A festa estava bastante animada naquele acampamento, todos riam e se divertiam conversando animadamente.

—Ei, que tal uma pichorra pra animar? - sugeriu Seu Madruga.

—Pichorra, ótima ideia. - disse Seu Campos - Mas vou precisar de ajuda.

Então, Alan e os adultos foram ajudar Seu Campos a fazerem a tal pichorra, enquanto as crianças se divertiam. 

—Sabe de uma coisa Paulo? Hoje você me surpreendeu com essa festa. - disse Alícia.

—Por quê? - perguntou ele confuso.

—Porque você nunca foi dessas coisas, achei que você só fosse me dar parabéns ou algum presente daqueles que eu gosto, mas me surpreendeu com uma festa dessa.

Ambos riram.

— É né? O amor muda a gente. - falou Paulo - E todo o esforço pra fazer isso aqui valeu muito a pena.

—Valeu sim, acertou em tudo, tá quase perfeito. - riu ela.

—Quase? O que está faltando? 

—Meu presente.

—Ah, então isso eu já tenho aqui.

—E cadê?

Assim, Paulo puxou a cintura de Alícia e a beijou com paixão, a mesma retribuiu segurando sua nuca. Enquanto isso, entre Mário e Marcelina, não estava sendo diferente de todos.

—Amei essa festa viu Mário? - disse ela.

—Sabia que você ia adorar, mas também tem que agradecer às meninas que ajudaram a enfeitar tudo. - sorriu ele.

—Já agradeci, mas tenho que agradecer mais pra você. 

—Não, não precisa. 

Assim, Mário segurou o rosto dela e a beijou, assim como ela retribuiu puxando sua cintura. O que eles não sabiam, é que enquanto ficavam lá, trocando juras de amor, Chaves, Nhonho, Jaime e Laura olhavam os docinhos.

—Ah gente, vamos lá, é só alguns. - disse Chaves.

—É gente, apenas alguns docinhos não vai fazer diferença. - concordou Nhonho.

—Então tá bem, só pegar uns três ou quatro não custa nada né? Vamos lá Laura. - disse Jaime, se levantando.

—Vamos. - Laura disse, também se levantando.

A princípio, quatro concordaram com a ideia de pegar só uns três ou quatro, quando pegaram, já iam se virar para voltarem pra onde estavam sentados quando olharam mais uma vez para a bancada de doces e se entreolharam, como se estivessem um encorajando ao outro de pegarem mais doces. No começo, tentaram resistir, fecharam seus olhos tentando voltar, mas na segunda vez, correram juntos em disparada para a mesa onde estavam os doces e começaram a devorar. Esqueceram completamente dos outros que estavam na festa.

—Gente, eu tô indo pegar mais doces, quem quer? - disse Maria Joaquina.

—Eu quero. - todos os outros disseram juntos e se levantaram.

Quando ouviram os passos dos amigos chegando, Jaime chamou os amigos pra se esconderem debaixo da mesa, para não serem vistos e todos perceberem que foram eles quem comeram todos os doces.

—Ah, não é possível! - exclamou Maria Joaquina.

—O que foi? - perguntou Daniel.

—Quem pode ter sido o esfomeado que pegaria tantos doces? - exclamou Jorge.

—Uma coisa é certa, não foi só uma pessoa não. - corrigiu Carmen.

—Sim, mais de uma pessoa, um grupo que vieram aqui e comeram tudinho. - disse Quico.

—Temos que alertar o Seu Campos sobre isso. Pode ter sido um bando de ratazanas que entraram aqui. - rebateu Jorge.

—Claro que não foi, se tivessem ratos aqui, acha que pelo menos o Alan teria percebido e mandado sintetizar a casa toda? - resmungou Kokimoto.

Naquele momento, finalmente a pichorra ficou pronta, então Seu Campos chamou todos na sala pra brincarem.

—Quem quer brincar de pichorra e ganhar uns docinhos? - ele disse, animado e todas pularam de alegria indo em direção à sala. Quando eles sumiram de vista, Nhonho, Chaves, Laura e Jaime saíram do esconderijo.

—Ufa, essa foi por pouco. - falou Jaime.

—Já sabem que foram a gente. - lamentou Nhonho.

—Não entendo porquê eles desconfiam até de mim, eu sou bem magrinho e não mais um morto de fome. - disse Chaves.

—Tá chamando a gente de gordos? - Laura intimidou.

—Não, mas bem que vocês são sim. - Chaves debochou.

—Ah, agora você vai ver o que acontece com quem me chama de gordo. - Jaime esbravejou, partindo pra cima de Chaves, que saiu correndo desesperado para a sala, onde encontrou todos.

—Ah, aí estão as que faltavam. - disse Seu Campos - Venham, essa brincadeira é legal!

Jorge e Quico olharam para os quatro chegando na sala, mas preferiram não perguntar o motivo da cara deles, pois não queriam estragar o clima de felicidade.

—Quem quer ser o primeiro? - perguntou Seu Campos.

Todos se entreolharam fazendo essa mesma pergunta: quem começava?