Carrossel - Novas Aventuras escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 45
Episódio 5 - A Confusão com o Rato


Notas iniciais do capítulo

E aí galera, sou o Matheus novamente com mais um capitulo, boa leitura!



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Mário e Marcelina estão indo até a vila para brincarem, quando encontram, na porta da vila, um cesto com uns gatinhos dentro.
–Olha que lindinhos!- diz Marcelina.
–E fofos também.- responde Mário.
E só nesse instante a garota percebe que atrás do cesto tem uma placa escrito:"Doa-se".
–Mário, uma mulher está doando esses gatinhos!-falou ela.
–Como assim?
–Olha a placa ali atrás!
–Não, não pode ser, precisamos pedir ajuda à alguém pra impedir isso.
E nesse instante Quico aparece com sua bola e começa a brincar com ela.
–Quico, precisamos de sua ajuda.- pediu Mário.
–Que ajuda?- perguntou Quico.
–É que uma mulher deixou uns gatinhos em um cesto ali na entrada, ela está doando os gatinhos, mas acho isso uma pura injustiça, você pode nos ajudar a convencê-la do contrário?
–Deixa eu ver.- disse Quico, indo em direção ao cesto onde estavam os gatinhos.- Nossa, são os gatinhos da porteira. Ouvi dizer que quando nasceram a mãe deles morreu.
–Nós sabemos, ajudamos esses gatinhos naquele dia, mas você pode falar pra mulher mudar de ideia?- perguntou Marcelina.
–Olha gente, eu bem que gostaria, mas não conheço essa mulher e nem sei onde ela mora. - lamentou Quico.
–Tudo bem, pelo menos o que vale é a intenção.- respondeu Mário, colocando a mão no ombro do Quico, que se dirigiu à seu velho muro:
Ah rrrrr!
Nesse instante, chega Chaves.
–O que foi Quico?- pergunta ele, Quico inicialmente pensa em dizer que aquilo não o interessava, mas ao ver que Chaves talvez pudesse ajudar, contou toda a história pra ele.
–Nossa!- exclamou Chaves,
–Pois é.- disse Quico.
Chaves sai e Quico permanece chorando, quando Chiquinha aparece com um saquinho de biscoitos.
–Ah rrrrrr!
–O que foi Quico?- pergunta ela.
–Que te importa?- respondeu ele, com repugnância.
–Ah é? Pois eu ia te dar um pouco dos meus biscoitos, mas agora não vou te dar nada porque você é malcriado!
–Eu não quero biscoito suja do chão.
–Eles não caíram no chão.
E Quico virou o saquinho.
–E agora?- ironizou ele.
–Ué, ué, ué, ué, você vai ver só, vou contar tudo pro meu papai quando ele voltar!
E Quico saiu da vila e Chaves volta ao pátio com seu estilingue. Quando ele vê os biscoitos no chão, começa a pegar.
–Chaves, deixa esses biscoitos aí que são meus!- disse Chiquinha.
–Não são não, eu que achei portanto são meus!- respondeu ele.
–É assim é?
E Chiquinha deu um cascudo na testa do Chaves.
–Pipipipipipipi. - e Chaves saiu andando com a mão na testa.
Arrependida, ela vai ate´Chaves e lhe faz uma proposta:
–Chavinho, eu vou te dar um pouquinho dos meus biscoitos, mas com uma condição.- diz ela.
–Qual?
–Que me conte porquê o Quico estava chorando.
–Ah tá. Bom, é que o Quico ficou sabendo que a porteira da vila vai doar os gatinhos da gatinha falecida dela, mas acho que ele não gostou muito de saber disso, porque ficou chorando daquela forma.- explicou Chaves.
–Espera aí. A porteira da vila vai doar os gatinhos?- perguntou Chiquinha, indignada.-Mas ela não pode fazer isso!
–Bom, mas ele disse que sim.
–Pois é, vou ver se meu papai ajuda quando voltar!
–Boa sorte.
E Chaves sai, deixando Chiquinha sozinha no pátio, pensativa. Enquanto isso, Quico está na casa de Malicha, depois de desabafar com Chaves, um plano surgiu em sua mente.
–Malicha, me empresta seu ratinho um pouquinho?- perguntou ele.
–Por quê você quer meu rato emprestado?- perguntou ela.
–É que a porteira de nossa vila quer doar os gatinhos que a falecida gata dela teve, mas esse ratinho com certeza será útil para impedir que ela os leve embora.
–Ah, já entendi. Então espera um pouco.
Pouco depois, Malicha voltou com seu ratinho e escondeu ele em um saquinho. Quico voltou ao pátio principal escondendo o saquinho pra que ninguém desconfiasse, mas Chiquinha viu.
–Não adianta esconder seu saquinho de bolachas, eu vou comprar outro bem maior tá bom?- disse ela.
