Love Never Gets Old escrita por KlaineManiac


Capítulo 4
Terra do Nunca.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, voltei! Sim demorei, estava atualizando Animal Instincts e dei um tempo daqui, mas agora estou de volta! Antes de mais nada, só pra deixar claro, vou fazer essa fic inspirada nesse Peter Pan: https://m.youtube.com/watch?v=DZMEVvknbTQ!

Bem, é isso, boa leitura!



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Blaine não conseguiu disfarçar sua pequena felicidade enquanto tomava seu café. E sua mãe havia percebido isso e acabou ficando feliz que seu filho menor não estava sofrendo tanto com a dor de perder seu pai tão cedo.

O menor estava ansioso e animado com o que Peter havia lhe dito antes de partir. Ele voltaria e os levaria em passeio melhor! Aquelas palavras não saíram da cabeça de Blaine durante todo dia.

Coop?– Blaine chamou o irmão que comia seu lanche tranquilo ao seu lado. Era o único momento em que os irmãos ficavam juntos na escola já que eram de anos distintos - Eu estive pensando…

– Em que maninho?

– Onde será que Kurt, quer dizer, Peter vai nos levar hoje a noite?

– Não faço a mínima B, talvez nos leve pra voar um pouco mais alto ou mais longe apenas… Blaine, sem querer te desanimar, mas você acha mesmo que ele volta? Quer dizer, como mamãe nos conta nas histórias dele, Pan tem os meninos perdidos pra cuidar e proteger do Gancho.

– Eu sei, mas acredito que Gancho ainda está no estômago daquele Kraken! E também acredito muito no Peter! Algo nos olhos dele me passou essa confiança.

– Okay, tem razão... Apenas não quero que fique triste se ele não puder vir hoje a noite.

Cooper estava preocupado do irmão caçula ter alguma grande decepção com Peter Pan. Esta sempre foi sua história preferida e todas as noites antes de dormir, após sua mãe contar-lhes outra vez sobre as peripécias do garoto que nunca crescia, Blaine perguntava sonhador se algum dia conheceria seu herói e quando finalmente aconteceu, Cooper não queria a tristeza do irmão.

Ainda mais agora que seu pai havia acabado de falecer, seria demais para o baixinho.

– Coop? Cooper! Vamos, o sinal bateu! Hora de voltar para a sala.– Blaine levantou animado do lado do irmão - Nos encontramos no lugar de sempre! Até!

Blaine correu de volta para dentro do colégio e Cooper foi logo em seguida mais tranquilo sem tirar Blaine do pensamento.

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A hora da saída finalmente havia chego e os irmãos Anderson caminhavam calmamente até seu lar em silêncio até Cooper puxar assunto dessa vez.

Blai, você acha que a mamãe está bem? Eu estou preocupado com ela. Papai nos deixou e agora ela terá que cuidar de nós dois sozinha. Será também que um dia ela voltará a ser feliz?

– Acho que sim Coop! Nós vamos tentar ajudá-la com tudo que pudermos para não ficar tão difícil para ela. E quando crescermos e acharmos nossas alma gêmeas, vamos nos casar e lhe dar netos para recuperar sua alegria!

– Me parece um ótimo plano! - Cooper abraçou o irmão sorrindo abertamente com a esperteza do menor - Quando foi que você ficou tão maduro e inteligente? Acho que estou ficando velho…

– Oras Cooper, pare de besteira!

Os dois terminaram o caminho rindo e conversando sobre sua mãe até chegar em casa.

Mamãe! Estamos em casa!

– Graças ao bom Deus. Andem, venham aqui e me dêem um abraço bem apertado!

Cooper e Blaine largaram suas mochilas no chão e correram até sua mãe a abraçando o mais forte que podiam. De repente, Blaine sentiu algo molhar seu ombro e olhou para sua mãe confirmando sua suspeita. Pam estava chorando outra vez.

Me perdoem meus pequenos. Apenas fiquei um pouco emocionada com o abraço de vocês.

– Mamãe, nós sabemos que a senhora sente falta do papai…– Blaine limpou a lágrima solitária em um dos olhos da mãe com seu pequeno polegar - Eu e Cooper estávamos conversando e prometemos lhe devolver sua felicidade um dia!

– Eu estou bem meus amores, não ocupem suas cabecinhas com comigo…– Pam sorriu para seus filhos - Mas apenas por curiosidade, o que vocês planejam fazer para me dar mais felicidade do que já me dão?

– Vamos arrumar belas esposas, assim como a senhora e lhe dar netos!– Cooper disse orgulhoso observando o sorriso da mãe abrir mais um pouco - Ideia do Blaine!

– Muito inteligente meu pequeno! Parece perfeito pra mim…– a mulher mais uma vez abraçou seus filhos e beijou a testa de cada um - Obrigada meus meninos! Agora vamos, vão se aprontar para o jantar!

Pam assistiu sorrindo seus filhos correndo para o quarto e então olhou pra cima como se pudesse ver seu marido.

Nossos meninos são os melhores filhos que poderíamos ter Charlie… Obrigada por isso.

