tenho que te agradecer, de verdade. Desde que você chegou eu estou me sentindo mais “eu”, entende? É bom estar ao seu lado. – disse olhando em meus olhos.
– É bom saber que te faço bem! – ela sorriu de forma encantadora – Você também me faz bem, chefe. – brincou. Ah, então ela queria brincar comigo? Que bacana, Swan... vamos entrar no seu joguinho!
– Bom... – disse pegando em suas mãos, apertando-as suavemente – Até onde eu sei, existe um clichê enorme em funcionárias que beijam os chefes não é? – arqueei a sobrancelha, provocando-a.
– E é um clichê ainda maior o chefe beijar a funcionária e, depois, colocar a culpa nela.
– Eu jamais colocarei a culpa em você. Por nada.

Tenho plena consciência de que estávamos brincando, mas eu queria que ela tivesse a certeza de que ela jamais seria culpada de nada em minha vida. Queria evitar que, assim como no caso da briga com o David, ela se sentisse responsável por algo que não era.

– Eu... eu preciso ir, Killian. Boa noite... e obrigada de novo. – ela disse simpática, soltando nossas mãos e adentrando o hotel.

Assim que terminei de vê-la entrar e entrei no carro, vi que ela havia esquecido seu notebook e pendrive no banco de trás. Peguei-os e fui em direção ao seu quarto para entrega-la. No fundo, eu sabia que eu queria mais que simplesmente lhe devolver seus pertences, eu queria vê-la novamente. Quando cheguei e estava me preparando para tocar a campainha, a porta se abriu.

– O que faz aqui? – ela perguntou, surpresa ao me ver.
– Você esqueceu suas coisas no carro. – disse entrando com meu notebook e pendrive em mãos, deixando-os na cama.
– Oh, era isso que eu estava indo fazer. – riu – Obrigada.
– Mas não foi só isso que você esqueceu.
– Não?
– Não.

Não resisti e puxei-a pela cintura e a beijei novamente. Dessa vez, porém, eu queria mais que um simples selar de lábios. Logo, demos início a um beijo repleto de desejo. Era incrivelmente satisfatório saber que ambos expressavam, pela entrega ao momento, a mesma vontade de querer mais. Quando comecei a acariciar as costas de Emma, ela se permitiu envolver suas mãos em meu pescoço. Após algum tempo, fomos cessando o beijo com diversos selinhos até que, por fim, encostamos nossas cabeças e ficamos em silêncio.

– Eu... me desculpa, Emma. – disse, por medo de sua reação. Eu senti sim que ela estava entregue ao beijo, entretanto, havia menos de uma semana que ela estava em Storybrooke e eu já havia a beijado duas vezes.
– Não.
– Não? – abri os olhos e a encarei, um pouco assustado com a resposta.
– Não há precisão.

Agradeço, previamente, aos deuses dos sentimentos confusos pela atitude de Emma que, dessa vez, puxou-me para a continuação do beijo. Encostei-a na parede, segurando suas mãos de forma delicada, pressionando meu corpo sobre o dela. O beijo se intensificava e, aproveitando isso, movi minhas mãos para sua nuca e cabelo, acariciando-os. Ela apoiava sua mão esquerda em meu abdome, enquanto a outra massageava e puxava meus cabelos. Eu precisava de mais, eu queria e desejava mais. Entretanto, ela parou o beijo subitamente.

– Isso... isso é errado. – ela disse, recuperando o fôlego.
– É um risco que estou disposto a pagar pelas consequências. – disse, aproximando nossos rostos novamente – Você não?

E foi então que o celular dela tocou.

Emma P.O.V

Meu celular havia tocado. Era um sinal, só podia ser. Eu estava prestes a me entregar para um cara que conhecia há poucos dias, seria o maior de todos os erros que eu poderia cometer. Aliás, o segundo maior... eu já havia passado pelo primeiro, com Neal. Entretanto, ao contrário das situações passadas, esse era um risco que eu estava disposta a cometer e pagar por todas as consequências. Eu, vergonhosamente, desejava Killian Jones de uma maneira inexplicável.

