Carrossel - Novas Aventuras escrita por matheus153854, Gabriel Lucena


Capítulo 33
Capitulo 33


Notas iniciais do capítulo

E aí galera, sou eu Matheus denovo com mais um capitulo, boa leitura!



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Ao escutarem a barulheira no pátio, Helena e Renê saem para conferir o que está acontecendo e assim que vêem aquela confusão toda, vão até eles.

–Crianças, parem com isso!- disse Renê, ficando na frente das crianças e não deixando elas passarem por um corredor que leva às salas.

Mesmo com intenção de continuar, as crianças se lembraram do respeito que tinham com os dois professores e decidiram não forçar nada, apenas pararam de andar e de gritar, olhando fixamente pra eles.

–O que significa tudo isso?- perguntou Helena, indignada.

–Ai Helena, que bom que você está aqui! - disse Olívia, arfante- Dê um jeito nesses santos diabinhos. Eles estão fazendo tudo isso por causa do uniforme.

–Já estamos há muito tempo tentando pará-los, mas parece que eles são surdos!- reclamou Firmino, também um pouco arfante.

–Porque vocês tão fazendo isso, crianças?- perguntou Helena.

Então, Helena, Renê, Firmino e Olívia ficaram esperando uma resposta.

–Porque nós não aguentamos mais ter que usar obrigatoriamente o uniforme. Mas eu não queria fazer isso, mas é que na minha antiga escola a gente não era obrigado a ir de uniforme. Nessa em que nós somos, eu ainda não estou acostumado com ele. Sei lá, parece que vai me estrangular até a morte. - respondeu Chaves.

–É sério?- perguntou Firmino.

–Sim, além disso, também me faz eu me coçar às vezes. Escondido, claro, mas eu sinto coçar.

–Meu querido, não precisava fazer tudo isso, era só ir na diretoria que a Olívia providenciava um uniforme novo.

–Eu sou novo aqui, não conheço direito as regras. Além disso, eu nem queria fazer esse tumulto todo, foram os meus amigos que fizeram uma...- Chaves ia dizendo, mas Paulo tapou a boca do menino.

–Shhh, fica quieto!- sussurrou Paulo, assustando Chaves.

–Espera aí Paulo, deixa ele falar!- ordenou Helena, tirando a mão de Paulo da boca de Chaves.- Pode falar agora.

–Bom, meus amigos chamaram eu, Quico, Nhonho e meus vizinhos, que moram na mesma vila que eu, para uma "reunião" numa casa abandonada perto daqui. E lá eles concordaram comigo, disseram que realmente estão cansados de usarem uniforme e fizeram uma votação para tentar derrubar essa regra de uniforme obrigatório, todo mundo concordou e agora estamos aqui.- explicou ele, deixando os professores, Firmino e Olívia chocados, enquanto os antigos alunos abaixaram a cabeça.

–E agora diretora, o que faremos com eles?- perguntou Renê.

–Minha vontade é de suspender todas essas crianças.- respondeu Olívia, com repugnância.

–Calma diretora, não é pra tanto. - Helena tentou amenizar o clima.

–Calma nada. De todas as coisas que eles já aprontaram, essa foi a pior!

–Diretora, eu sei que dessa vez eles foram longe demais, mas também isso já é um exagero, temos que tomar outras providências.- falou Firmino.

–Quais, por exemplo Firmino?

Estavam tão concentrados na conversa que nem perceberam que as crianças aproveitaram para continuarem a algazarra, só que daquela vez, as crianças foram mais lá pro meio dos alunos, porque caso os quatro fossem atrás deles, daria tempo de fugirem. Renê, Helena e Firmino foi atrás deles enquanto Olívia ficava gritando e puxando seus cabelos, desesperada.

No entanto, embora ele tivesse sido o principal causador da confusão, Chaves agora estava menos animado pra continuar, ele parecia arrependido de ter feito aquilo, talvez não tivesse sido uma boa ideia. Assim, enquanto todos estavam tentando convencer a diretora a tirar a lei do uniforme, ele ficou sentado, mas ainda fingindo certa animação para continuar protestando, até que ouviu um grande barulho, parecia uma sirene.

–ESTÁ BEM, SE QUEREM VIR PARA A ESCOLA SEM O UNIFORME PODEM VIR!!! -berrou a diretora, furiosa.- Mas só a partir de amanhã!

Todos os alunos vibraram, estavam felizes pela regra do uniforme ter sido derrubada, mas parecia mais que eles estavam felizes pelo Brasil ter ganho a Copa do Mundo. Logo depois de alguns segundos, Paulo e Mário ajudaram os demais alunos a pegarem Chaves nos braços e saíram gritando o nome dele pelo corredor inteiro, afinal, ele foi o responsável pela regra do uniforme não estar mais valendo na Escola Mundial.

–Aí Chavão, isso tudo é graças à você viu?- disse Paulo, animado, mas Chaves não escutou por causa das vozes dos alunos.

A gente vai ficar te devendo essa!- respondeu Mário.

Logo depois, Firmino ordenou que colocassem Chaves no chão e que eles se dirigissem para suas salas, pois já perderam muito tempo de aula. Os alunos obedeceram, chateados pela comemoração ter acabado, mas ao mesmo tempo felizes.