Depois de alguns minutos, os Anderson fizeram suas refeições em um silêncio confortável. E logo mais estavam se encaminhando para seus quartos para descansarem mais um dia.

Meninos, que história vocês querem hoje?

Pam questionou seus filhos se sentando em sua tradicional cadeira de balanço que ficava entre as camas dos meninos. Com essa pergunta Blaine se lembrou da visita de Peter que ele quase esqueceu por alguns minutos, então o caçula olhou para Cooper que parecia ter lembrado também de Pan.

Meninos?

– Nós não sabemos mamãe… Que tal a senhora ir descansar hoje? Amanhã eu e Coop vamos passar o dia pensando em qual história a senhora pode nos contar! O que acha?

– Tem certeza?– Pam estava desconfiada assistindo Blaine assentir freneticamente. A mulher podia jurar que o mais novo olhava a cada instante sua janela - Bem, tudo bem então… Boa noite, qualquer coisa me chamem.

Pam depositou um beijinho carinhoso na testa de cada filho e saiu do quarto indo em direção ao seu. Ela não sabia porque, mas estava tendo um sentimento estranho em relação aos seus filhos essa noite.

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No quarto dos meninos, Blaine estava sentado na sua cama ansioso por ver outra vez aquele brilho que emanava de Peter Pan e Sininho atravessando sua janela e iluminando seu quarto. Cooper estava apenas deitado em sua própria cama com uma expressão neutra tentando disfarçar seu próprio nervosismo. Peter Pan precisava aparecer, ou Blaine ficaria extremamente decepcionado e numa imensa tristeza.

B, não vai dormir?– Cooper tentou - Amanhã temos escola, você vai dormir a aula toda se não descansar agora…

– Não se preocupe Coop,– Blaine não tirava os olhos esperançosos da janela - Amanhã eu dou um jeito de ficar acordado, agora eu estou agitado demais para dormir. E se eu dormir o Peter pode ir embora sem querer me acordar!

– Tudo bem…– Cooper suspirou derrotado - Blaine, só tente não ficar muito triste se caso ele não vier. Eu estou preocupado com você.

– Ele virá Cooper, ele virá! Se quiser pode dormir, eu te chamo quando ele chegar…

Cooper então se cobriu até o ombro e ficou observando seu irmão olhando fixamente para a janela. No céu não havia muitas estrelas, apenas algumas nuvens espalhadas.

Se passou alguns minutos, talvez horas e Blaine já não estava tão animado como antes. Estava começando até a sentir-se sonolento. Olhou para trás e viu que seu irmão mais velho já havia adormecido.

Acho que você tinha razão Coop…

Blaine sussurrou sozinho antes de finalmente se deitar e adormecer logo em seguida.

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Droga Sininho, toda essa colheita que fizemos me tomou tanto tempo que acabei esquecendo de visitar Blaine…

A fada apenas se sacudiu agitada sacudindo os ombros.

Como não é importante Sininho? Eu prometi para aquele menino que voltaria, você viu o olhar dele? Eles brilharam quando disse que voltaria!– a fada continuou fazendo pouco caso com a preocupação de Kurt com Blaine - Quer saber? Não importa que horas seja por lá, mas eu preciso vê-lo outra vez, eu nunca quebrei uma promessa e não é agora que farei!

Peter voou até seu esconderijo e deixou a cesta cheia de alimentos com os meninos perdidos e voltou a voar depressa em direção aos céus. Sininho bufou e o seguiu.

Algum tempo depois, o castanho e sua fada estavam se debruçando no parapeito da janela dos irmãos Anderson que já estavam dormindo como Peter imaginou que os encontraria.

Ao ver os meninos adormecidos, a fada sorriu satisfeita, tornou a balançar os ombros e já ia voando de volta aos céus quando Kurt colocou uma mão na sua frente a impedindo de ir.

– Você fica, eu vou acorda-los… Ou esperar eles acordarem.

Sininho começou a voar gesticulando com seus pequenos bracinhos irritada, ela não conseguia entender o porque Peter estava tão preocupado com dois meninos que ele havia conhecido na noite anterior. Foi então que fada e menino começaram a discutir baixinho.

Ouvindo alguns sussurros, Cooper lentamente acordou e se assustou ao ver Peter Pan e Sininho na janela no parecia ser uma discussão. O Anderson então levantou de sua cama e caminhou sorrateiramente até a janela.

Vocês dois tem noção de que horas são pra ficarem discutindo na nossa janela?

– Oh nos perdoe Cooper, é porque a Sininho aqui está se mordendo de ciúmes não sei porque e fica implicando comigo por isso!

– Pois podem parar já com esse barulho todo, Blaine está dormindo e eu também! Nós temos escola amanhã bem cedo…

– Mas eu prometi a Blaine que eu o levaria para outro passeio…

– Eu sinto muito por ele, mas você deveria vir mais ce-…

– Coop? Que barulho é… Peter! Você veio! Cooper, porque não me acordou?

– E-eu ia te acordar agora B…– Cooper mentiu para o irmão e Peter levantou uma sobrancelha por isso.

