Carrossel - Novas Aventuras escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 71
Capitulo 71


Notas iniciais do capítulo

Fala aí galera, Matheus está de volta na área com mais um capitulo, boa leitura!



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No dia seguinte, após aquela festança que fizeram para Alícia e Marcelina, todos estavam descansando para começaram o dia seguinte já com bastante disposição, pois teriam provas novamente no dia seguinte. No entanto, Mário acordou um pouco mais cedo aquela manhã, nem ele mesmo sabia o motivo de ter acordado cedo. Mas, assim que acordou, logo foi lavar o rosto, escovar seus dentes e rumou para o refeitório pra tomar seu café da manhã. 

Enquanto ele tomava café, Marcelina acordou para ir ao banheiro e quando voltou ao quarto, deitou na cama e não sentiu mais sono, a vontade de dormir havia passado. Ela apenas ficou deitada de costas na cama sorrindo, se lembrando da sua festa de aniversário feita por Mário e Paulo, com ajuda dos amigos. Foi um momento único pra ela, por isso ela ficou lá, sorrindo bobamente. Depois de algum tempo ali, pensando na festa, percebeu que não poderia voltar a dormir e decidiu levantar da cama. Ao sair do quarto, Mário saiu da cozinha e foi pra varanda, sentou-se no alpendre da cabana e ficou lá, olhando para o acampamento esperando a hora de Seu Campos chamar a turma para mais uma prova. Assim que Marcelina chegou na cozinha, pegou uma maçã e saiu, também na intenção de ficar esperando do lado de fora da cabana.

Assim que saiu, viu Mário sentado no alpendre e tapou seus olhos com as mãos.

— Adivinha quem é? - ela sussurrou tentando mudar a voz.

— É o grande amor da minha vida. - disse Mário, sorrindo.

— Bolas, acertou. - riu ela e logo se sentou do lado dele.

— O que está fazendo acordada tão cedo?

— Ah, só acordei pra ir no banheiro e perdi o sono. E você?

— Eu não sei, simplesmente levantei pra beber água e perdi o sono. 

— Por quê? Tem algo te incomodando?

— Não. É que eu simplesmente perdi o sono, mas nem eu mesmo sei o porquê.

— É, porque depois da festa de ontem, o normal seria que nós dormíssemos até mais do que costumamos.

— Pois é. Mas deixa isso pra lá, vamos dar uma volta pelo campo antes que Seu Campos acorde todo mundo?

— Vamos sim. Deixa só eu pegar meu casaco, tá meio frio hoje.

— Tá mesmo, vou pegar o meu também. - concordou ele.

Quando já estavam agasalhados, deram as mãos e foram caminhar pelo acampamento. Mário pensou em ir para a cachoeira que tinha na trilha novamente, mas ela ficava muito longe e eles não conseguiriam ouvir quando Seu Campos chamasse eles pra voltar. Assim que já estavam no meio da floresta, depois de uns dez minutos de caminhada, Mário viu uma flor de cor amarela presa numa árvore e a arrancou.

— Pra você Marce. - ele disse sorrindo.

— Ai, obrigada Mário. - ela sorriu largamente e lhe deu um beijo.

— Vamos voltar agora? Ou quer andar mais um pouco? - ele perguntou ao se separarem.

— Ah não, vamos ficar aqui mais um pouco. Sabe, eu adorei essa parte da floresta, essas flores, os pássaros, a cachoeira ali no fundo, parece que o acampamento tem um portal que leva para um outro mundo onde só reina a paz.

— Tem razão. 

Após dizer isso, Mário sentou-se com as costas apoiadas no tronco da árvore de onde havia tirado a flor e Marcelina sentou-se no colo dele. Ele aproveitou então para envolver seus braços na cintura dela e ela acariciou eles com as mãos.

— Acho que é isso que eu mais gosto aqui nesse acampamento. - disse Mário - Essa calmaria toda é algo que nós estamos precisando.

