Carrossel - Novas Aventuras escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 50
Capítulo 50


Notas iniciais do capítulo

Fala gente, aqui é o Gabriel. Demoramos um pouco por causa do feriado do dia das crianças e agora voltamos com tudo; espero que gostem.

Boa leitura!



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No dia seguinte, logo de manhã Doutor Chapatín voltou à vila para poder negociar com Seu Barriga sobre a casa 8 da vila.

–Eu sei que eu cheguei aqui ontem e que essa parece uma decisão precipitada, mas eu garanto que nem o senhor e nem eu teremos problemas com o aluguel.- dizia Chapatín.

–Tudo bem, vou providenciar isso. Venha comigo.- disse Seu Barriga.

Assim, Seu Barriga fez um contrato para Doutor Chapatín assinar e assim ele fez, ele agora morava oficialmente na vila.

–Prontinho, agora mesmo vou providenciar um caminhão para você trazer suas coisas pra cá.- disse Seu Barriga.

–Obrigado mesmo.- respondeu Chapatin.

Enquanto isso, naquela manhã, Chaves estava bem mais tranquilo, ele finalmente havia digerido aquela grande revelação que mudaria sua vida pra sempre, passou quase toda a noite pensando naquilo, mas acabou dormindo. Ele não podia estar mais feliz, pois apesar de ainda ser órfão, agora tinha alguém para cuidar dele e sempre ajudá-lo quando necessário. Durante a aula, todos estavam normalmente assistindo, mas Marcelina ainda estava um pouco apreensiva, ela estava um pouco nervosa, pois torcia para que Jorge dissesse "sim" quando ela lhe pedisse em namoro.

Durante o recreio, ela estava sentada em um canto próximo de onde estavam as meninas, até que não aguentou mais e foi procurar por Jorge. Ela foi andando pelo pátio durante um tempo, até que viu Nhonho e Chaves conversando com Jorge e decidiu ouvir escondido a conversa deles.

–O que vocês estão querendo dizer com isso?- perguntou Jorge.

–Que você foi o responsável pelo fim do namoro com Mário com a Marcelina e agora ele está tão triste que nem veio pra escola hoje. E agora, o que você vai fazer?.- respondeu Nhonho.

–Mas eu não sabia de nada!

–Não mesmo?- insistiu Chaves.

–Não, mas o que EU tenho a ver com isso?

–É que a Marcelina terminou com o Mário pra ficar com você.- respondeu Nhonho.

–O quê?- Jorge ficou chocado.

–É, pelo que o próprio Mário falou, ela confessou à ele que gosta de você e que só quis terminar por causa disso, queria vir te pedir em namoro.- falou Chaves.

Jorge ficou um pouco pensativo, ficou com uma expressão mais relaxada do choque da informação, até que conseguiu se recuperar e afirmou, com um ar sereno:

–Bom, então vocês podem me fazer o favor de falar pra Marcelina que eu não quero ficar com ela?- ele disse.

–Por quê não?- perguntou Nhonho.

–É que eu tô gostando da Margarida e quero correr atrás.- nessa hora, Marcelina sentiu seu coração parar-... mas como eu não imaginava por essa da Marcelina, peço à vocês que falem isso pra ela por mim.

–E por quê você mesmo não vai lá falar com ela?- perguntou Chaves.

–Não, porque pessoalmente é perigoso, vai que ela fique chorando muito e o Paulo venha atrás de mim por fazê-la chorar?- ele respondeu.

–Não, ele não vai fazer isso, ele chamaria sua atenção se você namorasse com ela, mas no seu caso, ele não faria isso.- falou Nhonho.

Marcelina nem esperou a conversa terminar, ela simplesmente saiu correndo de lá e foi ao banheiro, onde entrou em uma das cabines e, chorou. Exatamente como Jorge havia previsto, foi um choro de tristeza e arrependimento. Tristeza porque ela se apaixonou por uma pessoa que não a corresponde, além de que ela tinha certeza que ele aceitaria. E arrependimento porque não devia ter terminado com Mário, se ela soubesse que Jorge não a aceitaria, ela jamais teria terminado.

Depois de um longo tempo chorando, Maria Joaquina está entrando no banheiro pra se maquiar quando ouve o choro da amiga.

–Marcelina, cadê você?- chamou ela.

–Vai embora! Quero ficar sozinha!- pediu Marcelina, mas Maria Joaquina não obedeceu.

