Carrossel - Novas Aventuras escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 62
Capítulo 62


Notas iniciais do capítulo

Fala gente, Gabriel está de volta com mais um capítulo.

Boa leitura!



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Após algum tempo ali sozinhos, Mário e Marcelina decidiram que era hora de voltar para a cabana. A chuva já havia cessado, ou seja, já dava para caminharem pela acampamento em segurança. Ao voltarem para a cabana, todos foram para seus quartos esperando o dia seguinte chegar.

–Gente, será que se não chover mais até amanhã, o Seu Campos realizará as outras provas?- perguntou Cirilo.

–Claro Cirilo, acha que eles deixariam a gente aqui à toa?- respondeu Paulo.

–Talvez se agora o chão não estiver mais cheio de lama e nem escorregadio, talvez ele libere alguma prova.- falou Daniel.

–Vou torcer pra que chova novamente, está tão bom aqui dentro e voltar pra lá agora ia ser tão chato.- reclamou Jaime.

–Pára de ser preguiçoso Jaime, estamos aqui pra participar de provas de acampamento.- disse Jorge e Jaime se calou pra não ter que discutir com ele. Claro que Jorge não era seu amigo, mas ele preferia não discutir com ele mesmo assim.

–Gente, nada de discussão.- disse Paulo- Vamos dormir e esperar até amanhã pra sabermos se vamos ter mais provas ou não.

Todos concordaram, não valeria de nada discutir o assunto quando se podia esperar até o dia seguinte para poderem descobrir.

Ao acordarem no dia seguinte, todos percebem que Seu Campos e Alan realmente compraram coisas para o café-da-manhã deles, pois quando chegaram no refeitório, tinha já uma mesa pronta com tudo que eles comeriam e a geladeira também estava muito cheia novamente.

–Bom, pelo menos agora, temos comida novamente.- disse Nhonho.

–Isso é verdade, mas vê se não vá comer demais hein Chaves?- disse Mário.

–Tá bom.- Chaves respondeu, meio sem graça.

Três dias depois, após o café, os alunos pensavam que não teria nenhuma outra prova e estavam indo de volta para os dormitórios quando ouviram a voz de Seu Campos:

–Atenção crianças, todos no ponto de encontro daqui a vinte minutos!

Todos ficaram intrigados e ao mesmo tempo curiosos com o que Seu Campos disse, será que ele estava planejando realizar uma nova prova para eles agora ou iria contar alguma novidade pra eles? O jeito era ir lá pra descobrir.

Quando todos chegaram, Seu Campos, Alan, Seu Madruga, Dona Florinda e os outros adultos estavam lá, esperando por eles.

–Crianças, agora que a chuva chegou, nós decidimos dar à vocês uma prova que Alan e eu criamos enquanto esperávamos a chuva passar.- disse Seu Campos e as crianças se animaram.

–Ei ei, espera um pouco!- disse Jaime- O senhor está querendo dizer que vamos ter que andar por essa mata novamente?

–Calma Jaime, não tem perigo.- garantiu Alan.

–É Jaime, acha mesmo que se o acampamento fosse perigoso, a gente teria entrado até para fazermos aquela trilha?- falou Alícia- É claro que ele nunca deixaria a gente entrar lá nem à noite se fosse perigoso.

Jaime ficou calado, Alícia tinha razão, se a floresta representasse algum perigo até mesmo fora da trilha que eles fizeram, Seu Campos jamais permitiria que eles realizassem uma prova lá.

–Só um último aviso: coloquem repelente antes de entrarem na floresta.- alertou Alan.

–É o seguinte crianças: vamos mostrar para vocês uma gravação de seis pássaros brasileiros que temos aqui no acampamento- disse Seu Campos- Então, depois que ouvirem e decorarem tudo direitinho, vocês entrarão na floresta cautelosamente para não assustá-los e terão que ouvir o barulho dos pássaros e identificá-los. Quando os pássaros pararem de cantar, vocês voltarão para o acampamento. O time que identificar mais pássaros, vence.

Todos se entreolharam, nunca tinham visto uma prova como essa antes, mas levaram numa boa.

