Estava escuro... o chão coberto por um tom vermelho... escutava murmúrios... um flash de luz foi o suficiente para ver uma pessoa com pele um pouco acinzentada, não usava camisa, não parecia usar nada abaixo da sua cintura e nas suas costas haviam duas asas com uma coloração escura... Suas mãos estavam em seu rosto, mais precisamente em seus olhos e essa pessoa estava soluçando... Depois de 1 minuto após o flash uma luz inexistente a olho nu ilumina o local exibindo o que estava sendo escondido na escuridão, existiam vários corpos mutilados no local, o vermelho do chão se dava a grande quantidade de sangue que foi jorrado das pessoas mortas naquele local e aquela pessoa, estava ajoelhada no entre os incontáveis corpos espalhados pelo local.

???: Eu não queria... vocês foram culpados... por me rejeitarem de forma tão... inútil... eu não fiz nada de errado... - Agora dava para se ver lágrimas descendo de seus olhos que estavam cobertos pelas suas mão sujas de sangue.
???2: VOCÊ TEM CULPA SIM, DESCEU SEM NENHUMA PERMISSÃO PARA SABER MAIS DO QUE DEVIA - Uma voz alta falou do nada e parecia ser direcionada a pessoa que estava ajoelhada lá chorando.

Do nada os corpos começaram a se mexer, mesmos os que estavam piores e começaram a se juntar em um grande amontoado de corpos sem vida, estavam formando um tipo de monstro realmente assustador a qualquer olho mortal. A pessoa que estava chorando, tirou uma das mãos de seu rosto e enterrou no chão que lá havia e puxou algum tipo de katana negra que emitia uma pequena aura de cor vermelha a todo redor da arma que parecia muito gasta, sua lâmina não dava para se notar muito bem, só se notou quando aquela pessoa empunhou a sua arma, o monstro usou uma de suas patas como uma investida, neste momento a pessoa que estava ajoelhada, ficou de pé e movendo sua katana de cima para baixo, partiu em duas partes a pata daquela coisa, seus cabelos acinzentados não deixaram avista seus olhos mas ainda existia lágrimas caindo dos mesmos, o monstro se enfureceu, abrindo sua bocarra para engoli-lo mas com um bater das suas asas escapou facilmente da investida daquela coisa e cortou o seu pescoço fora, que imediatamente jorrou uma grande quantia de sangue.

Aquela pessoa parou no ar e ficou flutuando ali, olhando o que tinha feito, de súbito ele olhou para cima deixando seus olhos a vista. Seu olho esquerdo era cor de mel, enquanto o outro, a cor branca do olho foi substituído pela cor negra, e no seu centro, existia uma cor vermelha com o que parecia ser vírgulas negras em pontos distintos e no centro do olho direito tinha um ponto negro, nesse olho começou a sair sangue e do outro lágrimas, era como se o sangue não o incomodasse, então ele gritou pro nada.

???: ATÉ QUANDO VOCÊ VAI CONTINUAR A SUA BRINCADEIRINHA, HEIN? POR QUE NÃO APARECE PRA EU ACABAR COM VOCÊ, OU TEM MEDO QUE ACABE DO MESMO JEITO DELE?!

Então uma risada foi escutada ao longe e ele riu também, estava debochando tanto da "risada invisível" que sua própria risada foi maior.

Neste momento, Akira acorda sobressalto da sua cama, tinha tido outro de seus pesadelos, não que eles fossem frequentes mas aconteciam com certa regularidade as poucas vezes que dormia, ele olhou pro seu corpo que estava todo suado.

Akira: É por essas e outras que não gosto de dormir...

Akira Narrando

Levantei-me da cama e fui pro banheiro, me despi e entrei debaixo do chuveiro, depois de uns minutos saio do chuveiro enrolado em uma toalha e faço minha higiene matinal e quando saio do banheiro me deparo com Lira deitada em minha cama olhando pela janela que havia no quarto. Agora eu me pergunto, como diabos ela entrou aqui?

Lira: Bom dia flor do dia! - Ela fala se virando e depois arregala os olhos - Dá pra por alguma roupa seu vadio?
Akira: Bipolaridade... Se você saísse do quarto seria bom, não é?

Então ela saiu do quarto um pouco vermelha e vesti uma roupa normal, pus minha amada armadura DoomKnight e coloquei o sobretudo por cima. Sai do quarto e vejo ela também de sobretudo me esperando perto da escada. Segui naturalmente, com ela na frente. Dissemos a recepcionista do local que iríamos sair. Depois que saímos deixei ela me guiar.

