Love Never Gets Old escrita por KlaineManiac


Capítulo 8
Mágico.


Notas iniciais do capítulo

DEDICADO A FABIANA, MINHA SOBERANA EVIL QUEEN QUE ESTAVA SUPER ESPERANDO EU ATUALIZAR ESSA FIC! ♥

Penúltimo capítulo galerê, partiiu! o/



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– Pai? Pai?

Finn chegou um pouco mais perto de Peter que estava dormindo com um livro aberto cobrindo seu rosto.

– PETER!

– O QUE?! ONDE?!

Finn começou a rir de cair pra trás da reação de Pan ao acordar. Já Kurt estava agora com uma carranca e braços cruzados encarando o menino gargalhando no chão.

– Me perdoe, pai... – Finn disse recuperando o fôlego e ainda tentando segurar o riso – Eu estava te chamando tanto e você não atendia, por isso gritei.

– Está bem e o que você quer Finn?

– Apenas chamar para tomar café com a gente, pegamos bastante frutas e pegamos bastante uvas roxas que o senhor gosta!

– Pare de me chamar de senhor Finn, por favor, já me sinto velho o bastante com vocês me chamando de pai...

– Tudo bem, desculpe. Pai, o que está escrito na capa desse livro? Ele é diferente dos que você nos conta...

– Esse? Oh, é... É um livro para pessoas mais velhas, se chama “Quando o amor chega”. Enfim, vamos logo tomar café, você despertou minha fome quando disse uvas roxas!

Kurt e Finn correram pela escada que dava pra um tipo de varanda onde havia um tronco de árvore tombado improvisando uma grande mesa. A “mesa” estava linda, cheia de frutas e cocos quebrados ao meio com obviamente água de coco dentro.

– Nossa, está linda a mesa!

– Que bom que gostou pai, nós arrumamos do jeito que você nos ensinou!

Kurt sorriu orgulhoso dos seus “filhos”, passou os olhos mais uma vez pela mesa e então finalmente sentiu falta de alguma coisa, aliás, de alguém.

– Onde estão Blaine e Cooper?

– Não vemos tio Blaine desde ontem e tio Cooper foi atrás dele.

– Estranho, eu deixei Blaine ontem na cachoeira, ele não voltou pra casa?

– Nã...

– KURT, O BLAINE, CADÊ ELE?

Cooper apareceu ofegante atrás de Kurt que se assustou com o desespero do Anderson.

– Eu não sei, ele disse que ia ficar na cachoeira ontem um pouco mais olhando as fadas e eu vim embora porque ele queria ficar sozinho.

– Droga, eu perdi meu irmão, o que eu vou fazer!

Foi nessa hora que Sininho apareceu e cochichou algo no ouvido de Peter.

– Entendo, obrigado Sininho. Pessoal, se arrumem! Capturaram Blaine e eu tenho a certeza que foi o Gancho!

– Mas pai, nós jogamos o Gancho para o Kraken!

– Mas ele deve ter dado um jeito de sair... De qualquer forma, Sininho você pode ficar aqui caso apareça algo sobre Blaine?

A fada assentiu e voou para o andar de baixo. Os outros também desceram e seguiram uma trilha entre as árvores que dava direto na praia onde Gancho costumava ancorar seu grande e velho navio.

Chegando lá, eles acharam estranho, pois o navio estava completamente em silêncio e parecia abandonado.

– Meninos,– Kurt começou as instruções – Já sabem, vamos abaixados e no máximo de silêncio possível. Isso com certeza deve ser uma armadilha e não queremos ser pegos de surpresa. Orientem Cooper.

Kurt pegou a pequena faca que ele carregava escondida no sapato e empunhou guiando todos na direção certa.

[...]

– Capitão, Peter e os outros já estão à vista!

Um dos marujos anunciou feliz ainda observando pela luneta em alto e bom som.

– Fale mais baixo idiota! – Gancho deu um tapa no ombro com sua mão sem gancho – Continue de olho neles e cavaleiros, preparem-se.

Gancho e seus marujos estavam escondidos em uma parte do navio que era uma espécie de quarto onde Gancho repousava durante longas jornadas, esperando a hora perfeita para pegar Pan e seus meninos no susto para que eles não tivessem tempo de agir. E para isso, eles capturaram Blaine, pois sabia que atrairia o irmão mais velho do moreno e sucessivamente seu alvo principal, Peter Pan.

Blaine ao ouvir que Kurt já estava por perto com todos, ele começou a se movimentar tentando se soltar das amarras e gritar abafado pela mordaça o mais alto que podia para tentar alertar seus amigos e irmão, porém, claro, era inútil.

– Acalme-se garoto, não vamos machucar seu irmão, eu só quero o Peter, ele tem que pagar por tudo que me fez passar por todos esses anos!