–Claro, pode ir.- respondeu Quico, mas ela não ouviu.
Quico ficou lá, sozinho, rindo com o seu plano para assustar todos com esse ratinho:
–Espera aí, o Chaves não é um morto de fome? Acho que dá pra fazer uma pegadinha com ele, hihihi.- estava ele, rindo, quando chega a Dona Clotilde.
–Ei Quico, por favor, entregue isso à sua mãe, sim?- pediu ela.
–O que é isso?- perguntou ele.
–Açúcar, ela mandou que eu fosse comprar lá na mercearia do Seu Brancelha.
–Sim senhorita.
Enquanto Quico levou os dois saquinhos pra casa, Chiquinha volta com um outro saquinho de biscoitos e Jaiminho vai até o pátio pendurar sua calça no varal. Porém, Chaves acertou o saquinho de biscoitos da Chiquinha, que passava pelo outro pátio, fazendo o saquinho bater nas costas de Jaiminho.
–O que foi isso?- ele se perguntou, depois viu os dois ali, no outro pátio e foi até lá.
–Quem jogou esse saquinho de biscoitos nas minhas costas?- perguntou ele.
–O Chaves!- disse Chiquinha.
–Foi sem querer querendo.- falou Chaves.
–"Foi sem querer querendo"...- imitou Chiquinha.
–Tá, mas os biscoitos são dela tá?
–Ah é?
–Sim Jaiminho.
–Pois agora não são mais.
Jaiminho, furioso, jogou o saquinho no chão e pisoteou, amassando-os, fazendo Chiquinha chorar.
–Olha o que você fez com os biscoitos!!- disse Chaves,
–Chaves, deixa esses biscoitos aí que são meus!- falou Chiquinha.
–Agora são meus!
–Me devolve.
–Chaves, Chavinho, não liga pra ela. Olha, eu tenho aqui um saquinho com um... umas deliciosas rosquinhas e faço questão de dividir com você.- disse Quico.
–Sério? Obrigado Quico, você é um amigão!!- disse Chaves, animado, pegando o saquinho, mas ao ver que Chaves percebeu que não era biscoito, Quico começou a rir.
–Tá rindo de quê Quico?- perguntou Chiquinha.
–Que te importa?- devolveu ele.
–Quico, não é biscoito!- falou Chaves.
–HAHAHAHAHA, é claro que não!- zombou ele.
–É açúcar.
–Açúcar? Então, o saquinho que eu dei pra minha mamãe estava errado. MAMÃE, NÃO ABRA O SAQUINHO!!!- e ele voltou correndo pra casa, pegando o saquinho de açúcar da mão de Chaves.
Logo em seguida, Dona Florinda ficou furiosa e foi tirar satisfações com Dona Clotilde.
Enquanto isso, Quico brinca com o ratinho e o esconde ao ver Chaves chegando.
–O que está fazendo Chaves?
–Caçando lagartixas , e você?
–Comendo uns biscoitinhos. Quer um?
–Não é açúcar como da outra vez?
–Bom, acho melhor conferir direito né?- "Esperto Chaves", pensou ele- Não, são biscoitos, e bem gostosos. Ai Chaves, cuidado, aí vem a Bruxa do 71.
–Quem você está chamando de bruxa?- perguntou Dona Clotilde?
–Chaves, alguém mais aqui é chamada de bruxa?
–Ora, seu moleque, eu te pego!
E Chaves aproveitou a confusão para pegar logo os "biscoitos" do Quico, mas ao ver que era um ratinho, ficou desesperado.
–O que foi agora Chaves?- perguntou Jaiminho, saindo de casa.
–A Bruxa do 71!- falou ele, desesperado.
–O que é isso Chaves? Não sabe que não se pode chamar a Dona Clotilde de bruxa?- exclamou Jaiminho.
–Mas é sim uma bruxa, olha o que ela fez com os biscoitos;
–Ah qual é, a Dona Clotilde não poderia fazer nada com...- Jaiminho não conseguiu terminar, pois sentiu o rato em suas mãos e um calafrio percorreu seu corpo.
–Ai minha nossa, o que é isso?- perguntou Jaiminho, deixando o saquinho cair no chão.
–Eram biscoitos que o Quico me ofereceu, mas a Bruxa do 71 passou e os transformou em rato.- respondeu Chaves, deixando o carteiro furioso.
–Toma, pra você aprender.- disse Jaiminho, dando um cascudo em Chaves.
–Pipipipipipi.- Chaves chorou e nesse momento, Jurandir chegou.
–O que foi Jaiminho?- perguntou Jurandir.
–Um rato asqueroso!- reclamou ele.
–Um rato? Quem o trouxe pra cá?
–Não importa Seu Jurandir, mas já que está aqui, me faz o favor de me arrumar um pedaço de queijo?- disse Jaiminho, sem perceber que Dona Clotilde ouviu.
–Queijo? Pra quê?
–Pra eu pôr veneno para o rato comer e morrer.
–Tá bom, mas...
–Anda logo!
–O que houve Jurandir?- perguntou Quico ao ver Jurandir resmungando.
–É que o Jaiminho quer que eu lhe arrume um pedaço de queijo, mas de onde eu vou tirar isso meu?
