Carrossel - Novas Aventuras escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 49
Capitulo 49


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoal, sou eu Matheus denovo com mais um capitulo com uma surpresa reveladora, boa leitura!



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Durante o recreio, estavam todos se divertindo no recreio, lanchando, e Mário aproveita que está com Marcelina e lhe faz um convite:

–Marcelina, o que acha de irmos naquela pista de gelo que abriu no shopping, pra patinarmos um pouquinho?- perguntou ele.

–Pode ser.- responde ela.

Mas Mário percebeu que tinha algo errado, pois a garota não respondeu como queria, estava sem muito ânimo pra falar, parecia que tinham obrigado ela a aceitar.

–O que foi? Está tão séria hoje.- disse Mário.

–Nada, só estou com sono, não dormi bem essa noite.- ela respondeu séria.

–É só isso mesmo?

–Sim.

Mesmo deixando pra lá, Mário desconfiou que tinha algo diferente, ele já havia deixado várias vezes de insistir pra ela dizer alguma coisa, mas daquela vez, ele decidiu perguntar. Essa resposta era claramente falsa, tinha algo mais, e ele iria descobrir.

De volta à sala de aula, Jaime e Daniel chegam até ele.

–Aí Mário, nós dois vamos jogar bola hoje à tarde, quer ir?- perguntou Jaime.

–Hoje não dá, combinei de ir patinar no gelo com a Marcelina.- respondeu ele.

–Tudo bem.- disse Daniel.

Então, como combinado, os meninos foram para o jogo de futebol, os meninos da vila também foram convidados a participarem e eles toparam.

–Vai ser um jogão.- disse Quico.

–Se for quatro a zero tá ótimo.- respondeu Godinez.

–Pode ser, mas nada de colocar Jaime ou Nhonho no gol hein?- alertou Chaves.

–Por quê não?- perguntou Daniel.

–Porque eles vão tapar o gol inteiro, aí vamos ficar no zero.- respondeu Chaves, fazendo os outros rirem.

–Olha ele, olha ele!- falou Nhonho.

–O que você disse?- esbravejou Jaime.

–Chavinho, eu até acho que o Nhonho taparia sim o gol todo, mas o Jaime não, acho que ele não consegue isso.- disse Quico.

–Obrigado Quico, te devo essa.- disse Jaime.

–Tá bom, vamos manter a mesma formação que sempre mantemos desde sempre tá? Bora jogar!- disse Daniel.

E assim, os meninos começaram a partida, enquanto as meninas ficaram na arquibancada assistindo, menos Mário e Marcelina, que estão indo para o encontro e Alícia, que está jogando também.

Na casa de Marcelina, Mário está ansioso, pois não sabe se Marcelina está assistindo o jogo ou se está em casa, esperando ele. Mas depois de tocar a campainha, ela atendeu alguns segundos depois. Mas, não estava arrumada, estava com uma regata branca e um short jeans e chinelo, aquilo não era uma roupa decente para ir à um shopping, ainda mais quando vai patinar no gelo.

–Amor, cheguei cedo demais?- perguntou ele, olhando seu relógio.

–Não. Bom, aproveitando que você está aqui, vamos lá atrás, preciso conversar sério com você.- respondeu ela, deixando Mário assustado. Será que ela viu ele fazendo alguma coisa que ela não gostou e ele não percebeu? Se for isso, com certeza ela está chateada com ele por causa disso. Mas não pode ser, Mário nunca mais aprontou com ninguém desde a última vez que brigaram, o que poderia ser então? Ele estava louco de vontade de perguntar à ela, mas preferiu deixar que ela falasse, para não se sentir pressionada e nem incomodada.

Sentaram juntinhos em um banco que tinha ali na calçada, quase em frente à porta da casa dela. ele tentou pegar nas mãos dela, mas a menina não deixou.

–Olha Mário, tem uma coisa que eu venho tentando te contar faz um tempo, mas agora não posso mais esconder.- disse ela.

–Pode falar.- ele disse, meio inseguro do que fosse.

–Eu... quero terminar com você.

–O quê? Por quê? Eu te fiz alguma coisa?

–Não Mário, o problema não é com você. É comigo.

–Não estou entendendo.

–Você não me fez nada. É só que... eu...-ela se atrapalhou toda, com medo da reação dele.

–Você o quê?

–Estou apaixonada por outro menino.

Ao ouvir aquilo, Mário simplesmente ficou sem fala, não conseguiu acreditar no que estava ouvindo.

–Que menino?- ele perguntou com a voz falhando, ele queria chorar.

–O Jorge Cavalieri.

–Tem certeza?

–Tenho. É isso, acabou.

E deu as costas, entrando dentro de casa novamente.

Mário, que não esperava que aquilo fosse verdade, se levantou e começou a caminhar, desnorteado. Ele queria chorar, precisava chorar, mas não ia chorar ali, não mesmo. Quando deu por si, estava na casa abandonada, onde ele derrama todas suas lágrimas deitado no sofá. Ele nunca havia chorado tanto assim, estava realmente pior do que parecia. Estava tão triste que não ouviu quando a porta se abriu.

–Viva, três a zero!!- dizia Jaime.

–Ganhamos de lavada!!- falou Quico.

Só então perceberam que Mário estava lá.

–Mário, o que aconteceu?- perguntou Daniel.

–A Marcelina...- respondeu ele, chorando ainda mais.

–O que aconteceu com a minha irmã?- exaltou-se Paulo.