[...]

– Muito bem menino parece que não há ninguém por aqui, vamos subir!

Kurt, os meninos perdidos e Cooper subiram no navio e ainda ninguém. Por isso, Peter resolveu brincar pra relaxar. Subiu até o timão e começou a fingir que era um capitão pirata.

– Atenção marujos! Limpem o convés, icem as velas!

Os meninos perdidos logo entraram na brincadeira e enfileirados perante o Peter gritaram em perfeito coro um “Sim, senhor” soltando algumas risadas logo após. Porém essa alegria logo terminou, pois agora Kurt tinha um braço forte o prendendo pelo pescoço e um brilhante gancho apontado para sua garganta.

– Me solta Gancho! Onde está Blaine?

– Não se preocupe, ele está bem melhor que você! Garanto!

– Kurt!

Os outros tripulantes cercaram e amarraram os meninos perdidos e Cooper junto a Blaine em volta do mastro da bandeira. O moreno estava agora mais agitado que antes vendo Kurt sob a mira do gancho de James.

– Os deixe ir Gancho, é a mim que você quer!

– Deixa-los ir? Oh não, primeiro eles tem que ver o querido pai deles morrendo e depois todos irão trabalhar pra mim!

– Eu morrer? – Pan começou a rir debochado – Você não conseguiria! Não comigo no alto...

Kurt começou a flutuar levando Gancho junto que ainda estava o segurando firme pelo pescoço. Vendo que eles estavam cada vez mais altos e ele sem força, James teve uma ideia.

– Ora, porque se arriscar por aquelas crianças Peter? Ou melhor, Kurt.

– Não me chame de Kurt!

– Mas esse é o teu nome, não é? O nome daquele garoto que sofria no colégio, sozinho, com pais que não o davam ouvidos.

Os planos de Gancho estavam fazendo efeito como ele esperava. Peter estava aos poucos descendo, seus pensamentos felizes estavam aos poucos se esvaindo.

– E aquele garoto ali? Blaine, certo? Você se sente confuso em relação a ele não? Então talvez eu possa lhe ajudar a se resolver... – James abaixou sua voz a um sussurro – Blaine nesse tempo em que estava comigo, ele me disse que não te amava, só estava aqui porque era conveniente pra ele. Não por você.

– Blaine não diria isso. – Kurt disse agora finalmente de volta ao chão.

– Tanto diria como fez. Porque você não o pergunta se ele realmente te ama como você acha?

James vendo Kurt quebrado o soltou e ele foi caminhando lentamente até Blaine que o olhou confuso.

– Kurt? O que tá acontecendo?

– Blaine, você me ama?

– O que?

– Você, me ama?

– E-eu não... Quer dizer... Kurt.

– Não me chame desse nome! Porque você não foi embora, como disse ontem pra mim! Você veio aqui apenas para se aproveitar de mim!

– Kurt, Peter, o que você está dizendo? Eu não fiz nada disso!

Peter correu com lágrimas nos olhos de volta para Gancho e parou na frente dele.

– Anda Gancho, cumpra logo o seu objetivo! – Pan estava com os braços abertos e olhos fechados – Me mata de uma vez!

– KURT NÃO!

James Gancho não pensou duas vezes e acertou com prazer seu rival, afinal ele poderia não ter aquela chance de ter Peter tão vulnerável outra vez em sua frente. Ao ver Pan caindo no chão, Blaine entrou em desespero e este foi tanto que ele, mesmo com as pernas e braços amarrados pra trás, conseguiu se jogar no chão ficando com o rosto contra o convés. Os outros meninos também estavam chorando e gritando angustiados querendo salvar seu pai.

– Por favor, me soltem... – Blaine disse sem forças – Me deixem me despedir dele.

Gancho acenou para um dos marujos que desamarrou o garoto no chão e no mesmo instante, Anderson levantou correndo caindo sobre os joelhos ao lado de Kurt jogado no chão com um corte abaixo no peito esquerdo.

– Kurt, porque...

– Você... Disse que não me amava...

Kurt falava com dificuldade devido a forte dor que estava sentindo. Ele podia sentir que estava quase partindo.

– Eu só estava confuso, pelos céus, você me pegou de surpresa!

– Então... – Kurt tossiu um pouco, fechou os olhos e disse algo quase inaudível – Você me ama?

– Sim, eu te amo. Eu estava confuso antes, mas agora vejo que isso que eu estava sentindo sobre você era amor, mas percebi tarde demais...

Blaine fechou os olhos sentindo já a dor de perder Kurt. O Peter Pan que sua mãe lhe contou histórias sua vida toda, agora estava morrendo em seus braços.

– B-blaine... – Kurt sussurrou fazendo Blaine se curvar para ouvi-lo melhor – Eu também te amo. Me perdoe por...

