Carrossel - Novas Aventuras escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 46
Capítulo 46


Notas iniciais do capítulo

Fala gente, Gabriel voltou com mais um capítulo.

Boa leitura!



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Depois de muito pensarem, os amigos não conseguiram chegar à nenhuma conclusão do porquê a turma da vila parou de falar com eles e também não descobriram uma maneira de descobrir isso sem eles saberem, se é que é isso mesmo. Como não descobriram nada, acabaram desistindo e voltaram pra suas casas.

Já no dia seguinte, enquanto caminhava para o portão de entrada do colégio, Cirilo está caminhando normalmente quando ouve alguém chamá-lo:

–Cirilo, você estava certo!- era Daniel.

–Sobre o quê?- perguntou ele, confuso.

–Do motivo dos meninos da vila rejeitarem a gente ser por causa do que aconteceu na sorveteria.

–Eles te confessaram?

–Não, mas eu fiquei o resto da tarde de ontem refletindo sobre isso e concluí que essa é a única explicação. Dá pra ver, pelo modo que eles reagiram quando fomos atrás deles.

–Tem razão. E o que faremos agora?

–Primeiro temos que falar com a turma, depois daremos um jeito nisso.

Então, durante a aula, as crianças da vila permaneceram quietos o tempo todo, sem trocarem uma palavra com os novos amigos, mas Daniel tinha um plano em mente e Cirilo estava curioso para saber qual era.

–Crianças, tá tudo bem entre vocês?- perguntou Helena.

–Sim professora, por quê?- questionou Jaime.

–Não estou ouvindo nenhum burburinho, ou até mesmo um som vindo da boca de vocês. O que está acontecendo?

–Sabe que eu nem notei isso, professora? Agora que me toquei.- respondeu Alícia.

–É mesmo, eu me distraí, nem sei como.- disse Paulo.

–Bom, falta pouco para o recreio, esperem mais um pouquinho desse jeito.- pediu Helena.

–Pode deixar!- disse Davi.

E de fato, poucos minutos depois, o sinal tocou e todos foram para o recreio. Os meninos da vila andaram tudo em um grupo só, enquanto os outros foram mais atrás, assim que escolheram seus lugares, sentaram-se. Mas nem assim tiveram sossego, porque quando eles sentaram, o resto da turma apareceu na frente deles, então eles tentaram ignorá-los.

–Não tentem nos ignorar, pois isso só fará a gente ir atrás de vocês até decidirem nos ouvir.- disse Daniel.

–O que vocês querem?- perguntou Chiquinha.

–Queríamos explicar com vocês um mal-entendido.- disse Maria Joaquina.

–Que mal-entendido?- perguntou Chaves, sem entender.

–O lance da sorveteria. A gente não chamou vocês sim, mas não foi porque rejeitamos vocês, juro.- explicou Cirilo.

–E por quê então?- perguntou Nhonho.

–Porque vocês não têm celular, nem internet, portanto, não havia como nos comunicarmos com vocês. Então, nós combinamos tudo logo no sábado de manhã, até a Maria Joaquina disse pra chamar toda a turma, mas a gente não tinha como avisar vocês.- explicou Alícia.

–Eu não tenho celular porque minha mamãe me acha muito novo pra ter um.- disse Quico.

–Meu papai disse que nunca vai me dar um celular porque causa ferimentos na orelha. E o único computador lá em casa só meu pai pode usar.- falou Nhonho.

–Eu não tenho dinheiro pra comprar um celular.- explicou Chaves.

–E o meu papai me prometeu um celular de presente, mas até agora nada.- falou Chiquinha.

–E nós duas nunca pensamos em ter um, não é Pópis?- disse Paty.

–Exatamente.- concordou Popis.

–Bom, e lá na vila não tem ninguém com computador em casa.- disse Godinez.

–Pois é, e como vocês queriam que a gente chamasse vocês pra sorveteria desse jeito?- perguntou Marcelina.

A turma da vila ficou pensativa por um instante, depois, perceberam que eles tinham razão, se eles tivessem celular ou internet, com certeza eles teriam sido chamados. Então, não houve rejeição e nem traição da parte deles, foi só um descuido mesmo.