–Vou ficar aqui até amanhã, mas não saio até você me contar o que aconteceu.

–Eu também vou ficar aqui até amanhã, é melhor você desistir!- gritou ela de volta. Passaram-se dez minutos e nada, Maria Joaquina, por fim, desistiu. Marcelina só foi sair de lá quando o sinal do fim do recreio tocou. Ela lavou o rosto e passou uma maquiagem leve pra cobrir o inchaço do rosto e parecer mais tranquila e não chamar atenção de ninguém ao voltar pra sala.

Pouco depois, a aula acabou e todos foram recolhendo suas coisas para voltarem pra casa, Marcelina percebeu que o único jeito de ter Mário de volta era pedindo perdão, mas teria que ser pessoalmente. Então, ela decidiu ir até a casa de Mário pra contar-lhe sobre o arrependimento dela e para lhe fazer uma surpresa. Depois do almoço, esperou uma hora e saiu de casa. Na rua, ela encontra Chaves.

–Marcelina, está indo pra casa do Mário?- perguntou Chaves, ao vê-la saindo da escola pela direção oposta da casa dela.

–Sim, eu quero tentar me acertar com ele.- ela respondeu.

–Tudo bem, mas ele não está em casa.

–Não está?

–Não, eu o vi indo em direção à praça agora mesmo.

–Tá bem, obrigada.

Nisso, Marcelina foi rapidamente até a praça para encontrar Mário. Quando estava passando pela praça, encontrou-o por acaso, sentado em um banco, com um algodão-doce na mão, e como ela sabia que ele não faria um escândalo com ela ali na praça, mesmo que estivesse furioso com ela, foi até ele:

–Mário, preciso falar com você um pouquinho.- ela começou, se aproximando dele.

–Já está falando.- ironizou ele.

–É sério, sem piadinhas.

–Tá bom, fala.

–Bom, hoje na escola, eu descobri que o Jorge não gosta de mim como eu pensava, ele gosta de outra garota. Eu me arrependi de ter terminado com você, percebi que você é o amor da minha vida e que foi um erro o que eu fiz contigo. Eu quero muito ter você de volta.

–Sério?

–Seríssimo!

–Pois fique sabendo que eu não sou um brinquedo seu que você pode jogar fora e depois pegar de volta. Você que terminou, agora aguente.- ele respondeu com rispidez, apesar de seu coração ter doído ao dizer aquilo.

–Ah fala sério Mário!

–Estou falando sério sim, além disso, estou muito mais feliz solteiro.

–Mas Mário...

–Mas nada, não quero você de volta e pronto! Agora me faz um favor? VÁ EMBORA!!!- Mário se exaltou, deixando a menina assustada, que acabou obedecendo para não piorar as coisas.

–Mias tarde ele se acalma e a gente conversa melhor.- ela pensou consigo mesma.

Quando Marcelina saiu da vista de Mário, uma rua a três quarteirões da praça, desabou ali mesmo na calçada, o pior erro de sua vida se transformou no seu pior pesadelo.

Enquanto isso, Chaves, Quico, Nhonho e Seu Madruga estão ajudando Doutor Chapatín a tirar as coisas dele do caminhão de mudança e levar pra dentro da nova casa dele.

–Sabe que vai ser muito legal ter um médico morando na mesma vila que nós Chaves?- perguntou Nhonho.

–É mesmo, se alguém se machucar ou ficar doente, ele com certeza irá poder ajudar.- respondeu Chaves, sorrindo.

–É Chavinho, eu confesso que fiquei um pouco enciumado de você ser neto de um médico como ele.- falou Quico.

–Novidade nenhuma isso.- disse Chaves.

Após todos terminarem de arrumar as coisas de Chapatin, o mesmo ordenou que Chaves se sentasse na mesa da cozinha.

–Vai servir o almoço vô?- perguntou Chaves, animado.

–Com certeza Chaves.- respondeu Chapatin, sorrindo.

Três dias se passaram, Chaves estava cada vez mais apegado á Chapatin, que sempre lhe dava atenção, comprava todos os dias roupas novas para ele usar, além de não deixá-lo morrer de fome lhe dando almoço e janta. Porém, no fundo, tinha uma coisa que ainda lhe preocupava. Seu avô já era um homem velho, então, por quanto tempo ele conseguiria cuidar de Chaves antes de partir?


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Notas finais do capítulo

Até o próximo!



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