Carrossel - Novas Aventuras escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 7
Capitulo 7


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoal, sou eu Matheus denovo com mais um capitulo, boa leitura!



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Algum tempo depois, na hora do recreio, Mário estava sentado no banco do pátio com Paulo e Chaves enquanto conversavam e em certo momento, Paulo foi fazer uma pergunta para Chaves, ele olhou para o outro lado do pátio por acaso e viu que Marcelina não parava de olhar para ele com um sorriso enorme, não olhava direto claro, mas ela olhava muitas vezes, como se lutasse para desviar o olhar e não conseguisse.

–Será que ela já viu a carta?- ele perguntou a si mesmo.

–O que foi Mário?- perguntou Paulo.

–Nada, é que eu estava só me perguntando se uma garota que eu gosto pode ter visto a carta que eu deixei no armário dela.

–Que garota?

–Uma que você não conhece, mas é do nosso colégio.

–Então eu conheço. Sou amigo de todos aqui do colégio.

–E por acaso você é popular ou pegador pra conhecer todas do colégio?

–Ah tá bom, você me pegou, mas por quê não quer me contar?

–Porque prefiro contar só quando souber se ela gosta de mim ou não.

–Então tá. Vou ali comprar um suco e já volto.

Então, assim que Paulo se afastou, Mário já foi logo contando ao Chaves o que ele tinha pensado em voz alta.

–E ela viu a carta?- perguntou Chaves.

–Não sei, só sei que ela está me olhando como se tivesse visto sim. Olha.- respondeu Mário.

Foi quando os dois viram que Marcelina ainda permanecia sorrindo, mas escondendo o olhar o tempo todo, ela pode sim ter visto.

Os dois ficaram ali mais um tempo até que Paulo chamou Mário pra lhe ajudar a comprar o refrigerante na cantina, pois seu dinheiro não ia dar. Nisso, Marcelina rapidamente foi até Chaves.

–O que o Mário estava falando com você?- perguntou ela.

–Sobre uma carta que ele escreveu.- respondeu ele.

–Então fala pra ele que quero conversar com ele sobre a carta. Você faz isso por mim?

–Claro, pode deixar.

–Obrigada.

E saiu em disparada porque na hora em que ela disse isso, Mário e Paulo estavam voltando, mesmo assim, Mário evitou falar no assunto, mas Paulo quis saber:

–O que ela queria?- perguntou Paulo.

–Ah, só veio me pedir pra falar com a Maria Joaquina que ela quer contar uma coisa pra ela na saída.- mentiu Chaves e Mário respirou aliviado.

–Que coisa?

–Não sei, ela não quis me dizer o que era.

–Tá bom.

Depois disso, o sinal tocou e Mário foi percebendo, aos poucos, que Chaves era mais amigo do que aparentava ser. Ele realmente soube mentir bem para o Paulo, embora ele desconfiasse disso, mas mesmo assim, Paulo não descobriu nada. Porém, Mário soube que essa "amiga" era ele, mas ele estava com medo de encontrar sua amada na saída porque não sabia que ela sentia o mesmo por ele. E se ela lhe dar um fora? Ou simplesmente levar risada? E se ela terminar a amizade com ele? Eram perguntas que ele não sabia responder e por isso morria de medo de enfrentá-la. Mas uma outra coisa que o incomodava era como a Marcelina sabia que era ele se ele não colocou seu nome, era uma carta anônima. Mas isso ele pode perguntar depois.

Enquanto Mário ficava com suas dúvidas, Marcelina e Chiquinha conversam na sala:

–Quer hoje ir lá na vila onde eu moro?

–Pra conhecer? Claro que quero.

–Então tá, vamos direto da saída da escola pra lá. Se quiser, pode pedir sua mãe primeiro.

–Tá bom.

Depois, Marcelina ligou pra sua mãe e ela deixou, então ficou combinado que as duas iriam à vila. Sendo assim, elas decidiram esperar Chaves e Mário saírem da escola pra que pudessem ir juntos até a vila e também para que Marcelina pudesse conversar com Mário sobre a carta, mas acontece que Mário, ainda com medo, preferiu sair antes de Marcelina, ele arrumou todo seu material bem depressa e saiu da sala antes dela, só que Marcelina não percebeu por estar distraída conversando com as amigas. Então, ele foi direto até a vila do Chaves porque sabia que Marcelina não conhecia, então foi se esconder lá pelo menos até Marcelina enjoar de ficar ali, parada na porta de saída. Ele ficou lá por alguns minutos sentado na escada até que viu Marcelina entrar com Chiquinha.

Quando ele viu as duas entrarem, tentou sair de fininho, mas Quico viu e, desconhecendo a situação, disse:

–Mário, o que você tá fazendo aí se escondendo na escada?

