Carrossel - Novas Aventuras escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 63
Episódio 6 - Entre Encontros e Insetos


Notas iniciais do capítulo

E aí galera, sou eu Matheus denovo com mais um capitulo, perdoem pela demora, mas é que o final de ano atrapalhou demais as nossas postagens, mas aí está mais um capitulo, boa leitura!



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Em uma manhã nublada de sábado, Mário acordou com os raios de sol batendo em seu rosto, já que havia desligado o despertador por não ter necessidade dele tocar, pois não precisaria ir pra escola. Levantou-se, tomou seu café e quando ia saindo da mesa, ouviu o telefone tocar.

–Alô?

–Oi Mário.- era Marcelina.

–Oi Marce, tudo bem?

–Tudo e contigo?

–Também.

–Tá fazendo o quê?

–Nada, acabei de tomar meu café.- ele falou.

–Eu também já terminei, mas ainda não saí da mesa.

Eles riram e ficaram alguns segundos em silêncio, esperando qual dos dois seria o próximo a falar.

–Ei, o que acha de irmos dar uma volta no parque?- ele perguntou depois de alguns segundos.

–Por mim tudo bem.- respondeu ela.

Assim, os dois começaram a se arrumar. Quando Marcelina terminou, estava já saindo de casa quando Paulo a viu sair.

–Marcelina, aonde vai toda arrumada?- ele perguntou.

Ela hesitou por alguns segundos, não sabia se contava a verdade para Paulo ou se mentia pra ele. Mas se ele descobrisse a mentira, provavelmente a proibiria de sair de casa. Era melhor não arriscar.

–Vou sair com o Mário!- ela disse simplesmente e saiu sem perder tempo.

Embora Paulo fosse um dos melhores amigos de Mário, ele não tinha tanta certeza se ele era a pessoa certa para sua irmã. Além disso, ela era muito nova ainda pra ter qualquer relacionamento, mesmo que ele também estivesse interessado nesses sentimentos amorosos.

–Preciso achar uma maneira de atrapalhar esse encontro.- pensou ele, saindo de fininho atrás da irmã.

Enquanto a seguia lentamente, Paulo percebe que a situação poderá ficar embaraçosa pra ele se atrapalhar o encontro dos dois, pois era arriscado Mário nunca mais querer olhar na cara dele e não era isso que ele queria. Então, ele decidiu que seria melhor se alguém o ajudasse a atrapalhar, mas quem?

Foi quando ele viu Chaves e Malicha andando juntos pela rua e percebeu que talvez os dois pudessem ajudar.

–Chaves, Malicha, preciso da ajuda de vocês.- disse ele, se aproximando.

–Ajudar em quê?- perguntou Chaves.

–Tá vendo a Marcelina ali? Pois bem, ela tá indo se encontrar com o Mário.

–E o que tem de mais nisso?- perguntou Malicha.

–É que eu não quero deixar isso acontecer, só que se eu atrapalhar e o Mário descobrir que fui eu, nunca mais vai falar comigo.- respondeu Paulo.

–Mas por quê você não quer deixar eles namorarem?- quis saber Chaves- Ele não é seu amigo? Você não confia nele? Então não tem perigo nenhum.

–Por favor, não piore as coisas. Vão me ajudar ou não?

Os dois se entreolharam, não sabiam ao certo se deviam ajudá-lo ou não. Tá certo que eles gostavam de aprontar, mas atrapalhar um encontro assim, não era algo legal, ainda mais se tratando de duas pessoas que se davam bem com eles. Mas, no fim, acabaram concordando.

–Tá bom, a gente ajuda.- disse Malicha.

–Obrigado, agora vamos que eu tenho uma ideia.- falou Paulo, animado.

Assim, os três foram juntos até o parque onde Mário e Marcelina se encontraram e logo viram eles se sentarem juntinhos em um banco que tinha lá. Enquanto caminhavam, para próximo do banco, Paulo explicava o plano dele para Chaves e Malicha.

–Agora vão lá e caprichem!- ele ordenou.