–Olha, se é para o Jaiminho, eu dou com todo prazer.
–Bem, por quê não aproveitar a chance né?
E Jurandir levou o queijo até Jaiminho, que simplesmente amassou o queijo todo e depois deixou ali pra Jurandir pegar.
–E então? O Jaiminho gostou do queijo?- perguntou Dona Clotilde.
–Ele não quis. Olha.- respondeu Jurandir.
–Ah não? Pois melhor, assim eu guardo pro café-da-manhã. Me dá isso.
Mas Dona Clotilde pegou o saquinho onde estava o ratinho, quando Jurandir e Quico perceberam, a mulher já havia desmaiado de susto.
– O que foi? O que aconteceu com ela?- perguntou Jaiminho, preocupado.
–Deixa comigo!- disse Jurandir, ajudando Dona Clotilde a se levantar.- Dona Clotilde, sou eu, Jurandir, lembra?
–Ah, é o senhor né?
–Sim, sou eu. Se sente melhor?
–Bem o bastante para lhe dar isso!- e Dona Clotilde deu um tapa estalado no rosto de Jurandir.
–Sim. Mas o senhor só devia ter dito que não queria o meu queijo sem me dar esse susto, tá?- ela disse.
–Susto? Que susto?
–Que susto? Seu cínico, não foi o senhor que me mandou um rato num saco de papel?
–Eu?
E nesse momento, Dona Florinda apareceu.
–Ah, então é o senhor que é o dono desse rato né?- perguntou ela.
–Não sei do que estão falando mas...- Jurandir nem teve tempo de terminar, pois Dona Florinda também lhe deu um tapa estalado na cara.
–É da próxima vez, vá mandar um rato num saquinho de papel pra sua avó.- disse Dona Florinda.
As duas voltaram para suas casas, Jurandir e Jaiminho foram pra suas casas e Quico voltou a procurar pelo ratinho, porque com certeza se Malicha soubesse que ele o perdeu, ia ficar uma fera.
–O que tá procurando Quico?- perguntou Chiquinha.
–O ratinho da Malicha.- respondeu ele.
–E por quê está procurando um bicho nojento desses?
–É que eu precisei usar para colocá-lo aqui na vila e assim, a porteira decidiria manter os gatinhos aqui na vila pra capturarem esse ratinho, só que ele sumiu e eu preciso achá-lo ou a Malicha me mata.
O que Quico não percebeu, é que Dona Clotilde foi regar as plantas de sua janela e ouviu tudo. Ao mesmo tempo, ela ficou bem comovida com a atitude de Quico e ao mesmo tempo furiosa por ter sido enganada. Jurandir e Jaiminho não tinham nada a ver com a história e o transtorno e ela esbofeteou Jurandir sem motivo.
Enquanto isso, a porteira da vila está voltando para sua casa quando ouve Jaiminho e Jurandir reclamando de Dona Clotilde e Dona Florinda.
–Eu acho que elas tinham que ir embora daqui!- falou Jurandir.
–Quando você chegar à minha idade, terá o privilégio de não apanhar, é só esperar!- falou Jaiminho.
–Algum problema senhores?- perguntou a porteira e os dois explicaram tudo.
–Sério? Não acredito!! Vou ter que arrumar uns gatos pra pegarem esse rato! Já sei, aqui ó. Esses filhotes de gatos que eu queria doar ficarão aqui na vila para pegarem esse rato seja lá onde ele estiver. - disse ela e Chaves, Chiquinha e Quico ouviram tudo do pátio de trás.
–CONSEGUIMOS!!- comemorou Chiquinha.
–Que bom que ela não vai mais doá-los.- falou Chaves.
–É mesmo, mas agora temos que encontrar o rato da Malicha!- pediu Quico.
Mas os três nem precisavam se preocupar, pois nesse exato momento Malicha está voltando para a vila quando vê que o seu precioso ratinho está no chão do pátio, perto do barril do Chaves.
–Querido, finalmente te encontrei. Tomara que não tenham te feito nenhum mal.- disse ela, que ao ver Quico no pátio traseiro, perguntou o que ele fazia jogado sozinho lá.
–Ah Malicha, é que a Bruxa do 71 confundiu com um saquinho de queijo que queria dar para o Jaiminho e ao vê-lo dentro saquinho, desmaiou e ele sumiu, faz um tempão que estou procurando por ele.- explicou Quico.
–Ufa, que bom que o encontramos. - falou Malicha, mais aliviada e os quatro voltam pra casa, aliviados não só pelos gatinhos terem ficado na vila, como também pela confusão toda ter sido esclarecida.


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Notas finais do capítulo

Por hoje é só galera, até a próxima!



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