– Alô? – atendi sem conferir quem era. É difícil ter concentração com aqueles olhos azuis bem na sua frente, tudo bem?
– Oi minha filha!
– Oh, oi mãe! – disse sorrindo.
– Como vão as coisas? Você esqueceu de nos ligar não é?
– Eu sei mãe, desculpa... mas aconteceu tanta coisa! Eu vou bem.
– Tudo bem, querida. Conseguiu alguma coisa?
– Consegui algumas informações só, mas... – parei bruscamente minha fala ao sentir as mãos de Killian envolvendo minha cintura num abraço por trás, sentindo, ainda, aquela respiração forte em minha nuca.
– Mas...?
– Mas eu não posso falar agora, mãe. – disse firme, mas de olhos fechados tentando me controlar.
– Hmm, sei. Não está sozinha não é? – pude sentir claramente a malícia na voz de minha mãe.
– Não mãe, eu estou sozinha. – Killian soltou meu pescoço, o qual já distribuía alguns pequenos beijos, e fez uma careta do tipo “qual é?” – Eu só estou esperando um telefonema. Depois te explico.
– Tudo bem, juízo com o telefone ok?
– Mãe!
– Não disse nada. – ela riu. – Fique com Deus, minha querida. Amo você.
– Amém, fique a senhora também. Te amo. – desliguei, enfim, o celular.

Killian depositou mais um beijo em meu pescoço, fazendo-me arrepiar. Depois virou-me para retomarmos de onde havíamos parado, mas eu o interrompi, fazendo-o soltar um gemido de reprovação.

– O que há de errado? – ele perguntou.
– Já está tarde, Killian. É melhor você ir.

Ele fez uma cara triste, porém não questionou – o que eu achei maravilhoso. Prova perfeita de que Jones não era parecido em absolutamente nada com Neal. Ele poderia ter reclamado, me forçado ou insistido, entretanto, acolheu minha decisão mesmo contra sua vontade.

– Tem certeza que quer que eu vá?
– Não. – disse rindo. – Mas é preciso, amanhã vamos acordar cedo. – ele assentiu com a cabeça.

Acompanhei Killian até a porta e pude perceber o imenso desconforto que nós dois estávamos sentindo com a situação. Eu não sabia onde enfiava minha cara por ter interrompido, de novo, um momento com ele. E, suponho, que ele esteja se matando por dentro por ter duas tentativas falhas, além da sensação de vergonha que devo tê-lo causado. Quando abri a porta ele murmurou “boa noite” e sorriu delicadamente, virando-se para ir embora. Suavemente, fui atrás dele e encostei em seu ombro, chamando sua atenção.

– Ei! – disse. – Me desculpa.
– Pelo que, Swan?
– Por ter estragado tudo.
– Você não estragou nada. – sorriu sincero enquanto colocava uma mecha do meu cabelo atrás de minha orelha.
– Eu realmente não quero perder meu foco.
– Não sei se fico contente em saber que te faço perder o foco ou triste por já te conhecer suficientemente bem para saber que isso não é totalmente verdade.
– Seja paciente, por favor. – pedi quase num sussurro.
– Claro. Boa noite, Swan. – ele se aproximou e, quando já esperava por mais uma tentativa que provavelmente iria destruir todo meu autocontrole, Killian beijou-me na testa e foi embora.

Eram quatro horas da madrugada e eu não havia dormido direito. Quando eu conseguia dormir sempre sonhava com Killian e, permanecendo acordada, pensava nele. Eu estava me matando mentalmente por ter sido tão idiota e dispensá-lo. Eu poderia estar, agora, dormindo com ele, mas não estava nem com ele e nem dormindo. Perda dupla. No dia seguinte, antes de ir para a delegacia, planejava visitar Regina. Ela precisava me ajudar.

O sol nasceu, o dia começava e Emma Swan levantava da cama como um zumbi pela noite mal dormida. Tomei banho, troquei-me e fui correndo para a prefeitura, afinal, oito horas eu deveria estar na delegacia. Chegando lá, vi Regina estacionando o carro e fui em sua direção.