Porém, para poderem atrapalhar o encontro dos dois, eles precisariam se esconder, mas Malicha acabou se assustando com um cachorro que estava em um outro banco com seu dono. Quando Malicha o viu, achou ele bonito e começou a encará-lo, mas ele latiu e avançou nela, sentindo-se ameaçado. Assustado, Chaves saiu de trás do arbusto que estava escondido, mesmo que o cachorro não tenha estranhado ele e Mário e Marcelina perceberam a presença dele ali.

–Chaves? O que faz aqui?- perguntou Mário.

–Ah, nada.- Chaves se atrapalhou- É que o Seu Madruga mandou que eu comprar umas coisas pra ele lá na venda.

–Mas por quê ele mandou você ir lá ao invés de mandar a Chiquinha?- perguntou Marcelina.

–É que a Chiquinha foi passar o fim de semana na casa das tias dela, então ele me pediu isso.

–Ah, entendi.

Mário e Marcelina assentiram, porém, acharam aquilo muito estranho, pois embora Chaves tenha mentido muito bem, o nervosismo era evidente no tom de voz dele. Algo estava errado, mas para não atrapalhar o encontro deles, preferiram não comentar nada. Assim que os dois deram as costas para Chaves, Paulo sinalizou com as mãos para que eles voltassem.

–Mas que droga de cachorro!- esbravejou Paulo- Tinha que aparecer e estragar tudo.

–O cachorro não teve culpa de nada!- defendeu Chaves, que também adorava animais.

–Ah teve sim.

–Não, não teve. E é melhor você desistir, porque mais um tentativa e eles podem desconfiar de nós.- Malicha falou dessa vez.

Paulo pensou, mas não desistiu, como ele era insistente, abriu sua mala cheia de coisas de travessuras e pegou um monte de bolinhas de papel feitas por ele mesmo. Ele já não usava essa mala faz bastante tempo, mas se lembrava de tudo que havia lá dentro.

–Me ajudem a tacar neles.- ele pediu.

Como Paulo era o dono das bolinhas e da maleta, ele jogou uma bola primeiro. A mesma acertou o sorvete que Marcelina tomava.

–Ei, de onde veio isso?- Marcelina disse.

–Não sei, mas parece que veio de alguém daqui do parque.- respondeu Mário- Deixa pra lá, dá pra continuar tomando.

Depois, Chaves jogou uma em Mário, acertou-o na nuca.

–Ai, de onde veio essa?- disse Mário, roçando a nuca.

Depois de tantas bolinhas, Mário deu uma olhada na direção de onde veio a bolinha, mas rapidamente os três se esconderam atrás de um arbusto, não dando tempo para Mário descobrir quem era, embora suspeitasse de Paulo.

–Vamos trocar de banco?- sugeriu ele.

–Vamos sim.- concordou Marcelina.

Assim que os dois se sentaram em um banco mais à frente do que estavam, Chaves e Malicha perceberam que eles não desistiriam do encontro mesmo assim.

–Acho melhor parar Paulo, eles não vão desistir do encontro não importa o que a gente faça.- falou Malicha.

Paulo pensou por alguns segundos, até que decidiu parar mesmo e os três saíram do parque.

Depois de voltarem à vila, Malicha foi para sua casa e Chaves foi procurar algo para brincar. Ele então, se lembrou que já havia um tempo que ele parou de matar insetos, coisa que ele sempre adorou fazer. Assim, pegou um caixote, um pano e começou a procurar insetos. Enquanto ele matava, Marcelina chega na vila com a intenção de chamar toda a turma da vila pra saírem enquanto Mário esperava do lado de fora, talvez fossem na sorveteria. Ao ver Chaves, Marcelina não se contém de curiosidade.

–Chaves, o que está fazendo?- pergunta ela.

–Matando insespos.- respondeu ele e ela riu.

–Não se diz "insespos", se diz "insetos".

Ela deu de ombros. Não sabia quem era mais burro, ele, Quico ou Jaime.