A floresta foi ficando cada vez mais difícil de se penetrar pela quantidade de troncos de árvores que lá haviam. A medida que nós andávamos o canto dos pássaros ia sumindo.

Akira: Notou que o canto dos pássaros parou?
Lira: Sim, e é bom pra eles pelo menos.
Akira: Bom pra eles? Entendi nada - Falo com uma cara de tédio.
Lira: Apenas me siga. - Ela olha para trás e pisca para mim.

"Isso vai dar merda" Pensei comigo mesmo.

Depois de mais uns minutos de caminhada, a floresta foi se abrindo dando a visão de uma entrada na caverna. E bem pertinho da entrada havia uma placa, que tinha escrito a seguinte frase: Cuidado, Dragão.

Akira: O quê? Dragão? Lira, tu tá bricando comigo né? - "Por favor diz que sim" pensei.
Lira: Nem eu sei, mas não está sentido algo? Como uma aura fraca, só que conturbada vindo de dentro da caverna?

Agora que ela disse, tirando a aura dela que eu sentia, consegui distinguir uma aura não humana vindo de dentro da caverna e ao julgar pelo jeito que aquela aura pulsava, certamente não era uma normal.

Akira: Tem razão... Ela parece... corrompida.
Lira: Exatamente. Mas ainda não investiguei a fundo essa caverna por falta de tempo.
Akira: Sério? Tirando eu, você é a pessoa mais preguiçosa que já vi - E lanço um sorriso debochado pra ela.
Lira: Que seja, mas agora em diante, você vai na frente.
Akira: Por que?
Lira: Doom, Escuridão, Caveiras, etc... Se é escuro tu vai na frente já que sua "raça" se sente confortável em locais escuros - E com os dedos, ela fez aspas na palavra raça.

Não podia negar, ela estava certa. Que filha da mãe...

Akira: Ok... deixe eu pegar minha espada.

Estendi minha mão em frente ao meu corpo e abri meu inventário* e puxei uma espada que o cabo dela era longo e no lugar do guarda-punho, tinha uma espécie de caveira com quatro chifres, dois na cabeça que se curvam para baixo, e dois na lateral que ficavam para baixo, no centro haviam dois olhos que emitiam uma pequena aura avermelhada, igual a lâmina, que haviam três símbolos que também emitiam essa pequena aura.

Akira: Pronto, e a sua arma é a qu... - Parei de falar quanto vi a arma dela.

Eram duas longas katanas, cor negra e a lâmina era um azul escuro, e dela saía pequenos feixes de raios, só que ela estava segurando as katanas ao contrário, estava segurando com a ponta da lâmina para trás do corpo.

Lira: Vamos?
Akira: Err... vamos...

Entramos no local, sendo iluminado pela entrada na caverna, nada de estranho. Continuamos a entrar e o chão ia se transformando de terra para um chão de pedra, vimos uma pequena iluminação bem fundo, Lira pôs a mão no meu ombro e com um gesto mandou-me olhar pro chão, existia agora ossos de humanos e zardmans.

Akira: Lascou... - Sussurrei para ela.
Lira: Shiiiii... - Apontou mais pra frente e consegui enxergar um dragão dormindo.
Akira: Estamos fudidos... - Minha expressão passou de preocupação pra tédio agora.
Lira: Vem, segue meus passos - Sussurrando, ela toma a dianteira.

A medida que nos íamos nos aproximando da pequena fonte de luz, mais e mais dragões ficavam visíveis, até que chegamos ao centro, uma pequena fogueira dava a precária iluminação ao local mostrando vários dragões dormindo, todos ao redor da lareira e na sombra da parede com certeza haveria mais. Estávamos em um momento delicado, um ruído e estaríamos em uma roda de fogo e com certeza estaríamos ferrados.

???: ACORDA SUAS LAGARTIXAS TAMANHO FAMÍLIA, AGORA O PAU VAI COMER, HOJE VAI TER ESPETO DE DRAGÃO! AHUAHAUAHAU

Do nada algum débil mental gritou de fora da caverna e quase que instantaneamente todos os dragões abriram os olhos simultaneamente, alguns olharem para o retardado mental que gritou mas a grande maioria olhou para mim e para Lira.

Akira: Eita porra, agora fudeu.
Lira: Vou precisar de um novo sobretudo quando sairmos daqui!
Akira: E quando sairmos eu vou matar aquele retardado mental que fudeu essa porra toda!