Marcelina se virou e viu Mário com uma cara de poucos amigos pelo Quico ter dedurado ele.

–Gente, me dão licença pra eu conversar a sós com o Mário?- perguntou Marcelina.

–Claro.- disse Quico e os três foram para o pátio de trás.

Mário finalmente desceu as escadas e ficou de frente pra ela.

–Oi Marcelina.- ele disse, timidamente.

–Oi.- ela começou, mais firme que ele. - Eu vim aqui pra falar sobre a carta que encontrei em meu armário.

–Sério? Que bom, isso é sinal que tem alguém que gosta de você.

–Mário, não precisa disfarçar, eu sei que a letra era sua.

Ele ficou chocado.

–M-mas como?- ele gaguejou.

–Lembra do trabalho em dupla que fizemos? Que você estava escrevendo um trecho e eu elogiei sua letra?

–Lembro, mas...

–Pois eu nunca esqueci a sua letra, de tão bonita que eu achei. Então quando eu vi a carta, fiquei em dúvida se era mesmo a sua ou não, por isso fui até a sala, olhei seu caderno e comparei as letras e descobri que era sua.

–Ah tá. Puxa.

–Mas por quê você está evitando tanto falar disso?

–Marcelina eu... não quero levar um fora seu, só isso.- ele confessou, cabisbaixo.

–Mário, eu não vou te dar nenhum fora. Eu jamais te daria. Eu também te amo.- ela disse segurando o rosto do garoto com as mãos, fazendo-o a olhar nos olhos. Foi quando ela viu um brilho nos olhos dele ao dizer isso.

–Sério?

–Sim Mário, eu te amo como nunca amei ninguém desde o terceiro ano.

–E por quê você nunca me contou?

–Pelo mesmo motivo que você.

–Quites então.- os dois riram.

_Quites.

Depois que pararam de rir, foram aproximando seus lábios um do outro bem devagar, até que finalmente aconteceu o beijo. Um beijo de amor, como qualquer adolescente. Mário se sentiu nas nuvens quando a beijou e Marcelina também, eles mal começaram e Chaves, Quico e Chiquinha começaram a aplaudir e assobiar.

Então Marcelina disse, quase implorando:

–Por favor gente, não contem isso pra ninguém.

–Ué, por quê?- perguntou Chaves.

–Achamos melhor não contar nada ainda porque não temos certeza de qual vai ser a reação dos outros, principalmente a do Paulo. Então acho melhor, por precaução, não falar nada ainda.- disse Mário.

–Tá bom então.- concordou Quico.

Então Chaves, Quico e Chiquinha chamaram Mário e Marcelina pra conhecer o resto da vila.

–Mário, você me promete uma coisa?.- pergunta Marcelina antes que fossem conhecer o resto da vila.

–O quê?.- diz Mário.

–Você promete não aprontar mais com os outros, principalmente o Cirilo?.- disse Marcelina.

–Eu prometo.- disse Mário e os dois sorriem um para o outro.

Antes que eles fossem conhecer o resto da vila, Jurandir está levando Jaime para a vila mais uma vez e ele vem comendo uma banana que estava saboreando desde a garagem de Rafael. No entanto, quando ele joga a casca de banana fora, estava conversando com Jaime e não vê que Dona Florinda está estendendo roupa no varal, então ele joga e Dona Florinda não vê a casca, volta em direção à sua casa e escorrega nela. Quando ela cai, vê Jurandir comendo o último pedaço da banana e percebe que foi ele.

–Que bonito hein?- diz ela.

–Falou comigo?- perguntou Jurandir.

–Não te contaram que aqui no pátio não se pode jogar casca de banana porque as pessoas podem escorregar?

–Quem escorrega em casca de banana é trouxa. Trouxa o bastante para não desviar da casca, não é mesmo?

–Ui, agora você vai ver só!

Jurandir acabou percebendo que Dona Florinda havia escorregado na casca de banana e por isso estava o repreendendo e por isso ele fez aquela grosseria.

–Desculpa, desculpa moça. Eu não tinha visto a senhora escorregar na casca de banana.

–Bom, dessa vez passa, mas na próxima vez você vai ver o que acontece com quem mexe comigo.

–Ok ok ok, entendi o recado. Com licença.

Enquanto ele se afastava com Jaime, que morria de rir, as outras crianças rolavam no chão de tanto rir, uma cena como aquelas devia ser gravada porque ia ser inesquecível, sem dúvida. Mas Jurandir, embora quisesse, não vai se livrar de Dona Florinda tão cedo.


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Notas finais do capítulo

Por hoje é só isso galera, até o próximo!



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