— Com certeza. Ás vezes me pergunto se seria tudo calmo assim se não existissem prédios e fábricas, apenas chalés e cabanas. - sorriu ela.

— Tudo seria bem melhor né? 

— Seria mesmo. 

Ficaram ali por um tempo, admirando a paisagem à frente deles, até que puderam perceber que já estava começando a chover, precisavam voltar o mais rápido possível.

— Vamos? Depois a gente volta aqui. - disse ele.

— Claro, vamos sim. - ela disse, forçando um sorriso. Obviamente ela queria ficar mais tempo ali com ele e estava frustrada por ter que sair de lá, mas foi assim mesmo. Se levantaram e começaram a caminhar de volta ao acampamento.

Quando já haviam andado alguns metros, Mário ficou confuso e parou olhando em volta.

— O que foi Mário? Ouviu alguma coisa? - perguntou Marcelina.

— Não, é que... eu agora me confundi o caminho. Não tinha essas árvores aqui quando nós viemos. - ele apontou para um conjunto de árvores finíssimas que mais pareciam bambus. Aquilo não tinha lá quando eles foram caminhando pela outra direção.

— É mesmo, não tinha. Será que pegamos o caminho errado? - indagou Marcelina.

— Só pode ter sido isso né? Mas é estranho, eu tinha certeza que estávamos indo pelo lugar certo.

— A gente deve ter se confundido, estávamos conversando animados, talvez a gente tenha errado. 

— É, tem razão. Vamos de novo.

A intenção de Mário era que eles voltassem ao lugar de onde haviam saído pra poderem voltar pelo caminho que fizeram, só que dessa vez prestariam mais atenção ao voltarem. Mas não foi isso que aconteceu, devido à chuva que caía, novamente eles pegaram o mesmo caminho da floresta e apareceu de novo as árvores finas. Sendo assim, o jeito era continuar indo, talvez eles tenham se distraído conversando enquanto estavam indo para o meio da floresta. Continuaram então a caminhar, mas o caminho começou a ficar estranho, começaram a aparecer pedras lisas que com a água da chuva, ficavam escorregadias, as árvores estavam maiores, deixando tudo mais escuro e sombrio.

— Ai Mário, eu tô com medo. - disse Marcelina.

— Calma Marcelina, podemos estar perdidos, mas eu estou aqui com você. - ele disse abraçando ela forte. A garota, de tão assustada, apertou ele com tamanha força que até deixou ele preocupado, tremia de ranger os dentes, mas ela estava agasalhada, então não era de frio, era de medo, o que o deixava mais preocupado ainda.

Enquanto isso, no acampamento, Paulo foi o primeiro a acordar e viu que Mário não estava em sua cama. No primeiro instante, ele pensou que o amigo poderia estar no banheiro, mas ao ir pra lá, percebeu a porta do mesmo estava aberta, talvez ele pudesse estar na cozinha. Então Paulo foi para o banheiro, escovou seus dentes e saiu do banheiro indo pro refeitório. Quando ele chegou, percebeu que tinha muitas pessoas ali e se sentou ao lado de Alícia.

— Oi Alícia. - ele disse.

— Oi Paulo - ela disse.

— Será que vamos ter provas hoje? Parece que está chovendo.

— Com certeza não, meu vô nunca dá provas em dias de chuva.

— Mas pode passar a chuva né? 

— Sim, pode. Mas se não passar... Enfim, você viu sua irmã por aí? 

— Não, por quê?

— Acordei e ela não estava no quarto. Pensei que estivesse no banheiro, mas não está lá e nem na varanda.

— Estranho, o mesmo aconteceu com o Mário, ele não estava no quarto nem em lugar nenhum.

— Então, eles podem estar juntos né? 

— É possível.

— Mas nessa chuva? Eles podem pegar um resfriado e meu vô pode sair prejudicado.

