Carrossel - Novas Aventuras escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 40
Capítulo 40


Notas iniciais do capítulo

Fala gente, aqui é o Gabriel, esse capítulo é inédito.

Boa leitura!



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No dia seguinte, Jaime estava muito calado e sério na sala de aula, pois o fato de seu pai estar no machucado, mesmo sabendo que ele estava bem, o deixava preocupado. Durante as aulas daquela manhã, as únicas vezes que ele abriu a boca foi para responder a chamada.

–Jaime, o que acha de hoje, mais tarde, irmos visitar seu pai pra ver se ele se anima?- perguntou Chaves.

–Ótima ideia.- respondeu ele.

Depois disso, ele não falou quase nada, o único som que foi ouvido foi a voz de Daniel pouco depois:

–Professora, posso ir ao banheiro rapidinho?- perguntou ele.

–Pode sim Daniel.- respondeu a professora, ela deixou Daniel ir porque ela o conhecia muito bem e sabia que ele não era daqueles alunos peraltas que sempre pedem pra ir ao banheiro só pra passear pela escola, aliás, ele nunca pedi pra sair de sala.

Nisso, Daniel calmamente se levantou da cadeira e como ele precisava passar pela carteira de Maria Joaquina para chegar à porta, discretamente ele colocou um pedaço de papel na mesa da garota e saiu ainda com o coração disparado, torcendo pra que ninguém visse e desconfiasse de algo.

Maria Joaquina viu que Daniel deixou um papel em sua mesa e olhou para a professora, ela não pareceu ter visto algo, olhou para Cirilo, que sentava ao seu lado, depois para Alícia, nenhum dos dois pareceu ter percebido nada porque eles estavam concentrados olhando para seus cadernos. Quando ela percebeu que ninguém tinha visto, abriu cuidadosamente o bilhete pra não fazer barulho e chamar atenção e leu o que estava escrito:

"Me encontre na pracinha hoje, depois da escola, preciso te contar uma coisa. Uma coisa que queria te falar há muito tempo, mas só hoje consegui descobrir as palavras certar para dizer...

Daniel"

O coração da menina bateu mais forte e logo um frio percorreu em sua barriga, será que Daniel estava querendo dar uma notícia triste? Ou será que era uma notícia boa? O jeito era esperar a hora de ir, apesar do nervosismo e da curiosidade estar matando a menina de curiosidade. Pouco depois, Daniel voltou para a sala e mal se sentou em sua cadeira, o sinal do intervalo tocou e as crianças saíram para o pátio.

–E aí, conseguiu dicas de como conquistar a Paty?- Daniel perguntou ao Chaves.

–Que nada. Aliás, vou aproveitar e te contar a confusão que isso deu.- falou Chaves, que logo começou a contar o momento em que ele pediu conselhos ao Seu Rafael para conquistar Paty até quando Dona Florinda e Dona Clotilde deram uma surra no homem por ele ter dito o que achava.

–Nossa, que confusão hein?- disse Daniel.

–Pois é. E agora estou me sentindo culpado por isso, porque se eu não tivesse ido perguntar ao Seu Rafael, ele não teria falado e nem passado por aquilo.- falou Chaves.

–Que isso Chaves, você não teve culpa de nada. Você não ia ter como adivinhar que o Seu Rafael ia dizer aquilo.

–Sim mas, eu falei pra Dona Florinda e para a Dona Clotilde sobre aquilo, não devia ter falado.

–Não se preocupe, o Seu Rafael não vai te odiar por causa disso.

–Sério?

–Claro, assim como o Jaime, ele é bem esquentado, mas tem um bom coração. Um coração que não guarda mágoa e nem rancor.

–Ufa, ainda bem.

Por fim, o sinal do recreio tocou e eles voltaram à sala, mas a angústia que Maria Joaquina tinha ainda estava viva em seu peito, ela não aguentava esperar pelo fim da aula, embora conseguisse disfarçar, estava louca para encontrar logo Daniel na praça e saber o que ele tem de tão importante pra falar e que queria falar há bastante tempo.

Assim que o sinal indicando o fim das aulas finalmente tocou, maria Joaquina recolheu suas coisas e Daniel também, mas ele saiu na frente e chegou lá antes, quando ela chegou na praça e viu Daniel ali, parado, encostado em uma árvore. Assim que a viu chegando, se afastou da árvore e foi ao encontro dela.

–Oi Maria Joaquina.- ele disse, meio sem jeito.

–Oi Daniel.- respondeu ela, igualmente desajeitada.

–Bom, você viu o bilhete que te mandei né?

–Sim, por isso vim aqui.

–Então, eu meio que... queria te falar, que eu... gosto muito de você.

–Eu também gosto muito de você.

–Mas gosta muito como?

–Bom, não dá pra explicar, mas eu gosto bastante de você, de uma maneira especial.

–Eu também, gosto de você de um jeito diferente, como se eu estivesse... não, como se estivesse não. Eu estou realmente gostando de você de verdade.

–Sério?

–Sim, eu sei que você não sente o mesmo por mim, mas eu decidi falar assim mesmo porque não tava mais aguentando esconder isso. Tava dando um aperto no peito sabe?

–Entendo, mas você vai ter que tirar esse aperto do coração agora mesmo.

–Por quê?

–Porque você está enganado, eu também gosto de você de verdade.

–Jura?

–Claro que sim.

–Mas você não gostava de outro?

–Gostava até o ano passado, mas desde o início do ano quando a gente se aproximou bastante, eu comecei a te enxergar com outros olhos.

–É muito bom ouvir isso sabia?

–E que tal deixar isso melhor ainda?

–Como?

–Assim.

E então, Maria Joaquina colocou suas mãos em volta do pescoço do garoto e o beijou com ternura. O garoto retribuiu segurando sua cintura, o coração dos dois estava a mil, assim como as emoções misturadas no momento explodiram juntas. Depois de alguns segundos, se separaram por causa da falta de ar. Ficaram se olhando, sorrindo bobamente, até que entrelaçaram suas mãos e foram andando pra casa, ansiosos para poderem contar a novidade aos amigos.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo...



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