Assim que começou a aula, Helena passou um pequeno texto no quadro e em seguida, sentou-se em frente à mesa:

–Crianças, prestem atenção: semana que vem, vai rolar um acampadentro aqui na escola, como aquele que teve dois anos atrás.- ela começou dizendo, mas logo os alunos a interromperam com seus gritos. Ela pediu silêncio por um tempo, até conseguir.

–Pois bem, acho melhor vocês aproveitarem para separarem tudo que vão precisar para esse acampadentro, tudo bem?- ela continuou.

–SIM, PROFESSORA HELENA!!- berraram as crianças.

–Eu não concordo!- disse Chaves.

–Só podia ser.- reclamou Paulo.

–E nem eu.- falou Quico, levantando a mão, acompanhado por Nhonho, Godinez, Chiquinha, Paty, Pópis e Malicha.

–Tudo bem, então vocês podem faltar no dia se quiserem, mas quem concordar em vir para o Acampadentro pode vir.- finalizou Helena e todos os alunos comemoravam.

Dois dias depois, quando o Acampadentro estava acontecendo, as crianças já estavam na escola arrumando tudo, enquanto que Chaves e Quico estavam no maior tédio, no pátio, procurando o que fazer.

–Ai Chavinho, o que acha que jogarmos futebol?- perguntou Quico.

–Zás, que boa ideia, aí a gente jogava... e eu marcava muitos gols aí eu ganhava e zás...- respondeu Chaves, empolgado.

–Tudo bem, espera aqui que vou lá buscar minha bola.

–Certo, vai lá.

Enquanto Chaves esperava, Nhonho e Godinez chegaram.

–E aí Chavinho, vamos fazer alguma coisa?- perguntou Nhonho.

–Já combinei com o Quico de jogarmos futebol. - respondeu Chaves.

–Prontinho Chaves.- disse Quico, chegando correndo até o pátio.

–Podemos jogar também?- perguntou Godinez.

–Claro que podem, assim formamos dois times de dois.- falou Quico.

–Tá bom, vamos nessa.- disse Nhonho.

–Tá, mas não vale roubar hein Nhonho?- ordenou Chaves.

–Eu? Mas eu não trapaceio nos jogos!- se defendeu Nhonho.

–Como não? Você sempre ficar tapando o gol inteiro pra não precisar se jogar pra pegar a bola!- respondeu Chaves, fazendo Quico e Godinez rirem.

–Olha ele. Olha ele.- falou Nhonho.

–O que está acontecendo aqui?- disse Chiquinha, chegando no pátio com Paty, Pópis e Malicha.

–Estão me chamando de gordo!- respondeu nhonho.

–Mentira!- falou Chaves.

–O quê?

–Calma Chavinho, calma. Vamos esquecer isso e jogar nosso futebolzinho.- falou Quico.

–Vão jogar bola e não convidam a gente?- disse Malicha.

Os meninos caíram na risada.

–Até parece que vamos deixar meninas tão delicadas, frágeis e raquíticas como vocês jogarem!- zombou Quico e Chiquinha não deixou barato, pisou no pé do Quico.

–Isso é pra você aprender.- disse ela.

–Que isso Chiquinha. Tá vendo o que você fez? Agora ele não vai poder jogar com a gente.- resmungou Chaves.

–Eu entro no lugar dele oras.

–Não Chiquinha, nós quatro chutamos muito forte, se você jogar com a gente vai se machucar.

Todos ficaram impressionados com a preocupação de Chaves com a Chiquinha, até mesmo a Paty sentiu uma pontada de ciúmes.

–Se vocês chutam com força, é melhor jogarem lá fora, porque podem acabar quebrando os vidros das casas da vila.- disse Paty.

–É mesmo, imaginem o prejuízo que isso ia dar.- falou Pópis.

–Olha, pela primeira vez eu vi que elas têm razão. Por quê então não jogamos na pracinha aqui perto?- sugeriu Nhonho.

–Tá legal, vamos lá então!- disse Quico pegando a bola.

Chegando na praça, os meninos fizeram um time: Chaves e Quico em um e Nhonho e Godinez em outro. Chiquinha e Paty, que eram mais atléticas e enérgicas, decidiram ficar de gandula enquanto Pópis e Malicha ficaram apenas assistindo, anotando o placar.

Durante um tempo, os dois times estavam em zero a zero quando, do nada, Chaves viu uma brecha pra marcar um gol e se exaltou, chutando a bola um pouco mais forte que o normal. A bola voou e só parou quando bateu em um poste, atingindo o transformador e fazendo todos os fios entrarem em um curto-circuito, apagando as luzes de todo o quarteirão até chegar na Escola Mundial.

–Ah não, logo agora que iam começar as brincadeiras!- reclamou Marcelina.

–Crianças, não dá pra fazer o Acampadentro sem luz. Vamos ter que cancelar isso.- afirmou Helena.

–Não professora. De jeito nenhum. Eu tenho uma ideia melhor.- disse Cirilo.

–Qual?

Depois de um tempo, Chaves, Quico e o restante do grupo se cansaram de jogar e decidiram voltar pra vila, mas ao chegarem lá, ficaram aterrorizados quando viram que o Acampadentro estava montado na vila.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e postaremos mais logo, até a próxima galera!



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