–Prestem atenção aos sons!- pediu Seu Campos.

O primeiro som que saiu de lá, mais parecia uma música tocada naqueles instrumentos musicais que os índios adoram usar, mas logo Alan explicou:

–Esse é o canto do Uirapuru. Um pássaro que vive no Brasil, em toda região amazônica, menos no alto do rio Negro e a leste do rio Tapajós. Seus locais preferidos são sempre em terra firme nas florestas úmidas. Vocês o encontrarão fácil, pois este é um pássaro que vive nas partes baixas das árvores. É agitado e anda sozinho ou acompanhado de seu par. Seu canto é tão bonito, como vocês podem ver, que muitos outros pássaros da mata ficam em silêncio só para poderem ouvi-lo cantar.

–Que legal.- disse Alícia.

Depois, Alan ainda colocou mais outros pássaros para tocar:

–Esse é chamado de Rouxinol. Têm olhos grandes e pretos, realçados por um fino anel branco. A cauda é castanha-avermelhada, alongada e arredondada e as patas são longas e robustas. Mede 16 a 17 cm e pesa 18 a 27 gramas. O macho é um excelente cantor, com extenso repertório, com trinados fluidos terminando em crescendo. É normalmente ouvido depois do escurecer, sendo um dos poucos pássaros a cantar à noite , quando seu canto se torna mais notável pela ausência de outros pássaros canoros, mas também se ouve com frequência durante o dia. Fica quase sempre oculto pela vegetação, embora por vezes o macho se empoleire a descoberto para cantar.

As crianças assentiram, ele prosseguiu:

–O Curió é muito estimado por seu canto, por isso é um dos pássaros canoros mais caçados e engaiolados por criadores. Seu nome, na linguagem indígena, significa “amigo do homem”. Mede 13cm de comprimento. Sendo que o macho é preto na parte superior do corpo e castanho-avermelhado na parte inferior, a parte interna das asas na cor branca. Ele é muitas vezes visto como um pássaro de gaiola por pessoas que gostam de caçá-los.

–Isso é tão anti-romântico!- disse Laura.

–Claro, mas isso tem que ser dito aos homens que caçam esses pássaros. - falou Paulo.

–Tem razão, agora partiremos para o próximo.- respondeu Alan.

–O Sabiá-Laranjeira é uma ave popular, citada por diversos poetas como o pássaro que canta na estação do amor ou seja, a primavera. É ave de canto muito apreciado, que se assemelha ao som de uma flauta. Canta principalmente ao alvorecer e à tarde. O canto serve para demarcar território e, no caso dos machos, para atrair a fêmea. A fêmea também canta, mas numa frequência bem menor que o macho. O canto do sabiá-larajeira é parcialmente aprendido, havendo linhagens geográficas de tipos de canto, e se a ave conviver desde pequena com outras espécies, pode ser influenciada pelo canto delas e passar a ter um canto “impuro”.

Quando passaram para o próximo, logo todos reconheceram aquele canto, totalmente popular no país.

–Ah, o Bem-te-vi eu conheço!- exclamou Laura.

–Esse pássaro todo mundo conhece Laurinha.- explicou Alan- Todos os pássaros dessa espécie estão espalhados pelo Brasil inteiro e isso faz dele, o mais conhecido de todos. Acho que nem vou precisar falar muito sobre ele, vamos partir para o próximo então:

Mais um canto de pássaro e por fim, ele explicou:

–Pássaro preto, ele é um pássaro que vive em quase todos os locais do Brasil, menos na Floresta Amazônica. Muito esperto, ele sabe que os perigos da Amazônia é muito grande e preferem nem aparecer lá. É o pássaro mais cobiçado por todos pela sua inteligência e seu canto maravilhoso, porque é um canto único, suave e diferente dos demais.

–Bom, já viram todos os pássaros, vamos para a prova então?

Assim, os líderes dos times pegaram o mapa da floresta para não se perderem, também Paulo e Alícia levaram água e enfim adentraram a floresta. O que eles não sabiam, é que aquela prova não seria exatamente como o esperado.


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Notas finais do capítulo

É isso por hoje, até o próximo!

FELIZ NATAL!!!



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