–Nada, ela só... terminou comigo!

–O quê? Por quê?- Chaves e Cirilo perguntaram juntos.

–Ela gosta do idiota do Jorge!!

–Não é possível!- exclamou Daniel.

–Olha que a gente avisou você né Mário? Desde o início eu vinha te falando pra você não fazer aquele pedido, mas você nem quis me escutar.- disse Jaime.

–Muito obrigado Jaime.- ironizou Mário.

–Jaime, não é hora de lição de moral, não vê que ele está péssimo?- falou Nhonho.

–Tá bem, desculpa. Mas é que não dá pra acreditar que ela tenha feito isso, até a poucos dias atrás estavam tão bem, tão felizes.- completou Jaime.

–Eu também não entendi nada. - disse Paulo.

Depois de um tempo tentando consolar Mário, Chaves, Quico, Nhonho, Godinez e as meninas da vila resolveram voltar pra casa. Ao chegarem lá, eles se deparam com um senhor de idade, vestindo uma roupa marrom e um longo cachecol vermelho, no meio do pátio da vila.

–Boa tarde senhor.- cumprimentou Nhonho.

–Senhor não, é moço.- falou o homem.

–Moço.- corrigiu-se Nhonho e os outros fizeram o mesmo.

–O senhor quer uma casa pra morar aqui?- perguntou Quico.

–Bom, sim, mas essa é a segunda coisa que eu pretendo fazer.- disse o homem.

–Entendi.

Então, ele se caminhou em direção à Chaves.

–Muito prazer garoto, meu nome é Dr. Chapatín.- disse Chapatín.

–Doutor? Mas o senhor não está vestido como médico.- respondeu Chaves.

–Como assim?

–É que normalmente médicos costumam se vestir de branco, mas o senhor todo de marrom.

–Ah, tudo bem, depois eu explico. Quero te mostra uma coisa primeiro.

Ele tirou do bolso uma foto.

–Sabe quem são esses?- perguntou ele e Chaves fez um sinal de negativo com a cabeça.- São seus pais.

Chaves ficou boquiaberto com o que o homem disse.

–Os pais dele? Como o senhor sabe?- perguntou Quico.

–Vocês podem me dar um momento a sós com ele para eu explicar a história pra ele?- pediu ele e os meninos cederam.

–Tá bem, vovô do Chaves, com licença.- disse Quico.

–Eu não sou velho tá?

–Ninguém te chamou de velho, calma.- falou Nhonho.

–Quico, o que deu em você pra falar com o velho daquela forma?- perguntou Chiquinha.

–Porque o Chavinho tá correndo grande perigo, como ele pode achar que sabe sobre os pais do Chaves se nem mesmo o Chavinho sabe?- disse Quico.

–Quico, está certo, você tem razão, mas eu acho que os dois são bem parecidos. Não acha?- disse Paty.

–Não parei pra prestar atenção.

–Então vamos lá ver.

Assim, os dois ficaram escondidos na parede da casa do Seu Madruga, já que Chapatín e Chaves estavam sentados na escada.

–Sabe Chaves, eu sei que você nunca soube de seus pais, mas o que aconteceu foi que a sua mãe, que era minha filha, trabalhava muito, assim como meu genro, após abandonarem você naquele orfanato, fugiram e nunca mais voltaram. Nunca me disseram pra onde iriam, apenas diziam que quando chegassem lá, iriam ligar pra contarem o motivo da partida deles, mas acho que algo aconteceu, pois eles nunca ligaram. Sendo assim, eu decidi ir atrás de você por conta própria, mas quando fui te buscar lá no orfanato você tinha fugido. Por isso que não te busquei todos esses anos.- explicou o velho.

–O senhor acha que eles morreram?- perguntou Chaves com uma lágrima caindo dos olhos.

–Provavelmente sim, provavelmente não Chaves. Nunca falaram nada sobre o desaparecimento do avião deles.- explicou Chapatín, calmamente.

–Meus pais me odiavam!!- agora Chaves chorava muito.

–Não diga isso meu netinho.

–Mas é verdade, se me amassem, não teriam me abandonado naquele maldito orfanato.

–Chaves, acabei de te contar que eles trabalhavam muito e não teriam tempo para você, só que eles moravam longe de mim e não puderam te deixar comigo por isso, mas eles te amavam sim. Era pro seu próprio bem. Mas a partir de hoje, eu cuidarei de você até minha morte, tá bom?

–Como o senhor me encontrou aqui?

–Eu fiquei o país inteiro te procurando, levava comigo essa foto tirada de você antes de você fugir, mas ninguém tinha te visto. Hoje, por acaso, encontrei essa vila e coincidentemente você entrou aqui pouco depois de mim.

O pior é que era verdade, aquela foto que Doutor Chapatin segurava em suas mãos mostrava o Chaves na mesma época e na mesma aparência que ele tinha quando tirou sua primeira foto na vila, sem dúvida era ele. Sem aguentar a emoção, Chaves abraçou Chapatín, mais por agradecimento por ter ido atrás dele e estar disposto a cuidar dele mesmo um pouco velho demais, do que por emoção pela história que nunca conhecera direito.

–Ainda hoje, irei procurar uma casa para morar com você, tá bem?- disse o Chapatín, embora ele já soubesse que a casa número 8 estava com vagas desde que a velha senhora que morava lá morreu, mas preferiu manter isso em segredo para o neto.


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Notas finais do capítulo

Por enquanto é só galera, até o próximo!



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