–Tá matando por quê?- quis saber ela.

–Pra passar o tempo.- respondeu ele.

–E está matando com o quê?

–Com gasolina.

Ela ficou chocada.

–Como você conseguiu gasolina?- perguntou ela.

–O Seu Brancelha tem um primo que trabalha em um posto de gasolina e eu consegui pedir um pouco pra ele de graça.

–Que bom, mas que graça tem nisso?

–É que você fica tão focado em matá-los, prestando atenção se eles vão mesmo morrer com a gasolina no corpo, que quando você vê, o tempo já passou.

Ela ficou confusa, sem entender. Era mesmo possível aquilo ser divertido?

–E você? O que veio fazer aqui?- quis saber Chaves.

–Ah, só chamar o pessoal daqui pra dar uma volta, acho que você, o Quico, a Chiquinha, a Paty e a Malicha iriam gostar.

–Esqueceu que a Chiquinha viajou?.- disse Chaves.

–Ah, é mesmo.- disse Marcelina.

–Ei Marcelina, o que está havendo?- disse Mário, entrando e já cansado de esperar.

–Nada amor, é que eu encontrei o Chaves aqui matando insetos e fiquei observando.- respondeu ela.

–Matando por quê Chaves?

–Só como um passatempo. Eu estava sem nada pra fazer e me veio essa ideia na cabeça.

–Que coisa horrível.

–Não liga não Chaves, é que o Mário ama animais.- falou Marcelina.

–Disso eu já sabia, mas pensava que eram animais grandes, não pequenos.- disse Chaves.

–De qualquer tamanho.

Chaves ficou sem reação, mas logo depois se levantou e foi até a casa de Dona Clotilde, procurar mais insetos na beira das plantas.

–O que está espiando na minha casa Chaves?- disse Dona Clotilde, com um bolo nas mãos.

–Nada, eu só...- Chaves ia dizendo, mas ao ver o bolo nas mãos da mulher arregalou os olhos e perdeu a fala.

–Você só o quê?- Dona Clotilde ficou sem paciência.

–Eu só estou procurando insetos nas plantas.- disse Chaves, saindo de transe.

–Ah é?

–Sim.- respondeu Chaves.

–Pois saiba que minhas plantas não têm insetos, pois eu uso um produto especial que impede qualquer bicho se aproximar delas. Agora saia daqui!

Chaves, assustado, saiu de lá, enquanto Marcelina foi pra perto de Mário. Mas Chaves não desistiu e foi procurar insetos na casa da Dona Florinda, enquanto isso, Dona Clotilde vai com o bolo até a casa de Seu Madruga.

–Seu Madruga, aqui está o bolo que lhe prometi.- falou Dona Clotilde.

–Muito obrigado Dona Clotilde.- respondeu Seu Madruga, provando um pedaço do bolo.

Quando ele ia entrando de volta em casa, Dona Clotilde suspirou de paixão como sempre faz quando vê Seu Madruga saindo e desmaiou.

–O que houve com ela?- Marcelina se assustou.

–Não sei, acho que desmaiou de emoção ao ver o Seu Madruga ir embora.-disse Chaves.

–O que aconteceu?- Seu Madruga perguntou, saindo novamente.

–Ela esperou o senhor entrar em casa e desmaiou.- disse Chaves, apontando para Dona Clotilde estirada no chão.

–Nossa, Dona Clotilde! Segure aqui.- Seu Madruga se desesperou, tanto que ele nem viu quando Chaves começou a comer o bolo discretamente enquanto Mário e Marcelina tentaram impedi-lo, mas acabaram comendo juntos.

–Dona Clotilde, acorda por favor! Como isso foi acontecer?- Seu Madruga perguntou, desesperado, mas ela não respondeu- Como isso foi acontecer?

Foi aí que Seu Madruga ajudou Dona Clotilde a se levantar e quando viu, Chaves, Mário e Marcelina haviam comido todo o bolo.


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Notas finais do capítulo

Por enquanto é só, até o próximo!



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