–Ah, e outra coisa: mesmo que vocês tenham pensado que a gente ignorou vocês, isso não quer dizer que vocês têm que rejeitar a gente também, isso é feio, querer se vingar é muito errado.- falou Daniel.

Eles não falaram nada, simplesmente se entreolharam e se levantaram sem dar explicações para os meninos, aproveitando que o sinal do fim do recreio havia tocado, e voltaram pra sala. Logo após um tempo, o Professor Girafales chegou na sala e todos começaram a prestar atenção na aula.

Durante todas as outras aulas, os meninos da vila continuaram sem falar com os amigos, porém, eles ainda não desistiram e acharam melhor conversarem entre eles durante a aula para não incomodá-los, mas depois que as aulas acabassem, eles tentariam de novo.

E de fato, assim que o sinal indicando que a aula acabou tocou, rapidamente os alunos da vila saíram na frente para não serem incomodados pelos outros alunos, que tentaram alcançá-los, mas não conseguiram e foram pra casa. Algumas horas depois, assim que acabaram o almoço, Daniel manda uma mensagem para Maria Joaquina:

–Amor, chama todo o pessoal pra ir lá na vila, para tentarmos novamente falar com nossos amigos.- disse ele.

–Pode deixar, farei isso agora.- responde ela.

Então, todos se encontraram na porta da casa abandonada pra irem juntos à vila.

–Estão todos aqui?- conferiu Daniel.

–Sim.- todos disseram juntos e começaram a andar.

Na ocasião, Quico estava jogando bola com Chaves, Nhonho e Godinez enquanto as meninas assistiam sentadas na escada, porém, Chaves chutou um pouco forte a bola, fazendo-a ir parar próxima do portão da vila. Assim que Quico foi pegá-la, ele viu os alunos da sua sala caminhando juntos pela rua e percebeu que eles estavam indo em direção à vila. Rapidamente ele pegou sua bola e avisou todos:

–Rápido gente, o pessoal da nossa sala vem vindo aí, escondam-se!- ele disse e todos se esconderam separadamente, Quico se escondeu debaixo do tanque do primeiro pátio, Chaves no seu barril, pois seus amigos ainda não sabiam que ele vivia lá, Godinez se escondeu em outro tanque no pátio de trás enquanto Nhonho, Malicha, Paty e Chiquinha se esconderam dentro de uma casa que estava desocupada há um tempo, por isso, não foi difícil entrar.

As crianças passaram pelo pátio principal, mas não encontraram ninguém, o mais irônico é que estavam todos bem próximos, mas tão bem escondidos que não tinham como perceber. Achando que eles não estavam no primeiro pátio, eles seguiram para o pátio de trás, onde Godinez ficou completamente encolhido, sem se mover. Por sorte, deu certo, eles não viram o garoto ali. Passaram horas ali, tentando encontrá-los, mas nada.

–Será que eles saíram? Devem ter ido ao cinema ou sei lá.- falou Alícia.

–Ou também podem estar na praça, vamos procurar por lá.- sugeriu Paulo e todos concordaram.

Quando chegaram na saída da vila, perceberam que um caminhão de mudança estava parado na porta da vila, algum inquilino novo estava pra chegar. Curiosos, as crianças ficaram paradas um pouco longe do caminhão para poderem ver quem era o novo inquilino. Porém, Chaves, Quico e Godinez, que ficaram encarregados de avisar quando os alunos saíssem da vila, foram até o portão e ficaram assustados ao verem o caminhão de mudança ali, parado. Então, decidiram ir até a casa dos amigos para avisar.

–Acho que vai ter gente nova morando aqui.- afirmou Quico.

–Sério?- perguntou Malicha.

–Sim, porque vimos um caminhão de mudança parado em frente ao portão da vila.- respondeu Chaves.

–Que ótimo, mais um inquilino pra dar boas-vindas!- disse Chiquinha, mas nesse momento, ouviu-se um barulho na porta.

–Rápido, vamos sair daqui.- disse Nhonho, e todos saíram pela janela da casa enquanto uns homens colocavam móveis dentro da casa, não percebendo as crianças saindo de lá.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo.



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