Carrossel - Novas Aventuras escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 67
Capitulo 67


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoal, aqui é o Matheus novamente com mais um capitulo novinho, boa leitura!



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No dia seguinte, as crianças que não participaram do jogo verdade ou desafio acordaram animados para mais uma prova, se eles iriam ter. Ao acordarem, escovaram os dentes e se arrumaram pra sair. A empolgação era tanta que eles não notaram que estavam faltando gente.

—Alan, é impressão minha ou está faltando crianças?- perguntou Seu Campos.- Confira pra mim.

Alan obedeceu, passou pelas crianças e foi contando.

—Senhor, estão faltando seis crianças: Paulo, Alícia, Mário, Marcelina, Daniel e Maria Joaquina.- respondeu Alan, olhando a prancheta.

—Onde eles estão?

Alan deu de ombros mostrando que não sabia. Nhonho, Chiquinha, Malicha e Kokimoto ficaram olhando para a direção da cabana, esperando que os seis aparecessem. Levou cerca de alguns segundos até que eles apareceram, mas pareciam indispostos.

—Alícia, minha querida, o que há com você? Tudo bem?- perguntou Seu Campos.

—Sim vô, tudo bem.- respondeu ela.

—Tem certeza? Você parece triste.

—Não, estou bem, vamos para a próxima prova.

Mesmo preocupado e desconfiado por Paulo também parecer abatido e triste, ele decidiu dar início à prova.

—Eles devem ter brigado.- pensou Alan ao ver os seis sérios e calados, mas não falou nada.

—Esta prova é um jogo é uma adaptado do beisebol. - começou Seu Campos-  Cada uma das equipes tem como objetivo marcar o maior número de pontos conquistando o maior número de bases. Enquanto cada integrante da equipe do ataque chuta uma bola o mais distante possível e tenta alcançar todas as quatro bases, todos os integrantes das outras três equipes de defesa tentam neutralizá-lo levando a bola até um ponto determinado da defesa. Cada base conquistada equivale a 1 ponto. Ao final do jogo, quando todas as equipes já participaram do ataque, somam-se os pontos para ver qual equipe foi a vencedora. Entenderam?

—Sim, mas cadê as bases?- perguntou Jaime.

—São as bandeiras que vocês verão quando chutarem a bola e correr.- explicou ele.

Jaime assentiu e todas as outras crianças concordaram.

—Atenção, formem filas. -disse Alan - O time roxo à direita e o laranja à esquerda.

Quando todos estavam posicionados, Alan tocou uma buzina dando a largada e os primeiros que começaram a correr foi Mário, que chutou a bola com toda a força que conseguiu e saiu correndo para as quatro bases à sua frente. No entanto, os outros que estavam o observando estranharam quando ele desistiu no meio do jogo.

—O que foi meu querido?- perguntou Seu Campos.

—Desculpa Seu Campos, mas acho que não estou em condições de jogar hoje.- respondeu Mário, triste.

—Estou vendo, está com uma cara triste, o que houve?

—Tive uma briga séria com meus amigos. E eu achava que jogando hoje iria conseguir esquecer tudo, me distrair um pouco, mas não estou em condições.

—Entendo, você está precisando de um tempo sozinho né?

Mário apenas assentiu.

Então, Seu Campos permitiu que Mário desistisse do acampamento porque ele provou estar realmente sem condições de participar dela. Assim que Mário pegou a desistência, logo saiu rumo à sua cabana, sem saber que Chaves ouviu tudo e percebeu o que estava acontecendo. 

—Bom crianças, como o Mário desistiu, o  time laranja está com um a menos, mas não poderão jogar desfalcados.- disse Seu Campos e as meninas sorriram por um instante, pensando que Alan entraria no lugar de Mário. 

—Então, com a desistência do Mário, para não deixar o time laranja desfalcado, essa prova será anulada.- finalizou Seu Campos e as meninas suspiraram de decepção enquanto os meninos ficaram chateados com o que aconteceu. 

—O que será que houve com o Mário?- perguntou Davi.

—Ah, não faço ideia Davi.- respondeu Cirilo.

—Tomara que eu esteja errado, mas acho que ele brigou com a Marcelina, Paulo e Alícia, porque os três estavam com uma cara triste.- disse Jaime.

—É mesmo, eu percebi.- falou Cirilo.

Mais tarde, na hora do almoço, Chaves viu que Marcelina estava um pouco triste sentada com Paulo, enquanto Alícia estava em outro canto, sozinha.

—Marcelina, posso falar com você um pouquinho?- disse ele - É rápido.

—Tá bom. Paulo, pode nos dar licença?- pediu Marcelina e Paulo assentiu, se levantou da mesa e foi para onde estava Kokimoto.

Assim que Paulo saiu da mesa, Chaves se sentou na cadeira onde Paulo estava.

—Você está mesmo brigada com Mário?- perguntou.

—Estou sim, por quê?- perguntou Marcelina rispidamente, ela odiava ter que falar de sua vida pessoal com os outros, mesmo que fosse seus amigos.

—Isso é o que eu pergunto à você, por quê brigou com ele?

—É um assunto meio delicado, não gosto de falar.

—Marcelina, pode confiar em mim, eu sou seu amigo e só quero ajudar.

Então, Marcelina respirou fundo e decidiu contar a verdade para Chaves, que ouviu tudo com bastante atenção, sem falar nada. Só depois que ela terminou de contar tudo, é que ele resolveu falar:

—Olha Marcelina, eu até entendo que o que ele disse tenha sido algo inesperado e tal, mas você o ama? 

