Os 3 Mosquiteiros [Fic de humor] escrita por KenFantasma


Capítulo 2
Douglas I - Azul




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Azul. A cor das minhas unhas.
Cinza. A cor do meu terno.
Preto. A cor da minha saia.
Que cor é essa? Disso a minha volta. – Isso o que? – ISSO, acabou de bater contra o meu rosto, é gelado, formiga na minha pele.
Ar. Não tem cor. Qual a minha cor?

A rua era quente e exuberantemente cinza, nada ali possuía muita vida, talvez a tentativa forçada de um diretor visionário para tornar suas obras mais sombrias e realistas, ou talvez a visão deturpada de algum escritor cuja falta de capacidade de apreciar a beleza nos tons de cinza o fez tornar tal cor símbolo da chatice e do pragmatismo da sociedade.
A menina de joelhos naquela rua agora se via com a necessidade de levantar e ir em busca de algo. Os sinais todos fecharam ao mesmo tempo e todos as pessoas saíram dos prédios igualmente ao mesmo tempo, lotando a rua cinza, com pessoas cinzas, mas um único caminho branco existia agora. Entre o povo cinza, e os carros pretos, os sinais vermelhos eram como setas apontando o único trajeto para fora daquela rua que agora parecia mais uma obra de arte de alguma mente perturbada com apresso a tons de cinzas a qual era uma enorme porcaria mas que valia milhões e inclusive pode ser comprada no Submarino agora – Link no fim do capitulo ;) – A menina se pôs a andar pelo caminho branco.

Um som de sirene de bicicleta foi tocado enquanto a menina cruzava a rua cinza.
– Entrega para.. Madame, hm, Johana? – Um homem vestido de amarelo cintilante parara na frente da jovem.
A mesma esticou os braços para receber o pacote e o entregador seguiu pela rua parada e desapareceu entre os carros enquanto levava alguns (espelhinhos de carros q eu n sei o nome).

– Johana. – A menina repetia seu nome para si. – O que eu sou?
Ela indagou para si e fitou o pacote que recebera e começou a abri-lo à procura de respostas.
Johana seguiu passos lentos pela estrada branca em meio ao mundo cinza e olhou os papeis que haviam no pacote.
‘’ Fabricio despertou, requisito reparo imediato. Uso de força letal autorizado, capturar imediatamente, vivo ou morto. ‘’
A menina passava os dedos pela foto do rapaz e sorria, ela sabia quem ele era. Ele era o alvo.




Longe dali em uma auto estrada surpreendentemente – o que? Isso mesmo – Cinza. Um casal se agarrava a sacos de lixos de metais e lutavam para não rolarem sobre os sacos de lixo orgânico nas curvas.
– A gente precisa sair desse lixo. – Dizia Fabricio respirando fundo enquanto tentava conter o vômito. – SE VOCÊ FALAR VÔMITO DE NOVO EU VOU VOMITAR DE VERDADE CARA.
Sua companheira puxava algo de dentro do seu sapato.
– Aqui, vem comigo eu tenho um plano. – A menina pegou um pequeno pote de tinta guache cinza. – Passa isso no seu rosto, você ta ficando mais colorido, vão desconfiar da gente.
Fabricio obedeceu e assim que fez se sentiu um pouco mais chato, encarava a menina passando a tinta em si também e ficará maravilhado como o cinza cai bem nela, e cinza não cai bem em ninguém. – Pudera, é cinza né. – A menina passava a tinta sobre a bochecha e sorria enquanto olhava pra ele. – Pera, ela pode ler o que eu falo e penso? – Fabricio indagou para si mesmo. – Filh@ da Put# me responde!

O cinza neles os tornavam mais uma vez parte daquele mundo. O ar que batia contra seus rostos pela velocidade do caminhão não podia mais ser sentido.
A menina sem nome se inclinara de forma natural e chata ao motorista e pediu para ele parar por um segundo, o mesmo obedeceu, esquecendo completamente que minutos atrás eles o ameaçaram de morte com um aviãozinho de papel.
Ambos desceram do caminhão na saída da via principal da auto estrada onde se encontravam.
– Então Bruce-Droga, qual seu grande plano pra sair daqui? – A jovem sem nome cruzou os braços encarando o rapaz.
– Bom, somos personagens de um livro, o conto tem 4 páginas, não sei de onde tirei a informação de 4 páginas, eu só queria te impressionar. – Fabricio calou a boca assim que realizou tudo que acabara de sair dela. – Quer dizer.. Você notou algo diferente em mim? Eu pareço mais magro? To me sentindo diferente, e eu esqueci qual era meu plano, tenho certeza que na próxima pagina eu vou lembrar dele. Vamos procurar um lugar para se esconder até la.
A menina riu e foi atrás dele de certa forma, se sentindo segura.








Aviões de papel pelo chão, estilhaços de viro, uma cadeira de rodinhas quebrada, uma mangueira de incêndio cortada caída. Carros de policia e ambulância, assim se encontrava a entrada da renomada SenSau Industries.
Johana se pôs de joelhos ali e tocou um avião de papel, olhava cuidadosamente cada detalhe daquela cena. Algo nela juntava tudo como em um grande quebra cabeça, um sentimento de dúvida consumira seus olhos a impedindo de juntar os pedaços que faltavam daquela cena.

– Você viu esse homem? – Johana mostrou a foto de Fabricio a um segurança que conversava com a policia ali no local.
– Ele fugiu daqui há alguns minutos, ei ei, qual a sua ligação com o suspeito? É familiar dele? – O segurança tocou o ombro da menina tentando impedir que ela se afaste e assim que faz ele entende.
Entende que as autoridades tomaram conta do caso. Repentinamente a policia deixa o local e todos voltam aos seus postos chatos nos seus empregos entediantes.

– A marcha ta um pouco emperrada precisa fazer um pouco de força, sabe como é, eu e minha esposa. – O segurança da um sorriso sem jeito e passa a mão no queixo de suspira. – Oh saudade, enfim, ele ta logo ali, boa sorte. – O mesmo entrega a chave do seu carro a Johana e segue de volta a seu posto no edifício SenSau.

Eu não tenho muitas linhas para me expressar, é proibido pensar, não só para mim como para todos, os que pensam demais vão ser caçados, e serão encontrados.
Se eu pudesse só saber qual era a minha co
– Johana interrompeu seu pensamento imediatamente se lembrando da regra. Nenhuma palavra mais foi escrita naquela pagina.


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Notas finais do capítulo

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