Kurt de repente parou de falar, Blaine se afastou um pouco para olhar seu rosto. Peter Pan estava agora com uma expressão serena no rosto. Morto.

– Não, não, não, Kurt volta! Por favor, não faz isso!

Sem saber mais o que fazer, Blaine se aproximou mais uma vez de Kurt, segurou seu rosto e encostou seus lábios. Nesse instante uma luz se acendeu na ferida do castanho surpreendendo todos no navio assistindo aquela cena.

– Eu só posso estar ficando louco... – Gancho disse pra si mesmo incrédulo.

Agora pequenos pontos de luz, como se fossem vagalumes, giravam ao redor dos dois. Os meninos que antes estavam aos prantos, agora estavam pasmos com tudo aquilo acontecendo.
Quando Blaine finalmente separou seus lábios dos de Kurt, o brilho se dissipou. Todos ficaram apreensivos de repente, será que aconteceria algo depois de tudo aquilo?
O silencio era perturbador, a expectativa estava matando até os tripulantes de James. Blaine encarava Kurt que do nada abriu os olhos e encheu os pulmões abrindo um largo sorriso provocando a mesma reação no moreno, mesmo que ele ainda estivesse confuso de como tinha feito aquilo.

Peter mais do que depressa, deu um impulso e voou o mais alto que pôde no céu comemorando e soltando pirlimpimpim por todos os lados caindo sobre todos. Como mágica, as cordas que prendiam os meninos simplesmente desataram os nós sozinhas, soltando-os. E sem perder tempo, os garotos atacaram os marujos distraídos com Peter voando pelos céus.

– ACORDEM SEUS IDIOTAS, FAÇAM ALGUMA COISA!

James Gancho praticamente soltava vapor pelas ventas de tanto ódio que sentia ao ver Peter vivo outra vez. Ele precisava acertar dessa vez, sem piedade. Mas primeiro precisava alcançar o garoto de algum jeito. Foi então que o pirata percebeu que estava coberto do pó mágico que o castanho havia soltado e começou a mentalizar pensamentos felizes. Logo, ele estava flutuando desajeitado em direção à Pan.

– Coelhinhos, fadas, coisas felizes! Doces, mortes – o pirata começou a cair – Droga, não! Coelhinhos, coisas felizes, coisas felizes!

Outra vez o capitão estava firme nos céus repetindo mentalmente como um mantra “coisas felizes”.

– Hey Pan! Venha aqui e lute como um homem!

– O único problema é que... – Peter voou até ficar frente a frente com seu rival com sua faca empunhada – Eu ainda sou um menino!

Os dois travaram uma luta no ar. Lá de baixo era possível ouvir apenas o barulho da lâmina da faca batendo contra o gancho. Há essa hora, todos os tripulantes de Capitão Ganho já estavam no mar ou nocauteados pelo navio e os meninos perdidos torciam ansiosos por Kurt.

– Blaine, está tudo bem?

– Sim Coop e você?

– Bem. O que foi aquilo?

– Não sei, parece que eu... Ressuscitei ele de alguma forma.

– Mamãe deve saber nos responder.

– Sim, deve...

Os irmãos trocaram um sorriso e se juntaram aos outros. Como Cooper era o mais velho, todos se agarraram a ele apreensivos em saber qual seria o resultado da luta que ocorria nos céus.

– Vamos Peter, porque não desiste!

– Pelos simples fato que eu descobri que tenho mais motivos para viver do que morrer! Eu tenho quem me ame! Diferente de você não é mesmo?

– O que? – Nesse instante o pirata parou de lutar, parecia que o castanho havia acertado o ponto fraco dele.

– Ora não vê Gancho? Você está velho, sozinho, acabado. Só quem deve te amar, deve ser o Kraken que sempre te devora!

– Eu? Velho, sozinho, acabado?

O capitão repetiu aquelas palavras pra si próprio ponderando sobre aquilo. Ele pensou que realmente ditas palavras faziam todo sentido afinal. Ele estava mesmo velho e acabado, suas roupas eram trapos, seu navio não era mais o mesmo e até mesmo seus tripulantes já não estavam mais com tudo isso. Sozinho. Claro que ele era sozinho, ele só destratava até o seu mais fiel marujo, nunca o agradecia por nada. Quem o amaria no final?
De repente uma agitação no mar era percebida, um barulho de tentáculos grudando e soltando suas ventosas era ouvido.

– Vejam, o Kraken!

Gancho olhou pra baixo e viu seu velho “amigo” o encarando como se estivesse o esperando. O pirata suspirou literalmente derrotado, cruzou os próprios braços contra o corpo e antes de se deixar cair direto na boca do monstro, disse:

– Velho, sozinho, acabado.


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Notas finais do capítulo

Comentem o que acharam! o/
Beijos e até o ultimo!



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