—Sim, muito.- ela respondeu.

—Você vive sem ele?

—Não.

—Você quer passar o resto da vida ao lado dele?

—Sim.

—Então, se você o perdoar, vai estar indo rumo à felicidade. Ele mesmo disse que "gostou" da Alícia, ou seja, é passado, não vale mais nada, hoje ele gosta de você e quer ficar contigo para o resto da vida.

Marcelina ficou pensativa por alguns segundos, estática, absorvendo tudo aquilo que Chaves havia dito.

—Você tem razão Chavinho, eu vou falar com ele.- disse ela - Onde ele está agora?

—A essa hora ele deve estar lá na cabana. - respondeu ele.

—Tá bom então.

—Espera ai.

Chaves então, foi até a mesa onde estava Alícia e depois foi até Paulo. 

—Paulo, eu já sei de tudo, elas me contaram tudo que aconteceu e não sei se vocês repararam, mas foi tudo uma brincadeira de mal gosto que eles fizeram com vocês. - disse ele à Paulo.

—Eu sei disso, por isso que estou com tanta raiva.- Paulo falou entre os dentes. 

—Eu sei, por isso que eu vim aqui, pra pedir para vocês irem lá falar com o Mário antes que seja tarde.

Paulo no começo ficou um pouco surpreso com as palavras de Chaves, mas depois acabou concordando, pois Mário sempre foi seu amigo e namorado de sua irmã, não podia deixá-lo ir.

Assim que os quatro chegaram na cabana, viram Mário pronto para sair, ele já estava com tudo pronto, apenas estava relaxando deitado na cama lendo um livro.

—Mário.- chamou Chaves.

—Sim Chaves?- disse Mário, ainda deitado.

—O que você está fazendo?

—Lendo um livro.

—Mas será que você pode parar e me ouvir um pouco?

—Claro, sou todo...- ele não conseguiu terminar, pois viu Marcelina, Alícia e Paulo ali com ele.

—Calma Mário, deixa eu te explicar... Eu conversei com esses três, sei que vocês estão muito abalados ainda, com o que aconteceu, mas eles estão aqui pra se desculpar com você.- disse Chaves.

—Desculpar comigo?

—Sim Mário, porque ele nos contou que não vale a pena estarmos brigados por algo que já passou.- disse Marcelina - Por mais que você tenha gostado da Alícia a uns anos atrás, você agora não gosta mais, e não podemos nos prender ao passado.

—Exatamente Mário, por isso que eu vim aqui me desculpar com você, quero ser seu amigo de novo.- falou Paulo.

—A gente não vai mais lembrar disso Mário, vamos esquecer tudo que foi dito e tudo aquilo que aconteceu no jogo de ontem.- disse Alícia.

—Até o beijo que rolou com a Maria Joaquina?- perguntou Mário.

Alícia e Marcelina assentiram.

—Então? Vamos fazer as pazes?- perguntou Paulo.

Mário ficou olhando, fazendo suspense, mas no fim riu.

—Vamos sim.- ele disse, apertando a mão de Paulo e logo em seguida todos se abraçaram. 

—Paulo, faz um favor pra mim? Vá atrás do Daniel e você Alícia, vá atrás da Maria Joaquina e tragam-os pra cá. - pediu Chaves.

Paulo e Alícia fizeram o que Chaves mandou. Depois de uns minutos, voltaram com Daniel e Maria Joaquina.

Maria Joaquina e Daniel não falaram nada, apenas viram Mário e Chaves ficarem de frente pra eles.

—Fala.- disse Chaves, o cutucando.

Nisso, Mário começou a falar:

—Olha Daniel, me desculpe pelo que aconteceu ontem, a culpa não foi minha, você sabe que foi só um jogo. Eu quero muito continuar a ser seu amigo, me desculpe vai?

Daniel encarou Maria Joaquina e depois encarou todos à sua volta, todos assentiram que sim. Então, ele estendeu sua mão apertando a de Mário, logo em seguida, Maria Joaquina também desculpou Mário e todos voltaram a ser amigos.

—Ótimo gente, estão todos de bem novamente.- disse Chaves, sorrindo.

—Graças à você. - elogiou Mário.

—E o que vocês acham de darmos uma lição na Chiquinha, Malicha e Kokimoto?- sugeriu Chaves.

—Boa ideia, mas como faríamos isso?- perguntou Alícia.

—Podemos botar cola nos sapatos deles, que tal?

Todos concordaram, menos Paulo.

—Por quê não Paulo?- perguntou Alícia.

—É que vocês sabem que o Kokimoto é o meu melhor amigo, eu jamais faria isso com ele. Já imaginou como ele vai ficar se souber que eu me meti nessa?- disse ele.

—O Kokimoto vai entender Paulo. - falou Mário - Ele vai entender que não foi por mal e que ele merece.

—Faz isso por mim Paulo.- pediu Alícia.

Paulo ficou meio pensativo por alguns segundos, se Kokimoto deixasse de ser amigo dele, iria ficar com uma culpa para o resto da vida. Mas, até que ele merecia uma lição, afinal, Marcelina brigou com Mário por causa dele e Alícia ficou chateada com ele por causa dele e das outras meninas também. Então, por quê não né?

—Tá bem, mas só porque dessa vez Kokimoto merece uma lição.- disse ele.

Todos sorriram alegres e começaram a bolar o plano de dar o troco nos três.


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Notas finais do capítulo

Por hoje é só galerinha, até o próximo!



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