Carrossel - Novas Aventuras escrita por matheus153854, Gabriel Lucena
Notas iniciais do capítulo
Fala gente, é o Gabriel quem está postando agora pois o Matheus não tá muito bem.
Boa leitura!
Após terem comido todas as frutas, Mário e Marcelina ficaram novamente com frio, a chuva só aumentava e a floresta cada vez mais escurecia.
— Mário, eu tô com medo e com frio. - disse Marcelina, tremendo.
— Não precisa ter medo, estou aqui com você. - falou Mário, a apertando forte.
— Eu sei, do seu lado já me sinto segura. - ela sussurrou olhando para a floresta.
Logo, uma árvore caiu próxima à entrada da caverna e Mário teve uma ideia, com o galho que havia usado para derrubar as frutas das árvores, cortou as folhas da árvore que havia caído e juntou uma na outra até formar uma espécie de cobertor que dava para os dois se cobrirem, já que a folha era muito grande e grossa.
— Mário, esse chão é muito duro. - sussurrou ela, tremendo.
— Usa o seu casaco como travesseiro e eu uso o meu.
Então Marcelina fez isso e por fim, depois de muito esforço, ela conseguiu dormir, porém, Mário teve que ficar acordado. Mesmo sabendo que dificilmente o Seu Campos e os outros sairiam em busca de resgate deles, mas vai que talvez alguma coisa acontece, de repente eles podem ter decidido ir assim mesmo, pois Seu Campos jamais permitira crianças perdidas e em perigo no seu acampamento. Pode ser que eles busquem eles naquela noite, ou durante a chuva, mas quando parasse a chuva ou durante o dia, com certeza eles buscariam eles, só precisavam tomar cuidado e esperar.
Depois de muito tempo ali, tentando encontrar seus dois queridos alunos desaparecidos, Seu Campos continuou procurando com sua lanterna, até que ouviu um barulho atrás de si.
— Alguma coisa me pegou! - gritou Carmen.
— Calma Carmen, só eu o Jaime. É que eu escorreguei aqui e pra me equilibrar tive que segurar você. - disse ele se levantando.
— Puxa Jaime, que susto.
— Já passou, vou tomar mais cuidado agora.
Andaram por mais alguns minutos até que Paulo bateu a cabeça num galho.
— Você tá bem Paulo? - perguntou Alícia.
— Estou, só minha cabeça que dói. - respondeu ele, tirando o galho quebrado da cabeça e passando a mão.
— Sangrou?
— Acho que não.
Alícia passou a mão na cabeça de Paulo e realmente não havia sangrado, porém, isso foi o suficiente pra Seu Campos perceber que aquele resgate estava ficando perigoso e poderia ficar pior se continuassem, era melhor pararem.
— Crianças, por favor, eu sei que querem muito resgatar os amigos de vocês, mas vamos ter que ficar calmos, senão não vamos conseguir e teremos que continuar amanhã. - Seu Campos falou alto por causa do barulho alto da chuva forte nas árvores.
— O quê? Mas se eles estiverem em perigo agora? Como eu posso ficar calmo sabendo que existe a possibilidade da minha irmã estar em perigo? - devolveu Paulo no mesmo tom.
— Eu sei, mas depois do Jaime ter escorregado quase derrubando a Carmen e de você ter batido a cabeça na árvore, eu acho perigoso, nós é que não poderemos sair vivos daqui se continuarmos o resgate numa situação dessas. A gente continua amanhã. Eu prometo.
Mesmo após isso, os protestos dos alunos foram suficiente para que Seu Campos, Alan, Seu Madruga e os outros concordaram em continuar com a busca e continuaram com o mesmo caminho que pegaram, sem desconfiarem que a caverna onde Mário e Marcelina se escondiam estava apenas a alguns metros de distância deles, mas devido à escuridão, nem eles e nem Mário conseguiram se ver.
Depois de algum tempo, todos decidiram descansar e esperar a chuva passar, mas Paulo não conseguiu se acalmar. Estava inquieto. Estava muito preocupado com os dois.
— Alícia? - chamou ele ao ver a menina sentada no pé de uma árvore.
— Ainda preocupado Paulo? - perguntou ela preocupado ao ver o rosto abatido do amado.
— Não consigo relaxar sabendo que minha irmã está perdida no meio dessa floresta.
— Mas ela não está sozinha e o Mário não vai deixar nada de mal acontecer à ela.
— Mesmo assim eu fico preocupado, os dois podem estar passando fome, frio, correndo perigo juntos. Se você tivesse uma irmã ou um irmão caçula, você saberia do que estou falando.
— Tudo bem Paulo, eu entendo o seu desespero. Mas agora só o que podemos fazer é rezar e esperar até a chuva melhorar pra irmos resgatar eles, a chuva até está mais fraca.
— Tá bom, vou tentar.
Então Paulo sentou-se ao seu lado dobrando os joelhos, abraçou os mesmos e colocou a cabeça entre as pernas. Alícia então o abraçou e ficaram lá por todo o tempo, até quando Seu Campos novamente convocou todos para a busca pelos dois.
— Sorte que agora não está chovendo tanto, assim fica mais fácil de encontrar.- disse ele.
Retornando a busca, todos fizeram o mesmo caminho de antes, agora mais iluminado, ficava melhor e rapidamente eles chegaram no mesmo lugar de onde pararam. Foi quando eles viram a caverna. Então se aproximaram um pouco mais, pois tinha uma árvore caída atrapalhando o caminho. Quando a retiraram, viram dois corpos na caverna. Mas pareciam corpos familiares, seriam eles?
Chegando um pouco mais perto, Paulo deu uma rápida olhada e logo viu que eram duas pessoas.
—Vem Alícia, precisamos saber quem são. - disse Paulo puxando Alícia enquanto tomava a dianteira do grupo.
Seu Campos ainda tentou impedi-los, mas Paulo saiu bem rápido e não deu pra segurá-lo. Quando chegou mais perto, Paulo sem medo entrou na caverna e logo reconheceu eles.
— Eu achei, estão aqui!! - gritou ele, assustando Mário e Marcelina, que se levantaram assustados.
— Amiga, tava com tanta saudade de você. - disse Alícia, apertando Marcelina, que retribuiu.
— Nem me fale amiga, tava com tanto medo de não nos encontrarem. - sussurrou Marcelina, chorando de emoção.
— Vamos, temos que voltar logo. - disse Seu Campos, puxando eles de volta.
Ao chegarem de volta para o acampamento, Mário e Marcelina foram enrolados em cobertores secos e quentes, a lareira foi ligada e lhe deram uma caneca de chocolate quente.
— Como foi que vocês foram parar lá? - perguntou Seu Campos.
— Desculpa Seu Campos, mas é que estávamos muito entendiados e decidimos dar uma volta, só que a gente acabou se empolgando com o passeio, saímos da trilha do primeiro dia e nos perdemos indo parar lá. - explicou Mário numa tacada só.
— Não sabe o quanto ficamos preocupados com vocês. - disse Alan.
— Eu entendo, desculpem. Isso não vai acontecer de novo. - jurou Marcelina.
— Nós entendemos. - disse Alan.
— O que vocês fizeram para sobreviverem lá? - perguntou Alícia.
Então Mário contou tudo desde o início, quando ficaram presos na floresta devido à chuva que caiu e logo em seguida até serem encontrados, deixando todos surpresos.
— Então gente, que tal comemorarmos o resgate desses dois? Passaram por muita coisa. - sugeriu Seu Madruga.
— Uma boa ideia Seu Madruga. - sorriu Seu Campos.
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Até o próximo!