– Bom dia, Regina! – droga, odeio ter que dar bom dia antes das nove só para ser educada!
– Emma! Bom dia. – disse surpresa. – Aconteceu alguma coisa?
– Bom, sem querer abusar mas, talvez, já abusando... você me disse que se eu precisasse de algo eu poderia te procurar. – falava enquanto nós duas andávamos para a prefeitura.
– Oh sim, claro. Mas achei que você já tivesse resolvido tudo pela delegacia... com o Killian.
– Ah qual é, você também não!
– E o David. – ela fingiu completar uma frase “supostamente” interrompida, o que me fez rir. – Mas como eu posso ajudar, Emma?
– Eu queria ver se consigo algum documento do Graham, em especial relacionado aos pais dele.
– Eu posso ver o que consigo para você, Emma, mas já adianto que não deve ter muita coisa. Os pais de Graham faleceram tempos antes de ele vir oficialmente para Storybrooke.
– É exatamente isso que eu pretendo verificar.

Regina fez uma cara de quem não estava entendendo nada e, então, percebi que não a havia contado nada. Aliás, nessa semana em Storybrooke eu havia passado noventa por cento do meu tempo ao lado de Killian Jones. Passei longos minutos explicando para ela tudo o que havia acontecido.

– Eu... não sei o que dizer.
– Eu preciso da sua ajuda, Regina. Sei lá, qualquer coisa serve. Talvez se ele tivesse um carro, uma casa, um barco... eu poderia checar a forma de pagamento, de onde foi feita a transferência. Não sei.
– Você vê filmes demais. Mas, é uma boa ideia. Sabe... antes de morar com Killian e David, Graham tinha uma casinha próxima à floresta, posso tentar conseguir o contrato pra você.
– Seria incrível, Regina!
– Assim que tiver um retorno, peço Sidney para te entregar tudo bom?
– Claro! Estou trabalhando na delegacia todo dia, então, estarei lá caso encontre algo. Muito obrigada, de verdade.
– Imagina, Emma. – sorri em resposta e, quando já estava me retirando da sala, ela prossegue com a fala – E ei!
– Fiz algo errado?
– Vou sair amanhã com Mary Margareth, Ruby e Belle, se quiser ir com a gente...
– Oh, quero sim. Com certeza.
– Ótimo. – ela sorriu satisfeita com minha resposta – Vamos nos encontrar no Granny’s e, depois, vamos para uma boate. Gosta de dançar?
– Não muito. – ri.
– Bom, acho melhor aprender a gostar, caso contrário, vai ouvir meia hora de sermão da Belle sobre a importância da “noite das meninas”. – presumo que a última parte fora uma imitação sarcástica de Belle.
– Wohoo, noite das meninas! – fingi animação numa comemoração estranha qualquer, o que fez Regina rir.

Saí rapidamente da prefeitura, eram quase oito horas. Entrei correndo na delegacia e, ao entrar no escritório, trombei com Killian que, com o impacto, me segurou pelos ombros. Ficamos ali nos olhando por algum tempo até que ouvimos a voz de David.

– Ei, Kill-- Emma! Bom dia.
– Bom dia, David! – sorri.
– Killian, preciso daqueles papéis do caso do Leroy que você me prometeu. Anda logo, garoto! – brincou com ele, batendo alguns papéis em sua barriga, seguindo em direção à saída do escritório. Jones apenas sorriu em resposta enquanto mantinha seus olhos fixos em mim.
– Bom dia, Jones.
– Bom dia, Swan.

Ambos nos aproximamos, mas não dizíamos nada. Eu estava entrando em desespero por não saber como agir ou o que falar com ele. Senti, por um momento, que ele iria me cumprimentar com um beijo na bochecha ou um abraço mas ele parecia mais desnorteado que eu. Por fim, quando ele decidiu se aproximar mais, meu celular tocou. Olhei no visor: mãe.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpem se tiver algum erro, mas enfim, espero que gostem! Comentem