— Nem fale nisso. Não quero nem pensar se algo acontecesse à eles.

— Do que estão falando? - Perguntou Cirilo, se aproximando.

— Nada Cirilo, é que a Marcelina e o Mário desapareceram, só que lá fora tá chovendo. - respondeu Paulo.

— Temos que avisar o Seu Campos. - disse Cirilo.

— Vamos gente, quem sabe ele pode nos ajudar. - disse Daniel, já se levantando da mesa. Todos os meninos foram para o escritório do Seu Campos, onde ele e Alan tomavam café esperando a chuva passar.

— Vô! Vô! Abre a porta! - pediu Alícia, desesperada.

— Está aberta, pode entrar. - pediu Alan.

Todos entraram na sala ofegantes.

— Crianças, o que houve? Por quê esse desespero? - indagou Seu Campos, assustado.

— É que nós acordamos hoje e já estava chovendo, então percebemos que Mário e Marcelina sumiram, não sabemos onde estão. - disse Margarida.

— Será que esses dois estão juntos por aí? - indagou Luiza.

— Só pode né? Para os dois sumirem juntos assim. - disse Cirilo.

— Isso é tão romântico. Os dois juntinhos numa floresta linda como essa. - disse Laura.

— Dessa vez acho que Laura tem razão, os dois devem ter saído sozinhos pra dar uma volta. - concordou Adriano.

— Então o que a gente faz, porque é perigosa com uma chuva dessas? - perguntou Chaves.

— Tem razão Chavinho, vamos ter que fazer um grupo de busca pelo campo imediatamente. - ordenou Seu Campos.

— Exatamente, eu concordo. Vamos nos dividir: o time laranja vem comigo e o time roxo vai com ele. - pediu Alan e todos concordaram.

— Só espero que eles estejam bem. Marcelina é minha irmã e Mário é meu amigo. - disse Paulo.

— Fique calmo Paulo, o Mário ama a Marcelina e se ele estiver com ela, vai protegê-la. - falou Alícia.

— É, mas o que será que levou esses dois a saírem assim, do nada? - indagou Seu Campos.

— Também não faço a mínima ideia. - respondeu Alan.

— Escute Alan, vamos iniciar uma busca dos dois pela floresta e encontrá-los. Não podemos deixar eles perdidos por aqui, por mais que essa mata não seja perigosa.

— Tudo bem, vamos logo gente. - disse Alan, já pegando os equipamentos de busca deles.

— Ótimo. Só espero que eles estejam bem e seguros.

— Calma Paulo, vai dar tudo certo. - disse Alícia, pegando as mãos de Paulo para acalmá-lo.

Após tentarem várias vezes achar o caminho de volta e não conseguirem, Mário decidiu que lá no meio da floresta não seria seguro.

— Marcelina, ali tem uma caverna, vamos pra lá, pode ser mais seguro. - sussurrou ele.

— Sim, vamos.- ela sussurrou de volta.

Tomando muito cuidado por causa das pedras, os dois foram caminhando lentamente até a caverna, onde eles entraram, mas aparentemente, não parecia ter nenhum bicho perigoso lá dentro, como morcegos, ursos ou algo do tipo. Sentaram no canto da caverna um pouco afastado da entrada e Marcelina o apertou forte deitando a cabeça em seu peito. O coração do garoto batia rápido, pois ele também estava com medo de estar perdido na floresta, mas ele estava sendo corajoso e determinado para protegê-la. Os dois agora tremiam de frio por terem pegado chuva, com certeza também eles poderão começar a espirrar em pouco tempo. E caso fossem encontrados, teriam que dar uma boa explicação para Seu Campos por terem sumido sem avisarem. Por isso, ele a apertou forte também e ficou de olho para ver se aparecia algo ou alguém que pudesse os ajudar a voltar, nem que isso demorasse tanto.


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Notas finais do capítulo

Por hoje é só galerinha, até o próximo!



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