Depois de desfazer o abraço com Seu Barriga, o mesmo o convida para almoçar em sua casa.

–Claro que sim Seu Barriga. Muito Obrigado.- disse ele.

Então, Nhonho e Chaves foram até a cozinha enquanto Seu Barriga os servia, fazia tanto tempo que Chaves não fazia qualquer refeição na casa do Seu Barriga que chegava até a ser emocionante pra ele estar de volta. Enquanto conversava com Chaves durante o almoço, Nhonho e Seu Barriga torciam pra que ele não devorasse toda a comida que tinha lá, mas Chaves soube se conter e comeu normalmente.

Enquanto isso, lá na praça, Mário e Marcelina estão lá, juntos, sozinhos, namorando, longe de tudo e de todos.

–Marcelina, tem alguma coisa que você ainda não fez e gostaria muito de fazer?- perguntou ele.

–Bom, tem algumas, por quê?

–Porque como um bom namorado que eu sou, estou querendo ajudar a realizar pelo menos um.

–Ai, que fofo. Mas não precisa.

–Precisa sim. Eu acho muito triste quando uma pessoa vai embora e não consegue fazer as coisas que tanto queria fazer. Minha mãe por exemplo, queria fazer tantas coisas e não conseguiu.

Marcelina notou o quanto Mário ficava triste ao falar de sua mãe e o abraçou, sem ter o que falar, mas de qualquer modo, o importante é que agora os dois estavam ali, sozinhos e felizes. Mas será que Mário vai mesmo ser capaz de fazê-la realizar todos os seus desejos?

No dia seguinte, todos os alunos estavam ansiosos para mais um dia de aula, a primeira foi a Professora Helena.

–Bom dia crianças. Hoje vamos ter um trabalho em quarteto que vai valer nota pra matéria de História.- ela disse.

–Mas o Professor Girafales não dá aula de História?- perguntou Chiquinha.

–Sim, mas eu e ele fizemos um consenso para conferirmos melhor o desempenho de vocês e da relação que vocês têm um com o outro. Bem, eu vou colocar nesses papéis aqui, os grupos, pois farei um sorteio.- completou ela. As crianças odiavam sorteios pois na maioria das vezes não caía em quem eles queriam, apesar de todos serem muito amigos.

Por fim, depois de uma longe espera, os grupos saíram e a professora anunciou:

Grupo 1: Chaves,Nhonho,Jaime e Laura.

Grupo 2: Paulo e Alícia.

Grupo 3: Chiquinha,Pópis e Paty.

Grupo 4: Maria Joaquina e Daniel.

Grupo 5: Bibi,Margarida e Carmen.

Grupo 6: Jorge,Quico,Godinez e Cirilo.

Grupo 7: Davi e Valéria.

Grupo 8: Mário e Marcelina.- ela disse e todos bateram palmas, pois pela primeira vez, deu o resultado que eles esperavam. - Esse trabalho terá uma semana pra ser feito tá? Poderão me entregar até a semana que vem. Agora vamos à aula.

De tarde, Chaves,Laura,Jaime e Nhonho concordaram em fazer o trabalho na casa de Jaime, então eles levaram tudo que puderam para casa e Jaime aproveitou pra mostrar sua casa aos amigos.

–Gostei. Simples, mas organizada.- disse Nhonho.

–Obrigado.- respondeu Jaime.

Depois de apresentar a casa, apresentou os amigos aos pais e então foram almoçar. Mas Chaves, Nhonho e Laura comeram tanto quanto o Jaime, porque encheram seus pratos e ainda quiseram mais, porém, como Heloísa e Rafael estavam olhando pra eles com uma cara de impressionados e Jaime, que já estava acostumado com aqueles olhares, parou, pois sabia o que aqueles olhares significavam. Depois Chaves, Nhonho e Laura perceberam o olhar sobre eles e fizeram cara de satisfeitos.

–Tava muito bom viu Dona Heloísa?- disse Nhonho.

–Obrigada Nhonho.- disse Dona Heloísa, ela adorava quando alguém elogiava sua comida.

Depois, os quatro foram até o quarto jogar futebol no vídeo game de Jaime e depois começarem o trabalho.

Enquanto isso, Paulo e Mário estão voltando pra casa e Mário está andando com um pouco mais de pressa.

–O que foi Mário, por quê está andando rápido assim?- perguntou Paulo.

–Nada, é que eu tô tão ansioso pra fazer esse trabalho.

–Por quê?

–Porque é sobre algo que eu gosto em História.- mentiu ele.

–Você odeia História.

–Quem disse?

–Você me disse.

–Bom, mudei de ideia.

E ele entrou em casa, deixando Paulo desconfiado. Tudo bem que o Paulo também estava animado com o trabalho também, pois isso o deixaria próximo à Alícia, seu amor secreto, mas ele jamais confessaria para não perder sua pose de machista, mas preferiu deixar pra lá, se ele continuasse perguntando algo a Mário, teria acabado em confusão, então, foi pra casa.