Tudo bem Coop, obrigado! Olá Sininho! Kurt!– o castanho colocou as mãos na cadeira e lançou um olhar feio - Ops, Peter… Me desculpe. Vamos, entrem! Só não façam muito barulho para não acordarem minha mãe…

Cooper e Blaine saíram da janela dando passagem para Peter que logo pousou no chão em sua pose de sempre com suas mãos na cintura como se fosse um herói pronto para combater o crime e Sininho pousou se pernas cruzadas sobre a cômoda dos meninos. Ela ainda estava um pouco chateada por ter brigado com Kurt antes.

E então, vamos ao que interessa! Prontos para voar outra vez?

– Sim!

Blaine respondeu mais animado que antes e Cooper apenas assentiu por ver seu irmão feliz outra vez. Peter esfregou suas mãos que se acenderam e depois soprou o pó mágico no rosto de cada um dos irmãos que logo começaram a flutuar e já saíram voando pela janela.

Vamos um pouco mais longe hoje meninos! É só me seguir e manter seus pensamentos felizes!

Peter Kurt conduziu Blaine e Cooper em direção aos pontos turísticos da cidade passando bem próximo de cada um, parando em alguns para admirar as estrelas e descansar.

Em uma dessas paradas, os três meninos estavam sentados um do lado do outro aproveitando a paisagem.

Isso está sendo mais emocionante que as histórias que nossa mãe nos conta, Coop…

– É sim, B… Isso é simplesmente fantástico!

Foi então que Kurt teve uma ideia.

Meninos, a mãe de vocês contam muitas histórias?– os irmãos apenas assentiram curiosos - E vocês lembram de todas elas a ponto de conta-las à alguém?

Mais uma vez afirmaram ainda mais curiosos observando Peter flutuar com sua tradicional pose heroica a sua frente com um largo sorriso no rosto.

O que vocês acham de ir comigo e Sininho para a Terra do Nunca? Vocês poderiam contar histórias para os meus meninos perdidos!

Cada um teve uma reação diferente ao ouvir aquela proposta. Sininho começou a voar toda agitada no rosto de Kurt como se estivesse brigando com ele, Cooper assumiu uma expressão de preocupação e Blaine já voava animado dando piruetas no ar, ele havia amado a ideia.

Blaine, nós não podemos…

– O que? Porque? Olha, se for pela escola, eu nem ligo…

– Blaine! Nossa mãe! Ela acabou de perder nosso pai! Como você acha que ela ficaria se acordasse amanhã e quando fosse nos acordar para a aula não encontrasse seus filhos lá?

Blaine tornou a sentar ao lado do irmão arrependido e se sentindo culpado por ter esquecido sua mãe.

Você tem razão Coop, desculpe… É porque eu fiquei tão eufórico com a ideia de ir com Peter Pan para a terra onde sempre ouvi que acontecem as melhores aventuras, me deixou cego por um instante. De qualquer forma, muito obrigado pelo convite Peter, mas realmente não podemos.

E se vocês escrevessem todos dias para sua mãe e quando ela estivesse dormindo eu deixasse suas cartas ao lado dela?

Blaine e Cooper começaram a pensar sobre aquilo. O caçula havia achado aquela ideia ótima, mas ele não falaria nada até seu irmão mais velho se pronunciar.

Essa não seria uma má ideia, mas eu ainda fico preocupado com ela…

– Vocês podem visita-la sempre que puderem também. Não todos os dias pois, isso exigiria muito pó mágico.

Cooper olhou para Blaine e viu que o irmão menor tinha os olhos com um brilho que acabou o quebrando.

Tudo bem, nós vamos para a Terra do Nunca… Mas sempre vamos mandar cartas para ela e sempre que possível iremos visita-la! Não podemos esquecer disso!

Blaine praticamente pulou no pescoço de Cooper o abraçando fortemente e com lágrimas nos olhos.

Obrigado Cooper, eu prometo que não iremos esquecer da mamãe. Aliás, vamos pra casa agora mesmo e deixar uma cartinha para ela antes de irmos.

Assim os três garotos e a fada, revoltada com tudo aquilo, voaram de volta para casa dos Anderson antes do amanhecer e escreveram uma breve carta explicando onde estavam e que voltariam para vê-la sempre que desse, deixaram o recado ao lado da mãe adormecida e na ponta dos pés deixaram o quarto dela.

Ao amanhecer, Pam despertou com o sol em seu rosto. E assim que abriu seus olhos, pôde enxergar um papel dobrado escrito "Para Mamãe". Ela achou que era apenas mais um plano dos seus filhos para fazê-la se sentir melhor, mas quando leu o conteúdo da carta, apenas chorou e correu para o quarto dos filhos achando ser apenas uma brincadeira de mau gosto, mas não, as camas de Cooper e Blaine estavam vazias e a janela aberta.

"Mamãe, fomos para a Terra do Nunca…"


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Notas finais do capítulo

Perdoem qualquer erro, estou atualizando pelo celular... Ansiedade, não consegui esperar chegar em casa. Kkk'
Espero que tenham gostado!
Até a próxima! ;)



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